segunda-feira, 20 de agosto de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/08/2012

21 de Agosto de 2012 


Mateus 19,23-30

Comentário do Evangelho

Advertência contra a riqueza

Diante do apego do jovem rico a seus bens, Jesus pronuncia severa sentença de advertência contra a riqueza, com a alusão à dificuldade de o rico entrar no Reino dos Céus. A expressão "Reino dos Céus" é exclusiva de Mateus, equivalendo a "Reino de Deus", usada por Marcos e Lucas. Mateus, atendendo a seu auditório judaico, optou por esta expressão para evitar a pronúncia do nome de Deus. Também, adaptando-se a este seu auditório, temos a sua referência exclusiva ao assentar-se dos discípulos seguidores em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 
Aquele que coloca o seguimento de Jesus acima de qualquer outro valor tem a vida eterna como herança.

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Pedro tinha um longo caminho a percorrer. Ainda havia contabilidade em sua mente: nós deixamos tudo... O que vamos receber? Jesus vive a gratuidade absoluta. Entrega todo o seu ser à missão de anunciar o Reino, cuidando dos irmãos sem preocupação de retornos. Por isto Ele é o nosso Caminho.

Reflexão


A nossa vida é condicionada por muitos fatores que marcam a natureza humana decaída por causa do pecado. Esses fatores, em geral, nos afastam de Deus e nos impedem de viver plenamente a proposta do Evangelho. A maior dificuldade para superarmos esses fatores se encontra no fato de que nós somos seres naturais, portanto submissos às leis da natureza decaída de modo que para nós isso é impossível. Mas Jesus nos diz no Evangelho de hoje: 'Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível'. Somente confiando plenamente na graça divina e procurando corresponder a ela é que poderemos viver o Evangelho apesar das nossas fraquezas e dos desafios que a vida nos impõe.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. “....”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
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2. Advertência contra a riqueza
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, desapega meu coração das coisas deste mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça minha fé na Providência!


3. A SORTE DOS RICOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Pode soar chocante ouvir de Jesus que um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus. Ele que foi sempre tão misericordioso, teria preconceito contra os ricos? Por que, então, fecha-lhes as portas do Reino?

Rico, no pensar de Jesus, é quem transforma os bens deste mundo em autênticos ídolos e fecha seu coração para Deus e para os irmãos; quem ama suas propriedades sobre todas as coisas, e, para protegê-las e fazê-las multiplicar, não hesita em lançar mão de qualquer artifício, mesmo injusto, desonesto, ilegal. A penúria do irmão necessitado não chega a sensibilizá-lo. Só pensa em si mesmo, em suas necessidades e em seus prazeres. Por conseguinte, não existe espaço para a graça atuar em seu coração. Neste caso, tornar-se impossível Deus chegar a ser, de algum modo, senhor de sua vida. Nele, o Reino de Deus não pode acontecer. Seu coração está bloqueado.

Não é Deus quem fecha as portas do Céu para o rico. É este quem se recusa a entrar no Reino e assimilar sua dinâmica. Os apelos de Deus tornam-se inúteis e ineficazes. Embora Jesus deseje que o rico abra mão de seu projeto de vida egoísta e acolha o Reino, ele persiste em sua idolatria. O amor de Jesus não chega a tocá-lo.

É por esta razão que é mais fácil um camelo atravessar o buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus.

Oração
Senhor Jesus, livra-me da mentalidade dos ricos que recusam o apelo do Reino, por causa da idolatria que lhes corrompe o coração.

A riqueza é algo perigoso?

Postado por: homilia

agosto 21st, 2012


Depois de Jesus ter falado com aquele  jovem rico – um estudioso da Lei, que cumpria todos os parágrafos, não era desonesto, nem mentiroso, nem violento e adúltero -, Ele agora nos propõe este texto que fala sobre o perigo das riquezas.
Vendo aquele jovem, Jesus acha-o não distante do Reino dos Céus. Por isso, faz-lhe um convite a vender tudo e destribuí-lo aos pobres: “Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no Céu. Depois venha e me siga”. Porém, o conceito que aquele homem tinha de “riqueza” divergia do conceito do Mestre.
Para Cristo a Lei é o varal da fraternidade, é resposta à Aliança gratuita e generosa oferecida por Deus. É partilha, é comunhão. Assim, se os bens não forem entendidos como dons que devem ser partilhados com os pobres não teremos direito a herdar o Reino dos Céus.
Ao jovem, que já era fiel observante dos mandamentos, Jesus faz uma proposta radical: vender tudo, distribuir o dinheiro aos pobres e segui-Lo. O jovem se retirou triste, porque era muito rico. Não teve coragem para desvencilhar-se de tudo, tornar-se discípulo e aderir ao compromisso de construir o Reino. E Jesus adverte sobre o perigo que a riqueza pode significar para a liberdade e o desenvolvimento pleno da pessoa.
O Eclesiástico lembra que ela pode se tornar um forte obstáculo para a integridade (cf. Eclo 32,1-11). Certamente, a palavra de Jesus: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19,23-24), além de alertar para o risco que corre o rico em ordem à sua salvação, alude à dificuldade para um seu engajamento mais pleno na construção do Reino, que é vida para todos, no aqui e no agora de nossa existência.
Veja que Jesus, no Evangelho de hoje, nos indica uma dificuldade real, uma necessidade de esforço penoso e não uma impossibilidade.
Os Padres da Igreja – dos primeiros séculos pós-catacumba – explicam que a razão da dificuldade tem a ver com minha relação com Deus, comigo mesmo e com os outros. O que entendem por “rico” e “riqueza” não é quantidade absoluta de bens, mas situação na sociedade. Quem tem 10% dos bodes da tribo de criadores primitivos, é rico; não importa se dispõe de menos bens do que hoje vemos.
Riqueza é condição material concreta adequada ao poder. Mas como o poder em si mesmo, ela em si não é má. O Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas; mas adverte os seus discípulos do perigo que correm, se lhes entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos outros apóstolos é caminho certo para entrar no Reino de Deus. O mundo novo que o Filho de Deus nos revelou na sua morte e ressurreição inaugurou a regeneração do universo, em que tudo é julgado por outros critérios.
A graça de Deus pode fazer gente rica ser profundamente cristã. Temos como alguns exemplos: Henrique II (imperador da Alemanha), Luis IX (rei da França), Isabel (rainha de Portugal) e a duquesa Edviges, cujo fundo rotativo de ajuda ao camponês encalacrado a fez “Padroeira de todos os endividados”.
Mas ser rico é um risco. Risco em nossa relação com Deus, exposta a duas variantes da mesma tentação: o ateísmo prático e a idolatria.
A riqueza ameaça minha relação comigo. Os bens são nossos servos, para nossa vida e vida plena, nossa e de todos ao nosso redor, para nossa realização como pessoas, também diante de Deus. No momento em que eles não mais nos servem, mas nós servimos a eles, começa o desvio.
A riqueza me separa dos outros, afasta-me deles. Os bens deste mundo em si são bons, presentes carinhosos do Deus que quer que todos os seres humanos tenham vida e vida plena.
Que a verdade proferida por Jesus me ensine a ter um coração mais desapegado dos bens terrenos e mais rico da presença de Deus. Pois o desapego dos bens terrenos é um caminho de sincera humildade e confiança em Deus.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura orante, rezando ao Espírito, com todos os que estão na web:
Espírito santificador, 
a ti consagro a minha vontade: 
Ajuda-me a dizer sim 
ao Projeto de Deus para a minha vida. 

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente o texto 
Mt 19,23-30,
e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

Jesus então disse aos discípulos: 
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: é muito difícil um rico entrar no Reino do Céu. E digo ainda que é mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha.
Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito admirados e perguntavam:
- Então, quem é que pode se salvar?
Jesus olhou para eles e respondeu:
- Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, tudo é possível.
Aí Pedro disse: 
- Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o senhor. O que é que nós vamos ganhar?
Jesus respondeu:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando chegar o tempo em que Deus vai renovar tudo e o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, vocês, os meus discípulos, também vão sentar-se em doze tronos para julgar as doze tribos do povo de Israel. E todos os que, por minha causa, deixarem casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras receberão cem vezes mais e também a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os primeiros.

Parece não soar bem ouvir Jesus dizer que é difícil um rico entrar no Reino do Céu. Ele sempre foi tão bom e misericordioso. Posso pensar então, de que rico é este que ele fala. Para Jesus, rico é quem faz dos bens materiais verdadeiros ídolos, colocados em primeiro lugar na sua vida. Rico é que fecha o coração para os irmãos e para Deus. Rico é quem explora o pequeno e pobre para aumentar sua fortuna. Rico é quem engana e suborna os demais. Rico é aquele que não se sensibiliza com o necessitado. Só pensa em si. Por isso, não existe no seu coração espaço para Deus e sua graça. Para ele é impossível entrar no Reino do Céu. 

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?

Vou verificar se não tenho também eu, alguns ídolos que me atrapalham para,
desde já, viver em clima do Reino de Jesus.
Apego-me a alguma coisa da qual posso abrir mão, dificuldade em dividir o que tenho, partilhar coisas, mas também a bondade, o amor, a paciência, o carinho, as alegrias e até as dores com as pessoas de minha família, de meu círculo de amigos e colegas de trabalho ou escola.

Os bispos na Conferência de Aparecida, disseram: 

"devemos dar a partir da alegria de nossa fé". E falam, até da "outra margem". " Nosso desejo é que esta V Conferência seja um estímulo para que muitos discípulos de nossas Igrejas vão e evangelizem na "outra margem". A fé se fortalece quando é transmitida e é preciso que entremos em nosso continente em uma nova primavera da missão ad gentes. Somos Igrejas pobres, mas "devemos dar a partir de nossa pobreza e a partir da alegria de nossa fé" e isto sem colocar sobre alguns poucos enviados o compromisso que é de toda a comunidade cristã. Nossa capacidade de compartilhar nossos dons espirituais, humanos e materiais com outras Igrejas, confirmará a autenticidade de nossa nova abertura missionária. (...) (DAp 379).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo: 

Oração pelas Vocações

Jesus, Mestre divino,
que chamastes os Apóstolos a vos seguirem,
continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias,
pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens.
Dai coragem às pessoas convidadas.
Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos,
como diáconos, padres e bispos,
como religiosos e religiosas,
para o bem do Povo de Deus
e de toda a humanidade.
Amém.
Papa Paulo VI

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Como vou vivê-lo na missão?

Meu novo olhar é para as necessidades dos irmãos com um abrir as mãos e o coração para acolhê-los.

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 
Irmã Patrícia Silva, fsp

Oração Final
Pai Santo, reveste as nossas relações com as características do Amor de Jesus: que sejam espontâneas como o nosso respirar; indiscriminadas, incluindo todos os companheiros; gratuitas e generosas; livres e libertadoras. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.


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