sábado, 8 de novembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 08/11/2025

ANO C


Lc 16,9-15

Comentário do Evangelho

Caminhando com generosidade e sabedoria


O relato do Jesus no evangelho de hoje revela uma lição profunda: ser fiel na gestão dos bens e encontrar na generosidade um caminho para a vida eterna. Mesmo usando o exemplo de um administrador considerado “injusto”, Cristo nos alerta para algo maior: trata‑se da sabedoria aplicada à promoção da comunhão e do bem‑comum.
Ele nos mostra que os “filhos da luz” devem agir com prudência e generosidade — não no sentido de astúcia egoísta, mas no de colocar os recursos a serviço da fraternidade e da missão. Assim, ser fiel nas pequenas coisas significa estar pronto para assumir responsabilidades maiores, e reconhecer que todo bem que possuímos é também um meio para manifestar o Reino de Deus aqui e agora.
Que possamos examinar‑nos: como usamos os bens, os talentos, o tempo? São instrumentos para construção do vínculo, da amizade, da justiça? Ou ficam enclausurados na lógica da acumulação e do egoísmo? O convite de Jesus permanece: que os nossos relacionamentos e atitudes revelem que servimos a Deus — e não ao dinheiro.
https://catequisar.com.br/liturgia/caminhando-com-generosidade-e-sabedoria/

Reflexão

O dinheiro é necessário para viver, mas não deve escravizar o ser humano. Pelo contrário, deve ser usado corretamente, para promover a justiça e a igualdade entre todos. Esse é o exemplo dado pelas primeiras comunidades, conforme lemos nos Atos dos Apóstolos e também na despedida de Paulo aos Romanos. Jesus instrui seus discípulos sobre a administração do dinheiro, que pode corromper e gerar muitos males. Sabemos que quem desvia pequena quantia é capaz de desviar grandes somas. A sociedade, infelizmente, está repleta de maus exemplos de corrupção desse tipo! O cristão deve se destacar em todos os âmbitos da sociedade pelo combate à corrupção e pela responsabilidade no uso dos próprios bens e, sobretudo, dos bens comuns. O papa Francisco nos tem iluminado muito na atualização desse ensinamento de Cristo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/8-sabado-12/

Reflexão

«Quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes»

Rev. D. Joaquim FORTUNY i Vizcarro
(Cunit, Tarragona, Espanha)

Hoje Jesus fala outra vez com autoridade: usa «Eu vos digo», que tem força peculiar, de doutrina nova. «Ele quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (cf. Tim 2,4). Deus quer um povo santo e nos mostra as dicas necessárias para alcançar a santidade e possuir o verdadeiro: a fidelidade nas coisas pequenas, a autenticidade e lembrar que Deus conhece nossos corações.
A fidelidade está ao nosso alcance. Em geral nossos dias transcorrem no que chamamos de normalidade: o mesmo trabalho, as mesmas pessoas, algumas práticas de piedade, a mesma família. Nessas realidades ordinárias devemos crescer como pessoas e em santidade. «Quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes» (Lc 16,10). É preciso fazer bem as coisas, com boa intenção, com desejo de agradar a Deus, nosso Pai; fazer as coisas com amor, tem muito valor e prepara nos para receber o verdadeiro. São Josemaria expressava: «Viste como ergueram aquele edifício de grandeza imponente? - Um tijolo, e outro. Milhares. Mas um a um. - E sacos de cimento, um a um. E blocos de pedra, que pouco representam na mole do conjunto. - E pedaços de ferro. - E operários que trabalham, dia a dia, as mesmas horas. . . Viste como levantaram aquele edifício de grandeza imponente?... À força de pequenas coisas!»
Examinar nossa consciência cada noite, nos ajudará a viver com retitude de intenção e não esquecer que Deus vê tudo, até os pensamentos mais ocultos, como temos aprendido no catecismo, e que o importante é agradar em todo momento a Deus, nosso Pai, a quem servimos com amor, sabendo que «Ninguém pode servir a dois senhores. Pois vai odiar a um e amar o outro, ou se apegar a um e desprezar o outro» (Lc 16,13). Nunca o esqueçamos: «Só Deus é Deus» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Faz muito caso das coisas pequenas» (São Pedro Poveda)

- «Como toda técnica, o dinheiro não tem um valor neutro, mas que adquire valor segundo a finalidade e as circunstâncias em que se usa» (Francisco)

- «Uma teoria que faca do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade económica, é moralmente inaceitável. O apetite desordenado do dinheiro não deixa de produzir os seus efeitos perversos e é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social. Um sistema que “sacrifique os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção”, é contrário à dignidade humana. Toda a prática que reduza as pessoas a não serem mais que simples meios com vista ao lucro, escraviza o homem, conduz à idolatria do dinheiro» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2.424)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-08

Reflexão

«Eu vos digo: usai o Dinheiro, embora iníquo, para fazer amigos»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, rodeados como estamos de um ambiente consumista, Jesus volta a acariciar a nossa consciência para nos persuadir das falsas felicidades. E, não o faz carregando-nos com proibições, porque o caminho da santidade é —primeiro que nada— um convite à felicidade: «Se queres entrar na vida…» (Mt 19,17). O Senhor nos anima a trabalhar, a gerir o "dinheiro" deste mundo com retidão de intenção e afã de serviço.
Somos chamados ao mais alto (à caridade) tratando das coisas da terra em um sentido construtivo. O Criador mandou “dominar a terra”, mas não de qualquer jeito nem a qualquer preço, pois, também, nos pediu, “nos multiplicar” e “encher” a terra (cf. Gen 1,28). Só o amor (o dar-se aos demais) é a verdadeira medida dessa plenitude que Deus nos pede já nesta vida.
Com a expressão «dinheiro injusto» (Lc 16,9) Jesus Cristo se refere as coisas da terra que em si mesmas, sem ser más, não nos fazem justos nem nos preparam para a felicidade eterna. O Mestre nos convida a amar aos demais («fazer amigos») não só através da oração, senão também no dia a dia, com um reto e servicial manejo dos bens terrenais.
A eternidade é longa demais aos “entretenimentos”: quem se diverte neste mundo, sofrerá de tédio na eternidade. Porém, o amor — que sempre aspira a crescer — goza na eternidade. Por isso, devemos de evitar o “encolhimento do coração” ocasionado pelo divertimento com o dinheiro “injusto”.
Hoje como antanho, não faltam pessoas que ouvindo essas coisas seguem se burlando de Jesus (cf. Lc 16,14). Assim, ao Vicário de Cristo o tacham de intransigente, ao mesmo tempo em que se riem dos católicos vendo-nos como ingênuos manipulados por um “ditador”. O serviço do Sucessor de Pedro é uma caricia a nossa consciência para nos defender da ditadura do "führer" de plantão: Chame-se "relativismo”, ou “politicamente correto”... «De Newman aprendemos a compreender o primado do Papa: 'A defesa da lei moral e da consciência é sua ração de ser'» (Bento XVI).
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-08

Reflexão

O “deísmo”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje fazemos presente a realidade do Deus vivo, que conhece nossos corações. O problema da descomposição moral da sociedade deriva da ausência de Deus em nosso pensamento. Concretamente, a ausência da fé na vida eterna, que é vida com Deus. O "deísmo" —a ideia de que Deus possa existir, mas que não entra em nossa vida— influi em nossa cultura.
Deixamos de atrever-nos a falar da vida eterna. Deus ficou para nós distante, abstrato. Já não acreditamos que o homem seja tão importante aos olhos de Deus como para que Ele se ocupe de nós. Pensamos que para Deus, se é que existe, nossas coisas não podem ter muita importância. E assim decidimos "construir-nos a nós mesmos", reconstruir o mundo sem contar com as realidades de Deus, do juízo e da vida eterna.
—Senhor, Tu és o Deus que vive, que nos conheces e nos amas. Vivemos ante teus olhos.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-11-08

Comentário do Evangelho

Jesus briga com os fariseus injustos: devemos ser fiéis no pequeno


Hoje Jesus Cristo nos leva ao amor fiel. Como? As coisas pequenas! Deus mesmo, sendo tão grande, se fez “pequeno”. Em Belém, na Eucaristia… E na Cruz continuou “pequeno”. «Desce da cruz e cremos em ti»: Jesus não desceu!; prefiriu ficar pequeno.
—Quando o homem “des-cuida” a fé (por exemplo, deixa a missa), quase sem notar, vai deixando a Deus de lado, como um “vaso” (“não te nego, mas já não preciso de ti”). Ao final, se nega (“já não existes”). E mais ao final, o homem “des-cuida” ao homem (família, colegas…). Conclusão: Ou Deus ou nada!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-11-08

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Os fariseus, “amigos do dinheiro”, faziam dele um deus. E buscavam “parecer justos” - gente de Deus - “diante dos homens”. Mas Deus conhecia seus corações e não se deixava enganar por sua hipocrisia. Sim, “ninguém pode servir a dois senhores”, a Deus e ao dinheiro, senhores inteiramente opostos, como eles pretendiam. Assim, Jesus propõe que não sirvamos ou adoremos o dinheiro, mas só o usemos aqui na terra para “fazer amigos”. Pois, quando o dinheiro acabar, quando partirmos do mundo e ele aqui ficar, aqueles amigos nos “receberão nas moradas eternas”. Valor do dinheiro e dos bens: construir com eles solidariedade aqui, e eternidade feliz quando nós partirmos e eles ficarem.
Coleta
Ó DEUS DE PODER E MISERICÓRDIA, que concedeis a vossos filhos e filhas o dom de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=08%2F11%2F2025&leitura=meditacao

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