domingo, 23 de novembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 23/11/2025

ANO C


SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

Ano C – Branco

“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado!” Lc 23,35-43

ABERTURA DA CAMPANHA NACIONAL PARA A EVANGELIZAÇÃO

DIA DO LEIGO

Lc 23,35-43

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Na conclusão do ano litúrgico recordamos a centralidade de Cristo na história da Salvação e O proclamamos Rei do Universo. Na sexta-feira, 28 de novembro, recordamos os 61 anos de criação da Diocese de Apucarana, por isso nesta Eucaristia, fazemos grande ação de graças ao Cristo Rei pelos benefícios a nós dispensados.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/106201/23-de-novembro-de-2025-Cristo-Rei.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, ao longo de todo o ano litúrgico, contemplamos o mistério de Cristo que, por amor à humanidade, se fez homem, anunciou e tornou presente o Reino do Pai, entregou-se na cruz, morreu e ressuscitou, dando-nos de modo definitivo o seu Espírito Santo. Assim, o Senhor estabelece o seu Reino de amor, paz, esperança e liberdade. Peçamos a graça de viver à altura desse Reino, acolhendo sempre a ação divina ao nosso favor. Rezemos pelos leigos e leigas que, assumindo seu Batismo, colaboram no anúncio do Reino celeste nas diversas realidades desse mundo.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Ano-49C-61-CRISTO-REI.pdf

CRISTO REI DO UNIVERSO:
O TRONO DO AMOR E O REINO DOS SERVOS

Ao encerrarmos o Ano Litúrgico, a Igreja nos conduz a um monte espiritual elevado, onde somos convidados a contemplar Aquele que reina não pela imposição da força, mas pela entrega do amor; não pela violência, mas pelo dom total de si: Jesus Cristo, Rei do Universo. Seu trono é a cruz; sua coroa, espinhos; seu cetro, o perdão; e seu manto, o sangue derramado por amor. Diante deste Rei crucificado, não nos ajoelhamos por temor, mas por gratidão.
A liturgia deste último domingo do Tempo Comum (Ano C) nos apresenta a cena do Calvário (Lc 23,35-43), onde Jesus, mesmo na agonia, continua a reinar. Um rei que não salva a si mesmo, mas que salva a todos. Um rei que acolhe o clamor de um ladrão arrependido e lhe abre as portas do Paraíso. Um Rei que transforma a derrota em vitória; a cruz, em trono; e a morte, em vida eterna.
Essa realeza desconcertante contrasta profundamente com os reinos deste mundo, marcados por disputas de poder, vaidades e exclusões. O Reino de Deus é de outra natureza: é o Reino dos humildes, dos misericordiosos, dos famintos de justiça, dos pacificadores. É o Reino dos que, ao reconhecerem Cristo como Rei, escolhem viver como súditos do Evangelho e servidores dos irmãos.
Neste domingo, celebramos também o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas – e isso não é por acaso. O reinado de Cristo se realiza na história por meio da missão dos batizados, que vivem sua fé nas realidades do mundo e consagram suas vidas à construção do Reino. Leigos e leigas são presença ativa de Cristo no cotidiano: fermento na massa, sal da terra, luz do mundo. Estendem os braços de Jesus nas famílias, no trabalho, na política, na educação, na cultura, na economia, e nas ruas feridas das cidades.
O Documento 105 da CNBB recorda que “o Reino de Deus acontece quando os leigos e leigas, conscientes de sua vocação batismal, assumem o protagonismo na transformação da sociedade segundo os valores do Evangelho” (cf. DAp 497). Não basta proclamar a realeza de Cristo com palavras ou ritos: é preciso encarnar o Reino em gestos concretos de justiça, solidariedade e paz.
Cristo é Rei porque desceu até o último lugar. Sua glória é o serviço. Seu poder é o amor que perdoa. Seu reinado começa onde há um coração humilde, uma vida entregue, um gesto de compaixão. É na fraqueza da cruz que resplandece a verdadeira força do Reino. O “bom ladrão” compreendeu essa verdade e, com um simples pedido - “lembra-te de mim” - entrou para sempre na comunhão com o Rei dos reis.
Nesta solenidade, deixemo-nos tocar pela realeza desarmada de Jesus. Dobremos os joelhos, não diante do medo, mas da ternura. Ofereçamos nossa vida ao serviço do Reino, cada um no lugar onde foi plantado: na comunidade, na escola, na fábrica, na política, na família, no campo e na cidade.
Que os cristãos leigos e leigas sejam reconhecidos como sinais vivos do Reino de Cristo, com o coração voltado para o alto e os pés firmes no chão da história. E que, ao final deste ano litúrgico, renovemos nossa esperança: o Reino de Deus está entre nós – e sua plenitude virá. Porque Cristo reina. E reinará para sempre. Amém.
Dom Carlos Silva, OFMCap
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Brasilândia
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Ano-49C-61-CRISTO-REI.pdf

Comentário do Evangelho

A Misericórdia de Cristo Rei


No evangelho deste domingo, vemos Jesus Cristo finalmente revelado como Rei — não num trono de ouro, mas pendurado na cruz, rodeado por zombaria e dor. A coroa de espinhos e o letreiro acima dele: “Este é o Rei dos Judeus”, nos confrontam com uma realeza reversa: o poder de Deus manifestado em serviço, entrega e vulnerabilidade.
Um dos condenados reconhece essa verdade: embora esteja condenado, confessa a Jesus: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reinado”. E Jesus responde: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso.” É uma promessa de vida, não baseada nas condições humanas ou no mérito, mas na graça que se realiza na cruz.
Essa cena nos convida a refletir sobre dois pontos fundamentais:

1. A realeza de Jesus não é exercer domínio, mas carregar sobre Si o peso do pecador, do marginalizado e do sofredor.
2. A nossa participação no reinado de Cristo começa agora: quando cremos, quando nos abrimos à misericórdia e deixamos que Ele nos transforme. A cruz — antes símbolo de derrota — torna-se símbolo de vitória e comunhão.

Em nossa vida cotidiana, onde nos encontramos? Ainda tentando manifestar uma realeza pela autonomia, pelo controle ou pelo reconhecimento humano? Ou reconhecemos que o verdadeiro reinado se realiza da maneira de Jesus: na humildade, no dar-se, no perdão, no amor que se faz caminho? Ao nos aproximarmos da cruz, podemos, como o “bom ladrão”, encontrar-Ne-la o nosso Rei, e Nele a nossa salvação.
https://catequisar.com.br/liturgia/23-11-2025/

Reflexão

O Evangelho apresenta Jesus prestes a morrer na cruz. É na cruz que ele é reconhecido Rei e Salvador da humanidade. Mesmo depois de condenado, Jesus continua sendo caçoado e zombado. É o destino do servo justo e fiel. Por três vezes, o Evangelho repete: “Salva-te a ti mesmo”. Essa expressão mostra muito bem a opção que Jesus fez: preocupou-se com o sofrimento dos outros. Mesmo sabendo o fim que o esperava, manteve-se fiel ao Pai. Jesus é reconhecido Rei justamente porque se preocupou com a vida dos outros e doou sua vida por eles. A partir da cruz, acontece a salvação de todos os que aderirem ao projeto de Jesus: “Hoje mesmo estará comigo no paraíso”. A morte do justo conquista os pecadores. Com esse gesto de Jesus, todos – justos e pecadores – podem alimentar a esperança de salvação. Diariamente, pedimos que o Pai nunca nos abandone. Mesmo nos piores momentos, temos a certeza de que Deus não se esquece de nós. “Senhor, lembra-te de nós”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/23-domingo-9/

Reflexão

«Este é o Rei dos Judeus»

Rev. D. Joan GUITERAS i Vilanova
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos faz elevar os olhos à cruz onde Cristo agoniza no Calvário. Vemos ao Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas. «Por cima de sua cabeça pendia esta inscrição: Este é o rei dos judeus». (Lc 23,38). Este que sofre horrorosamente e que tem o rosto tão desfigurado é o Rei? É possível? O compreende perfeitamente o bom ladrão um dos justiçados de um lado e do outro Jesus, que diz com fé suplicante: «Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!» (Lc 23,42). A resposta de Jesus é consoladora e certa: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso». (Lc 23,43).
Sim, confessamos que Jesus é Rei. Rei, com maiúscula. Ninguém estará nunca à altura de sua realeza. O Reino de Jesus não é deste mundo. É um Reino onde se entra pela conversão cristã. Um Reino de verdade e de vida, Reino de santidade e de graça, Reino de justiça, de amor e de paz. Um Reino que sai do Sangue e a água que brotaram do costado de Jesus Cristo.
O Reino de Deus foi um tema primordial na predicação do Senhor. Não parava de convidar a todos a entrar nele. Um dia, no Sermão da montanha, proclamou bem-aventurado os pobres no espírito, porque eles são os que possuirão o Reino.
Origens, comentando a sentença de Jesus «Nem se dirá: Hei-lo aqui; ou: Hei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós» (Lc 17,21), explica que quem suplica para que o Reino de Deus venha, o pede honestamente daquele Reino de Deus que tem dentro dele, para que nasça, frutifique e amadureça. Complementa que «o Reino de Deus que há dentro de nós, se avançamos continuamente, chegará a sua plenitude quando tenha sido cumprido aquilo que diz o Apóstolo: que Cristo, una vez submetidos os seus inimigos, colocará o Reino em mãos de Deus o Padre, e assim Deus será todo em todos». O escritor exorta que digamos sempre «Seja santificado teu nome venha a nós teu Reino».
Vivamos agora o Reino com a santidade, e demos testemunho dele com a clareza que autêntica a fé e a esperança.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Entre os homens, a confissão é seguida de castigo; perante Deus, porém, à confissão segue-se a salvação» (S. João Crisóstomo)

- «A promessa de Jesus ao bom ladrão dá-nos uma grande esperança. O Senhor sempre nos dá mais, é tão generoso, dá sempre mais do que lhe pedimos: pedes-Lhe que se lembre de ti e leva-te para o seu Reino» (Francisco)

- «(...) A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo crucificado ao bom ladrão (cf. Lc 23,43) (...) assim como outros textos do Novo Testamento, falam dum destino final da alma (cf. Mt 16,26), o qual pode ser diferente para umas e para outras» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.021)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-23

Reflexão

A realeza de Jesus no momento da Crucifixão

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o Evangelho apresenta, como numa grande moldura, a realeza de Jesus no momento da Crucifixão. Os chefes do povo e os soldados ridicularizam “o Primogénito de toda a criação” (Cl 1,15), pondo-o à prova para ver se Ele tem o poder de se salvar da morte.
E no entanto, precisamente na cruz Jesus está à “altura” de Deus, que é Amor. É ali que podemos “conhecê-lo”. Jesus oferece-nos a “vida”, porque nos oferece Deus. Pode oferecê-la a nós, porque Ele mesmo é um só com Deus. Com efeito, enquanto o Senhor parece confundir-se entre dois malfeitores, um deles consciente dos próprios pecados, abre-se à verdade, alcança a fé e suplica ao «Rei dos judeus»: “Jesus, recorda-te de mim”. Daquele que “existe antes de todas as coisas” (Cl 1,17), o chamado “bom ladrão” recebe imediatamente o perdão e a alegria de entrar no Reino dos Céus.
—Jesus, do trono da Cruz, recebe cada homem com misericórdia infinita.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-11-23

Comentário do Evangelho

Jesus Cristo é Rei e, da Cruz, recebe a todos com infinita misericórdia


Hoje, na Cruz, Jesus se está à “altura” de Deus, que es Amor. Aí podemos reconhecer sua “realeza divina”. Jesus nos dá a “vida” porque nos dá Deus. Um dos malfeitores, consciente de seus pecados, se abre à verdade e implora ao “Rei dos judeus”: «Jesus, lembre-se de mim». O “bom ladrão” recebe imediatamente o perdão e a alegria de entrar no Reino de Cristo.
—Jesus, desde o trono da Cruz, acolhe a todos os homens com misericórdia infinita.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-11-23

HOMILIA

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Jesus é o Rei do Universo, porque realiza plenamente em si o sonho do Pai para a humanidade, pois “Ele é a imagem do Deus invisível”, o que o Pai esperava do ser humano ao criá-lo (cf. Gn 1,26s.). Alguém, imagem de um outro, ocorre sobretudo na paternidade-filiação. O Criador nos queria seus filhos e filhas.
Jesus é aquela “imagem” enquanto “o primogênito de toda a criação”, e até enquanto “o Primogênito dentre os mortos”. Sim, inaugurou a nova morte, o novo sepulcro, “onde ninguém tinha sido ainda colocado” (Lc 23,53b). Sepulcro que Ele estoura a partir de dentro, morte que Ele vence na força do Pai que o ressuscita.
E como “o Primogênito”, atrai para junto de si, para seu próprio caminho de vitória, todos os demais filhos e filhas do Pai, que assumam seu seguimento. Desta forma, é ainda “a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja”. Então, entramos para seu reinado na medida dessa nossa união vital com Ele: nós-membros sempre mais unidos e crescendo na união com Ele-Cabeça (cf. Ef 4,15).
E Jesus vive a plenitude de seu reino-filiação na cruz. Ali, como nunca, vive a vida que eternamente recebeu do Pai. Ali é o Filho amado, também em sua experiência humano-histórica. Ali nos dá contemplar o céu, o amor, puro amor, total gratuidade, doação, sem nenhuma condição.
Por isso, as aparentes zombarias dirigidas a Ele na cruz, de fato revelam sua mais íntima identidade. Para os chefes e soldados, Ele seria “o Cristo de Deus, o Escolhido” se Ele salvasse a si mesmo, se fosse um deus-egoísmo que usasse de seu poder em prol de si mesmo.
Um dos malfeitores também crucificados, tem zombaria pouco diferente: “tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”. A si mesmo não se salva, mas sim ao outro malfeitor que reconhece o seu crime e a inocência de Jesus e, o tendo como Deus, pede-lhe a salvação e a entrada no Reino: “em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Jesus é o Rei porque é o Cordeiro imolado, “digno de receber o poder, riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor”, pois só Ele abriu o livro da vida. Cordeiro imolado é a encarnação do amor, alguém que existe só pelo outro: no Egito, seu sangue salvou o povo, sua carne o sustentou na caminhada da libertação. Vida inteiramente vivida pelo outro é o verdadeiro sentido da vida.
Nutridos por sua carne e gloriando-nos de lhe obedecer, vamos segui-lo na terra, para “viver com Ele eternamente no reino dos céus”.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=23%2F11%2F2025&leitura=homilia

Coleta
— OREMOS: DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, que quisestes restaurar todas as coisas em vosso amado Filho, Rei do universo, concedei benigno que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam à vossa majestade e vos glorifiquem sem cessar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=23%2F11%2F2025&leitura=meditacao

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