quinta-feira, 20 de novembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/11/2025

ANO C


Lc 19,41-44

Comentário do Evangelho

O Lamento de Jesus sobre Jerusalém


No Evangelho de hoje (Lc 19, 41-44), vemos Jesus aproximar-se de Jerusalém e, ao contemplar a cidade, derramar lágrimas sobre ela. Ele lamenta que, apesar de Deus ter lhe visitado, a cidade não tenha reconhecido esse momento favorável para a paz. Pede-se então reflexão sobre três aspectos principais:

1. A presença de Deus e o apelo à conversão

Jerusalém é apresentada como o lugar da habitação de Deus, a “cidade da paz” por excelência. Contudo, ao longo da história, seus líderes e habitantes abandonaram os caminhos do Senhor, dando prioridade à injustiça e à impiedade. Assim, Jesus chora sobre a cidade porque a visitação divina — já em sua pessoa — não foi acolhida.

2. A cegueira espiritual e o tempo perdido

Jesus aponta para o “tempo favorável de tua visitação” que, por não ser reconhecido, dará lugar a dias de crise: cercos, destruição e ruína total. Isso simboliza não apenas acontecimentos históricos (como a queda de Jerusalém em 70 d.C.), mas também realidades espirituais: a rejeição de Deus gera consequências sérias. O momento de graça é dado, mas é preciso percebê-lo e responder-lhe.

3. A paz verdadeira como fruto do reconhecimento

A promessa de paz, anunciada pelos profetas, só se realiza se houver acolhimento da visita de Deus. A dureza de coração bloqueia a salvação, e a paz fica oculta aos olhos humanos. Para nós hoje, o convite é claro: abrir‐se à presença de Deus na vida, reconhecer o “hoje” deste momento de salvação e assumir atitude de conversão. Só assim a paz de Deus pode brotar e transformar nossas relações, interiormente e socialmente.

Aplicação:

- Pergunta-me: estou pronto para reconhecer que Deus me visita — no silêncio, nas pessoas, na circunstância — ou passo indiferente?
- Onde na minha vida existe dureza de coração que impede a paz de Deus?
- Que posso fazer hoje para acolher essa visita salvífica e tornar-me instrumento de paz para os outros?

Este trecho nos recorda que a salvação de Deus não é apenas promessa futura, mas convite presente. Que aprendamos a discernir os sinais desse tempo favorável e respondamos com fé e abertura, para que a paz, aquela que Cristo deseja, se manifeste em nós e ao nosso redor.
https://catequisar.com.br/liturgia/20-11-2025/

Reflexão

O choro é sinal universal da dor e do sofrimento. Na Bíblia, representa o gesto simbólico realizado pelos profetas como reação ao mal que Israel sofre. A cena mais conhecida de Jesus chorando é diante da morte do seu amigo Lázaro (em João 11,35). No Evangelho de hoje, vemos outro momento em que Cristo chorou. Tocado por forte comoção, Jesus chora ao ver a cidade de Jerusalém. Com essa atitude, que revela sua delicada sensibilidade, ele expressa seu primeiro lamento: “Ah, se nesse dia, também você conhecesse a mensagem de paz!”. Esse dia refere-se ao tempo da presença do Messias, que vem para estabelecer no mundo a justiça, a paz e, consequentemente, a união entre os povos. O segundo lamento refere-se à destruição da cidade, porque Jerusalém “não reconheceu o tempo em que foi visitada”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/20-quinta-feira-12/

Reflexão

«Se (...) tu compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!»

Rev. D. Blas RUIZ i López
(Ascó, Tarragona, Espanha)

Hoje, a imagem que nos apresenta o Evangelho é a de um Jesus que «chorou» (Lc 19,41) pela sorte da cidade escolhida, que não reconheceu a presença do seu Salvador. Conhecendo as notícias que se deram nos últimos tempos, seria fácil para nós aplicar essa lamentação à cidade que é —à vez— santa e fonte de divisões.
Mas, olhando mais para a frente, podemos identificar esta Jerusalém com o povo escolhido, que é a Igreja, e —por extensão— com o mundo em que esta levará a termo a sua missão. Se assim o fazemos, encontraremos uma comunidade que, ainda que tenha alcançado o topo no campo da tecnologia e da ciência, geme e chora, porque vive rodeada pelo egoísmo dos seus membros, porque levantou ao seu redor os muros da violência e do desordem moral, porque atira no chão os seus filhos, arrastando-os com as cadeias de um individualismo desumanizador. Definitivamente, o que encontraremos é um povo que não soube reconhecer o Deus que o visitava (cf. Lc 19,44).
Porém, nós os cristãos, não podemos ficar na pura lamentação, não devemos ser profetas de desventuras, mas homens de esperança. Conhecemos o final da história, sabemos que Cristo fez cair os muros e rompeu as cadeias: as lágrimas que derrama neste Evangelho prefiguram o sangue com o qual nos salvou.
De fato, Jesus está presente na sua Igreja, especialmente através daqueles mais necessitados. Temos de advertir esta presença para entender a ternura que Cristo tem por nós: é tão excelso o seu amor, diz-nos Santo Ambrósio, que Ele se fez pequeno e humilde para que cheguemos a ser grandes; Ele deixou-se amarrar entre as fraldas como um menino para que nós sejamos liberados dos laços do pecado; Ele deixou-se cravar na cruz para que nós sejamos contados entre as estrelas do céu... Por isso, temos de dar graças a Deus, e descobrir presente no meio de nós aquele que nos visita e nos redime.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Fico horrorizado ao pensar no perigo de que algum dia, por falta de consideração ou por estar absorvido em coisas vãs, eu esqueça o amor de Deus e seja para Cristo motivo de vergonha e opróbrio» (São Basílio Magno)

- «O verdadeiro Deus vem ao nosso encontro com a mansidão "desarmante" do amor» (Bento XVI)

- «(…) Quando [Jesus] já avista Jerusalém, chora sobre ela (324) e exprime, uma vez mais, o desejo do seu coração: ‘Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos’ (Lc 19, 42)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 558)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-20

Reflexão

Anúncio da destruição de Jerusalém

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje Jesus Cristo, chorando por Jerusalém, anuncia seu final dramático, que chegaria ao ano 70. Com a expulsão do procurador Gésio Floro e a defensa eficaz diante o contra-ataque romano, no ano 66 começou a guerra judia. Mas, não foi somente uma guerra dos judeus contra os romanos, senão periodicamente também uma guerra, em boa parte, civil entre correntes judias rivais. Isto foi o primeiro que deu à batalha por Jerusalém tanta atrocidade.
As palavras de Jesus manifestam antes de tudo seu amor profundo por Jerusalém, sua luta apaixonada por atingir o “sim” da Cidade Santa à mensagem que Ele vai transmitir. Mas os núcleos de suas palavras não apontam às ações exteriores da guerra e a destruição, senão ao final no sentido histórico-salvífico do Templo, que se converte na casa que “fica vazia”: Deixa de ser lugar da presença de Deus.
—Jesus, novo Templo de Deus, eu te peço perdão pelas vezes que não soube te acolher.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-11-20

Comentário do Evangelho

Jesus chora por Jerusalém, que será devastada por não ter reconhecido Deus


Hoje ficamos estremecidos diante do lamento de Cristo à vista de Jerusalém. Por que chorou por ela? «Porque virão dias sobre ti, em que teus inimigos te rodearão de estacadas, te cercarão e te apertarão por todo lado, e te jogarão contra o piso a ti e a teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra». Isso ocorreu! Por que ocorreu? «Porque não conheceu o tempo de tua visita».
—Quantas vezes Jesus te visitou? O tempo —também o tempo da visita de Deus— está para “negociar”, para responder, não para fazer de conta que está surdo…
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-11-20

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Mistério da vida: Jesus chora sobre Jerusalém por recusar a salvação, a paz que lhe trazia. É a fragilidade do amor diante de corações que lhe impedem de amar, que recusam ser amados! Outro lado do mesmo amor: a depender de si, nada é capaz de lhe impedir que vá até o fim, mesmo sob risco de perder a própria vida. O rei, sob ameaça de morte, obrigava os judeus a renegarem a fé. Matatias e familiares decidem: “não atenderemos às ordens do rei e não nos desviaremos de nossa religião, nem para a direita, nem para a esquerda”. E fugiram para as montanhas, “abandonando tudo o que possuíam na cidade”.
Coleta
SENHOR NOSSO DEUS, concedei-nos a graça de sempre nos alegrar em vosso serviço, porque só alcançaremos duradoura e plena felicidade sendo fiéis a vós, criador de todos os bens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=20%2F11%2F2025&leitura=meditacao

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