sexta-feira, 14 de novembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/11/2025

ANO C


Lc 17,26-37

Comentário do Evangelho

A Vigilância do Cristão


No evangelho de hoje, somos convidados a reconhecer que o Reino de Deus não se manifesta com pompa ou sinais externos, mas já está presente entre nós e em nós. Ele não se revela apenas em eventos espetaculares, mas no cotidiano da fé, da esperança e da caridade. A metáfora do dilúvio e da destruição de Sodoma remete à urgência de estarmos vigilantes, de não nos deixarmos adormecer na rotina ou nos confortos do mundo.
Além disso, Jesus nos alerta para duas atitudes conflitantes: de um lado, a tentação de entender o Reino como algo meramente futuro, visível e espetacular; do outro, a chamada para uma conversão imediata, que implica desprendimento, fidelidade e uma escuta constante à sua voz. Quando Ele afirma que quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem a perder por Ele a salvará, aponta para o paradoxo do discípulo — o verdadeiro seguimento exige morte para o egoísmo e nascimento para a vida nova.
Portanto, o evangelho nos pergunta: como eu vivo hoje o Reino que já está aqui? Será que percebo o outro como parte desse Reino em construção? Será que confio mais nos sinais exteriores do que na presença silenciosa de Deus em minhas escolhas diárias? A fé nos convida a ser vigilantes, não apenas aguardando o espetáculo, mas participando ativamente da edificação do Reino com gestos de amor, justiça e compaixão.
Que essa leitura nos ajude a cultivar olhos para ver o Reino nos pequenos gestos e corações abertos — e mãos prontas para agir segundo a vontade do Pai.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-vigilancia-do-cristao/

Comentário do Evangelho

Assim será no dia em que for revelado o Filho do Homem


O discurso sobre a vinda do Reino de Deus e do Filho do Homem continua. Jesus toma o exemplo de dois julgamentos típicos da tradição bíblica sobre os pecadores. Os contemporâneos de Noé mergulharam numa vida de corrupção e de violência. Não ouviram ao apelo de Deus e experimentaram a destruição ocasionada pelo dilúvio. Da mesma forma, os habitantes de Sodoma, cidade símbolo de uma vida imersa no pecado. São surpreendidos com sua destruição causada pelo fogo e pelo enxofre descidos do céu. As preocupações da vida desviaram seus olhares da vontade de Deus. Da mesma forma acontece com a geração incrédula, contemporânea do Messias, que rejeitou seu evangelho. Ela é alertada que o julgamento de Deus ocorre no cotidiano, sem sinais extraordinários. Por isso, é preciso estar atento e desapegado das pessoas e das coisas, e dispostos a arriscar tudo pelo Reino, ofertando a vida na fidelidade ao projeto salvífico de Deus. Quem preservar sua vida, retendo seus dons e não se abrindo à graça de Deus, acaba perdendo-se na mediocridade. Sejamos sinal do Reino na vida dos irmãos!
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/assim-sera-no-dia-em-que-for-revelado-o-filho-do-homem-141125

Reflexão

O destino de Noé e de Ló, na tradição judaica, era considerado um exemplo da intervenção divina em favor dos justos e da severa punição dos ímpios. As pessoas do seu tempo não são todas pecadoras ou más, eram semelhantes a nós, gente que comia e bebia, casava-se e trabalhava, homens e mulheres ocupados nas atividades do cotidiano. Atividades que muitas vezes nos vão despersonalizando, impedindo-nos de contemplar a beleza que nos rodeia e, sobretudo, a beleza do Deus criador. Uma vida centrada apenas no ativismo estéril se torna sobrevivência e transforma-nos em “profetas da desgraça”. O Evangelho de hoje nos interpela a olhar para o céu, a sair de nós mesmos, das nossas atividades, do nosso pequeno mundo, para que possamos nos abrir à existência criada. Jesus convoca os ouvintes a vigiar, a fim de estarmos prontos diante do julgamento divino.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/14-sexta-feira-12/

Reflexão

«Comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam»

Fr. Austin NORRIS
(Mumbai, India)

Hoje, no texto do Evangelho está marcados o final dos tempos e a incerteza da vida, não tanto para atemorizar-nos, quanto para estarmos bem precavidos e atentos, preparados para o encontro com nosso Criador. A dimensão do sacrifício presente no Evangelho se manifesta em seu Senhor e Salvador Jesus-cristo liderando-nos com seu exemplo, em vista de estar sempre preparados para buscar e cumprir a Vontade de Deus. A vigilância constante e a preparação são o selo do discípulo vibrante. Não podemos ser semelhantes às pessoas que «comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam» (Lc 17,28). Nós, discípulos, devemos estar preparados e vigilantes, não fosse que terminássemos por ser arrastados para um letargo espiritual escravo da obsessão —transmitida de uma geração à seguinte— pelo progresso na vida presente, pensando que —depois de tudo— Jesus não voltará.
O secularismo tem criado profundas raízes em nossa sociedade. A investida da inovação e a rápida disponibilidade de coisas e serviços pessoais nos faz sentir autossuficientes e nos despoja da presença de Deus em nossas vidas. Só quando uma tragédia nos machuca despertamos de nosso sonho para ver a Deus no meio de nosso “vale de lágrimas”... Inclusive deviéramos estar agradecidos por esses momentos trágicos, porque certamente servem para robustecer nossa fé.
Em tempos recentes, os ataques contra os cristãos em diversas partes do mundo, incluindo meu próprio país —a Índia— sacudiu nossa fé. Mas o Papa Francisco disse: «No entanto, os cristãos estão desesperançados porque, em última instância, Jesus faz uma promessa que é garantia de vitória: ‘Quem perca sua vida, a conservará’ (Lc 17,33)». Esta é uma verdade na qual podemos confiar… Ele, poderoso testemunha de nossos irmãos e irmãs, que dão sua vida pela fé e por Cristo não será em vão.
Assim, nós lutamos por avançar na viagem de outras vidas na sincera esperança de encontrar ao nosso Deus «o Dia em que o Filho do homem se manifeste» (Lc 17,30).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Mais do que o pecado em si, o que irrita e ofende a Deus é que os pecadores não sintam nenhuma dor pelos seus pecados» (São João Crisóstomo)

- «A pretensão de que a humanidade possa fazer justiça sem Deus é presunçosa e intrinsecamente falsa. Se as maiores crueldades derivaram desta premissa, não é por acaso» (Bento XVI)

- «(…) A caridade constitui o maior mandamento social. Ela respeita o outro e os seus direitos, exige a prática da justiça, de que só ela nos torna capazes e inspira-nos uma vida de entrega: ‘Quem procurar preservar a vida, há-de perdê-la; quem a perder, há-de salvá-la’ (Lc 17, 33)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1889)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-14

Reflexão

«Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la; e quem a perder, vai salvá-la»

Rev. D. Enric PRAT i Jordana
(Sort, Lleida, Espanha)

Hoje, no contexto predominante de uma cultura materialista, muitos agem como nos tempos de Noé: «Comiam, bebiam, homens e mulheres casavam-se»(Lc 17,27);acontecerá como nos dias de Ló: Comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam» (Lc 17,28). Com uma visão tão míope, a aspiração suprema de muitos reduz-se a sua própria vida física temporal e, em consequência, todo seu esforço orienta-se a conservar essa vida, a protege-la e enriquecê-la.
No fragmento do Evangelho que estamos comentando, Jesus quer sair ao passo dessa concepção fragmentária da vida que mutila ao ser humano e o leva à frustação. E o faz mediante uma sentença séria e contundente, capaz de remover as consciências e de obrigar a fazer perguntas fundamentais: «Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la; e quem a perder, vai salvá-la». (Lc 17,33). Meditando sobre este ensino de Jesus Cristo, diz São Agostinho: «Que dizer, então? Pereceram todos os que fazem essas coisas, isto é, quem se casa, plantam videiras e edificam? Não eles, senão quem presumem dessas coisas, quem antepõem essas coisas a Deus, quem estão dispostos a ofender a Deus ao instante por essas coisas».
De fato, quem perde a vida por conservá-la senão aquele que viveu exclusivamente na carne, sem deixar aflorar o espirito; ou ainda mais, aquele que vive ensimesmado, ignorando por completo aos demais? Porque é evidente que a vida na carne se perde necessariamente e, que a vida no espírito, se não se compartilha, debilita-se.
Toda a vida, por ela mesma, tende naturalmente ao crescimento, à exuberância, à frutificação e a reprodução. Pelo contrário, se é sequestrada e encerrada no intento de apodera-se afanosa e exclusivamente, murcha-se, esteriliza-se e morre. Por esse motivo, todos os santos, tomando como modelo a Jesus, que viveu intensamente para Deus e para os homens, deram generosamente sua vida de multiformes maneiras ao serviço de Deus e de seus semelhantes.
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-14

Reflexão

O Juízo Final: resposta às injustiças da história

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje em dia, desvaneceu-se a ideia do Juízo Final: a fé cristã orienta-se sobretudo para a salvação pessoal da alma; a reflexão sobre a história universal está, contudo, dominada em grande parte pela ideia do “progresso”.
O ateísmo dos séculos XIX e XX, nas suas raízes e finalidades, é uma moralidade, um protesto contra as injustiças da história: tanto sofrimento de inocentes e tanto cinismo por parte do poder, não podem ser obra de um Deus bom. Porém, embora o protesto contra Deus seja compreensível, a pretensão de que a humanidade possa fazer justiça sem Deus é presunçosa e intrinsecamente falsa. Se desta premissa derivaram as maiores crueldades, não se trata de coincidência.
—Um mundo que tem de criar a sua justiça por si próprio é um mundo sem esperança. A fé no Juízo Final e na nova vinda de Cristo é, acima de tudo, uma esperança, cuja necessidade se tornou mais evidente precisamente nas convulsões dos últimos séculos.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-11-14

Comentário do Evangelho

Os dias de Noé... Esta vida tem um limite; vamos trabalhar para a Vida Eterna


Hoje, Jesus continua a chamar-nos à fidelidade, sem adormecermos. Que aconteceu nos dias de Noé? «Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento [distraíam-se], até ao dia em que Noé entrou na arca; veio o dilúvio e matou-os todos». Exagerado? Não! Também para ti chegará o dia do Filho do Homem. Ou será que vais viver eternamente neste mundo? Serias o primeiro caso! E para não perecer eternamente o melhor é merecer permanentemente. Rezar, trabalhar, amar, ajudar…
- «E perguntaram-Lhe: ‘Onde será isto, Senhor?’. E Ele respondeu: ‘Onde estiver o cadáver, ali se reunirão também os abutres’». Perguntar menos e trabalhar mais!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-11-14

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Insensato é quem admira a beleza das coisas, mas não chega à beleza máxima do Criador de todas elas, “os céus proclamam a glória do Senhor”. Jesus não é obra divina que nos leva a Deus; é o próprio Deus entre nós e que inaugurou o caminho da vida. É preciso levá-lo a sério. Quando ele voltar a nós, para o acerto de contas, que não se repitam os dias de Noé nem de Sodoma: quem não leu os sinais e alertas de conversão, foi tragado ou pelo dilúvio ou pela destruição de Sodoma. À sua volta, estejamos prontos a recebê-lo onde estivermos, sem precisar apanhar os bens em casa, sem precisar sair de onde estivermos. Se estivermos perdendo a vida pelo próximo, como Jesus, temos tudo, estamos preparados, não precisamos de mais nada.
Coleta
DEUS DE PODER E MISERICÓRDIA, dignai-vos afastar de nós toda adversidade, para que, sem impedimento do corpo e do espírito, nos dediquemos com plena disposição ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=14%2F11%2F2025&leitura=meditacao

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