ANO C
Lc 17,20-25
Comentário do Evangelho
A vinda do Reino de Deus é surpreendente.
Nosso trecho tem dois destinatários: os fariseus (v. 20) e os discípulos (v. 22). Perguntar a Jesus sobre a chegada do Reino de Deus (cf. v. 20) é ignorar a sua presença já no meio deles (cf. v. 21). O Reino de Deus já foi comparado por Jesus a uma semente de mostarda que um homem lança na terra, ou a um pouco de fermento que uma mulher põe na massa. Daí que procurar o Reino de Deus num fato extraordinário é perder a oportunidade de reconhecê-lo presente em Jesus. O Reino de Deus não se identifica com nenhuma realidade terrena, mas está presente em tudo, pois ele perpassa toda a realidade humana. Não se trata de uma percepção ótica (v. 22); ele precisa ser discernido. A presença viva do Reino de Deus é o “Filho do Homem” no “seu dia” (v. 24), menção à sua Ressurreição (cf. v. 25). A vinda do Reino de Deus é surpreendente, escapa a qualquer previsão ou cálculo. Ao discípulo cabe estar preparado para acolhê-lo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre meus olhos para que eu possa perceber, na pessoa e no ministério de Jesus, a presença de teu Reino na nossa História. E, reconhecendo-o, eu me deixe guiar por ele.
Fonte: Paulinas em 14/11/2013
Comentário do Evangelho
Reconhecer o Reino nos gestos e palavras de Jesus
Os interlocutores de Jesus no Evangelho de hoje são os fariseus e os discípulos. Os sinais do Reino de Deus precisam ser sempre discernidos e compreendidos, pois todo sinal, por sua própria natureza, é ambíguo. A pergunta dos fariseus sobre a chegada do Reino de Deus revela ignorância de que ele já está presente no meio deles, através da pessoa de Jesus. O Reino de Deus não vem ostensivamente, diz Jesus. Isso não é novidade para o leitor, pois o Reino já foi comparado a uma semente de mostarda e a um pouco de fermento que uma mulher mistura na massa de farinha de trigo. Procurar o Reino de Deus num fato extraordinário ou esperar que isso aconteça é perder a oportunidade de reconhecê-lo nos gestos e palavras de Jesus. O Reino de Deus não se identifica com nenhuma realidade terrestre, nem com qualquer situação sociopolítica ou econômica. Ele, no entanto, pode estar presente em tudo, pois perpassa todas as dimensões da existência humana. O Reino de Deus não exige nenhuma percepção óptica, por isso, precisa sempre ser discernido. Do discípulo ele exige vigilância para poder reconhecê-lo e acolhê-lo. “Reino de Deus” é um modo de falar da ação de Deus na pessoa e na história humana.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, abre meus olhos para que eu possa perceber, na pessoa e no ministério de Jesus, a presença de teu Reino na nossa História. E, reconhecendo-o, eu me deixe guiar por ele.
Fonte: Paulinas em 12/11/2015
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VÓS!
Começa o pequeno Discurso Escatológico de Lucas. Os fariseus perguntam sobre o momento da chegada do Reino de Deus. Eles tentam manter viva a esperança do povo por meio da penitência e do cumprimento estrito da Lei. A preocupação com o reinado de Deus era enorme, sobretudo em tempos de perseguição ou da presença opressora do Império Romano. Aliás, essa é a mesma preocupação dos discípulos de Jesus.
Muitos imaginavam o Reino como a restauração política de Israel. A questão estava centrada no quando, o momento preciso de sua manifestação. Jesus, então, ajuda seus discípulos a compreender que o Reino não vem com poder. Não há sinais misteriosos de sua vinda. Não se pode apreendê-lo ou controlá-lo.
Na verdade, o Reino já é uma realidade atuante: ele está presente em qualquer lugar ou em qualquer pessoa em que a ação de Jesus é continuada. Jesus é autobasileia: a própria manifestação do Reino, que está no meio dos discípulos e discípulas, no seu interior. É uma experiência de tal modo revolucionária da presença do Espírito Santo que nos faz criaturas completamente novas.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 16/11/2023
Vivendo a Palavra
Ou descobrimos o Reino de Deus dentro de nós, ou procuraremos em vão. O Reino é tesouro escondido, é pérola preciosa. Precisamos nos tornar crianças, vencer o egoísmo, vender o que temos, abrir mão do que somos e doar tudo para os irmãos. Poderemos, então, entrar na posse do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/11/2013
Vivendo a Palavra
O Reino de Deus não vem com sinais exteriores, porque está dentro de nós! A partir da revelação dessa realidade sublime – Deus em nós, no nosso coração – a compreensão da Palavra de Jesus adquire mais profundidade e eficácia para nos guiar na caminhada de volta ao Lar Paterno, junto com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/11/2015
VIVENDO A PALAVRA
Não precisamos esperar um tempo, nem sair por aí a procurar: o Reino de Deus já está dentro de nós! Desde agora! Mas é necessário que nós sejamos ousados e o conquistemos. Ele não é um lugar ou um momento, mas a Presença inefável da Trindade em nós, perpetuando a obra da Criação, da Redenção e da Santificação. Um jeito novo de nos sentirmos filhos amados.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2017
VIVENDO A PALAVRA
Ou descobrimos o Reino de Deus dentro de nós, ou procuramos em vão. O Reino é tesouro escondido, é pérola preciosa. Precisamos nos tornar crianças, vencer o egoísmo, vender o que temos, abrir mão do que somos e doar tudo para os irmãos. Poderemos, então, entrar na posse do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/11/2019
Reflexão
O Evangelho de hoje nos mostra que precisamos reconhecer a presença do Reino de Deus no meio dos homens para que possamos reconhecer a presença de Jesus em nosso meio. E vamos encontrar Jesus presente no meio de nós nos que sofrem, que são rejeitados, que são excluídos da sociedade. A sociedade não quer viver os valores do Reino de Deus e vive do egoísmo, do acúmulo de bens, da busca desenfreada de poder e de prazer, da escravidão dos vícios, etc. Os membros dessa sociedade vivem uma fé superficial, materialista, mesquinha e descompromissada, que faz com que queiram ver Jesus, mas não possam vê-lo, pois não o reconhecem nos pobres e necessitados.
Fonte: CNBB em 14/11/2013 e 12/11/2015
Reflexão
Os fariseus imaginavam que o Reino de Deus só chegaria quando todo o povo observasse a Lei em suas mínimas prescrições. Pedem a Jesus uma definição: quando iria chegar esse Reino? Jesus responde que a vinda do Reino não depende de cálculos ou grandes rumores. O Reino de Deus começou na pessoa e na prática de Jesus no meio de seus contemporâneos. O Reino se torna presente e visível sempre que as pessoas praticam a justiça, criando relações de fraternidade. O dia do Filho do Homem (Jesus) é o tempo após sua ressurreição, que será coroado com sua manifestação final. Então, quando ele vier na sua glória, o fato será evidente para todos. Entretanto, “primeiro ele deve sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. A paixão de Jesus será momento crucial e fundamental para o desenvolvimento do Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 14/11/2019
Reflexão
Os fariseus imaginavam que o Reino de Deus só chegaria quando todo o povo observasse a Lei em suas mínimas prescrições. Pedem a Jesus uma definição: quando iria chegar esse Reino? Jesus responde que a vinda do Reino não depende de cálculos ou grandes rumores. O Reino de Deus começou na pessoa e na prática de Jesus no meio de seus contemporâneos. O Reino se torna presente e visível sempre que as pessoas praticam a justiça, criando relações de fraternidade. O dia do Filho do Homem (Jesus) é o tempo após sua ressurreição, que será coroado com sua manifestação final. Então, quando ele vier na sua glória, o fato será evidente para todos. Entretanto, “primeiro ele deve sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. A paixão de Jesus será momento crucial e fundamental para o desenvolvimento do Reino.
Oração
Ó Jesus, Filho do Homem, teus discípulos esperavam grandiosa intervenção divina no mundo. Esclareces que o Reino de Deus é construído discretamente, à medida que as pessoas aceitam tua mensagem e te seguem. Dá-nos, Senhor, coração sensível e amoroso, a fim de favorecermos a expansão do teu Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 11/11/2021
Reflexão
Os fariseus imaginavam que o Reino de Deus só chegaria quando todo o povo observasse a Lei em suas mínimas prescrições. Pedem a Jesus uma definição: quando iria chegar esse Reino? Jesus responde que a vinda do Reino não depende de cálculos ou grandes rumores. O Reino de Deus começou na pessoa e na prática de Jesus no meio de seus contemporâneos. O Reino se torna presente e visível sempre que as pessoas praticam a justiça, criando relações de fraternidade. O dia do Filho do Homem (Jesus) é o tempo após sua ressurreição, que será coroado com sua manifestação final. Então, quando ele vier na sua glória, o fato será evidente para todos. Entretanto, “primeiro ele deve sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. A paixão de Jesus será momento crucial e fundamental para o desenvolvimento do Reino.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 16/11/2023
Reflexão
«O Reino de Deus está no meio de vós»
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje, os fariseus perguntam a Jesus uma coisa que interessou sempre como uma mistura de interesse, curiosidade, medo...: Quando virá o Reino de Deus? Quando será o dia definitivo, o fim do mundo, o retorno de Cristo para julgar aos vivos e aos mortos no juízo final?
Jesus disse que isso é imprevisível. O único que sabemos é que virá subitamente, sem avisar: «como o relâmpago»(Lc 17,24), um acontecimento repentino e ao mesmo tempo, cheio de luz e de glória. Em quanto às circunstâncias, a segunda chegada de Jesus permanece no mistério. Mas Jesus dá-nos uma pista autêntica e segura: desde agora, «o Reino de Deus está no meio de vós» (Lc 17,21). Ou: «dentro de nós».
O grande sucesso do último dia será um fato universal, mas também acontece no pequeno microcosmo de cada coração. É aí onde se tem que buscar o Reino. É no nosso interior onde está o Céu, onde temos de encontrar a Jesus.
Este Reino, que começará imprevisivelmente fora, pode começar já agora dentro de nós. O último dia configura-se já agora no interior de cada um. Se queremos entrar no Reino no dia final, temos de fazer entrar agora o Reino dentro de nós. Se queremos que Jesus naquele momento definitivo seja nosso juiz misericordioso, temos que fazer que Ele desde agora seja nosso amigo e hospede interior.
São Bernardo, no sermão de Advento, fala de três vindas de Jesus. A primeira vinda, quando se fez homem; a última, quando virá como juiz. Há uma vinda intermédia, que é a que tem lugar agora no coração de cada um de nós. É aí donde se fazem presentes, em relação pessoal e de experiência, a primeira e a última vinda. A sentencia que pronunciará Jesus no dia do Juízo, será a que agora ressoe no nosso coração. Aquilo que ainda não chegou, agora já é uma realidade.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Quando o dia já declinava para o pôr-do-sol, o Senhor entregou, na cruz, a alma que depois havia de recuperar, porque não a perdeu contra a sua vontade. Também estivemos representados ai!» (Santo Agostinho)
- «Também o sofrimento, a cruz quotidiana da vida —a cruz do trabalho, da família, de fazer bem as coisas— esta pequena cruz quotidiana faz parte do Reino de Deus» (Francisco)
- «Na Eucaristia (…) os pedidos que fazemos ao nosso Pai, diferentemente das orações da Antiga Aliança, apoiam-se no mistério da salvação já realizada, duma vez para sempre, em Cristo crucificado e ressuscitado» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.771)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 16/11/2023
Reflexão
O "Discurso Escatológico” de Jesus
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje introduzimos o grande "Discurso Escatológico", com os temas centrais da destruição de Jerusalém e do seu Templo, do Juízo final e do fim do mundo. Este discurso —transmitido pelos três Evangelhos Sinópticos com diferentes variantes— deve de considerar-se, talvez como o texto más difícil dos Evangelhos.
Ele se deve à complexidade do conteúdo. Em parte, refere-se a acontecimentos históricos que já sucederam, mas em grande parte vê também um futuro que vai mais além das realidades temporais. Jesus, que fala sempre em continuidade com a Lei e os Profetas, explica o conjunto com uma trama de palavras da Escritura, na qual inclui a novidade de sua missão: o filho do homem traz a justiça de Deus, antes que nada, dando sua vida por nós.
—Não se trata da descrição do destino (como seria esperar dos adivinhos), e sim de introduzir o essencial do futuro na Palavra de Deus, mostrando-nos o caminho reto para o agora e para o amanhã.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 16/11/2023
Recadinho
E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. As pessoas vos dirão: “Ele está ali” ou “Ele está aqui”. Não deveis ir, nem correr atrás. Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/11/2013
Meditação
Os fariseus perguntavam quando iria se manifestar o poder de Deus para a salvação prometida. Como muitos ainda hoje, também eles imaginavam que o poder de Deus iria se manifestar cercado de milagres e prodígios... Com tanta clareza que ninguém poderia duvidar. Jesus diz que não será assim: o poder de Deus manifesta-se discretamente, por isso, temos de estar atentos para o perceber entre nós.
Oração
Ó Deus, que realizastes a obra da redenção humana pelo mistério pascal de vosso Filho, concedei que, proclamando a morte e a ressurreição de Cristo, confiantes nos sinais do sacramento possamos colher cada vez mais os frutos da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 16/11/2023
Comentário sobre o Evangelho
Os fariseus perguntam quando o Reino de Deus vem: Jesus trouxe a Deus!
Hoje, temos outra pergunta pouco inteligente. Desta vez vem dos fariseus. É a típica pergunta de curiosidade humana que se esquece do fundamental. O importante não é o “quando” mas o “quê”. Entre outras coisas, porque o Reino dos céus já está no meio de nós, discretamente, sem ruido: a Igreja, os sacramentos, a Palavra de Deus, os fiéis… Parece-te pouco? Se Jesus não tivesse vindo…
- Jesus veio e trouxe-nos o fundamental: Deus. Então, e as guerras?, a fome?, as injustiças? Acontecem porque Deus veio e não O seguimos!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 16/11/2023
Meditando o Evangelho
A MANIFESTAÇÃO DO REINO
No tempo de Jesus, eram fortes as expectativas do fim do mundo e da manifestação de Deus na história humana. A dominação estrangeira já se tornara insuportável. A falta de liberdade, certas atitudes abusivas das autoridades romanas, e o cansaço pela espera do fim geravam uma febre escatológica. Acabava-se por ver o Messias, em toda parte.
Certos grupos, de caráter apocalíptico, iam além. Chegavam a estabelecer calendários, calcular datas, determinar sinais indicativos da consumação dos tempos. É possível que suas descrições aterradoras de guerras, fome e pestes acabassem por gerar um clima de terror no coração das pessoas.
Os fariseus, por sua vez, pregavam o caminho da estrita observância da Lei e a penitência como a forma de melhor preparar-se para a chegada do Messias. Os essênios segregaram-se no deserto, às margens do Mar Morto, formando uma comunidade continuamente voltada para as purificações rituais, à espera do Messias vindouro.
Jesus procurou libertar os discípulos deste escatologismo inútil. Em primeiro lugar, porque o Reino de Deus já estava presente na história humana, na ação do Filho de Deus. Em tudo quanto fazia ou pregava, era o próprio Deus interpelando a humanidade. Em segundo lugar, porque, por ocasião da segunda vinda do Messias, todos haveriam de dar-se conta de sua chegada. Por conseguinte, qualquer preocupação a este respeito seria desnecessária.
Oração


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