ANO C
Lc 10,25-37
Comentário do Evangelho
A vida consiste no amor
No diálogo com um doutor da Lei sobre o que fazer para ter a vida eterna, Jesus afirma que a vida consiste no amor a Deus e no amor ao próximo. Uma parábola esclarece quem é o "próximo". O samaritano, excluído pelo judaísmo, é aquele que se faz próximo do sofredor, resgatando-lhe a vida. Em contraste, o doutor da Lei e o escriba passam indiferentes.
O gesto do samaritano é exemplar: "Vai tu e faze a mesma coisa". Jesus mostra como o amor deve ser concretizado na solidariedade e ajuda aos mais carentes e necessitados. E este amor é eterno. Tudo passa, mas o amor permanece para sempre.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
Fonte: Paulinas em 08/10/2012
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
AMARÁS O SENHOR, TEU DEUS, DE TODO O TEU CORAÇÃO
A partir da pergunta sobre o próximo, Jesus conta a parábola do bom samaritano. Um doutor da Lei propõe a Jesus uma questão, mas não tem interesse na resposta. Só quer testá-lo. No diálogo, Jesus lhe devolve a pergunta sobre o sentido da vida, sobre a vida eterna. O homem responde corretamente, citando a Escritura: alguém tem vida se ama a Deus e ao próximo. O problema é sua compreensão de “próximo”. Jesus conta uma história.
Os personagens: o homem ferido, um sacerdote, um levita, um samaritano e o hospedeiro. O sacerdote e o levita agem pelos rigores da Lei: não querem ficar impuros, passam pelo lado oposto. O samaritano, estrangeiro e pecador, torna-se o próximo. Ele viu e sentiu compaixão. Sua compaixão, contudo, transforma-se em sete ações concretas: aproximou-se; enfaixou os ferimentos; pôs azeite e vinho; colocou-o em seu animal; levou-o a uma pensão; cuidou dele; e pagou a despesa.
Jesus revira nossa mentalidade, destrói os preconceitos. Somos convertidos pela vida concreta, pela realidade. Assim, descobrimos quem verdadeiramente é o próximo. Jesus diz: “Vai e faze a mesma coisa”. A carne ferida de Cristo está caída à beira do caminho. Aí começa o céu.
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 09/10/2023
Vivendo a Palavra
Para Jesus, a pergunta correta não é ‘quem é o meu próximo’, mas ‘de quem eu me faço próximo?’ Não se trata apenas de uma distância física, mas da distância afetiva, a distância do cuidado, do zelo pelo outro, da disposição de nos doarmos àqueles que a vida colocou ao longo do nosso caminho.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2012
VIVENDO A PALAVRA
Diante do escriba, preocupado em teorizar sobre o que é necessário para receber a vida eterna, Jesus dá o exemplo de um amor eficaz. Aquele samaritano talvez nem soubesse verbalizar o seu amor, mas sabia vivê-lo em plenitude. A ordem do Mestre não deixa dúvidas: «Vá, e faça a mesma coisa.»
Fonte: Arquidiocese BH em 09/10/2017
VIVENDO A PALAVRA
Para Jesus, a pergunta correta não é ‘quem é o meu próximo’, mas ‘de quem eu me faço próximo?’ Não se trata apenas de uma proximidade física, mas da proximidade afetiva, a proximidade do cuidado, do zelo pelo outro, da disposição de nos doarmos àqueles que a vida colocou ao longo do nosso caminho.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2018
Reflexão
O maior mandamento que Jesus nos deu foi a Lei do Amor. Mas infelizmente, a palavra amor tem inúmeras conotações no dia de hoje, a maioria delas contrária ao espírito do Evangelho e aos valores do Reino, daí a importância da parábola do Bom Samaritano que nos mostra que amor de verdade é gesto concreto, é sair do próprio comodismo e ir ao encontro do outro, seja ele ou ela quem for, ser capaz de perceber todos os seus problemas e todas as suas necessidades, deixar-se mover pelo sentimento de compaixão e, cheio de misericórdia, fazer tudo o que estiver ao alcance para que a vida seja melhor para todos.
Fonte: CNBB em 08/10/2012
Reflexão
A pergunta do especialista da Lei – “Quem é o meu próximo?” – leva Jesus a narrar uma de suas mais eloquentes parábolas. Nem sempre os conhecedores da Lei são os que a praticam. O sacerdote e o levita, funcionários do culto, viram o homem sangrando à beira do caminho e simplesmente seguiram em frente. Dois religiosos sem coração. O samaritano, ao invés, ao deparar-se com o desconhecido em situação deplorável, faz mais do que os ouvintes podiam imaginar. Enche-se de compaixão, aproxima-se dele, trata-lhe as feridas, estende-o sobre seu jumento e o conduz até a hospedaria. Providencia comida e pouso, com a promessa de passar aí, quando voltar, para acertos finais, se houver. Um estrangeiro compassivo. Não basta conhecer o mandamento do amor, é necessário praticá-lo.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 08/10/2018
Reflexão
Um especialista em Lei quer pôr Jesus à prova com sua pergunta. Pôr à prova, aqui, pode significar duas coisas: primeira, apanhar Jesus na resposta; segunda, ganhá-lo para a classe rica. A pergunta é sobre a vida eterna. Os que não querem se comprometer com o irmão necessitado falam habitualmente da vida eterna. Jesus o puxa para a realidade desta vida. E, ao contar a parábola do bom samaritano, força o especialista em Lei a dar a resposta justa: o próximo do homem machucado é quem o acode, usando de misericórdia. Diante da vítima, o samaritano não faz nenhuma pergunta; entra logo em ação. Não se deixa paralisar por nenhum tipo de preconceito ou obstáculo: nacionalidade, religião, ocupações urgentes. Jesus não teve muito trabalho com o doutor da Lei e foi direto ao ponto: “Vá, e faça você também a mesma coisa”.
Oração
Ó Mestre e Senhor, narras com maestria a encantadora parábola de um samaritano que trata com misericórdia o desconhecido que fora vítima de assaltantes. Ensinamento oportuno, de clareza incomparável. Move-nos, Senhor, a praticar, dia a dia, tua mensagem de amor e solidariedade. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 04/10/2021
Reflexão
Um especialista em Lei quer pôr Jesus à prova com sua pergunta. Pôr à prova, aqui, pode significar duas coisas: primeira, apanhar Jesus na resposta; segunda, ganhá-lo para a classe rica. A pergunta é sobre a vida eterna. Os que não querem se comprometer com o irmão necessitado falam habitualmente da vida eterna. Jesus o puxa para a realidade desta vida. E, ao contar a parábola do bom samaritano, força o especialista em Lei a dar a resposta justa: o próximo do homem machucado é quem o acode, usando de misericórdia. Diante da vítima, o samaritano não faz nenhuma pergunta; entra logo em ação. Não se deixa paralisar por nenhum tipo de preconceito ou obstáculo: nacionalidade, religião, ocupações urgentes. Jesus não teve muito trabalho com o doutor da Lei e foi direto ao ponto: “Vá, e faça você também a mesma coisa”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 09/10/2023
Reflexão
«Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?»
Rev. Pe. Ivan LEVYTSKYY CSsR
(Lviv, Ucrnia)
Hoje, a mensagem evangélica assinala o caminho da vida: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração (...) e teu próximo como a ti mesmo!»(Lc 10,27) E porque Deus nos amou primeiro, leva-nos à união com Ele. Santa Teresa de Calcutá disse: «Nós necessitamos dessa união íntima com Deus na nossa vida quotidiana. Mas, como podemos consegui-la? Através da oração». Estando em união com Deus começamos a experimentar que tudo é possível com Ele, inclusive amar o próximo.
Alguém dizia que o cristão entra na Igreja para amar a Deus e sai para amar o próximo. O Papa Bento sublinha que o programa do cristão - o programa do bom samaritano, o programa de Jesus - é «um coração que vê». Ver e parar! Na parábola, duas pessoas veem o necessitado, mas não param. Por isso Cristo repreende os fariseus dizendo: «Tendes olhos e não vedes» (Mc 8,18) Pelo contrário, o samaritano vê e para, tem compaixão e assim salva a vida ao necessitado e a si mesmo.
Quando o famoso arquiteto catalão Antonio Gaudí foi atropelado por um eléctrico, algumas pessoas que passavam não pararam para ajudar aquele ancião ferido. Não levava nenhum documento e pelo aspecto parecia um mendigo. Se tivessem sabido quem era aquele próximo, certamente teriam feito fila para o ajudar.
Quando praticamos o bem, pensamos que o fazemos pelo próximo, mas na verdade também o fazemos por Cristo: «Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40) E o meu próximo, disse Bento XVI, é qualquer pessoa que tenha necessidade de mim e que eu possa ajudar.
Se cada um, ao ver o próximo em necessidade, parasse e se compadecesse dele uma vez por dia ou por semana, a crise diminuiria e o mundo seria melhor. «Nada nos faz tão semelhantes a Deus como as boas obras» (São Gregório de Nisa).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Porque o objetivo que se nos foi indicado não consiste em algo pequeno, mas sim que nos esforcemos pela possessão da vida eterna» (São Cirilo de Jerusalém)
- «No programa messiânico de Cristo, que é a sua vez o programa do reino de Deus, o sofrimento está presente no mundo para provocar amor, para fazer nascer obras de amor ao próximo» (São João Paulo II)
- «Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: “Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna” (1Jo 3, 14-15)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1033)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 09/10/2023
Reflexão
«Aquele que usou de misericórdia para com ele»
Ir. Lluís SERRA i Llançana
(Roma, Italia)
Hoje, um mestre da Lei faz a Jesus uma pergunta que talvez nos tenhamos feito mais de uma vez: «Que hei de fazer para ter como herança a vida eterna?» (Lc 10,25). Era uma pergunta feita com segundas intenções, pois queria pôr Jesus à prova. O mestre responde sabiamente o que diz a Lei, isto é, amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (cf. Lc 10,27). A chave é amar. Se buscarmos a vida eterna, sabemos que «a fé e a esperança passarão, enquanto que o amor não passará nunca» (cf. 1Cor 13,13). Qualquer projeto de vida e qualquer espiritualidade cujo centro não seja o amor nos distancia do sentido da existência. Um ponto de referência importante é o amor a si mesmo, frequentemente esquecido. Somente podemos amar a Deus e ao próximo desde nossa própria identidade.
O mestre da Lei vai mais longe ainda e pergunta a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10,29). A resposta chega através de um conto, de uma parábola, de historia curta, sem formulações teóricas complicadas, mas com um grande conteúdo. O modelo de próximo é um samaritano, quer dizer um marginado, um excluído do povo de Deus. Um sacerdote e um levita passam de longe ao ver o homem espancado e mal ferido. Os que parecem estar mais perto de Deus (o sacerdote e o levita) são os que estão mais distantes do próximo. O mestre da Lei evita pronunciar a palavra samaritano para indicar a quem se comportou como próximo do homem mal ferido e diz: «Aquele que usou de misericórdia para com ele» (Lc 10,37).
A proposta de Jesus é clara: «Vai e faze tu o mesmo». Não é a conclusão teórica do debate, e sim o convite a viver a realidade de amor, o qual é muito mais do que um sentimento etéreo, pois se trata de um comportamento que vence as descriminações sociais e que surge do coração da pessoa. São João da Cruz nos recorda que «ao entardecer da vida te examinarão o amor».
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 09/10/2023
Reflexão
O meu "próximo"
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, no centro da história do bom samaritano, coloca-se-nos a questão fundamental: que fazer para ganhar a vida eterna. Jesus remete para a Bíblia, cuja resposta é indiscutível. Porém o tema deriva para uma questão prática, de elucidação ambígua naquele tempo: “Quem é o meu próximo?".
A uma pergunta tão concreta, Jesus respondeu com esta parábola… E aparece o samaritano, que não se pergunta até onde vai a sua obrigação de solidariedade, nem sequer quais são os méritos necessários para alcançar a vida eterna. Passa-se algo muito diferente: parte-se-lhe o coração e ele próprio se converte em "próximo", para além de qualquer consideração. Aqui a questão modifica-se: não se trata de estabelecer, de entre os outros, quem é ou não o meu próximo. Trata-se de mim próprio.
—Senhor, ajuda-me a ser uma pessoa que ama, uma pessoa de coração aberto que se comove perante a necessidade do outro. Então encontrar-me-ei a mim próprio, ou melhor, será ele que me encontra.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 09/10/2023
Meditação
“E quem é o meu próximo?” A resposta de Jesus é clara. Na parábola, o próximo do samaritano foi o judeu caído à beira da estrada. Ao ver a situação daquele pobre homem, o samaritano enxergou apenas o homem; não perguntou se era amigo ou inimigo, se era bom ou mau. Viu apenas que era um homem que precisava de ajuda. E simplesmente ajudou; fez o que era necessário fazer, fez até mais do que se esperaria. Será que nós andamos a pesar as coisas antes de praticar o bem?
Oração
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis no vosso imenso amor de Pai mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 09/10/2023
Comentário sobre o Evangelho
Parábolas de Jesus: O bom samaritano
Hoje, Jesus conta a “Parábola do bom samaritano” para responder a um doutor da Lei que lhe perguntou: «Quem é o meu próximo?». Que pergunta! Acontece que aqueles doutores da Lei judeus tinham uma lista de critérios para certificar quem era ou não era o “seu próximo”.
- Para Jesus a resposta é categórica: tu próprio és o próximo daquele que sofre. Portanto, «faz tu o mesmo», sem rodeios!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 09/10/2023
Meditando o evangelho
FAZE O MESMO!
O estudo das Sagradas Escrituras não foi suficiente para que o mestre da Lei ficasse seguro a respeito de como obter a salvação. O estrangeiro herege – o samaritano – foi quem o ensinou como ser agradável a Deus e, por consequência, obter a vida eterna.
O samaritano da parábola, embora ignorante quanto às minúcias da Lei mosaica, soube praticar o verdadeiro amor – o agápe –, quando interpelado pele semelhante que precisava de ajuda Seu amor foi exemplar: espontâneo, desinteressado, pessoal, eficiente, compassivo, irrestrito, sacrificado, gratuito, sem preconceito etc. O próximo caído à beira da estrada desencadeou no coração dele um processo irresistível de compaixão, que não o permitiu passar ao lado, como fizeram os funcionários do templo, o sacerdote e o levita.
Esta parábola do bom samaritano retrata a vida de Jesus. Vindo ao mundo, mostrou-se misericordioso e solidário com a humanidade abatida pelo pecado. Sua compaixão não teve limites. Todos, sem exceção, puderam beneficiar-se de seu amor. Sua morte na cruz foi o ápice de seu desvelo, prova de que nada poupara de si mesmo, quando se tratou de doar-se a quem precisava de sua ajuda.
Quando o mestre da Lei foi exortado a agir como o samaritano para alcançar a vida eterna: "Vai, e faze o mesmo, tu também", teve diante de si um modelo ser imitado. A misericórdia do homem da parábola encontrava em Jesus sua concretização histórica.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
Fonte: Dom Total em 08/10/2018
Meditando o evangelho
QUEM É O MEU PRÓXIMO?
Inusitado parece o fato de um mestre da Lei ter interrogado Jesus a respeito de uma questão, cuja resposta ele bem conhecia. Como mestre, já havia ensinado a muita gente o que deveria fazer para obter a salvação. Por isso, respondeu sem dificuldade à pergunta colocada por Jesus, por saber que, para se salvar, era necessário amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.
O diálogo poderia ter-se concluído aí, se o mestre da Lei não tivesse levantado outra questão: quem é o meu próximo? Na sua concepção, próximo eram os próprios familiares, as pessoas mais chegadas, e somente a estas o mandamento ordenava amar. Quem estivesse fora deste círculo, não era considerado próximo e, portanto, não precisavam ser objeto de amor.
A parábola contada por Jesus desfez esta mentalidade, descrevendo o próximo como toda pessoa que carece de misericórdia. Faz-se próximo de alguém aquele que é capaz de deixar de lado suas preocupações pessoais e colocar-se totalmente a serviço do necessitado, sem se perguntar, primeiro, quem ele é. Não importa se este próximo seja um desconhecido, um estrangeiro, uma pessoa com quem se brigou. Basta que necessite de ajuda. A salvação virá na medida da misericórdia.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, faze-me descobrir, ao longo do meu caminho, as pessoas que apelam para minha ajuda, esperando que eu me faça próximo delas.
Fonte: Dom Total em 09/10/2017 e 04/10/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Bondade e Misericórdia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Esse Doutor da Lei tinha uma régua de referência, que julgava perfeita e completa, e não estava a fim de mudá-la, o evangelista frisa bem que a pergunta era para por Jesus á prova, isso é, ele queria saber se Jesus tinha algo de novo que fosse mais relevante e perfeito do que a lei, seu coração estava fechado para a Boa Nova, pois sabia que nada estava acima da lei.
Para sua surpresa Jesus cita a Lei, que para ele era sagrada, onde está explícito o amor a Deus em primeiro lugar, e o segundo que é semelhante ao próximo. Tem-se a impressão de que a partir daí o Doutor da Lei foi mais sincero, pois a sua pergunta procedia. A Lei determinava amar ao próximo, a quem está mais perto, esposa, esposo, filhos, parentes. Parece que isso deixava o coração daquele Doutor da Lei um tanto inquieto, talvez ele quisesse amar um pouco mais, a outras pessoas fora desse círculo seleto. Mas quem?
Presume-se que Jesus também começou a gostar da conversa, e não vai só responder quem é o próximo, mas sim no principal “O que é amar o próximo”. Amar o próximo que nem sempre nos retribui, que não é digno do nosso amor, que não vai muito com a nossa cara, que não comunga da nossa mesma ideologia, que não é da nossa igreja ou do nosso grupo, o próximo que pensa totalmente diferente de nós, do próximo que parece desejar o nosso mal... Dom próximo que parece ser arrogante e metido, que não olha na nossa cara... Esse mesmo!
E então vem essa parábola revolucionária para um Judeu, poderíamos até dizer, Provocante. Percebam como o quadro se inverte, agora é Jesus que provoca o Doutor da Lei. Um Sacerdote e um Levita são referências sagradas para todo judeu, são pessoas selecionadas pela Lei, mediadores entre o Sagrado e o Humano, e que pelas funções sagradas que desempenhavam no templo, estavam mais próximas de Deus do que o resto da comunidade. Já o Samaritano, pessoa desprezível, de outra religião, contrária a Religião da Aliança, que dos Judeus só tinha o desprezo e o escárnio, a ponto do judeu mudar o seu caminho e direção, caso estivesse para cruzar com o Samaritano.
E foi esse Samaritano, odiado de coração por todo Judeu piedoso, que Jesus coloca como “mocinho” da parábola, o texto frisa muito bem que o Samaritano, diante do homem gravemente ferido, vítima de assaltantes cruéis (naquele tempo já tinha) estava ali á beira do caminho, e ele ao passar Viu-o e moveu-se de compaixão... Ver o outro e não permanecer indiferente á sua dor, ao seu sofrimento, não passar “batido” pelas pessoas da família ou da comunidade, ou seja lá quem for... Compaixão significa sofrer junto, gemer junto, chorar junto, sentir as mesmas dores junto. Quando se sente compaixão do outro, a gente supera qualquer barreira, seja ela de ordem social, moral ou até mesmo religiosa, a gente vai além dos limites estabelecidos. Isso é amor ao próximo.
O próprio Doutor da Lei, agora convencido de que Jesus tinha realmente algo novo a ensinar, se convence disso quando o Senhor lhe pergunta “Qual desses foi o próximo daquele homem?”. Prestemos atenção na resposta do Doutor da Lei, ainda marcada pelo preconceito, não disse “Foi o Samaritano...”, mas pelo menos reconhece nessa ação uma virtude “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
E Jesus, percebendo que o Doutor da Lei estava mais manso e mais aberto á sua Palavra, ordenou “Vai, e faze tu o mesmo”. Não se sabe se o Doutor da Lei cumpriu essa ordem, mas com certeza, em Jesus ele viu a beleza da Lei de Deus, que tem no centro o amor sem limites, que ama quando vê as necessidades do próximo.
Fonte: NPD Brasil em 08/10/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Colocaram Jesus à prova
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Esse Doutor da Lei tinha uma régua de referência, que julgava perfeita e completa, e não estava a fim de mudá-la, o evangelista frisa bem que a pergunta era para por Jesus á prova, isso é, ele queria saber se Jesus tinha algo de novo que fosse mais relevante e perfeito do que a lei, seu coração estava fechado para a Boa Nova, pois sabia que nada estava acima da lei.
Para sua surpresa Jesus cita a Lei, que para ele era sagrada, onde está explícito o amor a Deus em primeiro lugar, e o segundo que é semelhante ao próximo. Tem-se as impressão de que a partir daí o Doutor da Lei foi mais sincero, pois a sua pergunta procedia. A Lei determinava amar ao próximo, a quem está mais perto, esposa, esposo, filhos, parentes. Parece que isso deixava o coração daquele Doutor da Lei um tanto inquieto, talvez ele quisesse amar um pouco mais, a outras pessoas fora desse círculo seleto. Mas quem?
Presume-se que Jesus também começou a gostar da conversa, e não vai só responder quem é o próximo, mas sim no principal “O que é amar o próximo”. Amar o próximo que nem sempre nos retribui, que não é digno do nosso amor, que não vai muito com a nossa cara, que não comunga da nossa mesma ideologia, que não é da nossa igreja ou do nosso grupo, o próximo que pensa totalmente diferente de nós, do próximo que parece desejar o nosso mal....Dom próximo que parece ser arrogante e metido, que não olha na nossa cara....Esse mesmo!
E então vem essa parábola revolucionária para um Judeu, poderíamos até dizer, Provocante. Percebam como o quadro se inverte, agora é Jesus que provoca o Doutor da Lei. Um Sacerdote e um Levita são referências sagradas para todo judeu, são pessoas selecionadas pela Lei, mediadores entre o Sagrado e o Humano, e que pelas funções sagradas que desempenhavam no templo, estavam mais próximas de Deus do que o resto da comunidade. Já o Samaritano...pessoa desprezível, de outra religião, contrária a Religião da Aliança, que dos Judeus só tinha o desprezo e o escárnio, a ponto do judeu mudar o seu caminho e direção, caso estivesse para cruzar com o Samaritano.
E foi esse Samaritano, odiado de coração por todo Judeu piedoso, que Jesus coloca como “mocinho” da parábola, o texto frisa muito bem que o Samaritano, diante do homem gravemente ferido, vítima de assaltantes cruéis (naquele tempo já tinha) estava ali á beira do caminho, e ele ao passar Viu-o e moveu-se de compaixão...Ver o outro e não permanecer indiferente á sua dor, ao seu sofrimento, não passar “batido” pelas pessoas da família ou da comunidade, ou seja lá quem for..... Compaixão significa sofrer junto, gemer junto, chorar junto, sentir as mesmas dores junto. Quando se sente compaixão do outro, a gente supera qualquer barreira, seja ela de ordem social, moral ou até mesmo religiosa, a gente vai além dos limites estabelecidos. Isso é amor ao próximo.
O próprio Doutor da Lei, agora convencido de que Jesus tinha realmente algo novo a ensinar, se convence disso quando o Senhor lhe pergunta “Qual desses foi o próximo daquele homem?”. Prestemos atenção na resposta do Doutor da Lei, ainda marcada pelo preconceito, não disse “Foi o Samaritano...”, mas pelo menos reconhece nessa ação uma virtude “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
E Jesus, percebendo que o Doutor da Lei estava mais manso e mais aberto á sua Palavra, ordenou “Vai, e faze tu o mesmo”. Não se sabe se o Doutor da Lei cumpriu essa ordem, mas com certeza, em Jesus ele viu a beleza da Lei de Deus, que tem no centro o amor sem limites, que ama quando vê as necessidades do próximo.
2. O Samaritano ensina a misericórdia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
A primeira etapa da viagem de Jesus termina com o samaritano acolhendo o homem ferido na beira da estrada, e tinha começado com Tiago e João querendo fazer chover fogo sobre os samaritanos que não acolheram Jesus. O samaritano não sabe quem é Jesus, mas sabe que há um homem maltratado na beira da estrada. O samaritano ensina a misericórdia ao sacerdote e ao levita, a Tiago e a João.
Fonte: NPD Brasil em 09/10/2017
HOMILIA DIÁRIA
Qual tem sido a sua filosofia de vida?
Postado por: homilia
outubro 8th, 2012
Uma das mais conhecidas parábolas de Jesus foi contada em resposta a um encontro que Ele teve com um Doutor da Lei. Alguém que estudara completamente a Lei de Deus e estava preparado para discutir seus pormenores. Em outras palavras, não era suficiente recitar a Lei de Deus, mas vivê-la de maneira a agradar a Deus! Para isso, a pessoa tem que colocar em ação o que a Lei de Deus requer, sendo a essência desta o amor: “Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo”.
Esta parábola descreve a bondade e o amor que nosso Salvador tem para com o homem caído e infeliz. Nós éramos como esse pobre e aflito viajante. Satanás, nosso inimigo, havia nos assaltado, despojado e ferido. Estávamos por natureza mais que semimortos em nossos delitos e pecados, completamente incapazes de nos salvar, pois não tínhamos forças. A lei de Moisés – como o sacerdote e o levita – não tem compaixão de nós, não nos oferece alívio, “passa ao largo” não tendo piedade nem poder para nos ajudar.
Mas eis que veio o abençoado Jesus, o Bom Samaritano! Ele teve compaixão de nós. Cuidou das nossas feridas e derramou sobre elas não azeite e vinho, mas o Seu próprio sangue.
As pessoas que se relacionaram com o homem ferido podem ser classificadas em três grupos, de acordo com a sua filosofia de vida: assaltantes (salteadores ), indiferentes (o sacerdote e o levita) e misericordiosos (o bom samaritano).
Muitos são os que vivem na cobiça, assaltando e tirando vidas, procurando ampliar cada vez mais o que tem à custa do sangue de outros: “O que é meu, é meu! E o que é seu, será meu se eu conseguir tomar de você”. E, então, arranjam mil e uma maneiras de conseguirem isso. Essa é a filosofia de muita gente. Milhões vivem uma vida de egoísmo e ganância.
Vivemos num mundo de indiferenças, onde se diz: “O que é meu, é meu! E o que é seu continuará a ser seu, se você puder defendê-lo”. Essa é a filosofia de alguns religiosos que são indiferentes à dor e ao sofrimento alheios.
Mas Jesus nos ensina e prova o contrário através do bom samaritano: “O que é seu, é seu; e o que é meu será seu, se você precisar. O meu vinho, o meu azeite, o meu animal, o meu dinheiro, a minha energia e o meu tempo serão seus, se você precisar”. As oportunidades de ajudar aos outros geralmente são inesperadas e inconvenientes.
Qual tem sido a sua filosofia de vida? A dos assaltantes, a do sacerdote e do levita, ou a do bom samaritano? O que caracteriza o seu relacionamento com o próximo? A cobiça, a indiferença ou o amor?
A narração de Jesus ensina que viver agora – e sempre – como povo de Deus, significa demonstrar compaixão, mesmo quando isso nos incomoda, mesmo quando isso desafia nossa compreensão tradicional e, até mesmo, quando nos custa algo pessoal.
Isso é o que Jesus está nos dizendo: “Vá e faça o mesmo”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 08/10/2012
HOMILIA DIÁRIA
Deus deve ser o nosso primeiro amor
Quando Deus é o amor primeiro, os outros amores se ordenam dentro de nós
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como a ti mesmo!” (Lucas 10,27)
No Evangelho de hoje, vemos que um mestre da Lei queria colocar Jesus em situação difícil. Deus, ao contrário, quer nos tirar das situações complicadas da vida, Ele não nos quer vivendo nas situações que nos perdem e nos tiram da direção e do rumo da vida. Para não nos perdermos nas situações complicadas, a resposta dada ao Mestre da Lei é a resposta da vida: “Amarás o Senhor teu Deus com o coração, com a alma, o entendimento, a inteligência e a vontade”. Aqui, é todo o nosso ser centrado e direcionado no amor acima de toda e qualquer coisa. É primazia, é escolha fundamental e principal da nossa vida.
Eu creio que todas as pessoas de boa vontade amam a Deus, só não sabemos se O amamos sobre todas as coisas, porque o mais difícil é amá-Lo com todo o coração, com toda a alma e todo entendimento. “Amamos Deus. Como não amá-Lo?” Amá-Lo de verdade, com preferência e primazia, é o desafio da nossa vida.
Se nossa vida, muitas vezes, anda deslocada, sem foco, perdida e sem direção, precisamos direcionar o foco dela. E o que dá foco, direção e sentido a nossa vida é o amor.
Onde está o nosso amor? Onde o colocamos? Não vivemos sem amar, porque amar é o que há de mais profundo dentro de nós. Para onde estamos direcionado o amor do nosso coração? Se ele é centrado, em primeiro lugar, em Deus, se é focado no Senhor – e Ele é o amor primeiro do nosso coração e da nossa alma –, podemos ter certeza que tudo que vamos amar será muito bem amado.
Vamos amar bem nossa família, nossa esposa, nosso marido e filhos, pois, se invertemos a ordem, se amarmos outras coisas para depois amar Deus, perceberemos que os amores dentro de nós ficarão num sufoco, e o nosso coração viverá uma bagunça. Toda essa desordem é por uma só razão: não termos foco no nosso amor.
Quando Deus é o amor primeiro, os outros amores se ordenam dentro de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/10/2017
HOMILIA DIÁRIA
Usemos de misericórdia para com o próximo
Em um mundo cercado de misérias como o nosso, estamos ficando mais miseráveis, porque não sabemos usar de misericórdia para com o próximo
“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Ele respondeu: ‘Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’.” (Lucas 10,36-37)
Uma das passagens mais belas das Sagradas Escrituras nos ensinam, de forma muito bela e, ao mesmo tempo, com uma reflexão muito profunda quem é o nosso próximo. São três pessoas religiosas, sejam eles os sacerdotes, os levitas ou os samaritanos e, diante desses três, um homem está caído à beira do caminho; ele foi assaltado, roubado e tido como morto à beira da estrada.
Cada um tinha suas ocupações e preocupações; e quando estamos ocupados e preocupados com a nossa vida, não temos tempo para quem está caído, para quem está prostrado, com problemas e dificuldades. Até quando estamos ocupados com as coisas de Deus, com as reuniões, os trabalhos e aquilo que devemos fazer, não temos tempo de nos ocupar com os que estão caídos à beira da estrada.
É incontável a multidão que está caída à beira da estrada. São jovens que estão prostrados por causa das drogas, são pessoas que estão caídas e prostradas por causa da depressão e por tantas enfermidades emocionais, são muitos dos nossos que estão doentes e enfermos nos leitos dos hospitais, em nossas casas e famílias.
Não podemos negar a grande quantidade de indigentes e famintos, pessoas que não têm o que comer, onde dormir e estão passando as mais diversas necessidades que um ser humano pode suportar. O que fazer? A humanidade está carente de bons samaritanos. Todo cristão deveria ser um bom samaritano, mas, muitas vezes, o nosso ser cristão está mais para o levita e o sacerdote do Evangelho de hoje. Demasiadamente ocupados com as nossas coisas, não temos tempo para cuidar dos próximos de nós e nem dos próximos que estão à beira do caminho.
Somos seletivos até para amar, amamos quem queremos e não amamos quem o Evangelho nos ordena amar. É preciso refletir sobre o Evangelho que escolhemos viver ou o Evangelho que pretendemos viver.
Quem é o nosso próximo? É aquele que usamos de misericórdia para com ele. Em um mundo cercado de misérias como o nosso, estamos ficando mais miseráveis do que o mundo, porque não sabemos usar de misericórdia para com o nosso próximo. Que o Senhor nos converta!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/10/2018
HOMILIA DIÁRIA
Sejamos misericordiosos e compassíveis com o próximo
“‘Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu: ‘Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’.” (Lucas 10,36-37)
A pergunta que ressoa dentro da nossa alma e do nosso coração é: “Quem é o meu próximo?”. E, cada vez mais, se quisermos viver a nossa fé com intensidade e verdade, temos que nos questionar dessa realidade. Porque a Lei e os Mandamentos Divinos se resumem nisto: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós nos amamos.
Somos seletivos: próximo é só quem nós queremos nos aproximar ou quem vive próximo de nós, nos agrada e nos faz bem, mas evangelicamente Jesus está nos mostrando quem é o nosso próximo.
Nosso próximo, muitas vezes, está muito distante de nós ou aquele que deve ser próximo, devemos nos aproximar e não nos distanciarmos. O exemplo está aí, esse homem que caiu nas mãos dos assaltantes e eles fizeram tudo de mal para com ele; três pessoas passaram diante desse homem caído e prostrado no chão. O primeiro deles é o sacerdote ocupado no seu culto divino, nas suas obrigações religiosas, estava muito apressado e não teve tempo para socorrer aquele homem. Esse sacerdote representa todos nós, que somos pessoas muito religiosas que têm muitas obrigações na relação da fé, têm muitas orações para fazer, muitas reuniões na igreja, muitos compromissos e não têm tempo para olhar quem está caído, quem está jogado, quem está sofrendo ao nosso lado. Por outro lado, o levita são todos aqueles que conhecem a Lei de Deus, os Mandamentos de Deus.
A Lei e os Mandamentos Divinos se resumem nisto: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós nos amamos
Vejo tantas pessoas criando discussões dogmáticas a respeito da Lei de Deus, dos Mandamentos, das Leis Canônicas, inclusive, estão muito atarefadas em defender a Lei de Deus ou a sua compreensão de Deus e não têm tempo para outra coisa, parece que vivem tão ocupadas e chamam isso de zelo. Esse levita também passou adiante.
Nós que, muitas vezes, também conhecemos tanto a Lei de Deus, nos voltamos tanto para Deus que os olhos só enxergam o que está em cima e não enxergam o irmão caído, sofrido ao nosso lado. Quantas realidades, poderíamos citar: nossos pobres, nossos miseráveis, pessoas que moram na rua, nós não podemos ignorá-los, mas quantos estão também até dentro da nossa casa sofrendo, padecendo. Quantos irmãos, pessoas que nós conhecemos e simplesmente ignoramos, quando elas caem na depressão, na solidão, na opressão espiritual.
Quantas pessoas estão necessitadas de uma mão amiga, de uma presença amorosa; e esse samaritano ou o bom samaritano é, na verdade, aquilo que deve ser o bom cristão, aquele que abre mão de toda e qualquer obrigação e compromisso para se dedicar à dor, ao sofrimento, às feridas que tanto têm machucado a nós, seres humanos de hoje. Além dele se jogar para cuidar, ele ainda pede para que cuidem daquele homem e tudo o que gastarem com, ele pagará na sua volta.
Desgastemo-nos porque são tantos irmãos machucados e feridos no meio de nós que não podemos ser indiferentes. O próximo é aquele que nós usamos de amor e de misericórdia para com ele. Há tantos precisando de amor e de misericórdia. Sejamos evangelicamente convertidos para amarmos o nosso próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 04/10/2021
HOMILIA DIÁRIA
Dedique amor e atenção às necessidades do próximo
“Naquele tempo, um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: ‘Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?’ Jesus lhe disse: ‘Que está escrito na Lei? Como lês?’ Ele então respondeu: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como a ti mesmo!’ Jesus lhe disse: ‘Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás’”. (Lucas 10,25-28)
Novamente, somos convidados pela Liturgia desse dia a refletirmos sobre o maior de todos os mandamentos, que é o amor a Deus de todo o coração e ao próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos são o fundamento de toda a nossa vida espiritual, de todos os demais mandamentos.
Cumpri-los nos tornará herdeiros do Reino dos Céus. Se nós vivermos mesmo, com profundidade, esses dois mandamentos, já somos possuidores do Reino dos Céus. Parece simples, mas é um simples que ainda temos dificuldade para executar, para colocarmos em prática.
Sabemos o que deve ser feito, assim como o mestre da Lei que ali perguntava a Jesus somente para testá-Lo, porque Ele já sabia dessa Palavra. Porém, mesmo sabendo o que deve ser feito, temos uma capacidade enorme de dificultar, de ocultar e não fazer aquilo que o Senhor nos ensina, que é exercer o amor para com Deus e para com o próximo.
Tanto é que o doutor da Lei, continuando a sua estratégia em parecer uma pessoa desentendida, pergunta a Jesus sobre quem é o próximo. E aí Jesus, com toda a paciência, com essa parábola do bom samaritano, começa a explicar a ele quem é o próximo.
Peçamos essa graça de amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos
O samaritano, embora fosse uma pessoa desprezada por todos, considerado alguém impuro, alguém que não podia conviver com os judeus, foi o único que teve a iniciativa de ajudar alguém que estava necessitado, foi o único que se compadeceu com aquela pessoa que foi assaltada. Portanto, o samaritano foi o único que cumpriu com o mandamento, porque ele enxergou no necessitado, naquele homem, o seu próximo, independente de quem ele era.
Muitas vezes, não é por falta de conhecimento da vontade de Deus nem é por falta de oportunidade em realizar, em executar o amor para com o próximo; na maioria das vezes, é por falta de iniciativa mesmo, é por falta de comprometimento com a vida dos nossos irmãos, é por falta de caráter que não vivemos aquilo que o Senhor nos ensina, aquilo que já sabemos que deve ser feito.
Muitas vezes, escondemo-nos, fingimos que não estamos vendo, fazemos vista grossa às situações de necessidade do nosso próximo, vamos dando desculpas e vivendo no comodismo. Sabemos o que deve ser feito, mas não fazemos por comodismo, por falta de caráter e falta de comprometimento com a Lei de Deus.
Como disse: parece ser fácil, porém, muitas vezes, preferimos tornar a situação complicada e não a realizar. Peçamos a graça de Deus de realizar aquilo que nós já sabemos, aquilo que o nosso coração já nos aponta, aquilo que nós sabemos que deve ser feito. Peçamos essa graça de amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos!
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/10/2023
Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para vencer o egoísmo, o comodismo e a preguiça, para cuidarmos com zelo e carinho dos companheiros de peregrinação nesta vida, especialmente dos pobres e dos discriminados pelos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2012
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, por muitas maneiras e especialmente por sua vida, teu Filho nos mostrou que o Caminho para a Verdade e a Vida passa pela fraternidade – a realidade mais bonita que podemos viver. Dá-nos, Pai Santo, sabedoria e coragem para vivê-la, pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/10/2017
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos força para vencer o egoísmo, o comodismo e a preguiça, para cuidarmos com zelo e carinho dos companheiros de peregrinação nesta vida, especialmente dos pobres e dos discriminados pelos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2018
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