HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/10/2025
ANO C

Lc 10,25-37
Comentário do Evangelho
Parábola do Bom Samaritano

A partir da pergunta sobre o próximo, Jesus conta a parábola do bom samaritano. Um doutor da Lei propõe a Jesus uma questão, mas não tem interesse na resposta. Só quer testá-lo. No diálogo, Jesus lhe devolve a pergunta sobre o sentido da vida, sobre a vida eterna. O homem responde corretamente, citando a Escritura: alguém tem vida se ama a Deus e ao próximo. O problema é sua compreensão de “próximo”. Jesus conta uma história.Os personagens: o homem ferido, um sacerdote, um levita, um samaritano e o hospedeiro. O sacerdote e o levita agem pelos rigores da Lei: não querem ficar impuros, passam pelo lado oposto. O samaritano, estrangeiro e pecador, torna-se o próximo. Ele viu e sentiu compaixão. Sua compaixão, contudo, transforma-se em sete ações concretas: aproximou-se; enfaixou os ferimentos; pôs azeite e vinho; colocou-o em seu animal; levou-o a uma pensão; cuidou dele; e pagou a despesa.Jesus revira nossa mentalidade, destrói os preconceitos. Somos convertidos pela vida concreta, pela realidade. Assim, descobrimos quem verdadeiramente é o próximo. Jesus diz: “Vai e faze a mesma coisa”. A carne ferida de Cristo está caída à beira do caminho. Aí começa o céu.Dom Paulo Jackson Nóbrega de SousaFonte: https://catequisar.com.br/liturgia/amaras-o-senhor-teu-deus-de-todo-o-teu-coracao/ (09/10/2023)
Comentário do Evangelho
Vai e faze tu o mesmo

Constantemente Jesus é provado pelos doutores da Lei. Desta vez é sobre a condição para herdar a vida eterna. Jesus devolve-lhe a pergunta, que é respondida corretamente com o Shemá (Dt 6,14). O assunto prossegue em torno do significado de “próximo”. Jesus o responde contando a parábola do bom samaritano. Ele contrapõe um sacerdote e um levita, símbolo da observância da Lei, a um samaritano, estrangeiro, impuro e odiado pelos judeus. Diante de um homem ferido, quase morto, os dois primeiros veem a situação, mas passam de lado, numa profunda indiferença. Receiam ficar impuros. O rigorismo da Lei fala mais que a vida. Já o samaritano vê, sente compaixão e age, assim como ocorre a ação misericordiosa de Deus no Antigo Testamento. Presta-lhe socorro imediato e dispõe generosamente de cuidados posteriores numa pousada. Ao final, Jesus interpela o doutor da Lei e muda a questão. O próximo agora não está em uma atitude passiva de simples destinatário, mas é chamado a ser sujeito ativo da misericórdia e se fazer próximo de quem precisa. Não há espaço para preconceito ou indiferença, mas gratuidade no amor.Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/vai-e-faze-tu-o-mesmo-06102025
Reflexão
No centro do Evangelho de hoje está a questão da identidade do nosso próximo, pois, no Antigo Testamento, é um termo muito amplo. Em alguns casos, é somente o irmão ou parente; em outros, um amigo ou membro do mesmo clã ou grupo social. Jesus alarga o campo semântico, tentando fazer compreender que o próximo é todo aquele que precisa de nós, independentemente de raça, religião, classe social etc. O próximo a ser amado, respeitado e acolhido é todo homem e toda mulher, sem distinção de nenhum tipo. Até mesmo nossos inimigos ou opositores são nossos próximos, daí o mandamento supremo de “amar o próximo como a si mesmo”, que substitui, juntamente com o “amar a Deus sobre todas as coisas”, toda a Torá. Em Jesus, somos convidados a “nos fazermos próximos” uns dos outros.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/6-segunda-feira-10/
Reflexão
«Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?»
Rev. Pe. Ivan LEVYTSKYY CSsR(Lviv, Ucrnia)
Hoje, a mensagem evangélica assinala o caminho da vida: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração (...) e teu próximo como a ti mesmo!»(Lc 10,27) E porque Deus nos amou primeiro, leva-nos à união com Ele. Santa Teresa de Calcutá disse: «Nós necessitamos dessa união íntima com Deus na nossa vida quotidiana. Mas, como podemos consegui-la? Através da oração». Estando em união com Deus começamos a experimentar que tudo é possível com Ele, inclusive amar o próximo.Alguém dizia que o cristão entra na Igreja para amar a Deus e sai para amar o próximo. O Papa Bento sublinha que o programa do cristão - o programa do bom samaritano, o programa de Jesus - é «um coração que vê». Ver e parar! Na parábola, duas pessoas veem o necessitado, mas não param. Por isso Cristo repreende os fariseus dizendo: «Tendes olhos e não vedes» (Mc 8,18) Pelo contrário, o samaritano vê e para, tem compaixão e assim salva a vida ao necessitado e a si mesmo.Quando o famoso arquiteto catalão Antonio Gaudí foi atropelado por um eléctrico, algumas pessoas que passavam não pararam para ajudar aquele ancião ferido. Não levava nenhum documento e pelo aspecto parecia um mendigo. Se tivessem sabido quem era aquele próximo, certamente teriam feito fila para o ajudar.Quando praticamos o bem, pensamos que o fazemos pelo próximo, mas na verdade também o fazemos por Cristo: «Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40) E o meu próximo, disse Bento XVI, é qualquer pessoa que tenha necessidade de mim e que eu possa ajudar.Se cada um, ao ver o próximo em necessidade, parasse e se compadecesse dele uma vez por dia ou por semana, a crise diminuiria e o mundo seria melhor. «Nada nos faz tão semelhantes a Deus como as boas obras» (São Gregório de Nisa).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Porque o objetivo que se nos foi indicado não consiste em algo pequeno, mas sim que nos esforcemos pela possessão da vida eterna» (São Cirilo de Jerusalém)
- «No programa messiânico de Cristo, que é a sua vez o programa do reino de Deus, o sofrimento está presente no mundo para provocar amor, para fazer nascer obras de amor ao próximo» (São João Paulo II)
- «Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: “Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna” (1Jo 3, 14-15)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1033)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-10-06
Reflexão
«Aquele que usou de misericórdia para com ele»
Ir. Lluís SERRA i Llançana(Roma, Italia)
Hoje, um mestre da Lei faz a Jesus uma pergunta que talvez nos tenhamos feito mais de uma vez: «Que hei de fazer para ter como herança a vida eterna?» (Lc 10,25). Era uma pergunta feita com segundas intenções, pois queria pôr Jesus à prova. O mestre responde sabiamente o que diz a Lei, isto é, amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (cf. Lc 10,27). A chave é amar. Se buscarmos a vida eterna, sabemos que «a fé e a esperança passarão, enquanto que o amor não passará nunca» (cf. 1Cor 13,13). Qualquer projeto de vida e qualquer espiritualidade cujo centro não seja o amor nos distancia do sentido da existência. Um ponto de referência importante é o amor a si mesmo, frequentemente esquecido. Somente podemos amar a Deus e ao próximo desde nossa própria identidade.O mestre da Lei vai mais longe ainda e pergunta a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10,29). A resposta chega através de um conto, de uma parábola, de historia curta, sem formulações teóricas complicadas, mas com um grande conteúdo. O modelo de próximo é um samaritano, quer dizer um marginado, um excluído do povo de Deus. Um sacerdote e um levita passam de longe ao ver o homem espancado e mal ferido. Os que parecem estar mais perto de Deus (o sacerdote e o levita) são os que estão mais distantes do próximo. O mestre da Lei evita pronunciar a palavra samaritano para indicar a quem se comportou como próximo do homem mal ferido e diz: «Aquele que usou de misericórdia para com ele» (Lc 10,37).A proposta de Jesus é clara: «Vai e faze tu o mesmo». Não é a conclusão teórica do debate, e sim o convite a viver a realidade de amor, o qual é muito mais do que um sentimento etéreo, pois se trata de um comportamento que vence as descriminações sociais e que surge do coração da pessoa. São João da Cruz nos recorda que «ao entardecer da vida te examinarão o amor».https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-10-06
Reflexão
O meu "próximo"
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, no centro da história do bom samaritano, coloca-se-nos a questão fundamental: que fazer para ganhar a vida eterna. Jesus remete para a Bíblia, cuja resposta é indiscutível. Porém o tema deriva para uma questão prática, de elucidação ambígua naquele tempo: “Quem é o meu próximo?".A uma pergunta tão concreta, Jesus respondeu com esta parábola… E aparece o samaritano, que não se pergunta até onde vai a sua obrigação de solidariedade, nem sequer quais são os méritos necessários para alcançar a vida eterna. Passa-se algo muito diferente: parte-se-lhe o coração e ele próprio se converte em "próximo", para além de qualquer consideração. Aqui a questão modifica-se: não se trata de estabelecer, de entre os outros, quem é ou não o meu próximo. Trata-se de mim próprio.—Senhor, ajuda-me a ser uma pessoa que ama, uma pessoa de coração aberto que se comove perante a necessidade do outro. Então encontrar-me-ei a mim próprio, ou melhor, será ele que me encontra.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-10-06
Comentário do Evangelho
Parábolas de Jesus: O bom samaritano
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Hoje, Jesus conta a “Parábola do bom samaritano” para responder a um doutor da Lei que lhe perguntou: «Quem é o meu próximo?». Que pergunta! Acontece que aqueles doutores da Lei judeus tinham uma lista de critérios para certificar quem era ou não era o “seu próximo”.- Para Jesus a resposta é categórica: tu próprio és o próximo daquele que sofre. Portanto, «faz tu o mesmo», sem rodeios!https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-10-06
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
Jonas foge da divina missão de pregar a conversão aos ninivitas, seus grandes inimigos. Foge em um navio. Mas, no ventre de um peixe, Deus faz valer sua vontade, e o leva a Nínive. O profeta arrepende-se: “Pedi vossa ajuda do mundo dos mortos e vós me atendestes”. É a divina misericórdia sempre prevalecendo! É igualmente o caminho de nos fazermos autênticos filhos e filhas de Deus, herdeiros da “vida eterna”. De nada valem títulos, mesmo religiosos, como “sacerdote” e “levita”, sem a misericórdia. O que conta é a compaixão misericordiosa que nos leva a nos fazermos próximos dos necessitados, a cuidarmos deles, sejam eles quem forem, amigos ou inimigos. Jesus é a encarnação da misericórdia!ColetaDEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, que no vosso imenso amor de Pai nos concedeis mais do que merecemos e pedimos, infundi em nós vossa misericórdia, para perdoar o que nos pesa na consciência e para nos dar mais do que a oração ousa pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=06%2F10%2F2025&leitura=meditacao
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