quinta-feira, 16 de outubro de 2025

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 16/10/2025

ANO C


Lc 11,47-54

Comentário do Evangelho

O profeta é o homem do gesto e da palavra.

Os profetas eram homens de Deus, portadores da Palavra de Deus; suscitavam a esperança, denunciavam os crimes, desvelavam a infidelidade à Aliança, anunciavam o amor sem limites de Deus por seu povo (ver: Jr 20 e 26). O profeta é o homem do gesto e da palavra. No entanto, foram mortos; fizeram calar a palavra, não quiserem ouvir a voz de Deus. Há um modo de interpretar a Escritura que faz dos doutores da Lei coniventes com a morte dos profetas do passado de Israel. A pretensão de possuir o conhecimento da Escritura os impede de escutar a Deus, e eles, por sua vez, fecham às pessoas a possibilidade de uma compreensão correta da Palavra de Deus: “... ficastes com a chave da ciência: vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar” (v. 52). O que Jesus diz dos profetas do passado, acontecerá com ele mesmo: “Quando Jesus saiu de lá, os escribas e os fariseus começaram a importuná-lo e a provocá-lo em muitos pontos, armando ciladas para apanhá-lo em suas próprias palavras” (v. 54).
Carlos Alberto Contieri,sj
Fonte: Paulinas em 17/10/2013

Comentário do Evangelho

Criticas aos fariseus e doutores da Lei

Continua a crítica, quase uma lamentação introduzida pela fórmula “ai de vós”, aos fariseus e aos doutores da Lei. Os profetas eram tidos como “homens de Deus”. A dificuldade e a resistência de aceitar e acolher sua mensagem e reconhecer nela a Palavra de Deus têm uma longa e dramática história em Israel. Os profetas, homens portadores da Palavra de Deus, que falavam inspirados por Deus, suscitavam a esperança, denunciavam os crimes e infidelidades do povo e de seus governantes, quando esses se esqueciam da Aliança, e, também, os pecados das “nações” quando essas ameaçavam a existência do povo eleito de Deus. Eles foram perseguidos por seu próprio povo. Há uma postura diante das Escrituras que faz dos doutores da Lei intérpretes autorizados da Palavra de Deus, coniventes com a morte dos profetas. A pretensão de possuir todo o conhecimento da Escritura os impede de escutar a Deus. Mas se Jesus fala dos profetas do passado, ele aponta, ao mesmo tempo, para o seu próprio destino, pois, como profeta, ele terá a sorte dos profetas.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a compreensão de teu sábio plano de salvação para a humanidade me leve a estar atento às palavras de Jesus, o qual me indica o caminho para chegar a ti.
Fonte: Paulinas em 15/10/2015

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

SERÁ PEDIDA CONTAS A ESTA GERAÇÃO


Jesus continua uma série de acusações contra os grupos dirigentes do judaísmo. Ele usa uma forma literária chamada “invectiva”, caracterizada pela expressão “ai de vós”, típica dos profetas. Os fariseus, intérpretes escrupulosos da Lei mosaica, pretendem ser herdeiros espirituais dos profetas do passado, e até constroem seus túmulos.
Para Jesus, isso é um testemunho contra eles, pois comprova que seus pais mataram os profetas. Outra investida de Jesus é por causa do controle do saber. Essa é outra forma de violência contra o povo pobre e simples, tido como ignorante.
O muito saber pode inchar, transformar-se em autossuficiência, especialmente se não for partilhado e posto a serviço da vida. Os fariseus veneram os profetas do passado, mas não estão dispostos a reconhecer Jesus como o Messias, o verdadeiro Profeta esperado. Na subida para Jerusalém, a partir desse momento, Jesus passa a ser perseguido e praticamente sela sua morte, como aconteceu aos antigos profetas. Desarmemos, então, o gatilho de todas formas de violência.
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 19/10/2023

Vivendo a Palavra

Jesus expõe a contradição: os filhos constroem túmulos para os profetas que os pais mataram. Vivos, os Mensageiros incomodavam com a Verdade e eram perseguidos. Mortos, eram venerados. Não poucas vezes o mesmo acontece conosco: a Verdade nos desinstala. Nós procuramos ocultá-la com ritos vazios.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/10/2013

Vivendo a Palavra

O profeta encanta o ouvinte quando anuncia o Reino de Deus. Mas, se denuncia o anti-reino – a sociedade egoísta dos homens – causa desconforto e é perseguido. Já era assim no tempo de Jesus. Abramos o nosso coração para acolher o anúncio, mas também as denúncias dos profetas que o Senhor nos envia. E sigamos o caminho da conversão!
Fonte: Arquidiocese BH em 15/10/2015

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre lamenta os vícios da sociedade em que vivia e mostra qual é o caminho da Verdade: ele é simples e transparente. Jesus vê em profundidade o mal que se esconde nos corações humanos. Os mesmos ‘ais de vocês’ poderiam ser ouvidos por nós, hoje, pois também nós vivemos tempos de dissimulação e de egoísmo exacerbado.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2017

VIVENDO A PALAVRA

Jesus expõe a contradição: os filhos constroem túmulos para os profetas que os pais mataram. Vivos, os Mensageiros incomodavam com a Verdade e eram perseguidos. Mortos, passavam a ser venerados. Não poucas vezes o mesmo ainda acontece conosco hoje: a Verdade nos desinstala, nos incomoda; e nós procuramos ocultá-la com ritos vazios.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/10/2019

Reflexão

A sociedade humana é a sociedade da morte e procura destruir todas as iniciativas que promovem a verdadeira vida. Como o Reino de Deus é o Reino da Vida, ele sofre perseguições e rejeição por parte do mundo. O mundo odeia tudo o que está relacionado com a vida e nega seus valores, trata mal quem age assim, provoca quem procura viver retamente, arma ciladas para pegá-los de surpresa. Mas todo aquele que de fato é do Reino de Deus enfrenta todas essas dificuldades e luta pela vida, sabendo que Deus é o seu grande parceiro nesta luta e que a vida triunfará sobre o pecado e a morte.
Fonte: CNBB em 17/10/2013 15/10/2015

Reflexão

“Serão pedidas contas a esta geração!” Os destinatários desta sentença eram primeiramente os doutores da Lei e os fariseus. A menção dos apóstolos ao lado dos profetas deixa entrever as perseguições dos chefes contra a primeira geração apostólica. Os especialistas em leis dificultavam, para as pessoas simples, a compreensão e a prática da Lei de Deus. Mais grave: incutiam medo no povo para que não se aproximasse de Jesus (cf. Jo 12,42). O saber, em posse de poucas pessoas, ou utilizado como veículo de dominação, é uma forma de injustiça e um dos obstáculos à fraternidade. Jesus distribui tantas carapuças aos fariseus e doutores da Lei, que não causa espanto o fato de se porem de acordo, “armando ciladas para apanhá-lo de surpresa em alguma palavra que saísse de sua boca”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 17/10/2019

Reflexão

“Serão pedidas contas a esta geração!” Os destinatários desta sentença eram primeiramente os doutores da Lei e os fariseus. A menção dos apóstolos ao lado dos profetas deixa entrever as perseguições dos chefes contra a primeira geração apostólica. Os especialistas em Leis dificultavam, para as pessoas simples, a compreensão e a prática da Lei de Deus. Mais grave: incutiam medo no povo para que não se aproximasse de Jesus (cf. Jo 12,42). O saber, em posse de poucas pessoas, ou utilizado como veículo de dominação, é uma forma de injustiça e um dos obstáculos à fraternidade. Jesus distribui tantas carapuças aos fariseus e doutores da Lei, que não causa espanto o fato de se porem de acordo, “armando ciladas para apanhá-lo de surpresa em alguma palavra que saísse de sua boca”.
Oração
Ó Jesus Messias, pões em risco tua vida, ao censurares as atitudes malévolas dos dirigentes do povo. E o fazes com toda franqueza e sem medo. Por não aceitarem tua mensagem nem tuas correções, tramam como acabar com a tua vida. Salva-nos, Senhor, de gente impiedosa e traiçoeira. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 14/10/2021

Reflexão

“Serão pedidas contas a esta geração.” Os destinatários desta sentença eram primeiramente os doutores da Lei e os fariseus. A menção dos apóstolos ao lado dos profetas deixa entrever as perseguições dos chefes contra a primeira geração apostólica. Os especialistas em leis dificultavam, para as pessoas simples, a compreensão e a prática da Lei de Deus. Mais grave: incutiam medo no povo para que não se aproximasse de Jesus (cf. Jo 12,42). O saber, em posse de poucas pessoas, ou utilizado como veículo de dominação, é uma forma de injustiça e um dos obstáculos à fraternidade. Jesus distribui tantas carapuças aos fariseus e doutores da Lei, que não causa espanto o fato de se porem de acordo, “armando ciladas para apanhá-lo de surpresa em alguma palavra que saísse de sua boca”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 19/10/2023

Reflexão

«Construís os túmulos dos profetas! No entanto, foram vossos pais que os mataram»

Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje o Evangelho nos fala do sentido, aceitação e trato dado aos profetas: «Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e a alguns, eles matarão ou perseguirão» (Lc 11,49).
São pessoas de diferente condição social ou religiosa, que tem recebido a mensagem divina e tem se impregnado dela; impulsionadas pelo Espírito, o expressam com signos ou palavras compreensíveis para seu tempo. É uma mensagem transmitida através de discursos, nunca lisonjeiros, ou ações, quase sempre difíceis de aceitar. Uma característica da profecia é sua incomodidade. O dom resulta incômodo para aquele que o recebe, o esfolia internamente e, é molesto para seu entorno, que hoje, graças à Internet ou aos satélites, pode se estender ao mundo todo.
Os contemporâneos do profeta pretendem o condenar ao silêncio, o caluniam, o desacreditam, assim até que morre. Chega então o momento de lhe erigir o sepulcro e, de lhe organizar homenagens, quando já não incomoda. Não faltam atualmente profetas que gozam de fama universal. A Madre Teresa, João XXIII, Monsenhor Romero... Lembramo-nos daquilo que nos reclamavam e nos exigiam? Aplicamos o que nos fizeram ver? A nossa geração se lhe pedirá contas sob a capa de ozônio que destruiu, da desertificação que nossa dilapidação de água causou, mas também do ostracismo que temos reduzido aos nossos profetas.
Ainda há pessoas que se reservam para elas o direito de saber em exclusiva, que o compartilham “no melhor dos casos” com os seus, com aqueles que lhe permitem continuar no colo dos seus sucessos e da fama. Pessoas que fecham o passo aos que tentam entrar nos âmbitos do conhecimento, não seja que talvez saibam tanto quanto eles e os ultrapassem: «Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da ciência! vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar».
Agora, como nos tempos de Jesus, muitos analisam frases e estudam textos para desacreditar aos que incomodam com suas palavras: É esse nosso agir? «Não há nada mais perigoso que julgar as coisas de Deus com os discursos humanos» (São João Crisóstomo).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O que pensar de quem se enfeita com um nome e não o é? Assim, muitos chamam-se cristãos, mas não são encontrados assim na realidade, porque não são o que dizem, nem na vida, nem nos costumes, nem na esperança, nem na caridade» (Santo Agostinho)

- «É característico da tentação adotar uma aparência moral: não nos convida diretamente a fazer o mal, isso seria muito grosseiro. Finge mostrar-nos o melhor» (Bento XVI)

- «Em toda a sua vida, Jesus mostra-Se como nosso modelo: Ele é o “homem perfeito”, que nos convida a tornarmo-nos seus discípulos e a segui-Lo; com a sua humilhação, deu-nos um exemplo a imitar; com a sua oração, convida-nos à oração; com a sua pobreza, incita--nos a aceitar livremente o despojamento e as perseguições» (Catecismo da Igreja Católica, nº 520)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 19/10/2023

Reflexão

Deus é Razão (Logos) e Amor (Relação)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje —diante de tantos contras sentidos de nossa história— os cristãos devem procurar que nossa noção de Deus (Razão e Amor) orquestre o debate sobre o homem. Primeiro, o próprio Deus é o "Logos", a origem racional de toda a realidade, a razão criadora de que nasceu o mundo e que se reflete no mundo: por isso o homem se adere a Ele mediante a abertura e a defesa de uma razão que não pode permanecer cega diante das dimensões morais do ser.
Segundo, "Logos" significa uma razão que não é só matemática, mas também fundamento e garantia do bem. É próprio da fé cristã reconhecer que Deus —a Razão eterna— é Amor (não é um ser carente de relações, que gira em torno de si mesmo). Exatamente porque é soberano e criador que abrange tudo, é Relação e Amor.
—Minha fé na encarnação, paixão e morte de Jesus Cristo, pelos homens, é a expressão mais alta de que o núcleo de toda a moral é Amor.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 19/10/2023

Meditação

Você tem mania de corrigir os que erram? - Não é melhor colocar em primeiro lugar o espírito de caridade fraterna? - Procura usar de delicadeza no trato com os outros? - Como tratamos os que não professam a mesma fé e do mesmo modo que nós professamos? - Lembra-se de rezar pelos cristãos que, em muitos países, são perseguidos por causa da fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 17/10/2013

Meditação

Jesus fala contra os mestres da Lei que, por apego a suas próprias ideias religiosas, se tornaram incapazes de compreender a mensagem da Escritura, e muito menos capazes de aceitar as palavras de Jesus. Pior ainda: com suas interpretações, em geral rigoristas, tentavam impedir que o povo pudesse aceitar a pregação libertadora de Jesus que ensinava um novo jeito de ser e viver.
Oração
Ó Deus, que realizastes a obra da redenção humana pelo mistério pascal de vosso Filho, concedei que, proclamando a morte e a ressurreição de Cristo, confiantes nos sinais do sacramento possamos colher cada vez mais os frutos da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 19/10/2023

Comentário sobre o Evangelho

Jesus levanta a voz contra a hipocrisia dos fariseus; eles buscam condená-lo


Hoje, nosso Deus silencioso levanta a voz mais que nunca. Que bronca! E isso que Deus leva a discrição no seu ADN. Ao outro lado estão os de sempre: fariseus, legistas e outros líderes que —mantendo a fachada de pessoas honoráveis— se aproveitam das pessoas simples. Jesus não pode com isso! Sua indignação explode em palavras severíssimas.
—Deus não se cala, mesmo que isso lhe custe muito caro: «começaram a assediar implacavelmente». Nunca se desanime; Deus está a nosso favor. Mais ainda: Jesus ressuscitado tem a última palavra!
Fonte: Family Evangeli - Feria em 19/10/2023

Comentário ao Evangelho

OS PROFETAS PERSEGUIDOS

A santidade dos mestres da Lei e dos fariseus foi posta em xeque por Jesus. Tidos em alta estima pelo povo, por sua fidelidade a Deus e à sua Lei, de fato, não passavam de assassinos dos enviados do Pai. Cultuavam os profetas assassinados por seus antepassados e não eram capazes de reconhecer os que Deus continuava a enviar a seu povo. Por não reconhecê-los, não tinham escrúpulos de eliminá-los sem piedade.
Esta realidade levava Jesus a estar atento em relação à sua própria sorte. Suas denúncias contra os mestres da Lei e contra os fariseus tinham o mesmo teor daquelas dos antigos profetas que se levantaram contra a injustiça. Sabiam detectar a raiz deturpada da ação do povo e as denunciavam com coragem e severidade. Jesus, também, não se calou diante das injustiças cometidas pelos mestre da Lei e pelos fariseus, enfrentando-os sem  hesitar, e denunciando-os fortemente. Não era, pois, difícil  intuir como eles o tratariam.
Denunciando a perseguição e a morte dos profetas e enviados, vindos antes dele, Jesus denunciava, antecipadamente, a injustiça de que seria vítima. Ele, o Filho de Deus,  também seria condenado à morte exatamente por aqueles que cultivavam a santidade e procuravam agradar a Deus.
Com a morte de Jesus, a triste história da eliminação dos profetas atingiria o seu cume. Mas, também, a maldade dos mestres da Lei e dos fariseus seria desmascarada.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça de não temer os que matam os profetas e enviados, assim como não temeste enfrentar os que tramaram tua morte.
Fonte: Dom Total em 15/10/2015

Meditando o evangelho

O SANGUE DOS PROFETAS

A franqueza usada por Jesus no confronto com os seus adversários permitia-lhe entrever o que se passava no coração deles. Recusava-se a pactuar com sua hipocrisia, denunciando o modo como pretendiam agradar a Deus. Essa liberdade de Jesus em denunciar o comportamento dos seus adversários só podia torná-lo alvo de ódio feroz.
A experiência do Mestre estava em perfeita consonância com a dos profetas do passado. Também eles foram perseguidos e mortos, sem que o povo desse ouvido à apelos. Em outras palavras, preferiu-se calar a voz de Deus a acolhê-la com humildade e desejo de conversão.
Mais que todos os profetas e mensageiros do passado, Jesus era a voz privilegiada de Deus na história humana. Na condição de Filho, fora enviado para proclamar o caminho da salvação. Todas as suas palavras e suas ações deveriam levar as pessoas a se converterem para o Reino. No entanto, por parte de um grupo de escribas e fariseus, só encontrou fechamento e recusa de acolher o caminho que ele lhes propunha.
O Pai pedirá contas a esse grupo de pessoas, como pediu aos que derramaram o sangue dos profetas, desde a criação do mundo. Tamanha insensibilidade clama aos céus! Sua punição manifesta a rejeição divina de pactuar com a maldade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de receptividade, faze-me dócil para acolher as palavras de Jesus, deixando-me tocar e converter por elas.
Fonte: Dom Total em 19/10/201717/10/2019 14/10/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Profetas de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Um Teólogo ajuda ou atrapalha á nossa caminhada de Igreja? Depende... Se ele for igual aqueles teólogos de Israel, nossos amigos Doutores da Lei e Fariseus, só atrapalham e muito, a caminhada do nosso Povo de Deus. Como conhecedores da Escritura e principalmente da Lei, eles tinham em mãos uma ferramenta maravilhosa, dada por Deus, que era o conhecimento para interpretarem a Lei e a Palavra, facilitando assim a compreensão do povão, ajudando e contribuindo de maneira decisiva, para o povo buscasse e vivesse na santidade a que foi chamado pelo próprio Deus.
É essa a função de um teólogo, fazer o “meio de campo” preparando as jogadas, ajudando a defender, ou a atacar, quando for oportuno, no século quarto da História da Igreja tivemos um timão de ótimos teólogos, fiéis á missão, chamados Padres da Igreja, os pais de nossa Fé apostólica. Defendiam a Igreja contra as Heresias, orientavam, educavam, formavam e foram decisivos na preservação da Doutrina Católica.
Postura bem diferente dos Teólogos de Israel, que sentindo-se donos do conhecimento e da cultura religiosa, aproveitavam para explorar e oprimir o povo, impondo-lhes leis, normas e práticas religiosas duríssimas. Deveriam ser os facilitadores para que a comunidade acolhesse Jesus, o Messias enviado por Deus, deveriam ser os primeiros a acolhê-lo, já que sabiam tanto á seu respeito. Mas queriam e pensavam em um Messianismo que lhes confirmasse como “iluminados e Justos”, dando-lhes ainda mais regalias e benefícios nos trabalhos do templo.
Pareciam e muito, com alguns agentes pastorais do nosso tempo, que se julgam especialistas naquilo que fazem e não admitem interferência de ninguém, nem a ingerência do padre. Irmãos e irmãs que são acolhidos na pastoral, têm e devem passar primeiro pelo seu crivo, em tudo que fazem julgam-se absolutos. Poucos conseguem escapar desse nefasto “Bichinho” do poder e do prestígio que se torna ainda mais evidente nos Ministérios dos Leigos.
Na Comunidade a gente vê de tudo, leigo querendo mandar mais que padre e diácono juntos, Diácono querendo mandar mais que padre, e padre querendo mandar mais que Bispo. Os Teólogos antigos matavam e faziam belos túmulos para os profetas que Deus enviava, nas comunidades não se mata as pessoas, mas sim os carismas e talentos que muitas vezes ela quer oferecer á comunidade, mas que logo são sufocados pelo Clericalismo Laical.
Precisamos olhar esse evangelho com humildade, para aprofundarmos a reflexão e ao final admitirmos que em nossas comunidades também há os Doutores das Pastorais e dos Movimentos, que não entram no Espírito Cristão, e são obstáculos a que outros entrem. Todos um dia irão responder diante de Deus, por estas ações que em nada contribuem com o Reino de Deus, ao contrário, faz dele uma caricatura...

2. Sois testemunhas - Lc 11,47-54
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Continuam as invectivas de Jesus contra a hipocrisia das autoridades religiosas. Jesus faz duas acusações que podem ser destacadas por seu alcance e por sua atualidade. A primeira foi lida ontem e dizia: “Ai de vós, doutores da Lei, que carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo tocais nesses fardos!” E a outra, de hoje: “Ai de vós, doutores da Lei, porque ficastes com a chave da ciência: vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. Impomos aos outros fardos insuportáveis que nós mesmos não queremos carregar e ensinamos uma doutrina que impede a entrada de quem deseja entrar. Não entramos e não deixamos os outros entrar. É contraditório, mas é real. Exige-se dos outros o que não se faz. Desenvolve-se uma casuística que torna impossível entrar no céu!
Fonte: NPD Brasil em 17/10/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Os Donos da verdade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Em uma discussão sobre algo polêmico, quando queremos desmontar os argumentos do lado contrário, logo afirmamos indignados, que tal pessoa quer ser a Dona da Verdade, querendo que todos assimilem e digam AMÉM à sua doutrina e ideologia.
Entretanto, o que se pretende com essa afirmação, nada mais é do que apregoar que a nossa Verdade é mais autêntica ou genuína do que a do adversário. Mas quem está com a Verdade? Nas ideologias políticas, na questão social ou econômica, e até na questão religiosa. O problema não é tanto saber quem está com a Verdade, o problema é não reconhecer nenhum valor positivo na Verdade do "outro", achando que a nossa Verdade é absoluta e inquestionável...
Jesus nunca pretendeu anular a Lei antiga, jamais pregou contra o judaísmo, apenas procurou, com seus ensinamentos e modo de viver e de se relacionar, uma coerência com a Verdade Divina revelada na Escritura Antiga, Verdade que havia sido deturpada pelos homens, fazendo da Religião não mais um instrumento Divino de Libertação, mas sim um mecanismo de manipulação, opressão e exploração.
É precisamente nesse contexto que surge e se torna intenso o confronto com os escribas e Fariseus, que monopolizavam o poder religioso da época, colocando-se como os Donos absolutos da Verdade, e anulando e condenando qualquer manifestação contrária a tais princípios.
Compreendida a situação, que é o pano de fundo desse quadro, é preciso ter coragem e ao mesmo tempo humildade, para olhar as comunidades cristãs hoje, e se perguntar com toda sinceridade, se não há ideologias estranhas manipulando a consciência do Povo de Deus, pois certas lideranças Clericais ou Laicas podem sim ter a mesma conduta dos escribas e fariseus, colocando-se como "Donos da Verdade Religiosa", impondo aos demais um pesado fardo, obstruindo, com um ridículo autoritarismo, a entrada no Reino de Deus, aos demais da comunidade... Na consciência desses deve ecoar a tenebrosa ameaça "Ai de Vós..."

2. Eu lhes enviarei profetas e apóstolos - Lc 11,47-54
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Três vezes Jesus se dirige aos Mestres da Lei e lhes diz: “Ai de vocês”, porque impõem aos outros fardos que vocês mesmos não carregam; porque constroem túmulos para os profetas que seus pais mataram; porque não entram e não deixam entrar os que querem. Multiplicam estatutos e regulamentos, conhecem o segredo da chave que abre a porta do Reino, mas não entram e não deixam os outros entrar. Tudo isso foi dito durante um almoço. Jesus não fez o rito religioso de lavar as mãos, causando admiração ao fariseu que o convidara. A partir daí começaram as críticas. A fala de Jesus causa surpresa também a nós, que o lemos hoje. Ou ele está perdendo a compostura ou escribas e fariseus ultrapassaram as medidas. Não é de estranhar que começaram a perseguir Jesus, armando ciladas contra ele para pegá-lo em alguma palavra mal colocada.
Fonte: NPD Brasil em 14/10/2021

Liturgia comentada

Eu lhes enviarei profetas... (Lc 11, 47-54)
Conforme a Carta aos Hebreus (1, 1), nos tempos da Primeira Aliança o Senhor se dirigiu a seu povo através dos profetas. Eram homens comuns, vaqueiros ou catadores de sicômoros, que o Espírito de Deus impelia a profetizar. Nada que nos faça pensar em “adivinhões” a prever o futuro. Antes, eram vozes de alerta que advertiam os responsáveis pelo povo escolhido quando se afastavam da vontade do Senhor. Foi o caso de Natã, que visitou o Rei Davi para conduzi-lo à contrição e à penitência.
O Antigo Testamento chama o profeta de “rabi” (aquele que foi chamado) ou de “ro’eh” (o vidente). Ezequiel terá sido o campeão das visões, como a daquele “carro celeste” que muitos se atreveram a traduzir como uma nave espacial. Com palavras ou gestos simbólicos (a canga quebrada de Jeremias, o casamento de Oseias, o tijolo de Ezequiel, etc.), os profetas revelam as intenções de Deus para a vida de seu povo.
Na interseção das duas Alianças, João Batista foi o grande profeta enviado por Deus, quando os céus voltaram a se abrir após 150 anos de silêncio. Sua missão? Apontar o Cordeiro de Deus, identificando na pessoa de Jesus o Messias esperado.
Ao longo dos séculos, os profetas foram rejeitados, perseguidos, silenciados pela violência. Por isso mesmo, Jesus lamentava a Cidade Santa: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados!” (Mt 23, 37.) Assim se manifestava, ao longo dos séculos, a recusa impenitente de um povo amado que não reconhecia o amor de que era alvo.
João Batista, o Precursor, preso por Herodes e, a seguir, decapitado, resume de forma cabal essa estranha vocação dos enviados de Deus. Por fim, na plenitude dos tempos, Jesus Cristo – o próprio Filho de Deus – sofreria também de modo extremo a rejeição e a morte.
Nos tempos apostólicos, o mesmo ódio seria derramado sobre os servidores de Deus, a começar por Estevão (At 7, 58) e Tiago (at 12, 2). Desde os césares romanos até os tiranos modernos, idêntico fim teriam os cristãos que professam sua fé em Jesus Cristo. Cumpria-se assim a profecia do Senhor: “Sereis odiados de todos, por causa do meu Nome; mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt 10, 22.)
O Senhor precisa de profetas. Aceitaremos esta missão?
Orai sem cessar: “Eis-me aqui! Enviai-me!” (Is 6, 8b)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 17/10/2013

REFLEXÕES DE HOJE

QUINTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 17/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Saber ser humilde quando se é corrigido

Um ponto marcante que nos prova a nossa ignorância é o fato de não sabermos ser humildes quando somos corrigidos.

“Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar.” (Lc 11,52)

Nós continuamos, hoje, a meditar o debate de Jesus com os fariseus e com os mestres da Lei. Mais uma vez, Jesus mostra a Sua dureza para com esse grupo, também chamados de “fariseus” e, hoje, especificamente olhando para os doutores da Lei.
Porque, como a Palavra diz, os fariseus e mestres da Lei são aqueles que sabem tudo da Lei; julgavam, condenavam e olhavam os outros a partir da sua própria interpretação. Por isso Jesus afirma que eles tinham a chave da ciência.
“Ciência” é o que se entende como o conhecimento do bem e do mal, o conhecimento do que é correto e do que é errado. Uma vez que eu tenho essa ciência, este conhecimento, cabe a mim julgar, cabe a mim saber quem está correto e quem não o está.
É um verdadeiro erro acharmos que somos sabedores de alguma coisa e nos acharmos melhores do que os outros ou acima deles; porque temos conhecimento disso ou daquilo ou porque temos esta ou aquela formação. Ou porque somos próximos de Deus, porque participamos da Santa Missa, da Eucaristia, porque Ele está conosco.
Dessa forma, nos achamos detentores da verdade, os donos da verdade, até das coisas de Deus. Quando, na verdade, o Senhor não se deixa aprisionar por ninguém, nem por nenhuma religião, nem por nenhum mestre ou doutor, tampouco por nenhuma ciência.
Deus é livre e soberano e age do modo que quiser; ninguém pode determinar a ação d’Ele. Nós podemos invocá-Lo, pedir-Lhe algo, podemos esperar n’Ele e também podemos correr atrás da manifestação d’Ele, mas ninguém tem a chave do Seu coração, ninguém tem a chave da Sua ciência. É por esse motivo que Jesus corrige os mestres da Lei e quem age como eles.
Outra coisa que nos chama a atenção na Palavra de Deus, hoje, é justamente que os doutores da Lei, uma vez que foram corrigidos, não aceitaram a correção, depois se revelaram, repreenderam, maltrataram, provocaram Jesus e armaram ciladas contra Ele. Outro ponto marcante que nos prova a nossa ignorância é o fato de não sabermos ser humildes quando somos corrigidos.
A verdadeira ciência, aquela que vem do Coração de Deus, se humilha; as outras são sinônimo de orgulho. Que Deus nos dê a sabedoria, a ciência do Céu, pela santa humildade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Faça-se humilde na entrega a Deus

A chave da ciência se chama humildade, e nunca soberba. A chave da ciência é a submissão à vontade de Deus, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo

“Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar.” (Lucas 11, 52)

Os doutores da lei são aqueles que têm a ciência, o conhecimento das leis divinas. Eles estudaram, se tornaram detentores do saber e usam o saber, o conhecimento, em proveito próprio. Usam para julgar as pessoas, para dizer se estão certas ou erradas, mas, muitas vezes, o fazem de acordo com seus critérios subjetivos, não são capazes de julgar a si mesmos, de analisarem seus próprios erros, de entrarem dentro de si e perceberem como podem ser melhores. O conhecimento deles é em proveito pessoal.
É um perigo e uma tentação para todos nós, que conhecemos as leis do Senhor, que conhecemos os mandamentos do Senhor, que conhecemos a graça de Deus, muitas vezes, usarmos o que conhecemos, o que sabemos, o que temos, em proveito pessoal.
Muitos estão usando a Palavra de Deus para julgar, para condenar e ainda são capazes de usá-la para se absolverem, para estarem sempre certos.
A chave da ciência se chama humildade e nunca soberba. A chave da ciência é a submissão à vontade de Deus, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ninguém é detentor do saber; podemos ajudar, aconselhar, mas devemos, acima de tudo, analisar, conhecer cada um a si mesmo.
Não podemos nos tornar os detentores do saber, porque a sabedoria excelsa é de Deus, vem d’Ele e pertence a Ele. Deus dá a Sua graça aos humildes! E não é o fato de já estar muito tempo na Igreja, de ser padre, de ser líder, de ser pastor, de fazer parte da Renovação Carismática, deste ou daquele movimento. Isso não me faz melhor do que os outros; isso me faz mais responsável do que os outros, isso me dá mais responsabilidade sobre a minha conduta, sobre os meus atos, sobre aquilo que faço. O que não posso é, a partir disso, me achar dono do saber.
Porque, depois de um tempo nós começamos a julgar tudo, analisar tudo e jogamos fora a identidade essencial: a humildade, a submissão a Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Aprendamos que a verdadeira ciência não é o ‘muito saber’ ou o ‘muito conhecer’, mas, o muito viver, se esforçar para, a cada dia, ser melhor, se esforçar para, a cada dia, recomeçar, se esforçar através da oração, da entrega a Deus para, a cada dia, conhecer a Sua vontade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 15/10/2015

HOMILIA DIÁRIA

Deixemo-nos corrigir por Deus

Quando não deixamos Deus nos corrigir, deformamo-nos na ignorância e no orgulho, não crescemos nem amadurecemos na fé

“Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.” (Lucas 11,53-54)

Os mestres da Lei e os fariseus se opuseram, fecharam-se e armaram contra Jesus. Eles não quiseram acolher aquilo que vinha do coração do Senhor.
O que Jesus falava incomodava, provocava reflexão e uma necessidade de mudança. “Está errado o que eu estou vivendo? Está errado o que eu estou fazendo?”. Não gostamos de ser provocados nem incomodados, não gostamos que mexam conosco. Queremos viver na aparência de que está tudo bem e legal.
Quando chega alguém com a melhor das intenções e nos chama à atenção, repreende-nos, educa, forma e evangeliza, ou nos mostra alguma situação, em nossa vida, que está em contradição, nós, se temos humildade, acolhemos; mas, se somos orgulhosos, nos armamos. Muitas vezes, gastamos energia, perdemos noites de sono para dar respostas às pessoas, para brigarmos e defendermos que somos assim.
Se formos humildes, mesmo aquilo que nós achamos que não seja tanto como a pessoa está dizendo, acolhemos, refletimos e pensamos: “Será que eu não preciso rever esse ponto da minha vida? Será que eu não preciso repensar tais atitudes, situações?”.
Fariseus e doutores da Lei conheciam demais a Lei de Deus, a ponto de não saber mais acolher a própria correção divina. Às vezes, sabemos muita coisa de Deus, mas não sabemos deixá-Lo cuidar de nós, não O deixamos falar conosco por meio de pessoas, não deixamos que Ele nos corrija nas situações; nós criamos armas, mecanismos de defesa, criamos, inclusive, situações para não sermos corrigidos.
Não existe graça maior do que ser corrigido por Deus! Quando não deixamos que Ele nos corrija, deformamo-nos na ignorância e no orgulho, não crescemos nem amadurecemos na fé. O pior é que nos iludimos, achamos que estamos abafando, que somos os melhores e vivemos na ignorância da fé. E vamos rejeitar, assim como Jesus foi rejeitado pelos grandes conhecedores da religião da Sua época, porque não O acolheram, pelo contrário, rejeitaram-nO.
Não rejeitemos as correções, formações, orientações e direções que Deus nos dá, porque é isso que forma o homem novo e a mulher nova.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 19/10/2017

HOMILIA DIÁRIA

A verdadeira religião aceita correção e conversão

“Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.” (Lucas 11,53-54)

Fariseus e mestres da lei eram pessoas muito religiosas, eram aqueles que praticavam a religião e a colocavam acima de tudo e de todos. As práticas, no entanto, não condiziam com aquilo que acreditavam.
Jesus estava corrigindo, advertindo, exortando, formando e, sobretudo, chamando à atenção deles sobre as práticas que faziam, as quais eram incoerentes com aquilo que falavam, pregavam e ensinavam aos outros. Até porque, eles colocavam fardos pesados para outros carregarem, exigiam demais dos outros, mas escondiam as injustiças que praticavam ou faziam vista grossa para os erros que outros cometiam, e assim por diante.
O Mestre queria provocá-los à conversão, para que se voltassem, de verdade, para o Deus do amor e da justiça, e não o Deus do legalismo.
Eles não acolheram a correção de Jesus, pelo contrário, fecharam-se e se armaram contra Jesus e começaram a tratá-Lo de forma muito grossa; começaram a rejeitá-Lo e armar ciladas para se opusessem a Ele.

Religião que não provoca conversão nem correção de Deus não nos leva a Ele

Quando nos opomos a nos convertermos ou já nos achamos convertidos, não aceitamos correções, não aceitamos que precisamos melhorar nem rever nossas posturas e atos. Quanto mais religiosos formos, mais corrigidos por Deus precisamos ser.
Religião que não provoca conversão nem correção de Deus não nos leva a Ele. É a religião do culto próprio, é a religião feita para Deus ser instrumentalizado em favor de nós, do que gostamos, dos nossos interesses e até para nos aparecermos e lucrarmos em nome de Deus.
Foi isso que fizeram, tantas vezes, os mestres da lei e fariseus: propagavam-se em nome da religião. A religião tem de nos colocar no chão, tem de nos colocar, cada vez mais, de forma humilde, modesta, para que nos corrijamos e sejamos corrigidos por Deus, para que as nossas posturas, nossos atos e palavras sejam de acordo com o coração de Deus.
Não basta falar de Deus, é preciso, acima de tudo, deixar que Ele fale a nós, que nos corrija, oriente e nos ensine a viver a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/10/2019

HOMILIA DIÁRIA

Seremos julgados com a mesma medida que julgarmos o próximo

“Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar.” (Lucas 11,52)

Jesus, o Senhor da Vida e o verdadeiro Mestre da Vida, está não só puxando a orelha, mas chamando a atenção daqueles que são os mestres da Lei da Sua época, conhecedores da Lei de Deus, dos preceitos, da ciência sagrada. Porque eles se comportam como se fossem os detentores da verdade, como se fossem os donos do Céu, como se eles determinassem quem entra e quem não entra, quem faz a vontade de Deus e quem não faz. E a medida em que eles têm esse comportamento — porque eles querem prevalecer pelo conhecimento —,  se colocam acima dos outros, se colocam acima do bem e do mal e estão julgando a todos. Porém, estão cometendo a pior das injustiças porque estão sendo injustos com eles mesmos, não estão reparando a própria vida, eles não estão olhando o próprio comportamento, e aquilo que querem proibir nos outros estão praticando de forma pior.

É Deus quem julga os vivos e os mortos e há de nos julgar com a medida que medimos os outros

O excesso do querer saber, do achar que sabe torna a pessoa cega a respeito de si mesma, é por isso que os doutores da Lei não se enxergam. Como nós precisamos ter cuidado e atenção também para não cairmos nessa tentação, porque somos, muitas vezes, impelidos a acharmos que sabemos e conhecemos tudo e que tudo tem que passar pelo nosso critério, eu sei qual é a pessoa que está certa e a que está errada; julgo o comportamento deste ou daquele; aplaudo quem se comporta do jeito que eu gosto e reprovo; falo mal e, muitas vezes, lanço comentários, críticas duras, crio rótulos para julgar as pessoas, “Essa é convertida”, “Essa não é convertida”, quando, na verdade, preciso é colocar minha “barba de molho”, preciso colocar meu coração no forno da penitência, para que tome consciência dos meus pecados, das minhas fragilidades, dos meus erros, das minhas falhas, para que eu tome consciência de onde estou pecando, onde estou errando, falhando para não viver julgando.
Quando você encontra pessoas reunidas para julgar os outros, fuja! Ali é o lugar do encontro dos mestres da Lei. Quando você se põe junto aos outros para falar da vida dos outros, você está se juntando a esse grupo que se acham detentores da verdade. Como é difícil encontrarmos a humildade de quem sabe abaixar a cabeça e olhar para si próprio. E quando eu ver um irmão pecando, falhando, escandalizando, tenho que abaixar a minha cabeça e pedir misericórdia por mim, para que eu preste atenção se não estou fazendo do mesmo jeito ou parecido, para me reparar. E, conforme eu posso, devo ajudar esse meu irmão de quem eu falo, de quem julgo, (espero que a gente nem fale), mas se a mente já foi tentada a julgar que seja para ajudar; e, se não posso ajudar pela presença, que seja pela oração, mas jamais pela maledicência de falar mal do irmão, porque todas as vezes que assim o fizermos, estamos nos tornando mestres da Lei, tomando a chave da ciência e tornando-nos detentores das chaves do Céu, e isso Deus não confiou a nós, é Ele quem julga os vivos e os mortos e há de nos julgar com a medida que medimos os outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/10/2021

HOMILIA DIÁRIA

De coração aberto, acolha a Palavra de Deus em sua vida

“É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: ‘Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração’.” (Lucas 11,49-51)

Deus, em Seu mistério de amor e salvação, enviou até nós os profetas que falaram de Sua parte. Homens fiéis a Deus que nos comunicaram a Palavra de Deus, foram instrumentos de Deus para nos comunicar a Sua vontade. Contudo, no Evangelho de hoje, Jesus nos revela que, em vez de darmos ouvidos a esses enviados de Deus, a esses missionários e profetas que nos trouxeram a Palavra de Deus, eles foram rejeitados, não foram ouvidos, foram perseguidos; e alguns foram até mortos por causa dessa missão.
Além de termos cometido tudo isso com os profetas, Jesus vai dizer que eles se tornaram proprietários da Lei de Deus, quiseram se tornar proprietários da Palavra de Deus, adaptando-a às próprias ideias, aos próprios costumes religiosos, não fazendo aquilo que Ele queria e desejava, ou seja, fazendo da Lei de Deus algo próprio deles, fazendo da vontade de Deus apenas um conjunto de normas, de práticas religiosas externas que não produziam frutos de salvação.

A Palavra encarnada destina-se a todos que a acolhem de coração aberto e que se deixam transformar por ela

Precisamos compreender que a mensagem de salvação vem de Deus, ela é vinda de Deus e não de nós. Podemos fazer dela uma interpretação pessoal puramente ritualística, rigorista, que exclui completamente e que limita esse alcance da salvação que está contida nessa Palavra que nos é revelada.
A mensagem de salvação, anunciada por Deus, por meio dos profetas e, agora, por meio do próprio Cristo — que é a Palavra encarnada —, não se limita às práticas e aos rituais fechados ali, entre um grupo seleto. Não! A salvação, anunciada a nós pelos profetas e pelo Cristo — a Palavra encarnada —, destina-se a todos que a acolhem de coração aberto e que se deixam transformar por ela.
Neste dia, acolhamos, mais uma vez, a Palavra de Deus. Deixemos que ela nos forme e modifique-nos.
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/10/2023

Oração Final
Pai Santo, orienta os nossos passos no Caminho da Verdade. Que nós nos aproximemos da tua Palavra Santa – que anuncias por meio de tantos sinais – e que a vivamos e a proclamemos aos irmãos através do testemunho de uma vida transparente, feita de relações fraternas com o nosso próximo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/10/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem para acolher teus Mensageiros, os profetas do nosso tempo. Que ouçamos sua palavra – ainda que seja de acusação contra nossos costumes e atitudes. Faze-nos generosos e abertos para ouvir a mensagem inteira e não apenas a parte que nos agrada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/10/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos verdadeiros filhos teus. Que os irmãos sintam, por nossa presença e testemunho de vida, o desejo de seguir a Jesus de Nazaré, vivendo as relações que Ele viveu: fraternas com os companheiros de jornada e filial contigo, Pai amado. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/10/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, orienta os nossos passos no Caminho da Verdade. Que nós nos aproximemos da tua Palavra Santa – que pronuncias por meio de tantos sinais – e que A vivamos e A proclamemos aos irmãos através do testemunho de uma vida transparente, feita de relações fraternas com o nosso próximo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/10/2019

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