HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/08/2025
ANO C

Mt 19,23-30
Comentário do Evangelho
O Desafio da Riqueza e a Promessa de Recompensa

Jesus, ao falar novamente com seus discípulos, aborda o tema do apego às riquezas. Ele usa a metáfora do camelo tentando passar pelo buraco de uma agulha, uma tarefa impossível, para ilustrar a dificuldade de um rico alcançar o Reino dos Céus. As riquezas podem se tornar um obstáculo à salvação, pois podem gerar confiança excessiva em si mesmo, afastando a pessoa de Deus. Além disso, elas podem ser fruto da ganância e da corrupção, resultando em exploração e injustiça.Diante disso, os discípulos questionam quem, então, poderá ser salvo, sugerindo que a salvação poderia depender das forças humanas. No entanto, Jesus esclarece que a salvação é uma dádiva divina, algo que Deus realiza. Em contraste com o apego aos bens materiais, Pedro pergunta sobre a recompensa daqueles que deixam tudo para seguir a Cristo. Jesus responde prometendo duas bênçãos: uma para os Doze apóstolos, que terão a função de juízes em um mundo renovado conforme as antigas promessas, e outra para todos os discípulos, que receberão cem vezes mais e a vida eterna. Assim, aqueles que, neste mundo, são considerados os mais poderosos e ricos, terão dificuldades em alcançar a salvação, enquanto os discípulos, que muitas vezes são marginalizados, ocuparão o primeiro lugar no Reino dos Céus.https://catequisar.com.br/liturgia/o-desafio-da-riqueza-e-a-promessa-de-recompensa/
Comentário do Evangelho
É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus

Jesus se dirige aos discípulos e retoma o tema do apego às riquezas. Assim como é impossível um camelo, um dos maiores animais da região, passar pelo buraco de uma agulha, menor abertura encontrada, da mesma forma será um rico entrar no Reino dos Céus. Nas riquezas, o ser humano pode colocar sua confiança e sua segurança, e desviar o olhar de Deus. Elas podem ser fruto da ganância e da corrupção, e conduzir à exploração e à opressão dos outros. Com isso, os discípulos perguntam quem então poderia ser salvo, como se a salvação fosse uma conquista humana. Na verdade, ela é realização e dom de Deus. Em contraposição ao apego às riquezas, Pedro indaga o Mestre sobre a recompensa de quem abandona tudo para segui-lo. Jesus lhe responde apresentando duas promessas: uma aos Doze, de que serão juízes de Israel em um mundo vindouro renovado, confirmando as profecias do Antigo Testamento; e outra dirigida a todos os discípulos, de que receberão cem vezes mais e a vida eterna. Assim os ricos, que no mundo ocupam os primeiros lugares, serão os últimos a obter a salvação, enquanto os discípulos, pobres e desprezados, serão os primeiros.Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/e-mais-facil-um-camelo-passar-pelo-buraco-de-uma-agulha-do-que-um-rico-entrar-no-reino-de-deus-19-08-2025
Reflexão
O número dos apóstolos de Cristo foi sempre interpretado de modo simbólico, à luz das doze tribos de Israel. No Evangelho de hoje, vemos algo que justifica e reforça essa interpretação: Jesus anuncia que, após sua glorificação, os doze apóstolos sentarão ao seu lado para julgar as doze tribos de Israel. Indiretamente, Jesus demonstra qual é a recompensa que seus seguidores, desde os apóstolos e as primeiras comunidades até nós, hoje, receberão por viver segundo os preceitos evangélicos: cem vezes mais. A única riqueza que o discípulo de Cristo é convidado a buscar é o Reino de Deus. Abandonando tudo o que nos impede de praticar o Evangelho (e aqui não se trata apenas de bens materiais, mas autoridade, prestígio e tantas outras coisas), seremos vistos como pobres para o mundo, mas encontraremos a verdadeira riqueza.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/19-terca-feira-10/
Reflexão
«Dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus (...) Quem, pois, poderá salvar-se?»
Rev. D. Fernando PERALES i Madueño(Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje, contemplamos a reação que suscitou entre os ouvintes o diálogo do jovem rico com Jesus: «Quem, pois, poderá salvar-se?» (Mt 19,25). As palavras do Senhor dirigidas ao jovem rico são manifestamente duras, pretendem surpreender, despertar as nossas sonolências. Não se tratam de palavras isoladas, acidentais no Evangelho: repete vinte vezes este tipo de mensagem. Devemos recordá-lo: Jesus adverte contra os obstáculos que implicam as riquezas, para entrar na vida...E, no entanto, Jesus amou e chamou homens ricos, sem lhes exigir que abandonassem as suas responsabilidades. A riqueza em si mesma não é má, a não ser que a sua origem tenha sido adquirida de forma injusta, ou o seu destino, que se utilize de forma egoísta sem ter em conta os mais desfavorecidos, se fecha o coração aos verdadeiros valores espirituais (onde não há necessidade de Deus).«Quem, pois, poderá salvar-se?». Jesus responde: «Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível». (Mt 19,26). «Senhor, tu conheces bem as habilidades dos homens para atenuar a tua Palavra. Tenho que o dizer, Senhor ajuda-me! Converte o meu coração».Depois do jovem rico ter ido embora, entristecido pelo seu apego às suas riquezas, Pedro tomou a palavra e disse: «Concede, Senhor, à tua Igreja, aos teus Apóstolos que sejam capazes de deixar tudo por Ti».«Quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória?» (Mt 19,28). O Teu pensamento dirige-se para esse “dia”, até esse futuro. Tu és um homem com tendência para o fim do mundo, para a plenitude do homem. Nesse tempo, Senhor, tudo será novo, renovado, belo.Jesus Cristo diz-nos: «Vós que deixastes tudo pelo Reino, vos sentareis com o Filho do Homem... Recebereis cem vezes mais do que tiveres deixado... E herdareis a vida eterna...» (cf. Mt 19,28-29).O futuro que Tu prometes aos teus, aos que te seguiram renunciando a todos os obstáculos... É um futuro feliz, é a abundância da vida, é a plenitude divina.«Obrigado, Senhor. Conduz-me até esse dia!».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «É mais fácil o sol não brilhar ou não aquecer do que um cristão deixar de iluminar. Não inflija uma ofensa a Deus!: se ordenarmos bem a nossa conduta, tudo o resto se seguirá como consequência natural» (São João Crisóstomo)
- «A vocação cristã é antes de tudo um apelo de amor que atrai e remete para algo além de si mesmo, para a sua libertação na entrega de si» (Bento XVI)
- «A Igreja ora para que ninguém se perca: ‘Senhor [...], não permitais que eu me separe de Vós’. Sendo verdade que ninguém se pode salvar a si mesmo, também é verdade que ‘Deus quer que todos se salvem’ (1Tm 2,4) e que a Ele ‘tudo é possível’ (Mt 19, 26)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1058)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-08-19
Reflexão
O pecado original: uma “perturbação” nas origens
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, assombrados como os discípulos, voltamos a escutar que para o homem a salvação é impossível. Isto soa como uma afirmação muito rotunda! Mas assim tão radical é o dano com que a “perturbação da criação” nas suas origens nos “salpicou” a todos. As imagens do “Genesis” são eloquentes.Os nossos primeiros pais, desde um “estar nus sem experimentar vergonha” (a inocência original), passaram a cobrir-se, esconder-se, ter medo e atirar as culpas… Pelo meio está o pecado original: caíram na miragem de acreditar que seriam poderosos como Deus se “manipulassem” a lei moral (a “árvore do conhecimento do bem e do mal”). Trata-se de uma perturbação “moral”, radicada no drama da liberdade humana: somos livres para agir com amor, mas não para inventar o amor. Foi assim que, caricaturizando a lei moral, o “inimigo” conseguiu opor a humanidade a Deus.—Senhor, Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida: concede-me que eu viva de ti, que és o Amor.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-08-19
Comentário do Evangelho
Desprendimento material e seguimento de Cristo
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Hoje Jesus deixa assombrados os seus ouvintes: «Então, quem poderá se salvar?». Outra equação a ser resolvida! As riquezas —por si mesmas— não são o problema, posto que Jesus mesmo é quem nos proporciona os recursos. O problema está no rico, o seja, o que “vai de rico” pela vida.—E, o que o que acontece com o “rico”? Que seu coração só vê coisas. E as pessoas? Não as vê…, e, se as vê, é para aproveitar-se delas (as trata como competidores ou como fornecedores).https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-08-19
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
É difícil um rico entrar no Reino dos Céus porque antes de se encher de bens, seu coração já está repleto de si mesmo. Fez-se um deus para si, bastando-se a si mesmo, sem espaço para Deus. A proposta do Reino é ser pobre em espírito, vazio de si, para que Deus e seu Reino sejam o tesouro, a prioridade, que o preenche. Ser prioridade, como para Gedeão: “Vai... sou eu que te envio... Eu estarei contigo”. Ser ou tornar-se esse pobre pode parecer impossível a nós, mas não a Deus, para quem “tudo é possível”. É possível até mesmo viver a perfeição de Jesus, renunciando inteiramente aos bens, dando-os aos pobres, para estar inteiramente a serviço da difusão desse mesmo Reino.ColetaÓ Deus, que inspirais e levais à perfeição todo o bom propósito, guiai vossos servos e servas no caminho da salvação eterna. Aos que deixaram tudo e se consagraram totalmente a vós, seguindo a Cristo e renunciando aos bens deste mundo, concedei que sirvam fielmente a vós e a seus irmãos e irmãs em espírito de pobreza e humildade de coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=19%2F08%2F2025&leitura=meditacao
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