HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 27/07/2025
ANO C

17º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano C – Verde
“Senhor, ensina-nos a rezar.” (Lc 11,1b)
Lc 11,1-13
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Há um santo que disse: “A oração é o alicerce do
edifício espiritual. - A oração é onipotente.” De fato,
precisamos nos convencer que a oração sustenta
a vida do cristão e como nos ensinará Jesus
hoje, com ela podemos tudo diante do Pai, desde
alcançar o que queremos, até compreendermos
sua vontade em nós.https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105048/17-domingo-tempo-comum-ano-c-27-julho-2025.pdf
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos reunimos para celebrar o
Mistério da Morte e Ressurreição
do Senhor. Por esta Eucaristia, o
Senhor, Esposo da Igreja, renova
sua aliança de amor conosco e nós
com Ele. Viemos para dialogar com
Ele; ouvir sua Palavra e respondê-la; comungar seu Corpo e Sangue
e assim entrar em comunhão mais
profunda com Ele. Celebramos
hoje o Dia Mundial dos Avós e
Idosos, que eles possam enraizar
a vida em Deus e ser para suas
famílias e nossas comunidades
um sinal da esperança cristã, que
jamais decepciona.https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-44-17o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf
ENSINA-NOS A REZAR...
Como os primeiros discípulos do divino Mestre, ainda hoje pedimos ao
Senhor que nos ensine a rezar. Mais
que palavras, Ele nos ensina com
atitudes que oração é um estado de
permanente confiança e entrega ao
Plano de Deus. Rezar, portanto, significa entrar em sintonia com a vontade de Deus, a quem Jesus chamou
de Pai, aliás, Pai Nosso. Por isso, cada
ensinamento contido nesta oração
revela um aspecto da vida de Jesus
marcada pela íntima relação entre
Eles (“Quem me vê, vê o Pai” - Jo
14,10). As palavras do Pai Nosso são
um resumo catequético da vida de
Jesus e ao mesmo tempo um projeto
de vida que desafia a quem o quer
seguir.Na primeira leitura da missa de hoje,
vemos como Abraão, chamado amigo de Deus (Tg 2,23), conversa face a
face com o Senhor. Desde sua juventude aprendeu a confiar em sua Palavra mesmo quando parecia impossível. Ele representa a humanidade
que aos poucos vai conhecendo seu
criador. Uma criança no colo a tatear a face de seu pai. Neste diálogo
provocador, Abraão demonstra humildade, reverência e respeito, mas
também ousadia e confiança que só
entre amigos se pode encontrar.Na carta aos Colossenses, nossa
segunda leitura, o apóstolo Paulo
enfrenta corajosamente os desvios
daqueles que tencionavam introduzir na comunidade cristã práticas
religiosas marcadas por superstições
e antigos ritos que serviriam para
agradar a um Deus para eles distante
e punitivo, que os salvariam quando
tivessem cumprido os mínimos detalhes da Lei. Paulo combate esses falsos ensinamentos exaltando o batismo como graça divina, dom de Deus
e porta de entrada para a salvação
(“A lei mata, mas o Espírito dá vida”
- 2Cor 3,6). O batismo nos identifica
com Cristo e constitui o ponto de
partida para ser como Jesus na doação, no serviço, na entrega da própria vida por amor e, portanto, filhos
e filhas amados de Deus, como Ele.
As parábolas do Evangelho de hoje
nos falam da solicitude de Deus para
conosco, da generosa gratuidade do
seu amor. Ele nos conhece a fundo
e sabe do que precisamos. Não nos
atende porque merecemos, porque
cumprimos a Lei, mas, porque Ele é
bom e “faz o sol nascer sobre justos
e injustos, porque a todos quer salvar” (Mt 5,45). Envia sobre nós Seu
Espírito como reposta aos nossos
apelos e nos faz enfrentar com lucidez e destemor todas as situações da
vida.Jesus se retirava antes de certos
momentos particularmente importantes da sua vida e se fortalecia na
entrega confiante ao Plano do Pai:
“Se queres, afasta de mim este cálice, entretanto, não seja feita a minha
vontade, mas a Tua” (Lc 22,42).
Minha oração é uma negociação,
uma pretensa troca de favores, ou
um encontro amoroso entre pai e filho que partilham ao longo da vida
as preocupações, sonhos e esperanças?Pe. Jorge BernardesVigário Episcopal para a Região Ipirangahttps://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/05/Ano-49C-44-17o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf
Comentário do Evangelho
A Oração do Pai Nosso e a Persistência em Pedir

A oração não deve ser reduzida a uma troca de favores ou uma relação “comercial” com Deus. Antes de tudo, ela deve ser entendida como uma oportunidade para estabelecer uma verdadeira amizade com Ele, fortalecida pela escuta atenta de Sua Palavra. A oração é uma experiência de encontro com o Senhor, onde não apenas expressamos nossos desejos, mas também nos abrimos para o Seu amor e vontade. Ela também inclui o clamor e a intercessão em favor dos outros, refletindo a importância de nos colocarmos como mediadores de graça para aqueles ao nosso redor.Na primeira leitura, vemos Abraão intercedendo com insistência junto a Deus para poupar as cidades de Sodoma e Gomorra. Ele reconhece a grandeza e a justiça de Deus, mas também sua própria pequenez, comparando-se a “pó e cinza”. Mesmo com a destruição das cidades, Deus atende à oração de Abraão, protegendo seu sobrinho Ló e sua família. Este exemplo mostra o poder da oração do justo, que toca o coração de Deus, levando-O a agir em favor do Seu povo.O Evangelho de Lucas, por sua vez, destaca a importância da oração na vida de Jesus. Em momentos cruciais do Seu ministério, Ele se retira para orar, mostrando que a oração é fundamental para o fortalecimento da missão. Um dos discípulos, impressionado, pede que Jesus o ensine a orar. Esse pedido reflete a prática comum entre os grupos religiosos da época, como os seguidores de João Batista, que tinham suas próprias formas de oração. Jesus responde, ensinando o Pai Nosso, que apresenta cinco petições, em comparação com as sete de Mateus, adaptadas para os diferentes públicos.No Pai Nosso, as duas primeiras petições apontam para a realização do plano salvífico de Deus na vida do discípulo. Ao começar com “Pai”, Jesus revela a proximidade e o amor de Deus, tornando-o acessível a todos. As três petições seguintes tratam das necessidades diárias: o pão, que simboliza o sustento e a comunhão, o perdão dos pecados, que promove a reconciliação, e a petição para não cairmos em tentação, reconhecendo nossa fragilidade humana e nossa dependência de Deus.Jesus segue o ensinamento da oração com duas parábolas. Na primeira, Ele fala sobre um amigo importunado à meia-noite, que, mesmo sendo reticente, ajuda o outro pela insistência. Esse exemplo ilustra a persistência necessária na oração. Em seguida, Ele declara que aqueles que pedem, buscam e batem, receberão, acharão e abrirão. A segunda parábola compara um pai que não engana seu filho, oferecendo-lhe algo ruim quando ele pede algo bom, como pão, peixe ou ovo. Isso nos ensina que Deus, como Pai amoroso, sempre dará o melhor a Seus filhos.Jesus conclui o ensino sobre a oração destacando o maior dom que Deus oferece: o Espírito Santo. Não apenas o alimento físico, mas a presença divina em nossas vidas é o maior presente que podemos receber. Isso nos leva a uma reflexão mais profunda sobre a importância de perseverar na oração, confiando que Deus nos ama e nunca nos abandona.Perseverar na oração nos ajuda a crescer como amigos e filhos de Deus, confiantes de que Ele sempre nos escutará e nos atenderá conforme Sua vontade. A oração não é apenas uma prática espiritual, mas um meio de fortalecer nosso relacionamento com o Pai e de interceder pela salvação de todos.https://catequisar.com.br/liturgia/a-oracao-do-pai-nosso-e-a-persistencia-em-pedir/
Reflexão
Vendo Jesus rezar, um discípulo lhe pede que os ensine a rezar, como os rabinos faziam. Diante do pedido, o Mestre lhes oferece um modelo de oração. A oração do pai-nosso contém seis elementos: os três primeiros nos levam à abertura para Deus: chamamos a Deus de Pai, ele é o Pai de todos nós; pedimos que seu nome seja santificado, isto é, que seja reconhecido como aquele que age na história; pedimos a vinda do seu Reino, o que significa acolher o projeto de Jesus. Os três últimos têm a ver conosco e com o próximo: pedimos o que é necessário no dia a dia para uma vida digna, sem pensar em acumular; pedimos o perdão e o compromisso de reconciliação com os nossos irmãos; por fim, pedimos que o Pai nos afaste das tentações que levam a abandonar o projeto de Jesus, que propõe uma sociedade justa, fraterna, igualitária e solidária. A parábola nos ensina a perseverar na oração, feita com confiança ao Pai, o qual nos oferece o Espírito para discernir o que é mais importante para a vida.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/27-domingo-9/
Reflexão
«Jesus estava orando num certo lugar… ‘Senhor, ensina-nos a orar’»
Abbé Jean GOTTIGNY(Bruxelles, Blgica)
Hoje, Jesus em oração nos ensina a orar. Prestemos atenção no que sua atitude nos ensina. Jesus Cristo experimenta em muitas ocasiões a necessidade de encontrar-se cara a cara com seu Pai. Lucas, em seu Evangelho, insiste sobre este ponto.Sobre que falavam naquele dia? Não sabemos. No entanto, em outra ocasião, nos chegou um fragmento de conversação entre seu Pai e Ele. No momento em que foi batizado no rio Jordão, quando estava orando, «E do céu veio uma voz: ‘Tu és o meu filho amado; em ti está meu pleno agrado’» (Lc 3,22). No parêntese de um diálogo ternamente afetuoso.Quando, no Evangelho de hoje, um dos discípulos, ao observar seu recolhimento, lhe implora que lhes ensine a falar com Deus, Jesus responde: «Quando ores, diga: ‘Pai, santificado seja teu nome…’» (Lc 11,2). A oração consiste em uma conversação filial com esse Pai que nos ama com loucura. Não definia Teresa de Ávila a oração como “uma íntima relação de amizade”: «estando muitas vezes tratando a sós com quem sabemos que nos ama»?Bento XVI encontra «significativo que Lucas situe o Pai-nosso no contexto da oração pessoal do próprio Jesus. Desta forma, Ele nos faz participar de sua oração; conduz-nos ao interior do diálogo íntimo do amor trinitário; ou seja, levanta nossas misérias humanas até o coração de Deus».É significativo que, na linguagem cotidiana, a oração que Jesus Cristo nos ensinou se resume nestas duas únicas palavras: «Pai Nosso». A oração cristã é eminentemente filial.A liturgia católica põe esta oração nos nossos lábios no momento em que nos preparamos para receber o Corpo e o Sangre de Jesus Cristo. As sete petições que permite e a ordem em que estão formuladas nos dão uma ideia da conduta que devemos de manter quando recebamos a Comunhão Eucarística.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Ele quer que eu lhe ame porque me há perdoado, não muito, senão tudo. Não tem esperado a que eu lhe ame muito, senão que tem querido que eu saiba até que ponto Ele me tem amado, para que eu lhe ame a Ele com loucura!» (Santa Teresa de Lisieux)
- «O Senhor disse-nos como temos de orar. Lucas põe o “Pai Nosso” em relação com a oração pessoal em Jesus mesmo. Ele nos faz participes de sua própria oração, nos introduz no diálogo interior do Amor trinitário» (Bento XVI)
- «Tal oração, que nos vem de Jesus, é verdadeiramente única: é “do Senhor”. Efetivamente, por um lado, nas palavras desta oração o Filho Único dá-nos as palavras que o Pai Lhe deu: Ele é o mestre da nossa oração. Por outro lado, sendo o Verbo encarnado, Ele conhece no seu coração de homem as necessidades dos seus irmão e irmãs humanos e nos as revela: Ele é o modelo da nossa oração.» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2765)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-07-27
Reflexão
O “Pai Nosso”: a 4ª petição (o pão de cada dia)
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, apreciamos a quarta petição do “Pai Nosso” como a mais “humana” de todas: o Senhor, que orienta nosso olhar ao essencial, ao “único necessário”, sabe também de nossas necessidades da terra e as tem em conta.Ele, que diz aos seus Apóstolos que não fiquem angustiados pela vida pensando em que vão a comer, agora nos convida a pedir nossa comida. O pão é “fruto da terra e do trabalho do homem”, mas a terra não dá fruto se não recebe desde lá de cima o sol e a chuva. Esta combinação das forças cósmicas que escapa de nossas mãos se contrapõe À tentação de nosso orgulho, de pensar que podemos dar a vida por nós mesmos ou só com nossas forças.—Aqui, também, se fala de “nosso” pão: oramos na comunhão dos discípulos, na comunhão dos filhos de Deus, e por isso ninguém pode pensar só em si mesmo. Nós pedimos nosso pão, isto é, também o pão dos demais.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-07-27
Comentário sobre o Evangelho
Jesus nos ensina a orar: «Pai, santificado seja teu nome…»
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Hoje, Jesus ensina-nos a rezar. E fá-lo com o mesmo estilo de oração que fazia: o “Pai-Nosso”. Jesus fala com o “seu Pai” e convida-nos a falar com o “seu Pai”. Assim, Deus é também Pai-nosso. Para isso nascemos!- O Mestre recomenda-nos, além disso, ser insistentes. Por vezes dizemos que “Deus não me ouve”. Não será antes que eu quase não lhe falo? Ou que só lhe falo quando “me interessa” a mim?https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-07-27
HOMILIA
A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!
A misericórdia do Senhor não tem limites! Podemos colocar essa afirmação como tema para reflexão da liturgia que celebramos hoje. As leituras nos levam ao coração misericordioso de Deus, que ouve com atenção o patriarca Abraão e o tranquiliza demostrando a grandeza e a potência do amor que Ele nutre pela humanidade. É um amor capaz de tolerar toda fragilidade humana no desejo de fortalecer e dignificar a vida de cada pessoa.Esse Deus, amor-misericórdia, foi capaz de se fazer Homem para pisar nosso chão, experimentar nossa dor, angústia, sofrimento e nos dar, uma vez por todas, a Salvação, pois nele tudo se refaz e se renova. Pela graça do Batismo ressuscitamos com Ele e, ressuscitados nele, nos tornamos capazes de seguir em frente com sua missão.O que fortalece a continuidade da missão de Jesus é sua paciência com o ser humano sempre necessitado de sua atenção. É por amor e misericórdia que Jesus se aproxima das pessoas, escolhe seus discípulos e nos convoca a sermos todos seus seguidores e continuadores.O que fortalece nossa missão de continuar os caminhos de Jesus é nossa aceitação desse amor verdadeiro que nos preenche, nos envia e permanece conosco. E para nos sustentar nessa missão, Jesus nos ensinou a rezar.O Pai-Nosso revela o sonho de Deus de sermos uma única família na partilha do reino, da vida e do pão, na fraternidade, solidários uns com os outros, sendo capazes de sentir a dor do outro e viver a graça de perdoar e de ser perdoado. Ser família de Deus é receber e doar os valores que Ele nos oferece com seu amor misericordioso.Depois de ensinar a rezar, Jesus explica, com alguns exemplos, a força da oração lembrando que Deus está sempre atento as nossas necessidades e Ele realizará o que for melhor para cada um de nós. Deus é bom, precisamos confiar sempre! Que Ele nos ajude a sermos capazes de oferecer amor e misericórdia em tudo o que fizermos e em todos os nossos relacionamentos humanos.Pe. Lucas Emanuel, C.Ss.Rhttps://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=27%2F07%2F2025&leitura=homilia
Coleta— OREMOS: Ó DEUS, amparo dos que em vós esperam, sem vós nada tem valor, nada é santo. Multiplicai em nós a vossa misericórdia para que, conduzidos por vós usemos agora de tal modo os bens temporais que possamos aderir desde já aos bens eternos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=27%2F07%2F2025&leitura=meditacao
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