HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/04/2025
ANO C

Mt 26,14-25
Comentário do Evangelho
O Preço da Traição e a Fidelidade de Cristo

Era previsível que os ensinamentos e milagres de Jesus despertassem inveja e levassem as autoridades judaicas a decidir por sua morte. Contudo, quem poderia imaginar que um dos discípulos escolhidos para seguir o Mestre o trairia? Judas Iscariotes, na verdade, simboliza tantos que abandonaram a fé em Cristo, deixando que o poder e o dinheiro prevalecessem sobre os ensinamentos divinos. Ele não se permitiu ser tocado profundamente pelo Senhor, e não experimentou a verdadeira conversão. O preço da sua traição foi de trinta moedas de prata, o valor de um escravo (cf. Êx 21,32). O Mestre, embora ciente de tudo o que estava ocorrendo, decide seguir com a celebração da Páscoa, querendo compartilhá-la com todos os discípulos, até mesmo com o traidor. Ele anuncia a traição, mas também sua entrega, para que se cumprissem as Escrituras. Isso gera tristeza e agitação entre os presentes. Jesus, no entanto, não revela diretamente quem seria o traidor. Isso teria sido uma oportunidade para que ele se arrependesse? O discurso que detalha a gravidade da traição poderia comprometer o plano divino. O último diálogo entre Jesus e Judas confirma o fechamento deste ao plano salvífico de Deus, mas a fidelidade do Filho do Homem em cumprir a missão prevalece.https://catequisar.com.br/liturgia/o-preco-da-traicao-e-a-fidelidade-de-cristo/
Reflexão
Ontem meditamos a narração do anúncio da traição feita por João. Hoje vemos essa mesma narração a partir da visão de Mateus. Judas trai Jesus por trinta moedas de prata, não compreendendo o sentido da sua messianidade. Sendo um zelota, provavelmente espera um messias diferente, mais político e violento. Vemos aqui expresso de modo claro o que acontece quando a ganância humana se sobrepõe ao amor a Deus. Muito mais do que a maldade de Judas, porém, o Evangelho destaca o amor do Pai que se dá no Filho. A traição de Judas causa uma dor profunda em Jesus, mas ele aceita o plano divino, mostrando que tudo isso é necessário para que a glória de Deus se manifeste à humanidade.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-16-quarta-feira-11/
Reflexão
«Acaso sou eu?»
Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE(Cobourg, Ontario, canad)
Hoje, o Evangelho nos apresenta três cenas: a traição de Judas, os preparativos para celebrar a Páscoa e a Ceia com os Doze.A palavra “entregar” (“paradidōmi” em grego) é repetida seis vezes e serve de elo entre esses três momentos: (I) quando Judas entrega Jesus; (II) Páscoa, que é uma figura do sacrifício da cruz, onde Jesus dá a vida; e (III) a Última Ceia, na qual se manifesta a entrega de Jesus, que se cumprirá na Cruz.Queremos parar aqui na Ceia Pascal, onde Jesus Cristo manifesta que seu corpo será dado e seu sangue derramado. As suas palavras: «Garanto-vos que um de vós me entregará» (Mt 26,20), convida cada um dos Doze, sobretudo Judas, a um exame de consciência. Estas palavras estendem-se a todos nós, também chamados por Jesus. São um convite a refletir sobre nossas ações, sejam elas boas ou más; nossa dignidade; nos perguntamos o que estamos fazendo neste momento com nossas vidas; para onde vamos e como respondemos ao chamado de Jesus. Devemos responder uns aos outros com sinceridade, humildade e franqueza.Vamos lembrar que podemos esconder nossos pecados de outras pessoas, mas não podemos escondê-los de Deus, que os vê em segredo. Jesus, verdadeiro Deus e homem, tudo vê e sabe. Ele sabe o que está em nossos corações e do que somos capazes. Nada está escondido de seus olhos. Evitemos enganar a nós mesmos e só depois de sermos sinceros conosco é que devemos olhar para Cristo e perguntar-lhe: " Acaso sou eu?" (Mt 26,22). Tenhamos presente o que diz o Papa Francisco: «Jesus, amando-nos, convida-nos a permitir-nos a reconciliação com Deus e a regressar a Ele para nos redescobrir».Olhemos para Jesus, ouçamos suas palavras e peçamos a graça de doarmos, unindo-nos ao seu sacrifício na Cruz.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Bendito sejas, meu Senhor Jesus Cristo, que anunciaste antecipadamente a tua morte e, na última ceia, consagraste o pão material, transformando-o no teu corpo glorioso, e pelo teu amor o deste aos apóstolos como memorial da tua digna paixão e lavaste os seus pés com tuas preciosas mãos sagradas, mostrando assim humildemente tua maior humildade» (Santa Brígida)
- «Nos próximos dias comemoraremos o confronto supremo entre a Luz e as Trevas. Também nós devemos situar-nos neste contexto, conscientes da nossa 'noite', das nossas faltas e responsabilidades, se queremos reviver o mistério pascal com proveito espiritual.» (Bento XVI)
- «Jesus escolheu a altura da Páscoa para cumprir o que tinha anunciado em Cafarnaum: dar aos seus discípulos o seu corpo e o seu sangue» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1.339)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-16
Reflexão
«Em verdade vos digo, um de vós me vai entregar»
P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)
Hoje, o Evangelho nos propõe —pelo menos— três considerações. A primeira é que, quando o amor ao Senhor se esfria, então a vontade cede a outros reclamos, onde a voluptuosidade parece oferecer-nos os pratos mais saborosos mas, na realidade, condimentados por degradantes e inquietantes venenos. Dada a nossa nativa fragilidade, não devemos permitir que o fogo do fervor diminua, que, se não sensível, pelo menos mental, nos une a Aquele que nos tem amado ao ponto de oferecer sua vida por nós.A segunda consideração refere-se à misteriosa escolha do lugar donde Jesus quer consumir sua ceia Pascal. «Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a ceia Pascal em tua casa, junto com meus discípulos’» (Mt 26,18). O dono da casa, talvez, não fosse um dos amigos declarados do Senhor; mas devia ter o ouvido atento para escutar o chamado “interior”. O Senhor lhe teria falado intimamente —como frequentemente nos fala—, a través de mil incentivos para que lhe abrisse a porta. Sua fantasia e sua onipotência, suportes do amor infinito com o qual nos ama, não conhecem fronteiras e se expressam de modo sempre apto a cada situação pessoal. Quando escutemos o chamado devemos “render-nos”, deixando à parte as sutilezas e aceitando com alegria esse “mensageiro libertador”. É como se alguém estivesse se apresentado à porta do cárcere e nos convida a segui-lo, como fez o Anjo com Pedro dizendo-lhe: « Levanta-te depressa! As correntes caíram-lhe das mãos» (Ats 12,7).O terceiro motivo de meditação nos oferece o traidor que tenta esconder seu crime ante a presença examinadora do Onisciente. O próprio Adão já tinha tentado, depois, seu filho fratricida Caim, embora, inutilmente. Antes de ser nosso perfeito Juiz, Deus se apresenta como pai e mãe, que não se rende ante a ideia de perder a um filho. A Jesus lhe dói o coração não tanto por ter sido traído, mas por ver a um filho distanciar-se irremediavelmente Dele.https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-16
Reflexão
A Páscoa
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje, os apóstolos preparam a Páscoa. Judas planeia o “negócio” de entregar o Mestre, sem suspeitar que sua traição “proporciona” a Vítima da nova Páscoa. Os outros apóstolos preparam o banquete, sem saber que esta Páscoa já não será do Antigo Testamento, e sim do Novo: Jesus, alimento eucarístico e vítima na cruz.Páscoa significa “passagem”: passagem de escravidão à liberdade, passagem pelo deserto, pelo Jordão, pelo Mar Vermelho… Uma passagem de Deus que sempre significa proteção e salvação. Era a maior festa dos judeus: simultaneamente sacrifício e banquete, que celebrava sua história de salvação.—Senhor Jesus, eu também quero preparar tua Páscoa como os discípulos. Sei que tua “hora” se aproxima, a de “passar” pelo dom de ti mesmo, pelo sacrifício da cruz e pela morte. Que a tua “passagem” seja também a minha , e tua Páscoa seja a minha passagem para uma vida nova em ti.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-16
Comentário do Evangelho
Judas Iscariotes entrega Jesus por 30 moedas de prata
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Hoje, contemplamos com tristeza como se foi preparando a traição de Judas. Podemos aprender uma lição: as traições não aparecem de repente; antes se “cozinham” num coração mau. Ceando com Jesus, Judas dissimula: «Acaso sou eu, Mestre?». Mas perante Deus não há dissimulação possível; Deus é Deus e vê tudo: «Sim, tu o disseste».- Judas vendeu o Mestre por uns 60 dólares. O perfume com que Maria ungiu Jesus custava uns 2.000 dólares. Quanto vale Jesus para ti? De que lado estás?https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-16
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
O Pai nunca quis a cruz para o Filho. Confiou-lhe que vivesse em plenitude a vida divina, o Amor, e a revelasse à humanidade, fosse conforto “à pessoa abatida” a todo preço. Essa era a vida que propunha a nós. Jesus viveu tão radicalmente a missão que provocou fatal oposição dos maldosos, levando-o à cruz. Jesus é e viveu como “o Filho do Homem”, o perfeito representante da humanidade. O gesto de Judas é contra Jesus, e igualmente contra o ser humano: ai de quem trair um irmão ou irmã, “seria melhor que nunca tivesse nascido!” Viver o amor que só ama, é o que dá sentido à eterna vida da Trindade, e já à temporal vida divina da humanidade. Pôr-se contra o próximo, melhor seria a não-existência!OraçãoÓ DEUS, para nos livrar do poder do inimigo, quisestes que vosso Filho padecesse o suplício da cruz; concedei aos vossos fiéis alcançar a graça da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F04%2F2025&leitura=meditacao
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