segunda-feira, 17 de março de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 17/03/2025

ANO C


Lc 6,36-38

Comentário do Evangelho


Jesus ensina seus discípulos no “Sermão da Planície”, que pode ser visto como uma versão do “Sermão da Montanha”, apresentado em Mateus. Após alternar entre as bem-aventuranças e as sentenças dos “ais”, o discurso foca no amor fraterno, atingindo seu ponto culminante no amor aos inimigos. Este texto conclui a fala do Mestre sobre o amor, destacando a misericórdia e o perdão – temas que têm grande importância no evangelho de Lucas.
O convite à misericórdia tem como fonte o próprio Deus, que é bondoso e compassivo. Quanto mais nos abrimos para a experiência de sua misericórdia, mais nos tornamos semelhantes a Ele. Isso nos torna filhos de Deus, capazes de nos sensibilizar com a realidade do outro e de irradiar o amor divino. Como consequência, surgem quatro ações essenciais para manter uma boa relação fraterna:
1. Não julgar: O julgamento pertence a Deus, e cabe a Ele discernir as intenções do coração humano.
2. Não condenar: Devemos acolher a possibilidade de conversão e mudança do irmão.
3. Perdoar: O perdão permite ressignificar e restaurar relações, com a ajuda de Deus.
4. Dar: Dar é sinônimo de generosidade e gratuidade, refletindo o amor sem esperar retorno.
Assim, a forma como nos relacionamos com os outros acaba por definir nossa relação com Deus. Como medirmos os outros, também seremos medidos. Portanto, o convite do Senhor é viver essas ações com o coração aberto e generoso, espelhando em nós sua misericórdia e compaixão.
https://catequisar.com.br/liturgia/o-amor-fraterno-e-o-chamado-a-misericordia-e-perdao/

Comentário do Evangelho

Sede compassivos como Vosso Pai é compassivo


Jesus está ensinando seus discípulos no “Sermão da Planície”, que corresponde ao “Sermão da Montanha” em Mateus. Após intercalar as bem-a-venturanças com as sentenças dos “ais”, o discurso se desenvolve em torno do amor fraterno, que atinge seu ápice no amor aos inimigos. O texto de hoje conclui a fala do Mestre sobre o amor, culminando com a misericórdia e o perdão, temas muito caros do evangelho de Lucas. O chamado a ser misericordiosos tem como fonte o próprio Deus, que é bondoso e compassivo. Quanto mais se experimenta sua misericórdia, mais se tem um coração semelhante ao dele. Isso nos faz seus filhos, capazes de estar sensíveis à realidade do outro, e assim irradiar esse amor. Disso resultam quatro ações essenciais para uma boa relação fraterna: 1) não julgar, já que isso só cabe a Deus; 2) não condenar, acolhendo a possibilidade de conversão do irmão; 3) perdoar, tendo a capacidade de ressignificar e restaurar as relações com a ajuda de Deus; 4) dar, como sinônimo de gratuidade e de generosidade. Assim, a medida pela qual se mede ou se é medido pelo outro acaba configurando nossa relação com Deus.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/17-03-2025

Reflexão

Com o nascimento de Jesus, a encarnação do Verbo, nos é revelado o verdadeiro rosto do Pai: Deus misericordioso, compassivo, cheio de amor para com seus filhos. Ao mesmo tempo que nos apresenta esse rosto do Pai, Jesus nos exorta a imitar suas ações e sentimentos, sendo também misericordiosos, justos e caridosos. A misericórdia é a disposição de Deus para auxiliar quem está em necessidade, e a justiça restitui a cada um o que é seu. Se quisermos que os outros sejam atenciosos e bondosos conosco, devemos ser antes para com eles. A reciprocidade nas boas ações deve ser assim norma na vida cristã, um imperativo moral. Na vida do cristão deve haver espaço somente para coisas boas, como o perdão, a misericórdia, a fé, a esperança, o amor…
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/17-segunda-feira-11/

Reflexão

«Dai e vos será dado»

Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho segundo São Lucas proclama uma mensagem mais densa do que breve, e note-se que é mesmo muito breve! Podemos reduzi-la a dois pontos: um enquadramento de misericórdia e um conteúdo de justiça.
Em primeiro lugar, um enquadramento de misericórdia. Com efeito, a máxima de Jesus sobressai como uma norma e resplandece como um ambiente. Norma absoluta: se o nosso Pai do céu é misericordioso, nós, como filhos seus, também o devemos ser. E como é misericordioso, o Pai! O versículo anterior afirma: «(...) e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lc 6,35).
Em segundo lugar, um conteúdo de justiça. Efetivamente, encontramo-nos perante uma espécie de “lei de talião”, nos antípodas (oposta) da que foi rejeitada por Jesus («Olho por olho, dente por dente»). Aqui, em quatro momentos sucessivos, o divino Mestre ensina-nos, primeiro, com duas negações; depois, com duas afirmações. Negações: «Não julgueis e não sereis julgados»; «Não condeneis e não sereis condenados». Afirmações: «Perdoai e sereis perdoados»; «Dai e vos será dado».
Apliquemo-las fielmente à nossa vida de todos os dias, atendendo especialmente à quarta máxima, como faz Jesus. Façamos um corajoso e lúcido exame de consciência: se em matéria familiar, cultural, econômica e política o Senhor julgasse e condenasse o nosso mundo como o mundo julga e condena, quem poderia enfrentar esse tribunal? (Ao regressar a casa e ao ler os jornais ou escutar as notícias, pensemos apenas no mundo da política). Se o Senhor nos perdoasse como o fazem normalmente os homens, quantas pessoas e instituições alcançariam a plena reconciliação?
Mas a quarta máxima merece uma reflexão particular já que, nela, a boa lei de talião que estamos a considerar fica, de alguma forma, superada. Com efeito, se dermos, nos darão na mesma proporção? Não! Se dermos, receberemos — notemo-lo bem — «Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante» (Lc 6,38). É pois à luz desta bendita desproporção que somos exortados a dar previamente. Perguntemo-nos: quando dou, dou bem, dou procurando o melhor, dou com plenitude?

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Deus me deu a sua infinita misericórdia, e através dela contemplo e adoro as outras perfeições divinas ...! Então, todos eles me parecem radiantes de amor; até a justiça (e talvez esta ainda mais que todas as outras) parece-me revestida de amor» (Santa Teresa de Lisieux)

- «Deus não pode simplesmente ignorar toda a desobediência dos homens, todo o mal da história: não pode tratá-lo como algo irrelevante e insignificante. Esse tipo de “misericórdia” e “perdão incondicional” seria uma “graça a preço baixo”. ‘Se formos infiéis, Ele permanece fiel, porque não pode negar-se a si mesmo’ (cf. 2Tm 2,13)» (Bento XVI)

- «Ora, e isso é temível, esta onda de misericórdia não pode penetrar nos nossos corações enquanto não tivermos perdoado àqueles que nos ofenderam. O amor, como o corpo de Cristo, é indivisível: nós não podemos amar a Deus, a quem não vemos, se não amarmos o irmão ou a irmã, que vemos (cf. 1Jn 4,20). Recusando perdoar aos nossos irmãos ou irmãs, o nosso coração fecha-se, a sua dureza torna-o impermeável ao amor misericordioso do Pai. Na confissão do nosso pecado, o nosso coração abre-se à sua graça» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.840)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-03-17

Reflexão

A misericórdia de Deus não é uma “graça a baixo preço”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje experimentamos a Quaresma como tempo privilegiado de peregrinação interior para aquele que é a fonte da misericórdia. É uma peregrinação na qual Ele mesmo nos acompanha através do deserto da nossa pobreza, sustentando-nos no caminho para a alegria intensa da Páscoa. Mas, na verdade, que significa “misericórdia divina”?
Diante da Cruz —dolorosa e amorosamente aceite por Jesus— entendemos que a misericórdia divina não é uma espécie de “perdão incondicional” (uma tal “misericórdia” teria sido uma “graça a baixo preço”). Deus não pode ignorar o mal da história, como se fosse algo irrelevante e insignificante. A injustiça não se pode ignorar sem mais; deve-se acabar com ela, vencê-la. Só essa é a verdadeira misericórdia. Deus assume tudo isto na sua paixão e, assim, mostra a bondade divina “incondicional”, uma bondade que não pode estar em contradição com a verdade e a correspondente justiça.
—Devemos deixar-nos submergir na misericórdia do Senhor; então também o nosso “coração” encontrará o caminho certo.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-03-17

Comentário sobre o Evangelho

Jesus aos discípulos: «Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso»


Hoje, não o esqueceremos! Jesus Cristo segue subindo para Jerusalém, onde entregará sua vida por nossa salvação. E, de novo, nos repete uma ideia muito importante: «Sejam compassivos», sejam misericordiosos, sejam pacientes… Porque Deus é assim porque o Amor é assim. Não existem amores vingativos, amores críticos, amores imoderados…
—Deus é assim e a vida é assim: «Porque com a medida com que você se mede, será medido». Quem não perdoa também não se deixa perdoar!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-03-17

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Em nome do Povo, Daniel confissão a infidelidade: "temos pecado, temos praticado a injustiça e a impiedade, temos sido rebeldes". E reconhece: "a nós, hoje, resta-nos ter vergonha no rosto". Mas, ao mesmo tempo, que bonita experiência de Deus eles fazem! Confessam que ao Senhor, o seu Deus, longe da vingança, do castigo punitivo, "cabe misericórdia e perdão". É o que Jesus vem confirmar. E mais que isso: mostra que têm de ser nossas aquelas admiráveis atitudes do Pai: "sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso". Por isso, não julguemos para não sermos julgados! Não condenemos para não sermos condenados! Perdoemos para sermos perdoados! Sejamos gratuitos no dar para gratuitamente receber!
Oração
Ó DEUS, que para nossa salvação nos ordenais a prática da mortificação, concedei que possamos evitar todo pecado e cumprir de coração os mandamentos do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=17%2F03%2F2025&leitura=meditacao

Nenhum comentário:

Postar um comentário