sexta-feira, 6 de outubro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/10/2023

ANO A


Lc 10,13-16

Comentário do Evangelho

Apelo veemente à conversão.

O texto está diretamente ligado ao envio dos setenta e dois discípulos. É uma lamentação de Jesus sobre as cidades próximas ao Mar da Galileia, lugar privilegiado do ensinamento e da ação de Jesus. Não obstante terem sido beneficiadas pela presença do Senhor, não se converteram. Em razão de sua resistência em acolher Jesus e reconhecer, por ele, o tempo da visita salvífica de Deus, são comparadas a Tiro e Sidônia, símbolos da infâmia e exploração dos mais frágeis (ver: Is 23,1-11; Ez 26–28). As palavras de Jesus sobre estas cidades não são, antes de tudo, um juízo condenatório, mas um apelo veemente à conversão. Não são aos discípulos simplesmente que estas cidades mencionadas rejeitam, mas ao próprio Senhor, pois há uma identificação profunda entre os discípulos e seu Mestre: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos despreza, a mim despreza” (v. 16). E como há uma comunhão profunda entre o Pai e o Filho, quem despreza o Filho despreza, igualmente, Aquele que o enviou (v. 16).
Carlos Alberto Contieri,sj
Fonte: Paulinas em 04/10/2013

Comentário do Evangelho

Rejeição ao plano de amor do Pai.

O evangelho de hoje é a sequência das instruções dadas por Jesus aos setenta e dois discípulos que ele envia em missão (10,1-12). Trata-se de uma lamentação sobre as cidades próximas ao mar da Galileia. Como temos insistido, tais cidades, mais do que outras, foram palco privilegiado do ensinamento e dos “atos de poder” de Jesus. Mas apesar de tudo, não se converteram. Em razão disso, elas são comparadas por Jesus às cidades pagãs de Tiro e Sidônia, símbolos da infâmia e da exploração dos mais frágeis (cf. Is 23,1-11; Ez 26–28). Jesus não faz um juízo condenatório de tais cidades (cf. Jo 3,17); sua crítica firme visa à conversão da sua população. Rejeitando os discípulos enviados por Jesus em missão, elas rejeitam o próprio Senhor, uma vez que a mensagem de Jesus e o seu “poder” estão naqueles que ele envia (cf. v. 16). E como há uma comunhão profunda entre o Pai e o Filho (Jo 14,8-11), quem rejeita Jesus, rejeita também o Pai, que enviou o seu Filho ao mundo (v. 16; Jo 13,20), e rejeita o seu plano de amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Fonte: Paulinas em 03/10/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

QUEM VOS OUVE, A MIM OUVE


Quase todo o ministério público de Jesus, ele o realizou nos territórios junto ao lago de Genesaré, também conhecido como mar da Galileia ou lago de Kineret. Corazim, Betsaida e Cafarnaum são cidades à beira do lago. Depois da saída de Nazaré, Jesus veio residir em Cafarnaum. Estas cidades ouviram a pregação do Reino de Deus, viram as curas miraculosas feitas pelo Filho de Deus. Tiro e Sidônia são cidades da Fenícia, à beira do mar Mediterrâneo.
O Evangelho dá notícias de que Jesus também esteve, meio às escondidas, nesses territórios. O raciocínio de Jesus é bastante simples: se Tiro e Sidônia tivessem visto os milagres que foram feitos nas três cidades da beira do lago, elas teriam se convertido e feito penitência. Jesus utiliza a linguagem da invectiva, um gênero literário tipicamente profético, que consiste no uso de uma ameaça, iniciada com a expressão “ai de ti”. Muitos não escutarão a voz de Cristo; permanecerão endurecidos em seus esquemas. Ao final, Jesus estabelece a comunhão entre ele, o discípulo e o Pai. Não deixemos que a graça de Deus passe em vão!
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

O Mestre continua o envio dos setenta e dois discípulos, lembrando que a quem muito foi dado, muito será pedido. Nós, que recebemos a revelação do Reino, devemos ser os primeiros a nos converter, a procurar a porta estreita e o caminho áspero. Vivamos com alegria a Revelação – a Boa Notícia que Jesus nos trouxe!
Fonte: Arquidiocese BH em 04/10/2013

Vivendo a Palavra

A quem muito foi dado, muito lhe será pedido! Jesus nos convida a reparar melhor as graças que recebemos, vencendo a nossa tendência natural de olhar sempre o que nos falta. Com gratidão, devemos reconhecer os dons recebidos, desenvolvê-los e os colocar generosamente a serviço da comunidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2014

VIVENDO A PALAVRA

Corazin, Betsaida, Tiro, Sidônia, Cafarnaum… são cidades de hoje, onde nós moramos, e os milagres estão se realizando à nossa volta o tempo todo: o milagre da vida, da comunicação entre os seres humanos, do acolhimento, o milagre da fé, do amor e do perdão. O Evangelho é aqui, o Evangelho é agora! O recado é para cada um de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 06/10/2017

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre continua, hoje, enviando os seus discípulos. Ele lembra que a quem muito foi dado, muito será pedido. Nós, que recebemos a revelação do Reino, devemos ser os primeiros a nos converter, aceitando a porta estreita (a opção é decisão pessoal e não coletiva…) e o caminho é áspero. Vivamos com alegria a Revelação – a Boa Notícia que Jesus nos trouxe!
Fonte: Arquidiocese BH em 04/10/2019

Reflexão

Existem pessoas que vivem profundamente uma religião, mas na verdade essas pessoas não possuem fé. Fazem da religião um ritualismo e um cumprimento de preceitos e conhecem todos os seus dogmas e suas normativas morais, porém não possuem fé, porque não se sentem interpelados por Deus para a mudança de vida tanto em nível pessoal como comunitário. São pessoas que como diz o profeta Isaías, louvam a Deus com os lábios, mas seus corações estão longe dele, porque na verdade, não compreenderam que Deus é amor. O coração que se aproxima de Deus é o coração que é capaz de amar, não com romantismo, mas com compromisso de solidariedade, de busca de libertação, de luta contra a exclusão. Este sim, é o verdadeiro amor, e esta é a verdadeira conversão.
Fonte: CNBB em 04/10/2013 e 03/10/2014

Reflexão

No texto anterior, Jesus menciona Sodoma, a cidade pecadora, que no julgamento será tratada com menos rigor do que outras cidades que rejeitam o Reino (Corazin, Betsaida, Cafarnaum). Estas recebem de Jesus a dura ameaça reservada para casos extremos. É um enérgico apelo à conversão. Quem rejeita os discípulos rejeita o próprio Jesus e Deus Pai que o enviou. Recusar o dom de Deus é escolher a própria condenação, é escolher a morte, permanecendo fora da nova história e das novas relações sociais que nascem do projeto de Deus. Jesus visita continuamente nossas comunidades, chamando-nos à conversão mediante fatos, crises, frustrações, esperanças pessoais e coletivas. Precisamos estar atentos aos sinais da visita de Jesus, a fim de não deixarmos cair em vão a graça de Deus que está passando.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 04/10/2019

Reflexão

No texto anterior, Jesus menciona Sodoma, a cidade pecadora, que no julgamento será tratada com menos rigor do que outras cidades que rejeitam o Reino (Corazin, Betsaida, Cafarnaum). Estas recebem de Jesus a dura ameaça reservada para casos extremos. É um enérgico apelo à conversão. Quem rejeita os discípulos rejeita o próprio Jesus e Deus Pai, que o enviou. Recusar o dom de Deus é escolher a própria condenação, é escolher a morte, permanecendo fora da nova história e das novas relações sociais que nascem do projeto de Deus. Jesus visita continuamente nossas comunidades, chamando-nos à conversão mediante fatos, crises, frustrações, esperanças pessoais e coletivas. Precisamos estar atentos aos sinais da visita de Jesus, a fim de não deixarmos cair em vão a graça de Deus que está passando.
Oração
Divino Mestre, Jesus Cristo, fazes veemente apelo à mudança de vida. Algumas cidades, mesmo testemunhando teus milagres, não se converteram. “No dia do julgamento”, deverão responder seriamente por suas atitudes. Impulsiona-nos, Senhor, a progredir um pouquinho cada dia na vivência cristã. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 01/10/2021

Reflexão

No texto anterior, Jesus menciona Sodoma, a cidade pecadora, que no julgamento será tratada com menos rigor do que outras cidades que rejeitam o Reino (Corazin, Betsaida, Cafarnaum). Estas recebem de Jesus a dura ameaça reservada para casos extremos. É um enérgico apelo à conversão. Quem rejeita os discípulos, rejeita o próprio Jesus e Deus Pai que o enviou. Recusar o dom de Deus é escolher a própria condenação, é escolher a morte, permanecendo fora da nova história e das novas relações sociais que nascem do projeto de Deus. Jesus visita continuamente nossas comunidades, chamando-nos à conversão mediante fatos, crises, frustrações, esperanças pessoais e coletivas. Precisamos estar atentos aos sinais da visita de Jesus, a fim de não deixarmos cair em vão a graça de Deus que está passando.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Quem vos escuta, é a mim que está escutando»

Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga
(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos Jesus dirigir o seu olhar para aquelas cidades da Galiléia que tinham sido a causa das suas preocupações e nas quais Ele tinha pregado e realizado as obras do Pai. Em nenhum destes locais como Corazim, Betsaida e Cafarnaum tinha pregado ou feito milagres. A semeadura tinha sido abundante, mas a colheita não foi boa. Nem Jesus os pode convencer...! Que mistério o da liberdade humana! Podemos dizer não a Deus... A mensagem evangélica não se impõe pela força, apenas se oferece e eu posso fechar-me a ela; posso aceitá-la ou recusa-la. O Senhor respeita totalmente a minha liberdade. Que responsabilidade a minha!
As expressões de Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!» (Lc 10,13) ao terminar a sua missão apostólica expressam mais sofrimento que condenação. A proximidade ao Reino de Deus não foi para aquelas cidades uma chamada à penitência e à mudança. Jesus reconhece que em Sidônia e em Tiro teriam aproveitado melhor toda a graça dispensada aos galileus.
A decepção de Jesus é maior quando se trata de Cafarnaum. «Serás elevada até o céu? Até inferno serás rebaixada!» (Lc 10,15). Aqui tinha Pedro a sua casa e Jesus tinha feito desta cidade o centro da sua pregação. Mais uma vez vemos mais um sentimento de tristeza que uma ameaça com estas palavras. O mesmo poderia dizer de muitas cidades e pessoas da nossa época. Julgam que prosperam quando na realidade estão se afundando.
«Quem vos escuta, é a mim que está escutando» (Lc 10,16). Estas palavras com que o Evangelho termina são uma chamada à conversão e trazem esperança. Se ouvirmos a voz de Jesus ainda estamos a tempo. A conversão consiste em que o amor supere progressivamente o egoísmo na nossa vida, o qual é um trabalho sempre inacabado. São Máximo diz-nos: «Não há nada tão agradável e amado por Deus como o fato dos homens se converterem a Ele com sincero arrependimento».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «É verdade que a nossa fé não é palpável e não depende dos sentidos. É um dom de Deus que Ele infunde na alma humilde, porque a fé não habita naqueles que estão cheios de orgulho» (São Francisco de Sales)

- «Apenas a Palavra de Deus, a Palavra de Jesus, nos salva» (Francisco)

- «A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um regresso, uma conversão a Deus de todo o nosso coração, uma rotura com o pecado, uma aversão ao mal, com repugnância pelas más ações (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.431)

Reflexão

O respeito pelo sagrado

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o mundo ocidental —particularmente a Europa— talvez merecesse a mesma lamentação de Cristo perante as populações de Corazín, Betsaida… São sociedades que, tendo conhecido as obras de Jesus Cristo, agora não O reconhecem e chegam, inclusivamente, a perder o sentido e o respeito pelo sagrado.
Para a coexistência das culturas é fundamental o respeito pelo que, para os outros, é sagrado (atitude que é lícito esperar também de quem não crê em Deus). Quando se viola este respeito, perde-se algo essencial de uma sociedade. No Ocidente multa-se quem ofende a fé de Israel ou o Corão. Pelo contrário, quando se trata de Cristo e do que é sagrado para os cristãos, então a liberdade de opinião aparece como o bem supremo (embora às custas de zombarias contra o cristão).
—Senhor, Autor da paz, concede à nossa sociedade viver uma liberdade (de opinião) sempre respeitadora da honra e da dignidade do outro.

Meditação

Será que somos tão bons que nada temos para melhorar? - Nosso modo de pensar e agir é sempre coerente com o Evangelho? - Você procura pedir as luzes do Espírito Santo para agir bem sempre? - A vida com Deus já não é fácil. Imaginou como seria sem Ele? - Será que estamos sempre abertos a ouvir os que, por palavras ou ações, nos anunciam o Reino de Deus? - É fácil deixar-se levar pelo desânimo diante das dificuldades?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/10/2013 03/10/2014

Meditação

Por mais admiração que Jesus provocasse, nem todas as cidades e vilas acolhiam seu convite à conversão para uma vida nova. Nas palavras do Mestre podemos notar um quê de tristeza. Mas o que deve chamar nossa atenção é que se somos privilegiados de tantas maneiras, grande será nossa responsabilidade se não correspondermos às graças e oportunidades que recebemos.
Oração
Senhor Deus, revesti-nos das virtudes do Coração de vosso Filho e inflamai-nos com seu amor, para que, assemelhando-nos a ele, possamos participar da redenção eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Rejeitar Jesus é rejeitar o Pai que o enviou


Hoje, vemos Jesus dirigir o olhar para aquelas cidades da Galileia que tinham sido objecto da sua solicitude e onde tinha pregado e realizado as obras do Pai. Em nenhum lugar como em Corazim, Betsaida e Cafarnaum tinha pregado e feito tantos milagres. A sementeira tinha sido abundante, mas a colheita não foi boa. Nem Jesus conseguiu convencê-los...!
- Nem Jesus conseguiu convencê-los...! Que grande mistério, o da liberdade humana: podemos dizer “NÃO” a Deus!

Comentário do Evangelho

UMA SEVERA REPREENSÃO

A pregação de Jesus nem sempre era bem acolhida, nem suas palavras sempre surtiam efeito na vida das pessoas. Muitas vezes, ele era ouvido com suspeita, desprezo, quando não, com aberta rejeição. Essas reações lhe não passavam despercebidas. Ele as acompanhava com atenção, pois não podia ficar impassivo diante de pessoas que menosprezavam a oferta de salvação que o Pai lhes fazia, preferindo, assim, o caminho da condenação.
A rejeição de Jesus e de sua mensagem provinha, em alguns casos, de toda a população de uma cidade. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum tornaram-se símbolo desta realidade. Seus habitantes, em conjunto, fecharam os ouvidos à pregação do Mestre. As palavras fortes, que Jesus lhes dirigiu, revelam a gravidade do fato. Elas não souberam reconhecer nele a presença misericordiosa de Deus, que os convidava à conversão. Seu pecado chegou a tal ponto que se tornaram insensíveis aos apelos divinos, nem reconheceram a necessidade de fazer penitência.
Jesus lançou um olhar para o futuro e anteviu a sorte que estava reservada para esta gente, quando se defrontassem com o Pai, no dia do juízo. Seu linguajar chocante, entretanto, tinha como finalidade chamar, uma vez mais, esses pecadores à conversão. Não lhe interessava que fossem condenados, mas que se convertessem e tivessem a vida.
Oração
Senhor Jesus, livra-me da dureza de coração que me impede de converter-me sinceramente diante de tua Palavra de salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus de misericórdia, aumentai em nós a fé que, conservada à custa do próprio sangue, glorificou vossos mártires bem-aventurados André, Ambrósio e companheiros. Dai-nos também ser santificados pela vivência da mesma fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/10/2014

Meditando o evangelho

AI DE TI!

As ameaças dirigidas por Jesus visavam três cidades nas quais ele tinha exercido o seu ministério, e que não estavam na rota das cidades a serem visitadas pelos apóstolos, os quais iriam preparar a sua passagem. Em todo o caso, tais ameaças podem ser perfeitamente aplicadas à cidades que recusariam o convite dos apóstolos.
Corozaim, Betsaida e Cafarnaum foram beneficiadas, de modo particular, com as atividades de Jesus. Mas permaneceram na incredulidade e na impenitência. Isto só fez aumentar sua culpa e, por conseqüência, tornava mais severo o juízo que cairia sobre elas. O pecado das três cidades consistiu em terem sido testemunhas dos milagres operados por Jesus, sem que com isto tivessem sido movidas à penitência e à mudança de vida. A passagem do Mestre não chegou a surtir o mais ínfimo efeito, a ponto a frustrar todas as suas tentativas de levá-las à conversão.
Jesus contrapôs a insensibilidade das cidades judaicas à sensibilidade de Tiro e Sidônia, cidades pagãs. Se tivessem sido testemunhas dos milagres de Jesus, sem dúvida, teriam feito penitência. Se não foram castigadas, é porque não lhes foi dada uma oportunidade de conversão.
Assim, estava sendo lançado, também, um firme alerta contra as cidades da Samaria!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Fonte: Dom Total em 06/10/2017 04/10/2019

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Quem recebe o discípulo, recebe o Mestre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus não deixa seus discípulos missionários desprotegidos. A vida deles não será tranquila. Comparados a ovelhas no meio de lobos, é possível imaginar o perigo que correm. No entanto, as cidades que não os recebem serão julgadas com mais rigor do que Sodoma. Corazim e Betsaida viram milagres, ouviram o Senhor e não produziram frutos de conversão. Serão tratadas com mais rigor do que as cidades dos pagãos. Jesus se identifica com os seus discípulos em missão e toma as suas dores. Não são fracassados nem perdedores e deixem a justiça ao Senhor da misericórdia. Quem recebe o discípulo, recebe o Mestre, e quem recebe o Mestre, recebe quem o enviou. Grande é o resultado da virtude da acolhida! Há discípulos missionários ativos no meio das confusões deste mundo e há discípulos missionários silenciosamente inseridos no mundo. Raramente são vistos, mas são os para-raios da ira de Deus, se é que Deus tem ira. Muitos são consagrados nos votos religiosos e na ordenação. São monges e monjas no silêncio do claustro. Outros são leigos e leigas, silenciosamente ativos na família, na comunidade, em obras sociais, em situações ocasionais que pedem a presença caridosa de alguém. O mundo está cheio de maldade, mas a bondade brota como florzinha na rachadura do asfalto.
Fonte: NPD Brasil em 06/10/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Atenção às palavras de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Quem despreza Jesus, despreza o Pai que o enviou. Quem despreza o discípulo missionário de Jesus, despreza o próprio Jesus. Jesus se identifica com os pobres e com os seus discípulos missionários. É Jesus mesmo quem parte em missão com aqueles que saem pelo mundo anunciando o Evangelho de Deus. Neste pequeno discurso, Jesus contrapõe as cidades de Cafarnaum, Betsaida e Corazim às cidades pagãs de Tiro e Sidônia. Muitos sinais de salvação foram dados por Jesus nessas localidades judaicas, mas elas não se converteram. As cidades pagãs de Tiro e de Sidônia teriam sido mais atentas às palavras de Jesus. Os discípulos de Jesus não são meros aventureiros. São enviados em missão a todos os povos para o bem de todas as pessoas, tanto para o bem, enquanto estamos neste mundo, quanto para o bem supremo, que é a ressurreição para a vida. Andamos neste mundo por caminhos tortuosos, mas o fim último não pode ser equivocado. Para este fim nos orienta a atividade missionária dos discípulos de Jesus, que contam com a proteção do Mestre. Disse o profeta Daniel que “os que ensinam a muitos a justiça, hão de ser como estrelas”. Agradecemos quando alguém nos orienta porque devemos e queremos saber para onde nos encaminhamos.

2. EXTREMO APELO À CONVERSÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)

É admirável o modo sincero e transparente como Jesus partilha com os discípulos, enviados em missão, sua própria experiência de fracasso. Longe de revelar fraqueza, suas palavras revelam o respeito que ele tinha pela liberdade humana. Em hipótese alguma, a proposta do Reino tornou-se imposição na vida das pessoas. Diante do Reino, deveriam decidir-se livremente e assumir as conseqüências desta decisão.
Várias cidades ao redor do lago de Genesaré fecharam-se à pregação de Jesus. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum estão entre aquelas que não aderiram nem se mostraram capazes de dar ouvido aos ensinamentos do Mestre. Os milagres nelas efetuados teriam sido suficientes para converter até mesmo cidades pagãs, motivando-as a fazer penitência.
A lamentação profética de Jesus: "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida!" comporta um apelo extremo à conversão. Apelo amargo e incisivo! Fechando-se para o Reino, as cidades impenitentes corriam o risco de ter uma sorte dramática, no dia do juízo. Por quê? Por se terem mostrado hostis para com o Filho de Deus, rejeitando o convite divino à conversão que ele lhes dirigia.
O fracasso missionário de Jesus não significava que essas cidades impenitentes seriam poupadas do castigo. O mesmo acontecerá com as cidades que, eventualmente, se recusarem a ouvir os enviados de Jesus, e os repelirem.
Oração
Espírito que transforma os corações, torna-me solícito em ouvir os apelos de conversão que Jesus me faz. Faze com que eu os acate e me converta, sem demora.
Fonte: NPD Brasil em 04/10/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Tenho medo do Cristo que passa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na minha comunidade estamos cantando para acolher a Santa Palavra, antes das leituras e o hino é muito significativo "É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal, tenho medo de me esconder, de fingir que não escutei, tenho medo do Cristo que passa, oferece uma graça e eu digo que não, tenho medo de virar as costas, fingir que a coisa não é comigo, enfim, ser indiferente as manifestações de Deus em nossa vida...
Seria este o contexto da reflexão, as cidades de Coroazim, e Betsaida, conheceram Jesus, viram seus prodígios, mas o rejeitaram. A responsabilidade de quem ouviu o anúncio e conheceu a Jesus Cristo, o seu Reino e seu evangelho, é enorme de grande.
As cidades de Tiro e Sidônia, habitada por pagãos, ainda não haviam tido essa experiência com Jesus, não o conheciam, nada sabiam das escrituras ou sobre o tal Messias. É difícil afirmar quem conhece a Jesus e quem ainda não o conhece, a verdade é que, na Força do Espírito Santo Deus chega a todos os homens e consegue penetrar-lhes no mais profundo do coração e da alma.
Neste evangelho poderíamos refletir sobre o nosso papel de Cristãos no mundo enquanto Igreja de Cristo, temos os Sacramentos, a Palavra Viva de Deus em nossas liturgias, e o mais importante, temos a Santa Eucaristia, presença real do Senhor em nossa Vida, que nos fortalece.
Tudo isso é pura Graça de Deus, dom imerecido de nossa parte, com todos esses dons, cada um de nós deverá ter feito uma profunda experiência com Jesus Cristo, e a partir disso dar o testemunho a todas as pessoas com quem convivemos ou que de algum modo fazem parte de nossa vida.
Se essas pessoas ainda não conhecem Jesus, a responsabilidade é toda nossa, que não o testemunhamos, principalmente fora da comunidade, na Família, no trabalho, na escola, enfim, aonde estivermos. A esse respeito lembro-me do Testemunho de Iris Gomes, uma negra que deu o seu testemunho a mais de 80 Bispos em um encontro no Rio de Janeiro, ela queria ser religiosa de Vida Consagrada, mas o seu Diretor Espiritual orientou que o seu lugar não era no convento, mas sim no mundo do trabalho.
Iris trabalha há mais de 20 anos nos bastidores das novelas da Rede Globo, e diante deste evangelho fiquei pensando, que se ela insistisse na idéia de ser Religiosa, fechada em um convento, quantos artistas teriam deixado de conhecer a Jesus... Lá onde parece que só há hostilidade contra o evangelho de Jesus, é o melhor lugar para se viver autenticamente o cristianismo. Esse evangelho nos convence disso, e o mundo aguarda ansioso, pelos  Discípulos Missionários do Senhor, você, eu e nós todos, que somos batizados e termos algo importante a dizer em todos esses ambientes, aparentemente hostis ao evangelho. Vamos nessa?

2. Quem vos escuta, a mim escuta - Lc 10,13-16
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

No caminho para Jerusalém, na segunda etapa, orientando os 72 discípulos, Jesus lhes diz: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos despreza, a mim despreza; ora, quem me despreza, despreza Aquele que me enviou”. Valeu naquele tempo, vale hoje. Jesus anima e entusiasma os colaboradores. Corazim, Betsaida, Cafarnaum não foram acolhedoras? Ai delas! O discípulo missionário, porém, deve saber que conta com Jesus, o qual se identifica com ele. Como não saímos pelo mundo afora para julgar e condenar ninguém, apliquemos a nós o que Jesus diz a Tiro e Sidônia. Somos muito infiéis no meio de muitas graças. Muitas críticas, às vezes justificadas, se fazem à Igreja como um todo e a pessoas de comunidades em particular. Demonstrar arrependimento, vestir-se de saco, e não de seda, sentar-se sobre cinza, e não em tronos, pode demonstrar sinceridade e boa vontade de levar avante o que ouvimos no anúncio do Reino de Deus. Corazim, Betsaida, Cafarnaum viram milagres e não se converteram. O bom exemplo é seguido por quem é bom e tem sensibilidade ativada para perceber os sinais dos tempos. Nem sempre nos escutam. Não importa. O missionário não se agita e não desanima. Permanece em seu meio silenciosamente, esperando a hora de Deus.
Fonte: NPD Brasil em 01/10/2021

Liturgia comentada

Quem vos ouve, a mim ouve... (Lc 10,13-16)
Nós sabemos que a Igreja é o Corpo de Cristo. Neste “corpo”, Cristo é a cabeça; nós, os membros. (Cf. Rm 12,4-5; 1Cor 12,12ss; Ef 5,30; Cl 1,18.) Por isso mesmo, Cristo e sua Igreja são inseparáveis, vivem em simbiose, uma vida comum. São Cirilo de Jerusalém observa que nós, ao participarmos da Santíssima Eucaristia, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue de Cristo, nos tornamos com ele um só corpo (sýssomos) e um só sangue (sýnaimos).
E São João Crisóstomo ouve dizer-lhe o Cristo: “Desci novamente à terra, não só para me misturar com os da tua gente, mas também para te abraçar: deixo-me comer por ti e deixo-me partir em pequenos pedaços, para que a nossa união e amálgama sejam verdadeiramente perfeitas. De fato, enquanto os seres que se unem mantêm perfeitamente distinta a sua individualidade, Eu, invés, formo uma unidade contigo. Aliás, não quero que nada se meta entre nós; só quero o seguinte: que ambos formemos uma só coisa”.
Além dessa união individual com cada fiel, cada batizado, Jesus Cristo está unido a toda a Igreja. O Espírito Santo, dado à Igreja em Pentecostes, é o mesmo Espírito de Jesus, que ele, na cruz, entrega ao Pai: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito”.(Lc 23,46.) O Espírito Santo é o “outro Consolador” (cf. Jo 14,16) que Jesus prometera pedir ao Pai.
Quando a sociedade humana olha para a Igreja como se ela fosse apenas uma organização jurídica, administrativa e hierárquica, ignora sua realidade mística, isto é, sua profunda identidade com o próprio Senhor. Fixam seu olhar desatento apenas nas aparências externas, deixando de perceber a vida de Deus que pulsa na Igreja, sua profunda unidade com Cristo.
Se tivessem noção dessa in-corporação, certamente aceitariam que Deus fala pela boca da Igreja, mesmo quando esta, com base no Evangelho, parece emitir conceitos e sugerir princípios éticos para o tratamento de questões estranhas à sua natureza íntima, como quando analisa problemas sociais, ambientais e econômicos.
Há muita gente falando mal da Igreja, como se ela fosse apenas uma sociedade humana, um clube de religiosos. No fundo, porém, ainda se ouve a voz do Senhor: “Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, é a mim que rejeita. Quem me rejeita, rejeita o Pai, que me enviou.” (Lc 10, 16.)
Orai sem cessar: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 04/10/2013

HOMILIA

AS CIDADES QUE NÃO CRERAM

No Primeiro Testamento eram comuns as imprecações contra nações ou cidades adversárias de Israel ou de Judá. Nos Evangelhos, temos aqui as imprecações, com os "ais" como anúncio de desgraça, contra três cidades vizinhas ao Lago da Galileia, Cafarnaum, Corazim e Betsaida, próximas entre si. Depois haverá também a imprecação sobre "Jerusalém, que matas os profetas.
Com estas censuras às três cidades, Lucas encerra as orientações aos setenta e dois enviados em missão. Lucas julgou as censuras oportunas para completar a advertência aos discípulos sobre a possível rejeição que poderiam encontrar por parte de alguma cidade na qual entrassem em missão. Em Mateus estas censuras estão articuladas à advertência a "esta geração", formada pelos chefes religiosos de Israel, que rejeitam Jesus. A censura a Corazim, Betsaida e Cafarnaum é um caso único de censura a cidades. Depois será feita também a censura a Jerusalém. As três cidades eram locais de comércio. Em ambiente de riqueza, as cidades fecham-se à novidade do Reino. Por rejeitarem os milagres feitos por Jesus, Corazim e Betsaida terão condenação maior do que as cidades gentílicas de Tiro e Sidônia, execradas por Isaías (Is 23,1-18). E Cafarnaúm será julgada com maior rigor do que Sodoma, protótipo bíblico de cidade da corrupção. Encerrando as palavras de envio, Jesus identifica-se com o próprio discípulo em missão.
Assim Jesus começa o Evangelho de hoje. Essas palavras foram ditas após o retorno dos discípulos enviados, os quais não foram bem recebidos nestas cidades. Com essas palavras, Jesus expressa o seu sentimento de desgosto. Imagino Jesus pronunciando esses "Ais" com toda a sua autoridade deveria fazer o coração parar de bater por uma fração de segundo. Nós, cristãos, deveríamos tremer diante da possibilidade de escutar um "ai" de Jesus dirigido a nós.
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/10/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 04/10/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 03/10/2014

HOMILIA DIÁRIA

Seja o portador da bênção de Deus para a sua família

Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para a sua família! Implore a bênção de Deus sobre a sua casa para que nenhum dos seus pereça.

“Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” (Lucas 10, 16)

A Palavra de Deus hoje nos apresenta Jesus sentenciando, de uma forma bem dura, as cidades que O desprezaram e não O acolheram. Não é que Jesus esteja maldizendo estas cidades, mas são as próprias cidades Corazim e Betsaida que não se abrem para acolher a salvação que ali chega.
E deixe-me lhe dizer: onde a bênção não está o mal tende a crescer; onde a bênção e a graça são rejeitadas, a semente do mal tende ali depois a crescer e a produzir frutos. E você sabe o que são os frutos estragados e os frutos malditos.
Nós olhamos ao nosso redor e vemos que, muitas vezes, cidades, casas, famílias inteiras parecem ser amaldiçoadas. E por que pensamos assim? Ninguém pode amaldiçoar ninguém, contudo, alguém pode rejeitar a bênção, pode rejeitar a graça, e onde a graça não é aceita e acolhida a desgraça pode bater à porta.
A Palavra de Deus hoje nos chama primeiro a nos convertermos. E converter significa acolher a Palavra de Deus, porque não há maldição, não há desgraça maior do que rejeitarmos a Deus e à Sua Palavra e vivermos a condenação eterna por não mudarmos de vida.
Não deixe que a sua casa, o lugar onde você mora; não deixe que a sua cidade, o lugar onde você vive, seja uma cidade perdida e amaldiçoada! Basta que na sua casa haja um justo, basta que na sua cidade haja alguém que busque a Deus de todo o coração. Por isso se penitencie pelos pecados e pelos males que foram feitos nessa casa e nessa família, para implorar a bênção e a graça de Deus.
Deus não recusa a Sua graça e a Sua bênção a ninguém e a lugar nenhum! Mas é verdade que pessoas, que lugares e que situações rejeitam a graça de Deus, menosprezam e desprezam a Sua graça. Há lugares onde o nome de Deus é caçoado e as coisas d’Ele são rejeitadas, por essa razão os frutos que são colhidos nesses lugares são os mais negativos possíveis.
Implore a bênção de Deus, a graça d’Ele sobre a sua casa, sobre a sua família; não deixe nenhum dos seus perecerem pelo mal; invoque o bem sobre eles. Ainda que na sua casa haja pessoas que possam rejeitar ou ainda sejam indiferentes à Palavra de Deus, seja o portador da graça, seja o portador da bênção, seja ali, aquele canal à dissipar a força do mal aonde este queira chegar ou bater à porta.
Onde existe um abençoado, onde existe um agraciado, onde há uma pessoa que se abre ao amor de Deus, ali o mal não planta raízes. O lugar, a cidade, a casa e a família em que ninguém se abre à graça de Deus são maus. Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para os seus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/10/2014

HOMILIA DIÁRIA

A penitência é caminho de conversão para nossa vida

Não esperemos somente a Quaresma para fazermos alguma penitência

“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas.” (Lucas 10,13)

A expressão “ai” é muito dolorosa, é uma expressão de coitado, aquela que Jesus disse para todas estas cidades: Cafarnaum, Betsaida, Tiro e Sidônia.
Que cidades são essas? São as cidades que receberam o anúncio do Evangelho, que receberam a presença de Jesus, a proximidade do Reino. No entanto, em muitas dessas cidades, os habitantes foram frios, indiferentes, não se deixaram converter pela Palavra de Deus.
Outras cidades, que não tiveram o privilégio ou a graça de receber o Senhor, se O tivessem recebido, teriam se vestido do cilício, do flagelo e teriam buscado a penitência e a conversão. Toda vez que a Palavra de Deus vier ao nosso encontro, é um apelo e um chamado, para que o nosso coração se converta e para que façamos penitência.
O que é penitência senão reparar o erro, o pecado e a maldade? Reparar as coisas que estamos fazendo, que não estão de acordo com a vontade de Deus?
Meus irmãos e irmãs, todo tempo é de penitência. Não esperemos somente a Quaresma para fazermos alguma penitência, mortificação. Somos chamados, a cada dia, a mortificarmos nossa carne, nossa vontade naquilo que ela ainda não se converteu para o Reino de Deus.
Não fiquemos esperando a Quaresma do ano que vem para tomarmos uma atitude de mudança. Escutemos a voz do Senhor e não endureçamos o nosso coração, não o deixemos fechado. Ao ouvirmos a voz do Senhor, deixemos que a luz nos toque, que ela nos convença e converta. Tenhamos atitudes de mudança, procuremos não só nos convencer: “Eu sou um pecador. Eu sou uma pessoa errada”, mas é preciso reparar as atitudes, é preciso reparar e consertar aquilo que não está certo, que não está correto, que não está de acordo com a vontade de Deus.
É preciso ter penitência como caminho de conversão cada dia na nossa vida. Penitência concreta, mudanças de atitudes, de gestos e modo de ser, que nos mostre que o Reino de Deus está no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/10/2017

HOMILIA DIÁRIA

Escutemos a voz da Igreja

“Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” (Lucas 10,16)

Precisamos ouvir Jesus acima de qualquer coisa, de qualquer pessoa ou situação. A verdade, no entanto, é que estamos num mundo infestado de notícias por todos os lados, em épocas de avanços tecnológicos, em épocas de redes sociais, chegando notícias a todo o tempo, numa velocidade sem fim.
Nossas redes, entre elas o WhatsApp, recebem, a cada momento, notícias disso e daquilo; muitas vezes, notícias falsas que recebemos e acolhemos sem nem mesmo meditar, refletir, sem saber se aquilo que recebemos é uma notícia verdadeira e se precisa ser noticiada e passada adiante.
A Palavra de Deus, hoje, está chamando à atenção para o seguinte aspecto: é preciso escutar a Igreja. “Quem vos escuta a mim escuta”. A Igreja é aquela que fala em nome do Senhor. Então, em primeiro lugar, no mundo de confusões, inclusive dentro da própria Igreja, temos um referencial de segurança na nossa fé. Precisamos ouvir o nosso pastor, precisamos ouvir a voz do Papa.
Há, no meio de nós, aqueles que se acham sábios, doutores, conhecedores que querem contestar até o Papa. O Santo Padre não é infalível como pessoa, ele é infalível como aquele que nos direciona na vivência da fé.
A habilidade papal é uma verdade de fé, então, enquanto ele nos guia na fé, estamos indo atrás dele e caminhando com segurança. Por isso, a Igreja tem mais de dois mil anos de história, porque segue a fidelidade ao seu Senhor.

Precisamos escutar a voz da Igreja, pois ela é mãe e tem um pai, que é Deus, e também tem o Papa e os pastores

Escutemos a Igreja, escutemos aquilo que diz o Papa. Pode haver bons pregadores que falam bonito, que façam curas, que prometam milagres, que aumentem a voz e usem expressões lindas, outros têm usado até de ironias. Precisamos escutar a Igreja, ela é mãe e tem um pai, que é Deus, e também tem o Papa e os pastores.
Pode ser que, humanamente, haja algo que não concorde, mas, para mim, a grande alegria de ser cristão e católico é viver a comunhão com a Igreja.
Temos, hoje, o exemplo de São Francisco de Assis, que estamos celebrando. Francisco se fez o homem servo da Igreja, colocou-se aos pés dela. Ele não veio para contestar a Igreja, mas para se tornar servo dela, por isso se tornou santo e é um referencial de fé.
No mundo de tantas confusões, onde cada um quer levar o pensamento para um lado, quer puxar a sabedoria para o seu pensamento, quer levar a voz e falar em nome de Deus, porque tem argumentos e sabe falar, Deus, muitas vezes, fala pelo silêncio da Igreja. Eu prefiro abaixar a minha cabeça para ouvir os meus pastores do que levantar os ouvidos para ouvir os lobos que usam da Igreja para causar dispersão, confusão e semear a discórdia.
Estamos com o Papa Francisco, estamos com os nossos bispos, estamos com a Igreja do Senhor, como São Francisco. “Quem vos escuta a mim escuta. Quem rejeita a Igreja, a voz da Igreja, a voz do Papa, a mim despreza”, diz o Senhor. Por isso, estou com a Igreja, estou com os Papas e pastores, e quero permanecer com Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/10/2019

HOMILIA DIÁRIA

Acolhamos a Palavra de Deus anunciada ao nosso coração

“Ai de ti, Corazim! Aí de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas.” (Lucas 10,13)

A Palavra de Deus dirigida a estas cidades: Betsaida, Corazim, Tiro e Sidônia é, na verdade, uma advertência a essas cidades impenitentes. Porque elas testemunharam, viram os milagres, receberam o anúncio da Palavra, mas não se converteram, não mudaram de vida e não fizeram penitência pelos seus pecados, não se colocaram diante da misericórdia de Deus para acolher a Palavra que foi anunciada.
Se olharmos para as nossas cidades hoje, quantas cidades impenitentes, quantas cidades que não se convertem e não se abrem para a graça de Deus. Quantas das nossas famílias são agraciadas pela presença do Senhor, até ouvem a Palavra, mas não se deixam converter por ela. A Palavra de Deus anunciada aos nossos corações é para a nossa conversão; e é isso que somos chamados pelo Senhor.

Que a Palavra de Deus hoje semeada, que a Palavra de Deus vindo ao nosso encontro nos desperte para o valor da penitência

No início de mais um mês em nossa vida, que não seja simplesmente mais um mês iniciando, que seja realmente um mês onde tenhamos o firme propósito da conversão. A conversão começa pela penitência. Penitenciar-se é reconhecer: “Eu sou pecador. Tenho inúmeras misérias e tenho cedido, muitas vezes, às minhas fragilidades. Tenho caído no pecado”.
Qual é o meio de reconhecermos que pecamos e falhamos? Não é simplesmente dizer: “Sou pecador”, é preciso atacar o mal do pecado, sobretudo porque o pecado, uma vez não reconhecido e não reparado, vai criando corpo, forma, vai crescendo em nós. É por isso que é preciso penitenciar-se, é preciso de fato fazermos gestos e trabalharmos a nossa vontade e o nosso interior para convertermos o nosso coração.
Que a Palavra de Deus hoje semeada, que a Palavra de Deus vindo ao nosso encontro nos desperte para o valor da penitência. Penitenciemo-nos pelos nossos pecados; Deus há de ter misericórdia de nós como teve misericórdia e compaixão de Tiro e Sidônia, como teve de Nínive e das cidades que acolheram a Palavra e se converteram. Que o nosso coração se converta ao Evangelho!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/10/2021

Oração Final
Pai Santo, nós te damos graças pela vida de Francisco de Assis, de quem nós celebramos hoje a memória. Que nos lembremos de seu exemplo de humildade e do seu jeito pessoal de seguir os passos do Mestre. E que, como ele, nós te glorifiquemos com nossa vida e testemunho de amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/10/2013

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a virtude da gratidão para que reconheçamos os dons maiores que nos ofereces – a vida, a fé e, acima de tudo, o teu Filho Unigênito que se fez humano e viveu entre nós anunciando a presença do Teu Reino de Amor dentro do nosso coração. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, Tu te colocas tão discretamente nos dons que nos entregas, que não percebemos tua presença. Dá-nos o poder de sentir-te no Universo que criaste, nos irmãos, em nossa Comunidade e nos dá também a graça de sermos agradecidos e desapegados. Por Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/10/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós te damos graças pela vida de Francisco de Assis, de quem nós celebramos hoje a memória inesquecível. Que nos lembremos de seu exemplo de humildade e do seu jeito pessoal de seguir os passos do Mestre, Jesus de Nazaré. E que, como ele, nós Te glorifiquemos com nossa vida e testemunho de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/10/2019

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