terça-feira, 15 de novembro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/11/2016

Ano C


Lc 19,11-28

Comentário do Evangelho

O medo é contrário à fé.

A parábola do rei que viajou para o estrangeiro é equivalente, quanto ao tema principal, à parábola dos talentos (cf. Mt 25,14-30). A introdução da parábola evoca a morte-ressurreição de Cristo, a sua parúsia, a missão conferida aos servos de cuidar do dinheiro do rei e a resistência e rejeição do rei por seus concidadãos. Não obstante a resistência e rejeição, ele foi nomeado rei e voltou para pedir contas de seu dinheiro.
Para o leitor do evangelho fica claro que se trata de Jesus. O acento é posto no “outro servo”, que enrolou o dinheiro do rei num lenço e, ao contrário dos outros dois, não valorizou esse dinheiro, por isso não o fez frutificar. O medo o paralisou, e foi a desculpa da sua inércia, do seu comodismo. De onde lhe vem este medo? Não será o mesmo raciocínio que levou Caim a matar Abel: imaginar que Deus pudesse preferir um ao outro? Fazer-se imagem de Deus pode ser perigoso e induzir a sérios equívocos. O medo é contrário à fé. O espírito servil precisa ser expurgado da vida cristã e ceder lugar à liberdade: “Vós não recebestes um espírito de escravos para cair no medo, mas de filhos adotivos” (Rm 8,15).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, faze de mim um discípulo fiel de Jesus a quem deverei prestar contas do bom uso dos dons que me concedeu. Que eu seja prudente no meu agir.
Fonte: Paulinas em 20/11/2013

Vivendo a Palavra

Jesus indica claramente a postura que deseja do discípulo: nós não devemos esperar parados, mas ir e anunciar. Não escondamos os dons que nos foram emprestados pelo Criador. Trabalhemos para que eles se aprimorem, reproduzam e os coloquemos a serviço dos companheiros, especialmente dos mais fragilizados.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/11/2013

Vivendo a Palavra

Jerusalém – o objetivo da viagem de Jesus está quase sendo alcançado. Sabia-se que o ambiente ali era hostil e os caminhantes estavam tensos. O Mestre vai deixando suas lições de vida. A de hoje: que cada um recebe sua cota de talentos e se responsabiliza por seu aproveitamento. Estejamos atentos!
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Os dons que temos não nos pertencem, mas sim a Deus, que é o Senhor de tudo, de modo que os dons que recebemos de Deus devem ser ordenados para ele. Sendo assim, não podemos usar os nossos dons, nem mesmo os dons naturais, somente em vista da nossa realização e da nossa promoção pessoal, mas devemos colocá-los a serviço de Deus e dos nossos irmãos e irmãs, pois somente quando o dom se transforma em serviço é que ele é capaz de multiplicar e de produzir frutos em abundância, contribuindo, assim, para que o Reino de Deus cresça cada vez mais no meio dos homens.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=11&dia=16

Recadinho

Há pessoas que colocam como objetivo de vida apenas a riqueza? - É possível ser feliz assim? - Quando S. Paulo recomenda (em Efésios 5, 16) que aproveitemos o tempo presente, pois nossos dias são incertos, a que ele se refere? - Sabe ser grato a Deus pelo dom da vida e o dom de produzir frutos? - Você reza por aqueles que “colhem onde não semearam?”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 20/11/2013

Meditando o evangelho

PRESTAÇÃO DE CONTAS

O discípulo do Reino deve manter viva a consciência de que, um dia, será chamado para prestar contas ao Senhor. Cada um prestará contas dos dons e talentos recebidos, que deveriam ter sido postos para frutificar, através da vivência do amor misericordioso, em relação ao próximo. Ninguém escolhe os dons que recebeu. Eles são fruto da benevolência divina. É como o nobre da parábola evangélica que escolheu dez de seus empregados e, sem que estes tivessem pedido ou querido, pôs-lhes nas mãos sua riqueza para que a multiplicassem, enquanto ele fazia uma longa viagem ao exterior.
O nobre era um indivíduo odiado e rejeitado. É possível imaginar o sentimento de responsabilidade que se apoderou dos que receberam as moedas de ouro para fazê-las frutificar. Era necessário agir com prudência e rapidez. O tempo urgia.
Todavia, houve um que, imaginando a severidade de seu patrão, ficou bloqueado e não fez o dinheiro render. Como a ordem era bem clara, não seria possível justificar a atitude de quem não se preparou para o acerto de contas com o Senhor.
A sorte do discípulo preguiçoso e infiel é fácil de ser deduzida. Não se conquista a salvação de braços cruzados. Ela supõe empenho fundado num relacionamento de amor com Jesus, cujo projeto deve ser assumido e levado adiante, com seriedade e criatividade. Em hipótese alguma, o discípulo pode deixar-se influenciar pelo medo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a colocar os dons recebidos a serviço dos irmãos, de modo a fazê-los multiplicar mais e mais.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-11-16

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a reconhecer os dons que nos emprestas, ainda que sejam apenas em potencial. Dá-nos sabedoria para desenvolvê-los e grandeza d’alma para colocá-los a serviço dos irmãos e da nossa Comunidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário