ANO B

Mt 8,18-22
Comentário do Evangelho
A vocação de discípulo exige desapego e renúncias
O evangelho de hoje é a sequência do relato da cura do servo do centurião (Mt 8,5-17). Trata-se de um relato de vocação que encontra paralelo em Lucas 9,57-62. Em Lucas fala-se de três anônimos que se apresentam na subida para Jerusalém, enquanto em Mateus duas pessoas são citadas: um escriba e um dos discípulos. Pelo contexto imediato, a atitude de ambos é consequência da admiração e do entusiasmo pelo que Jesus acaba de realizar, curando o servo do centurião, sem, contudo, discernir as exigências e as consequências do seguimento de Jesus. Ao escriba desejoso de segui-lo, Jesus adverte que a vocação de discípulo é itinerante, exige desapego e renúncia do conforto dos bens terrenos. Ao outro discípulo Jesus observa que não pode haver nada que anteceda ou possa retardar o seguimento. Se é verdade que ninguém é excluído do seguimento de Jesus, é verdade também que ninguém pode impor ao Senhor condições para segui-lo. O que é dito em separado a um e a outro, que se dispõem a seguir Jesus, vale no seu conjunto para todos. O que é dito aos discípulos como exigência do seguimento, vemos realizado na vida mesma de Jesus, totalmente empenhado em realizar a vontade do Pai que, por amor, o enviou ao mundo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=29%2F06%2F2015
Vivendo a Palavra
Para seguir o Mestre é preciso entrar pela porta estreita e aceitar o caminho áspero. Ele não tem onde repousar a cabeça e quer que nos desliguemos das coisas mortas, para seguirmos o Caminho, a Verdade e a Vida. É a estrada da conversão, a opção pelo Reino de Deus – um compromisso radical que Jesus nos pede.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
O seguimento de Jesus traz consigo uma série de implicações e exige de todos nós muito mais do que o entusiasmo ou a boa vontade. Exige disposição de deixar muita coisa para trás, inclusive o conforto, os costumes, a cultura e até mesmo os grandes valores que norteiam a nossa vida. Seguir Jesus significa ter a disposição de sempre ir em frente, sempre ir além, sempre buscar o novo para que a boa nova aconteça, é uma vida marcada sempre por novos desafios, é sempre atravessar o lago e buscar a outra margem do lago onde novas pessoas esperam para serem evangelizadas. Seguir Jesus significa colocar a obra evangelizadora acima de tudo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=6&dia=29
Comentário do Evangelho
COMO SEGUIR JESUS
Quem quiser tornar-se discípulo deverá submeter-se às exigências do discipulado estabelecidas por Jesus. As conveniências e comodidades do discípulo não contam, quando Jesus o chama para segui-lo. Ao discípulo cabe apenas obedecer.
O discipulado acontece na pobreza. Quem pensa seguir Jesus para encontrar bem-estar econômico e garantir a própria segurança, está equivocado. O próprio Jesus não tinha onde reclinar a cabeça. Ele vivia neste mundo ser nem mesmo possuir uma casa, como se fosse um estrangeiro, peregrino nesta terra. Não seria diferente com o discípulo. Nada de instalar-se no bem-bom deste mundo. O discipulado se dá em forma de desapego e liberdade em relação aos bens materiais, isto é, na pobreza.
O discipulado acontece na ruptura dos laços que impedem o Reino de tornar-se absoluto na vida do discípulo. Os laços familiares são tão fortes que, às vezes, chegam a impedir o discípulo de dar os passos exigidos pelo Reino, fazendo-o adiá-los indefinidamente. O Reino não pode perder sua primazia na vida do discípulo de forma alguma. Por isso, Jesus deu ao discípulo a ordem peremptória de segui-lo, sem esperar pela morte e sepultamento do próprio pai. Haveria quem cuidasse disto. Quanto ao discípulo, o Reino exigia que ele assumisse imediatamente sua parte na missão.
Oração
Senhor Jesus, faz-me compreender e aceitar as exigências colocadas por ti para que eu me torne teu discípulo.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-6-29
HOMILIA DIÁRIA
O apego aos bens nos afasta do eterno de Deus
O apego excessivo aos bens materiais e às pessoas nos afasta do eterno de Deus. É preciso ser livre para servir a Deus e aos irmãos e para amar e nos dedicar a uma causa e a uma missão.
“As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” (Mateus 8, 20)
A Palavra de Jesus nos mostra qual é a condição que precisamos ter para segui-Lo. A condição essencial para que vivamos a Palavra de Deus em nossa vida é a liberdade! E liberdade não é fazer o que queremos e o que nos dá na cabeça. Liberdade é não ser preso a nada nem a ninguém para que possamos nos tornar presos somente a Jesus Cristo e nos colocar à disposição do Seu Evangelho.
Todos nós queremos segurança e precisamos de segurança. Queremos nossa casa pronta, e mesmo quem tem uma casa nunca está satisfeito com a que tem; esta tem que ser melhorada, aumentada e cada vez maior e mais cheia de detalhes. Em proporção com aqueles que, muitas vezes, não têm nem onde morar, isso é um descalabro.
O Filho do Homem se une àqueles que nada têm ao lembrar que até as raposas têm tocas para viver e as aves do céu têm ninhos, mas Ele não tem onde reclinar a cabeça, dorme aqui e acolá. Ele é livre para anunciar o Evangelho.
Ao passo que muitos estão tão presos aos seus que não podem fazer mais nada, porque precisam cuidar para sempre de seus parentes. Precisam de cuidar de um e de outro e nunca encontram liberdade para encontrar a própria realização pessoal. Por isso Jesus diz: “Deixe que os mortos enterrem os mortos!” (Mt 8, 22). Ou seja, é como se Ele dissesse: “Deixe que quem vive para este mundo cuide das coisas deste mundo”.
Portanto, quem quer segui-Lo deve estar livre para Ele. No entanto, duas coisas correlatas são importantes e devem ser ditas. A primeira coisa: nós não podemos ser irresponsáveis e não cuidar dos bens nem prover os bens necessários para nossa vida e nossa subsistência. Devemos trabalhar, economizar e planejar, mas isso não pode nos tornar reféns do dinheiro, da posse e das preocupações com os bens materiais. A segunda coisa importante a ser dita: nós temos que ser solícitos com os nossos entes queridos: os pais com seus filhos, os filhos com seus pais idosos, bem como parentes que podem cuidar uns dos outros.
No entanto, cuidado, solicitude e amor não nos podem deixar num apego excessivo, de modo que não tenhamos liberdade nem de cuidar da nossa vida nem de servir a Deus, porque temos sempre de nos preocupar com os outros.
Abençoadas sejam as mãos que têm de cuidar dos enfermos, do filho cuja condição de saúde exige muito mais cuidado e de pessoas com deficiência ou que exigem dedicação mais integral! Deus é sua luz, seu sustento e sua graça! Contudo, nós não podemos ter um excessivo apego a nada nem a ninguém, porque senão a graça de Deus passa entre nós e não a acalentamos, não nos dedicamos a ela, nem a abraçamos em nossa vida.
O Evangelho nos faz livres para servir, amar e nos dedicar a uma causa e a uma missão desde que não nos apeguemos a nada como se fosse eterno, porque o único eterno é Deus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, encantados pelo anúncio de Teu Reino – que está dentro de nós! – pedimos-te coragem, força e perseverança para voltarmos para Tua Morada Celeste. Que levemos conosco os irmãos peregrinos que colocaste junto a nós nesta aventura maravilhosa – a Vida – seguindo o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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