Este dia 29 de novembro, proposto
para uma reflexão sobre “Por que a Pobreza?” nos leva a um momento de oração
com Deus, uma reflexão à luz de sua Palavra.
Tomemos como texto iluminativo uma reflexão de Pe. Pedro Arrupe, então
Prepósito Geral da Companhia de Jesus, feita em 1976, no Congresso
Eucarístico de Filadélfia. Disse Pe. Arrupe: “Se em alguma parte do mundo
existe fome, nossa celebração eucarística está de alguma maneira incompleta.
Na Eucaristia recebemos Cristo que tem fome no mundo. Ele vem ao nosso
encontro junto com os pobres, os oprimidos, os famintos da terra, que através
dele nos olham esperando ajuda, justiça, amor expresso em ações. Não podemos
receber plenamente o pão da vida, se não damos ao mesmo tempo pão para a vida
daqueles que se encontram em necessidade onde quer que estejam.”
Essa afirmação nos questiona sobre nossa fé, já que não seguimos Jesus Cristo
em sua generosidade e convivemos de modo omisso com a pobreza e com todos os
seus males como a fome, a doença, a falta de instrução, e outros tantos. Se
vivêssemos a Eucaristia, a partilha da Vida, não aceitaríamos essa situação
vergonhosa, consequência do descaso, da falta de fé daqueles que afirmam crer
em Deus, em um Ser que criou todos os homens de um modo igual.
O Apóstolo São Tiago já nos alertava em sua carta, quando escreveu que se
vermos um irmão passando necessidade e não o socorrermos, de nada adiantará
nossa fé porque “a fé, se não tiver obras, está completamente morta”. Tg
2,14-17
A pobreza de nossos irmãos nos enche a todos de muita vergonha,
principalmente a nós que somos batizados e possuímos bens em abundância. Como
é possível que em nosso meio existam pessoas em estado de miséria? Se algumas
delas praticam atos considerados crimes como roubar alimentos e até dinheiro para
poderem dar de comer a seus filhos ou comprar medicamentos para eles, a culpa
é nossa, de nossa omissão. Se elas sentirem ódio ao verem seus entes queridos
passarem necessidades, enquanto outros esbanjam seus bens, tudo é
consequência da injustiça em que vivem. Justiça, segundo o direito divino, é
o ser humano ter tudo aquilo que precisa para viver dignamente.
Não podemos fazer vista grossa ao que vemos em países do chamado Terceiro
Mundo e começamos a ver também na Europa, ou seja, pessoas remexerem latas de
lixo em busca de comida.
Será que nossa fé está no Evangelho de Jesus, que prega partilha,
fraternidade? Ele não estará na posse de bens? Isso colabora no aumento do
número de ateus. Falamos que Deus é Pai, que é Amor, não somos capazes de
tratar o próximo como irmão. Se nossa avidez sinaliza que nosso céu, nosso
paraíso está neste mundo, com seus bens, quem irá acreditar em nosso anúncio
de vida eterna?
O dia em que, de fato, vivermos em plenitude nossa fé, dificilmente haverá
pobre entre nós, porque seremos levados a amar mais o irmão que nossos bens.
Nossa fé será comprovada pelos nossos atos, ao mesmo tempo que nosso céu não
será aqui, onde a traça e o ferrugem destroem tudo o que consolidamos, mas
será a Casa do Pai e ouviremos: “Vem bendito de meu Pai pois você me socorreu
quando atendia a um dos meus irmãos mais pequenos, por sua causa diminuiu o
número de pobres no mundo. Vem!”
|
||
|
- Início
- Via-Sacra
- Ângelus
- Ano da Misericórdia
- Assembléia Geral da CNBB
- Frases Famosas
- Gotas de Misericórdia
- Homilia Diária
- Imagens Religiosas
- Imitação de Cristo
- Liturgia Diária
- Mensagem do Dia
- Orações
- Podcast
- Rádio Vaticano
- Santo do Dia
- Terços
- CATEQUESE - Papa Francisco
- Liturgia das Horas - Como rezar?
- Meu Dia em Sintonia com o Alto
- Mensagens em Power Point
- NOVENA PEDINDO A CURA DA DEPRESSÃO
- O Dia, a Semana e o Mês do Católico
- OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO
- Terço da Divina MIsericórdia
- Primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Reflexão sobre "Por que a Pobreza?"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário