domingo, 26 de outubro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 26/10/2025

ANO C


30º Domingo do Tempo Comum

Dia Nacional da Juventude

Ano C - Verde

“Quem se humilha será elevado!”

Lc 18,9-14

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Neste domingo, apresentamo-nos diante de Deus, que espera dos homens humildade e compromisso com seu Reino. Terminando o mês missionário, renovemos nosso compromisso com a evangelização dos povos e imploremos a graça de um coração acolhedor.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105870/30-domingo-tempo-comum-ano-c-26-outubro-2025.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, reunidos para celebrar o Dia do Senhor, memorial de sua morte e ressurreição, elevamos nossos corações ao alto para oferecer a Deus Pai este sacrifício de louvor por nós e por toda humanidade. Nesta casa de oração, ele nos ensina a sair de nós mesmos e olhar o coração de cada ser humano. Que esta Eucaristia nos configure ao Cristo e nos faça missionários da esperança para este mundo tão ferido.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Ano-49C-57-30o-DOMINDO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

É PRECISO VIGIAR SOBRE NOSSO CORAÇÃO

Dois homens sobem ao Templo para rezar: um cobrador de impostos, que descendo ao profundo de si mesmo, com humildade e sem ostentar qualquer tipo de máscara diante de Deus, implora por misericórdia pelos seus pecados, e um fariseu, que sobe ao alto do seu ego inflado e, numa suposta ação de graças a Deus, enaltece a si mesmo e suas pretensas virtudes, desprezando os demais.
Mas, pode algo ficar oculto aos olhos de Deus? Obviamente que não, pois Ele conhece os corações e é justo no julgar. Ele acolhe a prece do cobrador de impostos, uma vez que “a prece do humilde atravessa as nuvens” (Eclo 35, 21), ao passo que o fariseu não é justificado, porque “Deus resiste aos soberbos, mas dá a graça aos humildes” (1Pd 5,5).
Jesus afirma que “quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado” (Lc 18, 14) e, à luz desta palavra, precisamos examinar nosso coração, pois, disse o Papa Francisco, que “para além das muitas tentativas de mostrar ou exprimir o que não somos, é no coração que se decide tudo: ali não conta o que mostramos exteriormente ou o que ocultamos, ali conta o que somos. E esta é a base de qualquer projeto sólido para a nossa vida, porque nada que valha a pena pode ser construído sem o coração. As aparências e as mentiras só trazem vazio” (Encíclica Dilexit nos, cap. I, n. 6). Daí ser importante cultivar um coração puro, manso e humilde à semelhança do Coração de Jesus.
Tanto o publicano quanto o fariseu vão Templo para rezar, mas os corações deles vão em direções diferentes: um reconhece a necessidade da graça e o outro se gaba de seus méritos, desprezando os que ele julga inferiores a si. Nós também corremos o perigo de cair na tentação do fariseu e desembocar no que o Papa Francisco chamou de “mundanismo espiritual”, no qual se busca a glória humana e o próprio bem-estar no lugar da glória de Deus, “uma maneira sutil de procurar «os próprios interesses, não os interesses de Jesus Cristo» (Fl 2, 21).” (EG 93), um neo-pelagianismo “de quem, no fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um certo estilo católico próprio do passado. É uma suposta segurança doutrinal ou disciplinar que dá lugar a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar.” (EG 94).
Para proteger-nos desta tentação lembremos que “A salvação, que Deus nos oferece, é obra da sua misericórdia. Não há ação humana, por melhor que seja, que nos faça merecer tão grande dom. Por pura graça, Deus atrai-nos para nos unir a Si.” (EG 112). E essa é a razão pela qual a mãe Igreja põe em nossos lábios antes da Santa Comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”! Arranquemos, portanto, o orgulho de nosso coração e sejamos humildes e misericordiosos.
Dom Edilson de Souza Silva
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Lapa
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Comentário do Evangelho

Humildade e Graça Divina: A Oração Sincera


O ser humano não é justificado por suas próprias ações. Suas boas obras ou práticas religiosas não são o que o colocam acima dos outros; na verdade, é ao reconhecer sua fragilidade e sua condição de pecador que ele se abre à graça divina, permitindo que Deus o alcance para salvá-lo. A liturgia deste domingo nos convida a refletir sobre nossas fraquezas e a elevar a Deus uma oração sincera. Deus não faz distinção entre as pessoas, ouvindo as orações de todos, especialmente dos mais pobres, dos oprimidos, dos órfãos, das viúvas e dos marginalizados pela sociedade. É ao nos tornarmos humildes e nos entregarmos totalmente à vontade de Deus, servindo-O de coração, que nossas súplicas chegam até Ele. O Senhor, como justo juiz, nunca se mostra indiferente à dor ou à sinceridade daqueles que suplicam com humildade.
Na carta destinada a Timóteo, o apóstolo Paulo expressa sua confiança em Deus, que o fortaleceu para anunciar Sua Palavra às nações. Mesmo nas dificuldades enfrentadas em seu ministério, ele sabia que Deus o libertaria de todo mal e o justifica para herdar o Reino dos Céus. Deus não faz distinção entre as pessoas; Ele vê o coração, e não as aparências. Contudo, nos tempos de Jesus, surgiram dois grupos que causavam controvérsia. O primeiro era composto pelos doutores da Lei, escribas e fariseus, que se consideravam “justos”, mas impunham fardos pesados aos outros e rejeitavam a Boa-Nova de Jesus. O segundo grupo era formado pelos pecadores: publicanos, cobradores de impostos, prostitutas e todos os marginalizados pela sociedade da época. O evangelho de hoje traz uma parábola que denuncia a atitude dos fariseus em relação aos pecadores, especialmente no contexto da oração. No templo, encontramos um fariseu, de alta posição social, e um publicano, desprezado por todos. O fariseu, de pé, se autojustifica, listando suas observâncias da Lei, se colocando acima dos pecadores e acreditando que merece as bênçãos de Deus. Já o publicano, humildemente, se distancia, sem olhar para o céu, e bate no peito, implorando a misericórdia de Deus pela sua condição de pecador.
Ao final, o fariseu retorna para casa sem ser justificado, pois não reconhece sua pequenez diante de Deus, acreditando que suas obras já são suficientes para a salvação. Ao se exaltar, ele se fecha em si mesmo e, por fim, é humilhado. O publicano, por outro lado, com seu coração contrito, é justificado por Deus, pois se humilha diante da grandeza do Senhor, e este o eleva. Que Deus sempre ouça nossas súplicas e nos ajude a cultivar um coração humilde e manso, aberto à Sua salvação. Ao reconhecermos nossas limitações e fragilidades, nos tornamos mais receptivos à graça divina. E que não busquemos nos considerar melhores que os outros, mas sim sermos solidários, tratando todos como verdadeiros irmãos.
https://catequisar.com.br/liturgia/humildade-e-graca-divina-a-oracao-sincera/

Reflexão

A parábola apresenta dois modos de dialogar com Deus: o fariseu e o publicano. O primeiro é presunçoso: elenca suas qualidades e despreza os outros; o segundo é humilde: reconhece suas fraquezas e misérias. O fariseu era homem correto e honesto, cumpridor dos seus deveres religiosos, pensando ter méritos diante de Deus. O problema dele era sua arrogância, o julgamento negativo e o desprezo dos outros. O publicano é um pecador público, cobrador de impostos, que reconhece sua pequenez, mas também a grandeza e a misericórdia de Deus. Ninguém pode considerar-se justo a ponto de ter méritos diante de Deus e desprezar os outros. Diante de Deus, necessitamos estar desarmados de toda presunção e preconceito: presunção de nos considerarmos perfeitos e melhores que os outros; preconceito contra os outros, rotulando-os. Lembrar nossa pequenez e nossas limitações muda nossa relação com Deus, tornando-nos mais abertos à ação dele e criando espaços de fraternidade e partilha com os outros.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/26-domingo-10/

Reflexão

«Meu Deus, tem compaixão de mim…»

Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje lemos com atenção e novidade o Evangelho de São Lucas. Uma parábola dirigida aos nossos corações. Umas palavras de vida para desvendar nossa autenticidade humana e cristã, que se fundamenta na humildade de sabermos nos pecadores («Meu Deus, tem compaixão de mim…»: Lc 18,13), e na misericórdia e bondade de nosso Deus («Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado»: Lc 18,14).
A autenticidade é, hoje mais que nunca!, uma necessidade para descobrirmos nos mesmos e ressaltar a realidade libertadora de Deus em nossas vidas e em nossa sociedade. É a atitude adequada para que a Verdade de nossa fé chegue, com toda a sua força, ao homem e à mulher de hoje. Três eixos integram esta autenticidade evangélica: a firmeza, o amor e a sensatez (cf. 2Tim 1,7).
A firmeza para conhecer a Palavra de Deus e mantê-la em nossas vidas, apesar das dificuldades. Especialmente em nossos dias, temos que por atenção neste ponto, porque há muito auto-engano no ambiente que nos rodeia. São Vicente de Lerins nos advertia: «Apenas começa a estender-se a podridão de um novo erro e este, para se justificar, apodera-se de alguns versículos da Escritura, que além interpreta com falsidade e fraude»
O amor, para olhar com olhos de ternura – quer dizer, com o olhar de Deus- à pessoa ou ao acontecimento que temos diante. São João Paulo II nos anima a «promover uma espiritualidade da comunhão», que —entre outras coisas— significa «um olhar de coração sobretudo para o mistério da Trindade que habita em nós, e cuja luz tem que ser reconhecida também no rosto dos irmãos que estão a nosso lado».
E, finalmente, sensatez, para transmitir esta Verdade com a linguagem de hoje, encarnando realmente a Palavra de Deus em nossa vida: «Crerão em nossas obras mais que em qualquer outro discurso» (São João Crisóstomo).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Não tenhamos de modo algum a presunção de que vivemos em retidão e sem pecado. O que testemunha a favor da nossa vida é o reconhecimento das nossas faltas» (Santo Agostinho)

- «Não basta perguntar-nos quanto tempo rezamos, é preciso perguntar-nos também como rezamos. Eu pergunto: pode-se rezar com arrogância? Não. É possível orar com hipocrisia? Não. Devemos rezar apenas colocando-nos diante de Deus, tal como somos» (Francisco)

- «‘A oração é a elevação da alma para Deus ou o pedido feito a Deus de bens convenientes’. De onde é que falamos, ao orar? Das alturas do nosso orgulho e da nossa vontade própria, ou das ‘profundezas’ (Sl 130, 1) dum coração humilde e contrito? Aquele que se humilha é que é elevado. A humildade é a disposição necessária para receber gratuitamente o dom da oração: o homem é um “mendigo de Deus”» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.559)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-10-26

Reflexão

A misericórdia: "Não julgueis e não sereis julgados"

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o Senhor Jesus indica as etapas da peregrinação através das quais é possível atingir esta meta: « Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco » (Lc 6, 37-38).
Se uma pessoa não quer incorrer no juízo de Deus, não pode tornar-se juiz do seu irmão. É que os homens, no seu juízo, limitam-se a ler a superfície, enquanto o Pai vê o íntimo. Que grande mal fazem as palavras, quando são movidas por sentimentos de ciúme e inveja! Não julgar nem condenar significa, positivamente, saber individuar o que há de bom em cada pessoa e não permitir que venha a sofrer pelo nosso juízo parcial e a nossa pretensão de saber tudo.
—Jesus pede também para perdoar e dar. Ser instrumentos do perdão, porque primeiro o obtivemos nós de Deus. Ser generosos para com todos, sabendo que também Deus derrama a sua benevolência sobre nós com grande magnanimidade.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-10-26

Comentário do Evangelho

Jesus contou esta parábola: «Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano».


Hoje Jesus “para os pies” «a alguns que se tinham por justos e desprezavam aos demais». Na história o fariseu fica fatal: «‘Oh Deus! Dou-te graças porque não sou como os outros homens, rapazes, injustos, adúlteros, nem como este publicano…». Ridículo! Mas, Jesus louva a atitude do publicano que rezava dizendo: «‘Oh Deus! Tem compaixão de mim, que sou pecador!’».
—«Aquele que se exalta será humilhado; e aquele que se humilhe será exaltado». O Pai glorificou com a ressurreição ao Filho humilhado na Cruz.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-10-26

HOMILIA

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Hoje, Jesus volta à catequese do domingo passado sobre a oração e busca, por amor, chegar ao orgulho de alguns que confiam em sua justiça ou santidade, desprezando os outros. Dois homens vão rezar no templo. O “fariseu”, “de pé”, agradece a Deus por não ser como os outros — “ladrões, desonestos, adúlteros” —; jejua duas vezes por semana e dá o dízimo de toda sua renda. O “cobrador de impostos”, “ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’”. O fariseu conclui sua farsa orante, agradecendo por não ser como aquele cobrador de impostos.
E Jesus fecha a catequese dizendo que o cobrador “voltou para casa justificado”; o fariseu, não. E isso porque “quem se eleva”, mas humilhando, desprezando os outros, “será humilhado”, isto é, impede que Deus o escute. Mas, quem se humilha, reconhece a própria miséria ou pecado, e se põe até desmerecedor dos favores de Deus, a esse Deus ouve.
Quem sabe, aqui, Jesus usa palavras diferentes para nos dizer o que já nos ensinara. O cobrador de impostos renunciava a si mesmo, aliás, reconhecia nem sequer ter algo louvável a que recorrer e oferecer a Deus; oferecia seu absoluto nada arrependido. E assim, escancarou seu coração e sua vida para o pronto perdão, sempre misericordioso de Deus.
Desprezar o outro é o que nem em sombra existe em Deus; Ele é amor. Cada uma das Pessoas é renúncia a si, pondo as demais Duas como razão única de sua vida, existe para amá-las.
Assim, Deus não é parcial como o é o mundo “em prejuízo do pobre”, dos oprimidos, do órfão, da viúva. Ele “é um juiz que não faz discriminação de pessoas”. “A prece do humilde” — que não se põe, com desprezo, acima dos outros — “atravessa as nuvens”, chega a Deus e encontra seu coração plenamente aberto.
Paulo, alguém que renunciou a si, se fez tudo para todos. No Senhor, que esteve ao seu lado e lhe deu forças, combateu o bom combate, está a ponto de “ser oferecido em sacrifício” pelo martírio. Enfrentou terríveis dificuldades, mas a mensagem a ele confiada foi anunciada integralmente. Foi libertado da boca do leão, não desistiu da missão, foi fiel a Jesus até o fim: “Guardei a fé”. E conta com a força divina para a fidelidade até o fim da vida: “O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste!”.
Fazendo-nos só de Deus, no amor seja a quem for, estaremos na mesma estrada de Paulo.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=26%2F10%2F2025&leitura=homilia

Coleta
— OREMOS: DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e, para merecermos alcançar o que prometeis, fazei-nos amar o que ordenais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=26%2F10%2F2025&leitura=meditacao

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