segunda-feira, 22 de setembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 21/09/2025

ANO C


25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”

Lc 16,1-13
Forma breve: 16,10-13

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Cristão é sinal no meio das gentes, seu modo de proceder deve falar da presença de Deus no mundo e operar a transformação querida por Ele a isso chamará Reinado Social de Cristo ou mais recentemente, Doutrina Social da Igreja.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105666/25-domingo-tempo-comum-ano-c-21-setembro-2025.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste domingo aqui nos encontramos, chamados pelo Senhor, para celebrar nossa páscoa semanal. Que- remos ouvir o anúncio do seu Rei- no e deixar-nos comprometer por ele, proclamando um novo mundo, onde todos possam viver com dignidade e que nenhum filho ou filha de Deus seja excluído ou descartado.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-52-25o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

FIÉIS NO POUCO, FIÉIS NO MUITO

O Evangelho deste Domingo nos faz pensar, pois vai contra a lógica do imediatismo e do aproveitamento da vida aqui e agora, como se nada mais houvesse além daquilo que a vida neste mundo já nos pode oferecer. Jesus ensina que os nossos bens nos são confiados para que sejamos bons administradores deles e realizemos obras boas com eles, na esperança da recompensa futura.
O administrador infiel da parábola que Jesus conta pode estar em cada um de nós, se não desenvolvermos e usarmos corretamente nossas capacidades para a prática do bem. Deus nos deu a vida, primeiro de todos os bens; deu-nos capacidades pessoais, inteligência, vontade, discernimento, e também diversos dons espirituais, como a fé, a capacidade de amar e de ajudar o próximo. Deu-nos a possibilidade de ter um bom emprego, formação profissional, condição social favorável, saúde e, quem sabe, uma boa família, bons amigos, uma natureza rica e produtiva ao nosso redor... Tudo isso não pode ser atribuído simplesmente ao acaso, à sorte, ou unicamente ao nosso mérito.
Com um olhar de fé, reconhecemos que Deus nos confiou muito. E o que fazemos com isso? Administramos bem esses bens e riquezas, fazendo-as render para nós mesmos, para o próximo e para o bem comum? Numa visão egoísta e individualista da vida e da convivência, essa pergunta não faz nenhum sentido porque, segundo tal maneira de ver as coisas, cada um cuida de si e, “salve-se quem puder”. Não assim, porém, numa visão cristã sobre a vida e a convivência. Nossos dons são importantes para nós, mas também para os outros. Ninguém vive sozinho e dependemos uns dos outros. Por isso, nossos dons e capacidades devem também ser colocados ao serviço do bem dos outros, a começar das pessoas mais próximas de nós.
Na parábola de hoje, Jesus exorta a fazer amigos com os bens materiais e espirituais, para que esses amigos intercedam por nós quando nos apresentarmos diante de Deus para o julgamento. Na parábola do grande julgamento final (cf. Mt 25), Jesus dá a entender que esses “amigos”, na verdade, são os pobres, os enfermos, aqueles que sofrem de um jeito ou de outro, os encarcerados, os perseguidos e aqueles que são desprezados neste mundo. O grande e derradeiro Juiz dirá, então: tudo o que fizestes a esses meus irmãos, no bem e no mal, foi a mim que o fizestes.
E se alguém achar que nem recebeu tantos desses bens de Deus, continua valendo o ensinamento de Jesus: quem é fiel no pouco, será fiel também no muito. Quem é infiel no pouco, será infiel também no muito (Lc 16, 10). A fidelidade, nesse caso, consiste em administrar bem o que nos foi confiado, quer seja pouco, quer seja muito. Em outro momento, Jesus recorda mais algo importante: “a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lc 12,48). A nos- sa vida é um dom precioso para nós mesmos e para os outros, sem esquecer que é preciosa também para a glória de Deus.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-52-25o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

Comentário do Evangelho

O Uso do Dinheiro e a Solidariedade


Os bens materiais e o dinheiro fazem parte da vida humana. Quando são tratados como fins em si mesmos, podem gerar exploração, divisão, violência e idolatria, pois afastam o ser humano de Deus e dos outros. A liturgia deste domingo nos convida a redirecionar nossa vida para o Senhor, transformando os bens e o dinheiro em meios de solidariedade e comunhão com o próximo. Os profetas do Antigo Testamento, especialmente Amós (na primeira leitura), já haviam denunciado a injustiça e a exploração dos pobres. O dinheiro, usado como forma de dominação, chegava até a corromper práticas religiosas como as do sábado e da lua nova, momentos sagrados para o povo de Israel. Os mercadores priorizavam o lucro, em detrimento do culto a Deus, o que indicava que seus corações estavam distantes do Senhor, resultando na sua ruína por causa da soberba.
Na segunda leitura, Paulo pede a Timóteo orações por todos, especialmente pelos governantes, para que o poder e o dinheiro não os corrompam. A vida de todos deve ser marcada pela tranquilidade, sem ostentação ou conflito, mantendo a piedade e dignidade, e evitando qualquer tipo de exploração. Cristo, com sua vida simples, é exemplo de como viver para a salvação de todos.
No evangelho, Jesus compartilha uma parábola sobre o uso do dinheiro. Um rico dono de terras recebe a denúncia de que seu administrador estava desperdiçando seus bens. Ao ser confrontado, o administrador, temendo perder o emprego, encontra uma solução criativa. Ele decide reduzir as dívidas de dois credores de seu patrão, agindo com astúcia e misericórdia, para garantir sua sobrevivência e, ao mesmo tempo, agradar aos credores. Ao final, o patrão o elogia por sua esperteza. Contudo, Jesus não elogia a desonestidade, mas critica a forma como as pessoas usam sua criatividade para fins materiais, enquanto, no evangelho, essa energia deveria ser direcionada para o acolhimento da mensagem e a construção do Reino de Deus.
Os “filhos da luz” devem ser igualmente astutos e misericordiosos em sua missão, utilizando os bens materiais para ajudar os necessitados, com o objetivo de formar uma comunidade unida em Cristo, destinada às moradas celestes. Mais importante do que o dinheiro, Jesus confiou sua Igreja aos discípulos, pedindo-lhes fidelidade nas pequenas coisas cotidianas. Aqueles que servem ao dinheiro tornam-se escravos dele e insensíveis ao próximo, enquanto quem serve ao Senhor usa os recursos para o bem de todos, com um coração livre para amar a Deus e aos irmãos.
https://catequisar.com.br/liturgia/o-uso-do-dinheiro-e-a-solidariedade/

Reflexão

Jesus conta uma parábola que nos inquieta ao elogiar a criatividade de alguém que pensa no seu sustento futuro. No tempo de Jesus, os grandes fazendeiros tinham seus capatazes que trabalhavam por eles. Esses capatazes nem sempre eram honestos e sinceros. Quando se veem em risco de perder o emprego, usam da criatividade para garantir o próprio futuro. A parábola convida os cristãos a serem criativos e empenhados na construção do Reino de Deus. O Evangelho questiona como é usado o dinheiro, os bens públicos e o que cada um tem. O cristão não pode entrar na lógica do mundo: lucro, acúmulo e exploração. A lógica do Reino é usar o dinheiro para criar amizade: dinheiro e bens partilhados em favor dos mais pobres. Na vida, há uma escolha: permanecer na lógica do mundo, servindo ao dinheiro, ou entrar na lógica do Reino, partilhando os bens. A palavra-chave é a conclusão do texto de hoje: “Ninguém pode servir a dois senhores”, ou seja, ao deus dinheiro (mamona) e ao Deus da vida.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/21-domingo-9/

Reflexão

«Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro»

Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach
(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho nos apresenta a figura do administrador infiel: um homem que se aproveitava do ofício para roubar a seu amo. Era um simples administrador e, atuava como amo. É conveniente que tenhamos presente:
1) Os bens materiais são realidades boas, porque saíram das mãos de Deus. Portanto, os devemos amar.
2) Mas não os podemos “adorar” como se fossem Deus e a finalidade de nossa existência; devemos estar desprendidos deles. As riquezas são para servir a Deus e a nossos irmãos os homens; não devem servir para destronar a Deus do nosso coração e das nossas obras: «Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro» (Lc 16,13).
3) Não somos os amos dos bens materiais e, sim simples administradores; portanto, não somente devemos conservar, mas também fazê-los produzir ao máximo, dentro de nossas possibilidades. A parábola dos talentos o ensina claramente (cf. Mt 25,14-30).
4) Não podemos cair na avarícia; devemos praticar a liberalidade, que é una virtude cristã que devemos viver todos, os ricos e os pobres, cada um segundo suas circunstâncias. Devemos dar aos outros!
E se já tenho suficientes bens para cobrir meus gastos? Sim; também você deve se esforçar por multiplicá-los e poder dar mais (paróquia, dioceses, Caritas, apostolado). Lembre as palavras de São Ambrósio: «Não é uma parte de teus bens o que tu dás ao pobre; o que lhe das já lhe pertence. Porque o que foi dado para o uso de todos, tu te apropria. A terra foi dada para todo mundo, e não somente para os ricos».
Você é um egoísta que só pensa em acumular bens materiais para si, como o administrador do Evangelho, mentindo, roubando, praticando a avarícia e a dureza de coração, que lhe impedem comover-se ante as necessidades dos outros? Não pensa frequentemente nas palavras de São Paulo: «Que cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois “Deus ama quem dá com alegria» (2Cor 9,7) Seja generoso!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Não tenho outra forma de te demostrar meu amor que jogando flores, é dizer, não deixando fugir nenhum pequeno sacrifício, nem uma só mirada, nem uma soa palavra, aproveitando até as mais pequenas coisas e fazendolas por amor» (Santa Teresa de Lisieux)

- «O dinheiro não é “injusto” em si mesmo, mas mais que qualquer outra coisa pode encerrar ao homem num egoísmo cego» (Bento XVI)

- «"Eles punham tudo em comum” (Act 4,32):" Tudo o que o verdadeiro cristão possui, deve olhá-lo como um bem que lhe é comum com os demais, e deve estar sempre pronto e ser diligente para ir em socorro do pobre e da miséria do próximo”. O cristão é um administrador dos bens do Senhor» (Catecismo da Igreja Católica, n° 952)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-09-21

Reflexão

A corrupção e a ilegalidade presentes no comportamento de sujeitos económicos e políticos

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o quadro do desenvolvimento é policêntrico. Os atores e as causas tanto do subdesenvolvimento como do desenvolvimento são múltiplas, as culpas e os méritos são diferenciados. Este dado deveria induzir a libertar-se das ideologias que simplificam, de forma frequentemente artificiosa, a realidade, e levar a examinar com objetividade a consistência humana dos problemas.
Continua o escândalo de desproporções revoltantes. Infelizmente a corrupção e a ilegalidade estão presentes tanto no comportamento de sujeitos económicos e políticos dos países ricos, antigos e novos, como nos próprios países pobres. No número de quantos não respeitam os direitos humanos dos trabalhadores, contam-se às vezes grandes empresas transnacionais e também grupos de produção local. As ajudas internacionais foram muitas vezes desviadas das suas finalidades, por irresponsabilidades que se escondem tanto na cadeia dos sujeitos doadores como na dos beneficiários.
—Contudo há que sublinhar que não é suficiente progredir do ponto de vista económico e tecnológico; é preciso que o desenvolvimento seja, antes de mais nada, verdadeiro e integral.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-09-21

Comentário do Evangelho

«E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu com esperteza».


Hoje o Mestre nos deixa desconcertados... Parece que aprova a “cultura do bolaço”: favores e mais favores entre mafiosos com falta de solidariedade que só pensam em um benefício próprio, sem importar-lhes a carestia dos muitos que sofrem. Não é isso! Não se trata de nos fazer “amigos do dinheiro”, senão de pôr o prestigio profissional ao serviço dos outros. O cristão não tem vocação de “burro decaído”. No trabalho, no social, no esporte… Deus nos exige aspirar à excelência. Se não, como removeríamos os corações?
—São Paulo fez valer o prestigio e os direitos de sua “cidadania romana”. Então, vou de “paletó” pela vida? Atenção, que no céu não há lugar para “bonzinhos burros”!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-09-21

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

Deus “quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade”. E esta é uma verdade: “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, que se entregou em resgate por todos”. Então, verdade pela qual nos salvamos é assumir essa atitude de amor de Jesus, de entrega pelos irmãos. Eis a ponte pela qual chegamos ao Pai. É viver o resumo que Deus mesmo fez de toda a lei, que é o amor a Ele e ao próximo.
Assim, por Amós, Deus nos alerta do perigo de sermos maldosos com o próximo: “Nunca mais esquecerei” o mal que fizerem a ele! Se maltratamos os humildes e causamos “a prostração dos pobres da terra”. Se no comércio, por exemplo, diminuímos medidas, aumentamos pesos, adulteramos balanças, dominamos os pobres com dinheiro, se pomos à venda “o refugo do trigo”. Sim, se não nos fizermos bons administradores dos bens de Deus.
Outra grande verdade: nesta parábola de Jesus, cinco vezes aparece “administrador”, três vezes “administração” e uma vez “administrar”: os bens que temos em mãos, mais do que nossos, são de Deus, e nós não passamos de administradores. E “esbanjar” os bens de Deus é usá-los mal, como nos mostra Amós. É servirmo-nos deles para explorar, dominar o próximo. E administrá-los devidamente é usá-los “para fazer amigos”, construir fraternidade, solidariedade, uma família de irmãos, na qual os bens estejam a serviço de todos, conforme a necessidade de cada um.
Um dia seremos afastados da administração, isto é, normalmente ela acabará no fim de nossa peregrinação na terra. E aqueles de quem nos fizemos amigos, administrando os bens do Pai, nos receberão “nas moradas eternas”, no céu.
Teremos assim, de fato, servido a Deus e a seu Reino de justiça, de amor, de paz, e não ao dinheiro, na ambição, na exploração dos fracos. Teremos seguido Jesus que, “sendo rico (unicamente Deus), se fez pobre por amor de nós (assumiu nossa pobreza humana até o pleno aniquilamento na cruz) para que sua pobreza assim nos enriquecesse”.
É também o direito que todo cidadão tem de esperar da indispensável missão daqueles que nos governam; que sob sua administração, “possamos levar uma vida tranquila e serena!”
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=21%2F09%2F2025&leitura=homilia

Oração
— OREMOS: Ó DEUS, que resumistes toda a sagrada lei no amor a vós e ao próximo, concedei-nos que, observando os vossos mandamentos, mereçamos chegar à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=21%2F09%2F2025&leitura=meditacao

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