domingo, 31 de agosto de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 31/08/2025

ANO C


22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado” Lc 14,11

Dia do Catequista

Lc 14,1.7-14

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Em geral, sempre escolhemos o melhor e em nosso egoísmo, corremos o risco de esperar sempre uma retribuição dos demais, e mesmo de Deus. O Senhor vem hoje nos chamar a convertermos a lógica deste pensamento.
https://diocesedeapucarana.com.br/storage/105266/22-domingo-tempo-comum-ano-C-31-AGOSTO-2025.pdf

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o Senhor nos convida ao Banquete do seu Reino. Que alegria é receber esse chamado! Ao participar desta Ceia, queremos manter viva a aliança com o Pai, que nos oferece seu Filho Jesus como prova do imenso amor, assim como nos é revelada a sua vontade de que participemos da Páscoa de Cristo, animados com a força do Espírito. Agradeçamos ao Senhor e renovemos nosso compromisso com a missão de Jesus. Rezemos pelos catequistas, para que anunciem o Evangelho com ardor, alegria e fidelidade.
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-49-22o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

BUSCAR O ÚLTIMO LUGAR

Jesus nos ensina a buscar o último lugar. Ele vive o que ensina e ensina o que vive. Ensinou o que é verdadeira humildade: sendo Deus, se fez homem por amor de nós; sendo rico, se fez pobre para nos enriquecer; desceu das alturas para habitar entre nós e “humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2,8). Disse aos seus discípulos: “Aprendam de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). Quis crescer em Nazaré e escolheu iniciar seu ministério na Galileia – na periferia, portanto – e não nos centros de poder político e religioso, tanto que um dos seus próprios discípulos dissera: “De Nazaré pode sair coisa boa?” (Jo 1,46). Ensinou-nos a nunca responder ao mal com o mal, mas sempre com o bem; veio para servir e não para ser servido (cf. Mc 10,45); lavou os pés dos discípulos, mesmo sendo o mestre e Senhor (cf. Jo 13,12-15). Esteve junto aos pequenos, sofredores e excluídos para transmitir-lhes vida e salvação.
Buscar o último lugar é estar no lugar dos últimos, o que implica cultivar um coração semelhante ao do Mestre que sabe ter compaixão do que sofre, do que é colocado à margem, do que está como ovelha sem pastor; é vacinar o coração contra o pecado do orgulho e da soberba, da cobiça e da ganância, das ilusões da fama, riqueza e poder, coisas que levam o coração para longe da verdadeira riqueza, e faz com que nosso olhar se volte para o que passa, cegando-nos para o que não passa, para o que realmente importa (cf. Lc 10,42).
Buscar o último lugar é também fazer a experiência da confiança e total entrega à vontade d’Aquele que, como nos disse a Virgem Santíssima “derruba do trono os poderosos e eleva os humildes” (Lc 1,52). Jesus em tudo fez a vontade do Pai e acolheu humildemente o Seu plano de amor: “Embora sendo Filho de Deus aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos” (Hb 5,8). A confiança inabalável em Deus liberta nosso coração dos apegos desordenados e nos faz livres: “Se o Filho os libertar vocês ficarão realmente livres” (Jo 8,36).
Uma palavra dirigida de modo especial a todos os que servem à Igreja em nossas paróquias, comunidades, pastorais e movimentos, ministros ordenados e não ordenados: buscar o último lugar implica renúncia a todo apego ao poder, à exaltação de si, aos interesses particulares, para dar lugar ao serviço humilde e amoroso do Evangelho em favor dos irmãos e irmãs, em favor da missão, segundo o que disse João Batista: “É preciso que ele cresça e eu diminua” (cf. Jo 3,30) – agindo assim o seu serviço despontará como uma luz para todos e contribuirá de verdade para a edificação do Corpo de Cristo.
Por fim, buscar o último lugar é ter a consciência de quem somos: pobres e frágeis, necessitados da misericórdia de Deus. Humildade vem de “húmus” que, por sua vez, se refere ao solo, ao chão, à terra. Viemos do pó, somos pó e ao pó retornaremos. Lembremos, porém, que esse pó é precioso aos olhos de nosso Deus, a ponto d’Ele nos enviar seu próprio Filho para nos salvar com seu precioso sangue e fazer-nos aproximar “do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste” (Hb 12,22).
Lembrados de que é aos humildes que Deus revela seus mistérios (cf. Eclo 3,20), peçamos esta graça e cultivemos esta virtude, pois “quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”!
Dom Edilson de Souza Silva
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Lapa
https://arquisp.org.br/wp-content/uploads/2025/06/Ano-49C-49-22o-DOMINGO-DO-TEMPO-COMUM.pdf

Comentário do Evangelho

A Parábola do Banquete


Vivemos em um mundo onde a competitividade e a busca incessante pelos primeiros lugares dominam. A autossuficiência e a arrogância, que subjugam os outros, escondem a verdadeira natureza humana, que se revela no serviço e na partilha dos talentos dados por Deus. A liturgia deste domingo nos convida a adotar uma postura de humildade, reconhecendo o nosso lugar como o último, uma posição que ninguém disputa.
A primeira leitura faz um contraste entre o humilde e o orgulhoso. O humilde é descrito como alguém que age com suavidade e vive de maneira modesta, sendo abençoado por Deus, que lhe revela seus mistérios. Já o orgulhoso permite que o pecado se enraíze em sua vida, tornando-se insensato, pois não busca refletir sobre a sabedoria que ouve e nem deseja segui-la. O humilde, ao se entregar à ação salvífica de Deus, aproxima-se da Jerusalém celeste, a morada divina.
Na segunda leitura, é enfatizado que, por meio de Cristo, o ser humano pode alcançar a perfeição, pois Ele reconciliou a humanidade com Deus, estabelecendo uma nova e eterna aliança. Jesus, por suas palavras e atitudes, é o maior exemplo de humildade. No evangelho, Ele ensina aos convidados de uma festa a não buscar os primeiros lugares, observando-os competir por status. Baseando-se em um princípio de boa conduta da tradição sábia (Pr 25,6-7), Jesus lhes conta uma parábola, alertando-os contra a busca pelo reconhecimento social, como faziam os fariseus e escribas. Eles ansiavam por privilégios diante dos outros e, com isso, perdiam de vista a verdadeira humildade diante de Deus.
A lição final da parábola é clara: quem se exalta por sua própria vontade, sem se submeter à vontade de Deus, acabará sendo humilhado. Por outro lado, aquele que se humilha, reconhecendo suas limitações e confiando na proteção divina, será exaltado por Deus. Jesus também instrui o anfitrião a convidar pessoas humildes e marginalizadas para o banquete, ao invés de amigos ou familiares que poderiam retribuir. Ele propõe uma mudança de paradigma: a verdadeira reciprocidade não vem de gestos calculados, mas da generosidade fundamentada no amor de Deus.
A recompensa eterna para aqueles que agem com generosidade é a ressurreição dos justos, o banquete escatológico onde todos se unirão em comunhão com Deus. Como discípulos de Cristo, somos chamados a viver a humildade, evitando comparações e disputas, e nos tornando um dom para os outros, com alegria no serviço.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-parabola-do-banquete/

Reflexão

Em dia de sábado, a caminho de Jerusalém, Jesus dá uma parada e vai se alimentar na casa de um chefe dos fariseus. Diz o Evangelho que “eles o observavam”. A impressão é a de que estavam à procura de algum deslize de Jesus para acusá-lo. Jesus observa que todos procuram o lugar mais importante. Ele desmascara a competitividade social: estar sempre em primeiro lugar, para ter privilégios e mordomias. Diante daquilo que vê, o Mestre conta uma parábola, exaltando, como é próprio de Lucas, os pobres e injustiçados. Eles são os primeiros a serem convidados ao banquete do Reino de Deus. E convida os discípulos a se colocarem no último lugar, onde se encontram os empobrecidos. A atenção deve ser dada aos mais pobres, pois esses não têm condições de retribuir. Isso nos educa à prática da gratuidade, isto é, fazer o bem sem esperar recompensa. Dessa ação gratuita é que nasce a felicidade do fiel seguidor de Jesus. Na sociedade moderna, compete-se para estar sempre na frente dos outros.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/31-domingo-6/

Reflexão

«Os convidados escolhiam os primeiros lugares»

Rev. D. Enric PRAT i Jordana
(Sort, Lleida, Espanha)

Hoje, Jesus nos dá uma lição magistral: Não busqueis o primeiro lugar. «Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar» (Lc 14,8). Jesus Cristo sabe que gostamos de situar-nos no primeiro lugar: nos atos públicos, nas reuniões, em casa, na mesa… Ele conhece da nossa tendência a sobrevalorizar-nos por vaidade e, ainda pior, por orgulho mal dissimulado. Estejamos prevenidos com os honores!, Já que «o coração fica encadeado aí onde encontra possibilidade de fruição» (São Leão Magno).
Quem nos disse que, não existem colegas com mais méritos ou categoria pessoal? Não se trata, pois, de algo esporádico, mas de uma atitude assumida de nos sentir melhores, mais importantes, com mais méritos, os que sempre temos razão; isso é uma pretensão que supõe uma visão estreita sobre nós e sobre o que nos rodeia. De fato, Jesus convida-nos a praticar uma humildade perfeita, que consiste em não nos julgar nem julgar aos outros e, de conscientizar-nos sobre a nossa insignificância individual respeito ao cosmos e à vida.
Então, o Senhor, propõe que, por precaução, escolhamos o último lugar, porque se bem desconhecemos a realidade íntima dos outros, sabemos que nós somos irrelevantes se comparados com o espetáculo do universo. Por conseguinte, situar-nos no ultimo lugar, é atuar com certeza. Não seja que o Senhor, que nos conhece a todos desde nossa intimidade, deva disser-nos: «‘Cede o lugar a ele’. ‘Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar´» (Lc 14,9).
Na mesma linha de pensamento, o Mestre convida-nos a colocar-nos com humildade ao lado dos preferidos de Deus: pobres, inválidos, coxos, cegos, e a nos igualar com eles até nos encontrar no meio de aqueles que Deus ama com especial ternura e, a superar toda repugnância e vergonha em compartir a mesa e amizade com eles.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Honras a ti, meu Senhor Jesus Cristo que, com todo o teu glorioso corpo ensanguentado, foste condenado à morte da cruz, carregaste sobre os teus ombros o madeiro, foste levado humanamente ao lugar do suplicio» (Santa Brígida)

- «Cristo ocupou o ultimo lugar no mundo —a cruz—, e foi precisamente com essa humildade radical que nos redimiu» (Bento XVI)

- «(...) A inveja nasce do orgulho; o batizado exercitar-se-á a viver na humildade» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.540)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-08-31

Reflexão

Cristo ocupou o último lugar no mundo, a Cruz

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, A consciência de que, n'Ele, o próprio Deus Se entregou por nós até à morte, deve induzir-nos a viver, não mais para nós mesmos, mas para Ele e, com Ele, para os outros.
A íntima participação pessoal nas necessidades e no sofrimento do outro torna-se assim um dar-se-lhe a mim mesmo: para que o dom não humilhe o outro, devo não apenas dar-lhe qualquer coisa minha, mas dar-me a mim mesmo, devo estar presente no dom como pessoa. Este modo justo de servir torna humilde o agente. Este não assume uma posição de superioridade face ao outro, por mais miserável que possa ser de momento a sua situação. Cristo ocupou o último lugar no mundo —a Cruz— e, precisamente com esta humildade radical, nos redimiu.
—Quem se acha em condições de ajudar há-de reconhecer que, precisamente deste modo, é ajudado ele próprio também; não é mérito seu nem título de glória o facto de poder ajudar. Quanto mais alguém trabalhar pelos outros, tanto melhor compreenderá esta palavra de Cristo: “Somos servos inúteis”.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-08-31

Comentário do Evangelho

«Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar.…».


Hoje Jesus nos lança um chamado à humildade. Na vida é importante situar-se onde nos corresponda (não se fazer de “fantasma”). Se não a vida mesma nos põe em nosso lugar...
—Diz que um grande negócio seria comprar as almas pelo preço que elas valem e vendê-las pelo preço que elas acham que valem. Faríamos “negócio” contigo?
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-08-31

HOMILIA

A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!

Em uma refeição em casa de um dos chefes dos fariseus, Jesus nota como os convidados “escolhiam os primeiros lugares”. E Ele não perde a ocasião para anunciar a eles todos, e hoje a nós, o essencial do Reino dos céus. Reino, que é a vida divina que, a mando do Pai, Ele veio anunciar e já antecipar e inaugurar aqui na terra.
Sim, nos céus só vale o amor, só ele é que existe. E ele imprime a absoluta gratuidade em todos os relacionamentos. Na Trindade, cada uma das Pessoas é eterna renúncia a si mesma em favor das demais Duas. Cada Uma vive pelas Duas outras.
Assim nos propõe o Reino: ao sermos convidados a uma refeição ou festa, renunciemos a nós mesmos em favor dos demais, não percamos a ocasião de viver o amor, a única atitude do céu: “Não façais nada por competição e vaidade. Antes, com humildade, cada um considere os outros como superiores a si sem procurar seu próprio interesse, mas o dos outros” (Fl 2,3-4).
E quem sabe o anfitrião da refeição nos convide a um lugar mais distinto. Que não ocorra o contrário; que nós, elevando-nos frente aos demais, sejamos humilhados pelo anfitrião, destinando-nos um lugar menos qualificado.
Se Deus vive essa atitude é normal que a valorize tanto em nossos relacionamentos: “Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. Grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes”. “Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor”, pois estes lhe abrem sua pequenez, seu nada, para a grandeza única dele. Mas, revela-nos, de modo bem mais claro, a vida divina através desta proposta: quando dermos um almoço ou jantar, não convidemos amigos, irmãos, parentes ou vizinhos ricos, pois estes poderiam igualmente nos convidar, e isso seria, já aqui na terra, nossa recompensa.
Ao contrário, convidemos “os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos”, então, seremos divinamente ou amorosamente felizes porque não nos poderão retribuir. Receberemos a recompensa “na ressurreição dos justos”. Prefiramos a celeste recompensa do amor, à efêmera e insignificante troca de interesses da terra.
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=31%2F08%2F2025&leitura=homilia

Coleta
— OREMOS: DEUS ONIPOTENTE, fonte de todo dom perfeito, semeai em nossos corações o amor ao vosso nome e, estreitando os laços que nos unem convosco, fazei crescer em nós o que é bom e guardai com amorosa solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=31%2F08%2F2025&leitura=meditacao

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