terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 25/02/2025

ANO C


Mc 9,30-37

Comentário do Evangelho

Na vida cristã é maior quem serve

O Jesus apresentado por Marcos é um Mestre que continuamente ensina seus discípulos e a multidão (cf. 6,34). Marcos não nos informa, em geral, explicitamente acerca do conteúdo do ensinamento de Jesus. Aqui, em concreto, o ensinamento diz respeito à sua Páscoa (v. 31). Os discípulos, porém, não compreendiam (cf. v. 32).
O anúncio da paixão-morte-ressurreição não é previsão de futuro. Ele tem, no relato, uma função específica: preparar o ouvinte e/ou leitor do evangelho para entrar, sem esmorecer e sem medo, na paixão e morte de Jesus, iluminado pela certeza de sua ressurreição.
A discussão dos discípulos acerca de quem era o maior entre eles (cf. vv. 33-34) revela a incompreensão deles, não somente acerca do destino de Jesus, mas também de sua própria condição.
No seguimento de Cristo e na vida cristã, o mais é quem serve, a exemplo do Senhor que se fez Servo de todos (cf. vv. 35-36). Serviço que tem que se traduzir no acolhimento de todos, sobretudo, dos que precisam de mais cuidado (cf. v. 37).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Senhor Jesus, tira do meu coração todo ideal humano de grandeza, e faze-me compreender que ela consiste em fazer-me servidor.
Fonte: Paulinas em 21/05/2013

Vivendo a Palavra

Nós, que vivemos a pobre realidade de nossa humanidade, com seus limites e imperfeições, somos consolados pela narração evangélica das disputas por prestígio entre os apóstolos. E, ainda mais, somos encorajados pelo exemplo que eles nos deixaram: venceram seus limites e perseveraram até o martírio final.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/05/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus formou a sua Igreja com gente como a gente: discípulos que ainda discutiam entre si qual deles seria o maior… A convivência com o Mestre fez deles apóstolos humildes, sim, mas também entusiasmados e cheios de coragem, ao ponto de doarem tudo aos irmãos, até a própria vida. Um exemplo para ser refletido por nós na vida e no anúncio jubiloso da chegada do Reino ao nosso coração.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/02/2019

Reflexão

O que faz com que na maioria das vezes não compreendamos corretamente a mensagem de Jesus geralmente são as diferenças que existem entre os nossos interesses e os dele. Enquanto Jesus estava pensando na necessidade da cruz para a realização do Reino de Deus, seus discípulos estavam pensando em um reino com critérios humanos, fundamentado principalmente nas diferenças, nas relações de poder e na hierarquia social, econômica e política. Sempre que não nos colocamos em sintonia com o projeto de Jesus e não colocamos o amor como o critério último das nossas vidas, podemos nos equivocar na compreensão do Evangelho e buscar interpretações que existem muito mais para legitimar os nossos interesses do que para nos conduzir à verdade e ao Reino.
Fonte: CNBB em 21/05/2013 21/02/2017

Reflexão

“Jesus não queria que ninguém ficasse sabendo”. Essa expressão soa como refrão que se repete ao longo do Evangelho de Marcos. É que desde o início de sua vida pública, Jesus encontra forte oposição dos fariseus e doutores da Lei, que buscam oportunidade para matá-lo. Jesus se preserva e se oculta, sem, no entanto, deixar de fazer a vontade do Pai. Com o segundo anúncio da paixão, Jesus apresenta, mais uma vez, seu modelo de serviço até a morte. Os discípulos não compreendem o discurso; ao contrário, sonham com o poder. Jesus quer inculcar-lhes uma novidade: no seu Reino, o maior é o que serve a todos. É pelo serviço aos pequenos que se construirá a nova sociedade de Jesus. Toda prática que visa ser superior aos outros e querer dominá-los está totalmente fora do projeto de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 26/02/2019

Reflexão

“Jesus não queria que ninguém ficasse sabendo”. Essa expressão soa como refrão que se repete ao longo do Evangelho de Marcos. É que, desde o início de sua vida pública, Jesus encontra forte oposição dos fariseus e doutores da Lei, que buscam oportunidade para matá-lo. Jesus se preserva e se oculta, sem, no entanto, deixar de fazer a vontade do Pai. Com o segundo anúncio da paixão, Jesus apresenta, mais uma vez, seu modelo de serviço até a morte. Os discípulos não compreendem o discurso; ao contrário, sonham com o poder. Jesus quer inculcar-lhes uma novidade: no seu Reino, o maior é o que serve a todos. É pelo serviço aos pequenos que se construirá a nova sociedade de Jesus. Toda prática que visa ser superior aos outros e dominá-los está totalmente fora do projeto de Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 21/02/2023

Reflexão

«O Filho do Homem vai ser entregue»

Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells
(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho traz-nos dois ensinamentos de Jesus que estão estreitamente ligados um ao outro. Por um lado, o Senhor ensina que «o matarão e ao terceiro dia ressuscitará» (Mc 9,31). É a vontade do Pai para Ele: por isso veio ao mundo; assim nos vai libertar da escravidão do pecado e da morte eterna; desta forma Jesus nos fará filhos de Deus. A entrega do Senhor até ao extremo de dar a sua vida por nós, mostra a infinidade do Amor de Deus: um Amor sem medida, um Amor que não se importa de se baixar até a loucura e ao escândalo da Cruz.
Parece aterrador ouvir a reação dos Apóstolos, ainda demasiado ocupados em se contemplarem a si próprios e esquecendo-se de aprenderem com o Mestre: «Não entendiam o que dizia» (Mc 9,32), pois pelo caminho iam discutindo qual deles seria o maior e, se por acaso lhes tocasse, não se atreviam a fazer-lhe nenhuma pergunta.
Com delicada paciência, Jesus acrescenta: devemos tornar-nos último e servidor de todos. Devemos acolher o simples e o pequeno, pois o Senhor quis identificar-se com eles. Devemos acolher a Jesus na nossa vida, pois assim abrimos as portas ao próprio Deus. É como um programa de vida para ir caminhando.
Assim o explica com toda clareza o Santo Cura de Ars, João Baptista, Mª Vianney: «Cada vez que podemos renunciar à nossa vontade para fazer a dos outros, sempre que esta não esteja contra a lei de Deus, conseguimos méritos que apenas Deus conhece». Jesus ensina-nos com as suas palavras, mas, sobretudo com as suas obras. Aqueles Apóstolos, num principio duros em aprender, depois da Cruz e da Ressurreição, seguirão as impressões do seu Senhor e do seu Deus. E, acompanhados por Maria Santíssima, se tornarão cada vez menores para que Jesus cresça neles e no mundo.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Bendito sejas tu, meu Senhor Jesus Cristo, que com teu sangue precioso e tua morte sagrada redimiste as almas e, por tua misericórdia, as levaste do exílio à vida eterna» (Santa Brígida)

- «O ascenso a Deus se produz precisamente no descenso do serviço humilde, no descenso do amor» (Bento XVI)

- «Não é fácil, ao homem ferido pelo pecado, manter o equilíbrio moral. O dom da salvação, que nos veio por Cristo, dá-nos a graça necessária para perseverar na busca das virtudes. Cada qual deve pedir constantemente esta graça de luz e de forca, recorrer aos sacramentos, cooperar como o Espírito Santo e seguir os seus apelos a amar o bem e acautelar-se do mal» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1811)

Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 21/02/2023

Meditação

Nós, os discípulos de Jesus, continuamos pelo caminho e discutindo quem de nós é o maior. Quem de nós é o maior na família, na Comunidade, na empresa. Continuamos sem aprender que nossa grandeza está no serviço que prestamos, e não nos títulos e cargos que temos. Muitas paredes demonstram nossa vaidade, pois lá estão nossos títulos. Vivemos correndo atrás de condecorações, vestes e distintivos que mostrem como somos importantes. Triste ilusão! Tudo passa! Só Deus e seu amor permanecem.
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 21/02/2023

Meditando o evangelho

HUMILHAÇÃO E GLÓRIA

É chocante o contraste entre a declaração de Jesus e a preocupação dos discípulos. Enquanto Jesus os instruía a respeito da morte que iria enfrentar e de sua ressurreição, os discípulos discutiam sobre quem seria o maior entre eles.
As palavras do Mestre fundavam-se numa visão realista da missão. Por um lado, percebia crescer a hostilidade de seus adversários, diante de seus ensinamentos contundentes e dos milagres que operava. Eles se davam conta de haver algo de extraordinário na ação de Jesus, mas preferiam atribuir a Belzebu a origem do seu poder. E se sentiam sempre mais incomodados com o que viam e ouviam. De outro lado, Jesus tinha consciência de estar agindo na mais total fidelidade ao Pai, e contava com sua proteção, certo de que jamais seria abandonado. Colocava, no Pai, a sua glória, de modo a não depender da aprovação humana.
Pelo contrário, os discípulos pensavam poder contar com uma glória humana por pertencerem ao círculo dos amigos do Messias que estava para restaurar a realeza em Israel. A isto se devia a preocupação deles em garantir o primeiro lugar junto do Messias Jesus. Não estavam absolutamente sintonizados com o Mestre. Foi preciso que ele os instruísse sobre a maneira correta de atingir a verdadeira glória: fazer-se o último e o servo de todos. Este era o caminho que ele próprio estava trilhando.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, tira do meu coração os ideais mundanos de glória, e coloca-me no verdadeiro caminho para ser glorificado por ti, fazendo-me servidor de todos.
Fonte: Dom Total em 21/02/2017 26/02/2019

Comentário ao Evangelho

NOVO MODO DE SER

No longo processo de sua formação, os discípulos foram sendo instruídos no modo de ser, característico de quem aderiu ao Reino. Jesus ensinou-os a serem solidários, a cultivar a união fraterna, a estarem sempre prontos para servir. Não tinham sido organizados a partir de critérios humanos de superioridade/inferioridade, pois entre eles deveria reinar a igualdade.
As lições do Mestre nem sempre encontraram corações abertos para acolhê-las. Os discípulos mostravam-se reticentes em abrir mão de sua mentalidade. Daí a preocupação em saber quem, dentre eles, seria o maior. Ou seja, quem teria autoridade sobre os outros; quem seria mais importante, objeto da reverência e do respeito dos demais. Tudo ao inverso do que lhes fora ensinado!
Jesus resumiu, numa frase, um princípio de ação que deveria nortear a vida do discípulo: "Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos". Esta era sua pauta de ação. Ele se apresentava como Servo, e sua vida definia-se como serviço a todos, sem distinção. Nunca esteve em busca de grandezas, muito menos reduziu os discípulos à condição de escravos seus. Não se preocupou em granjear a estima e a reverência alheias, a qualquer custo. Simplesmente seguiu o seu caminho de servidor, esforçando-se por remediar as carências e os sofrimentos humanos. Apresentou-se como exemplo a ser imitado!
Fonte: Dom Total em 21/02/2023

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. QUEM É O MAIOR?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os discípulos de Jesus deixaram-se contaminar pela busca de grandeza. Por isso, discutiam para saber quem, dentre eles, seria o maior. Mas o ponto de partida deste debate revelava um equívoco. Pensavam na grandeza do Reino que Jesus inauguraria e na possibilidade de ocupar posições de destaque junto ao monarca. De antemão, esses discípulos faziam a partilha dos futuros cargos disponíveis. Jesus, porém, deu um basta a estas considerações indignas de quem quer ser seu um discípulo.
O ensinamento de Jesus centra-se no tema do serviço, bem característico do Reino. A grandeza do discípulo está em sua capacidade de colocar-se a serviço do próximo. Ocupa o primeiro lugar quem se predispõe a servir a todos, sem distinção, vivendo a condição de servo, de maneira plena. A quem é reticente no servir e não prima pela generosidade, estão reservados os últimos lugares no Reino. Portanto, se os discípulos quisessem realmente disputar os primeiros lugares, que o fizessem motivados por um ideal elevado e não por ambições mesquinhas, sem sentido para quem vive a dinâmica do Reino.
Os discípulos tinham em Jesus um exemplo consumado de servidor do Reino. Sua vida definia-se como serviço generoso e gratuito às multidões oprimidas e atribuladas de tantas maneiras. Bastava que se espelhassem no Mestre.
Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu me lance na busca das grandezas deste mundo. Que eu busque, antes, a grandeza do serviço generoso, e gratuito.
Fonte: NPD Brasil em 21/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

Cuidado com o sentimento de grandeza!

Todo esse sentimento de grandeza nos leva a “pisar” uns nos outros e a não tratá-los como irmãos.

“Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: ‘Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!’. Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e, abraçando-a, disse: ‘Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou’.” (Mc 9,35-37)

Nós adultos somos muito complicados. A nossa cabeça, infelizmente, é muito complicada, pois temos nossas ambições, competições, vaidades, nosso orgulho e nossa autossuficiência. Isso tudo cria muitos problemas em torno de nós. Muitas vezes, queremos ser mais do que o outro nos gestos, nas atitudes e naquilo que fazemos. Mas não é assim que se comporta um discípulo do Senhor.
Um discípulo tem de ter o espírito de uma criança na pureza, na ingenuidade, sobretudo nas atitudes. “Quem quiser ser o maior, que seja o menor de todos.” Ser maior quer dizer ser mais importante; e ser importante, na concepção de Jesus, quer dizer servir ao outro, ao próximo, lavar os pés uns dos outros, cuidar deles.
Que Deus quebre essa nossa mentalidade egoísta, nosso orgulho, nossa autossuficiência e toda essa vontade que temos de ser mais que os outros. Todo esse sentimento de grandeza nos leva a “pisar” uns nos outros e a não tratá-los como irmãos.
O desejo e a vontade de Deus é que sejamos irmãos uns dos outros. Que o Evangelho, então, nos ensine que ninguém pode pisar em ninguém, nem querer ser maior do que ninguém. Se alguém se achar melhor ou mais importante, que isso seja demonstrado pelo serviço, pela doação.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 21/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

A humildade agrada a Deus

Façamos da humildade um escudo da nossa vida

“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” (Mc 9,35)

No mundo em que vivemos, o que importa é o primeiro lugar, o mais importante, a competitividade, onde as pessoas estão realmente em busca de serem valorizadas, estimadas, colocadas lá em cima. Só vale o que é o primeiro, quem tem o melhor nisso ou naquilo.
Realmente, é uma grande competição, muita vezes injusta, exalta a uns e desmerecem outros, elevam demais alguns e desqualificam pessoas. Enquanto alguns se sentem um máximo com aquilo que conseguem – e são poucos –, a grande maioria se sente oprimida, arrasada, depreciada, porque não consegue aquilo que poucos conseguem.
A lógica do Reino de Deus não é essa, não é quem é melhor, o mais importante, quem pode mais, porém quem serve mais, quem se coloca em último lugar. Não que não devamos nos esforçar na vida, não entenda por esse caminho, é nos esforçarmos para conseguirmos o queremos, para vencermos as batalhas, para conquistar algo na vida é mais do que louvável e abençoado.
O que não é louvável e abençoado é conseguir algo na vida exaltando-se e diminuindo os outros, quando o orgulho, a soberba prevalecem naquilo que fazemos, é nos sentimos melhores que os outros, mais importantes que eles.
É tão bom ver uma pessoa que é capaz, mas sabe ser humilde naquilo que é capaz, sabe muita coisa, mas não prevalece aquilo que sabe. É bom ver pessoas que tem dom, talentos, títulos, são importantes, mas não se fazem importantes, isso é caminhar na lógica do Reino de Deus.
O Senhor olha para aqueles que buscam não serem os primeiros. Não é para deixar de ser o primeiro em uma corrida e ser o último para ser mais humilde. Ao contrário! É correr para dar o seu melhor, chegar na frente, mas não sou melhor do que aquele que chegou em último lugar.
Jesus pega uma criança, porque, em Sua época, a criança era sem importância, sem valor, não era levada em conta, por isso Ele a abraça; assim também com cada um de nós quando vivemos na humildade, quando fazemos da dela um escudo da nossa vida, quando não prevalecemos por aquilo que temos que somos ou fazemos, mas sim, quando nos escondemos em Deus e n’Ele colocamos tudo aquilo que fazemos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

HOMILIA DIÁRIA

É papel do cristão acolher e cuidar das crianças

Há uma multidão de crianças que precisam de nós, tornemo-nos servos!

“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas Aquele que me enviou.” (Marcos 9, 37)

O Evangelho de hoje trás muitos ensinamentos do Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas pegarei aquele que é essencial: quem quiser se tornar o primeiro, o maior: torne-se servo, o último de todos.
É uma lição para a vida. Pois, num mundo de competições, (onde vale quem é o mais lembrado, quem se sente grande) o discípulo de Cristo não pode buscar as grandezas do mundo. O que enobrece um discípulo de Cristo é saber servir ao outro; é a vida da humildade — a “pequena via”— como nos ensina Santa Teresinha do Menino Jesus.
A pequena via, na verdade, é o caminho da alma que se contenta com as coisas pequenas e não está em busca das grandezas humanas. O caminho da pequena via é se fazer criança. A criança que se conforma com a beleza da existência, que não se deixa levar pelo orgulho, pelas vaidades da vida.
Por isso, Jesus pega uma criança, a coloca no meio deles e lhe abraça. Abraçar uma criança quer dizer abraçar a pureza, abraçar a via e o caminho da humildade. “Quem acolhe em meu nome uma destas crianças, é a Mim que estará acolhendo”.
Somos hoje chamados pela Palavra de Deus não só a converter o nosso coração para a pureza, para a inocência, para os valores que as crianças nos ensinam a viver, mas também, somos chamados a acolhê-las e jamais as desprezar.
Pense em quantas crianças precisam do nosso amor, acolhimento e ajuda. Não pense só nas crianças que são seus filhos, as acolha em primeiro lugar. Mas saibamos que, no mundo em que vivemos, há uma multidão enorme de crianças que não têm infância, não têm o que comer, como estudar e nem como viver.
É papel nosso, cristãos e discípulos do Mestre Jesus, acolher, ajudar, encaminhar e cuidar das nossas crianças. Todas a vezes que assim fizermos, estaremos cuidando, acolhendo e amando o Mestre Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 26/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Coloque-se em último lugar e alcance o melhor em Deus

“Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: ‘Que discutíeis pelo caminho?’ Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: ‘Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!’ Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: ‘Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou’.” (Marcos 9,33-37)

No Evangelho de hoje, Jesus, pela segunda vez, fala aos Seus discípulos sobre a Sua paixão, ou seja, diz a eles que deveria ser entregue nas mãos dos homens, que Ele seria morto, mas, depois de três dias de Sua morte, Ele ressuscitaria.
Jesus ensina que Seu caminho seria um caminho de sofrimento, de morte, mas que a Sua morte geraria vida, pois Ele ressuscitaria. Contudo, Jesus também percebe que no coração dos Seus discípulos existiam outras preocupações completamente contrárias à proposta do caminho de salvação que Ele lhes propunha.
Os discípulos estavam tomados pela rivalidade, pela busca do primeiro lugar. Queriam um lugar de destaque, de prestígio, visibilidade, ou seja, estavam tomados pelos sentimentos puramente humanos, contrários aos seguimentos de Jesus.

Segue verdadeiramente a Jesus quem se coloca no último lugar

E Jesus, como um bom formador, com toda paciência e amabilidade, senta-se, chama os Seus discípulos e lhes diz que, dentro da lógica do Seu seguimento, aquele que quiser ser o primeiro deve ser aquele que se coloca no último lugar e, se colocando no último lugar, deve ser aquele que serve a todos.
Seguir a Jesus Cristo é sair da lógica deste mundo e se colocar na lógica do Reino de Deus, onde aprendemos que o maior é aquele que serve. Quem quiser ser o primeiro deve ser o primeiro em servir, em acolher os pequeninos que são como as crianças que necessitam de amparo dos adultos.
Disputas, rivalidades por busca de prestígio e destaque não são coisas que combinam com o discipulado de Jesus Cristo. Na verdade, é justamente esse tipo de comportamento que nos impede de compreender que, quando aceitamos seguir Jesus, precisamos fazer exatamente como Ele fez: acolher o menor de todos, assim como Jesus acolheu.
Jesus pega essa criança, coloca-a no seu meio, para dizer justamente isto: Ele veio para acolher os pequenos, os menores, os simples e os humildes. Segue verdadeiramente a Jesus quem se coloca no último lugar, dando a própria vida para que o outro tenha a vida.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/02/2023

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos o amor pela pobreza, o desejo de servir a todos e de nos colocarmos nos últimos lugares. Queremos construir uma Igreja fraterna e acolhedora, que seja sinal do teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/05/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos humildes como aquela criancinha acolhida e abençoada por Jesus. Dá-nos, amado Pai, a alegria pura, que só a Fé pode nos trazer, com a certeza de que somos teus filhos muito amados – como nos foi revelado pelo Cristo, teu Filho Unigênito que se fez homem como nós em Jesus de Nazaré. Por Ele, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/02/2019

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