HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 22/09/2024
ANO B

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano B – Verde
“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” Mc 9,35
“Acolhimento: condição para servir.”
Mc 9,30-37
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A liturgia de hoje apresenta a Palavra de
Deus como luz para nossa vida colocando-nos
frente à duas realidades: a “palavra do mundo”
e a “Palavra de Deus”. Que o Senhor nos torne
capazes do discernimento e da decisão cristã a
respeito do que estamos assumindo em nossa
vida.https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/25-domingo-tempo-comum-ano-b-22-09-2024.pdf
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, é
sempre o Cristo Ressuscitado que
nos chama, a cada domingo, para
o louvor e a ação de graças ao Pai,
na força e no poder do Espírito
Santo. Formamos aqui o coro
da Igreja peregrina que louva e
bendiz a Deus por suas maravilhas
e por sua bênção maior: seu Filho
Jesus, nosso Salvador. Que esta
celebração nos ajude a viver mais
intensamente aquilo que o Senhor
nos pede, realizando assim a sua
vontade em nossas vidas.https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46b-52-25-domingo-tempo-comum.pdf
QUEM É O MAIOR NO REINO DE DEUS?
Os discípulos de Jesus, tendo em
mira a futura ida para Jerusalém,
estão preocupados com quem será
o maior, pois pensam no Reino de
Deus em termos humanos e políticos, em termos de poder. Ao passo
que o Senhor Jesus lhes anuncia
que sofrerá e será morto, pois veio
dar a sua vida em resgate de muitos. A lógica dos discípulos ainda é
baseada na sabedoria do mundo,
que privilegia o poder, o domínio e
a grandeza. Ao passo que a lógica
de Jesus é a do servo de Deus, que
corresponde à vontade do Pai, faz
de sua vida uma entrega e veio para
servir e não para ser servido. Essa
entrega será a vitória da vida sobre
a morte, do amor sobre o ódio e da
luz sobre as trevas. A lógica do serviço e da entrega da vida por amor,
com plena confiança em Deus, é a
única capaz de trazer verdadeira
paz e verdadeira vida para todos.
Por isso, Jesus nos ensina que "Se
alguém quiser ser o primeiro, que
seja o último de todos e aquele que
serve a todos!".Diante de um mundo ainda tão ávido por poder, consumo, dominação
e satisfação de todos os desejos
e vontades à custa do sofrimento
de outros tantos, São Tiago (3,17)
nos fala das sete características da
sabedoria que vem do alto, que os
cristãos são chamados a acolher e
viver: ela é, “antes de tudo, pura,
depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de
bons frutos, sem parcialidade e
sem fingimento”. Esta é a sabedoria
que Jesus viveu e ensinou. Nela é
que podemos encontrar o caminho
para a promoção da vida, para viver
a fraternidade sem parcialidade ou
fingimento, para resguardar a casa
comum e para viver a comunhão
de amor e serviço mútuo em nossas comunidades. A sabedoria do
mundo, ao contrário, faz surgirem
as guerras, brigas e divisões, como
fruto da cobiça, inveja e ciúmes,
como lembrou São Tiago (4,1). Não
deixemos que a sabedoria mundana contamine nossas famílias, nossas comunidades, nossa Igreja. Ao
contrário, procuremos olhar para o
exemplo de nosso Mestre Jesus.Viver segundo a sabedoria do alto
pode trazer consigo perseguições
e incompreensões, pois o mundo
não a acolhe e arma ciladas ao justo (cf. Sb 2,12). Contudo, somente
esta sabedoria pode nos fazer experimentar a verdade desta palavra: “O fruto da justiça é semeado
na paz, para aqueles que promovem a paz”. Nesta hora, é preciso
colocar nossa confiança no Senhor
e repetir com o salmista: “Quem
me protege e me ampara é meu
Deus; é o Senhor quem sustenta
minha vida!” (Sl 53,6). E seguir perseverantes e cheios de esperança
no caminho do amor, do serviço
humilde e da entrega da própria
vida pelo Reino de Deus!Dom Edilson de Souza SilvaBispo Auxiliar de São Paulohttps://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-46b-52-25-domingo-tempo-comum.pdf
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos

Jesus fez o primeiro anúncio de sua Paixão, e Pedro não entendeu. Certamente entendeu, mas não aceitou. Ou será que Pedro se enganou, quando tomou a decisão de seguir Jesus? Afinal, o Messias esperado viria para restaurar o Reino de Israel. Jesus era o Messias, e Pedro e seus companheiros, sendo os discípulos mais próximos de Jesus, certamente teriam cargos e funções de relevância no reino de Israel restaurado. Seria muito decepcionante que, em vez de um trono, ele tivesse uma cruz.Apesar da reação de Pedro, Jesus volta a falar do mesmo assunto. Mais uma vez ele anuncia que “o Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, e eles o matarão. Morto, porém, três dias depois ressuscitará”. “Mas eles não compreendiam o que lhes dizia”, escreve o evangelista, “e tinham medo de perguntar”. Tinham medo de perguntar porque acabavam de ouvir Jesus censurar Pedro e chamá-lo de Satanás.De fato, Jesus veio enfrentar o poder demoníaco e Pedro estava bandeando para o lado do demônio, por isso Jesus o chama de Satanás. Eles se dirigiam a Cafarnaum. Lá chegando, em casa, Jesus perguntou aos Doze o que estavam discutindo no caminho. Ficaram calados. Por que não deram uma resposta à pergunta de Jesus? Porque o assunto da discussão não era o mais nobre.Discutiam quem deles era o maior. Discutiam a precedência, a importância e o poder. Jesus sentou-se, chamou os Doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos, aquele que serve a todos!”. Jesus vai trabalhar com eles esse assunto e mostrar-lhes que o seu lugar, o lugar de Jesus, é o último e que eles também devem estar no último lugar e prestar serviço a todos. Tema difícil de ser compreendido e de ser aceito até os dias de hoje.A partir de agora o evangelista São Marcos colocará algumas situações humanas para que os apóstolos comecem a compreender que, entre eles e na comunidade cristã que está para surgir, ninguém é mais do que ninguém, somos todos filhos do mesmo Pai e irmãos em Jesus Cristo. Quem tem cargo e títulos os tem para prestar serviço aos outros. O Livro da Sabedoria mostra as ciladas que o inimigo põe como tropeço para o justo.O inimigo prova a paciência do justo com ofensas e torturas. São Tiago, por sua vez, mostra em sua Carta a Sabedoria em ação, denunciando as paixões que estão em conflito dentro de nós e nos levam à prática do mal uns contra os outros. Deixamo-nos levar pelo poder demoníaco em vez de combatê-lo. Vencerá, porém, a Sabedoria que vem do alto.Ouvindo as considerações de São Tiago, compreendemos a necessidade da cruz de Cristo para mudar corações de pedra em corações de carne, segundo a profecia de Ezequiel. Há muito que fazer para melhorar o aspecto do ser humano marcado por invejas, rivalidades, desordens e obras más. Quando se discute sobre a punição dos faltosos ou a prisão dos delinquentes, raramente se considera a causa geradora da delinquência e como trabalhar para atingi-la. Suprimida a causa, elimina-se o efeito.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/se-alguem-quiser-ser-o-primeiro-que-seja-o-ultimo-de-todos/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/-jesus-anuncia-pela-segunda-vez-sua-pascoa-22092024
Reflexão
É a segunda vez, em Marcos, que Jesus prediz sua paixão-morte-ressurreição. Os discípulos continuam sem entender o recado de Jesus, pois persistem com ideia falsa a respeito do Messias. Jesus lhes havia ensinado as condições para segui-lo. Os discípulos, porém, esquecidos ou desatentos, discutem entre si qual deles seria o chefe (no Reino). Não respondem à pergunta de Jesus (o que discutiam?), já que a conversa não era edificante (competição no grupo). Jesus não usa meios-termos: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servidor de todos”. Para reforçar seu ensinamento, serve-se da presença de uma criança, símbolo da simplicidade e da abertura de coração, virtudes que os discípulos precisam aprender e praticar. Condições básicas para ser discípulo na comunidade de Jesus.(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/22-domingo-6/
Reflexão
«O Filho do Homem vai ser entregue (...). Morto, porém, três dias depois ressuscitará»
Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho conta-nos que Jesus caminhava com os seus discípulos, evitando povoados, por uma grande planície. Para se conhecerem, não há nada melhor que caminhar e viajar em companhia. Surge então com facilidade a confidência. E a confidência é confiança. E a confiança é comunicar amor. O amor deslumbra e impressiona ao descobrirmos o mistério que se alberga no mais íntimo do coração humano. Com emoção, o Maestro fala aos seus discípulos do mistério que rói o seu interior. Umas vezes é ilusão, outras, ao pensá-lo, sente medo; a maioria das vezes sabe que não o entenderão. Mas eles são seus amigos, deve comunicar-lhes tudo o que recebeu do Pai e até agora assim o vem fazendo. Não o entendem, mas estão em sintonia com a emoção com que lhes fala, que é estima, prova de que eles contam com Ele, mesmo que seja pouca coisa, para conseguir que os seus projetos tenham êxito. Será entregue, o matarão, mas ressuscitará ao terceiro dia (cf. Mc 9,31).Morte e ressurreição. Para uns serão conceitos enigmáticos; para outros axiomas inaceitáveis. Ele veio revela-lo, a gritar que chegou a sorte gozosa para o gênero humano, apesar que para que assim seja terá Ele, o amigo, o irmão mais velho, o Filho do Pai, que passar por cruéis sofrimentos. Mas, oh triste paradoxo!: enquanto vive essa tragédia interior, eles discutem sobre quem subirá mais alto no pódio dos campeões, quando chegue o final da corrida para o seu Reino. Agimos nós de maneira diferente? Quem está livre de ambição que atire a primeira pedra.Jesus proclama novos valores. O importante não é triunfar, mas sim servir; assim o demonstrará no dia culminante do seu quefazer evangelizador, lavando-lhes os pés. A grandeza não está na erudição do sábio mas sim na ingenuidade da criança. «Ainda que soubesses de memória toda a Bíblia e as sentenças de todos os filósofos, de que te serviria tudo isso sem caridade e sem graça de Deus?» (Tomás de Kempis). Saudando o sábio satisfazemos a nossa vaidade, abraçando o menino abraçamos a Deus e dele nos contagiamos e nos divinizamos.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Sofremos os últimos tormentos e alegramo-nos por morrer, porque acreditamos que Deus nos ressuscitará pelo seu Cristo e nos tornará incorruptíveis, impassíveis e imortais» (S. Justino Martir)
- «Este ensinamento do Senhor [anúncio da sua Paixão] é sempre seguido pela resistência dos discípulos. Jesus corrige-nos: a subida para Deus realiza-se precisamente na descida do serviço humilde, na descida do amor» (Bento XVI)
- «(...) Para o cristão, reinar é servi-Lo´, em especial
nos pobres e nos que sofrem´, nos quais a Igreja reconhece a imagem do seu Fundador pobre e sofredor´ (Concilio Vaticano II). O povo de Deus realiza a sua
dignidade real´ na medida em que viver de acordo com esta vocação de servir com Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 786)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-09-22
Reflexão
Jesus, o “Servo de Deus”, anuncia sua paixão
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, chegamos ao segundo dos três pré-anúncios da paixão que distinguem a subida de Jesus até Jerusalém. A este ensino do Senhor, sempre!, segue a resistência dos discípulos. Jesus os (nos) corrige: a ascensão a Deus se produz precisamente no descenso do serviço humilde, no descenso do amor.Deus mesmo, em Jesus Cristo, manifesta-se nesse descenso: não fez alarde de sua condição divina, senão que, despojando-se de seu rango, tomou a condição de escravo, até se submeter à “morte de cruz” (cf. Flp 2,6-9). Os anúncios da paixão acham sua culminação na explicação que segue ao último deles: "Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45).—Jesus é o “servo" de Deus que padece e morre, tal como o profeta Isaías tinha previsto nos seus cantos. “Servir” é a verdadeira forma de reinar e, nos deixa pressentir algo de como Deus é “Senhor”.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-09-22
Comentário sobre o Evangelho
Jesus diz-nos: «Quem receber uma criança como esta em meu nome, a mim recebe.»
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Hoje, Jesus Cristo anuncia, pela primeira vez, a sua paixão, morte e ressurreição. Será que os discípulos perceberam? Parece que não! Depois da crucifixão não esperavam a ressurreição de Jesus. Não tinham entendido! E o Senhor tinha-o repetido várias vezes.- Como é que não “percebemos” o que Deus nos diz? Porque andamos distraídos fazendo cálculos e discutindo quem é o maior, o mais importante, o mais…https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-09-22
HOMILIA
ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA
A Palavra vem claramente fazer-nos um convite; melhor ainda: ensinar-nos a fazer uma escolha entre a “sabedoria do mundo” e a “sabedoria divina”. Escolher a “sabedoria divina” é caminhar em direção à vida em plenitude, que Cristo veio trazer para toda a humanidade.Jesus está ao lado dos discípulos e os ajuda a compreender o que devem escolher para a vida. Porém, eles precisam escolher, pois Jesus não os obriga a isso. Por sua vez, os discípulos, ao estarem juntos com Jesus, indicam certa disponibilidade para o seguimento dele. Ainda não estão maduros o suficiente, mas vão crescer na missão que o Senhor lhes confiará.O Evangelho vai nos mostrar bem a realidade ou o confronto dos discípulos com a realidade da “sabedoria do mundo” e a “sabedoria divina”. Jesus abraça o projeto do Pai. Aquelas tentações que Jesus sofreu no deserto ressaltavam exatamente a “sabedoria do mundo”. Ele deu sua resposta decisiva a cada uma das propostas feitas pelo diabo. O mal, a má intenção, sabem conduzir não para a liberdade, mas para a escravização ou dominação. Não está a favor da vida jamais! Jesus sabe que o projeto do Pai é vida em abundância, é liberdade, é realização.Depois de Jesus anunciar sua paixão, explicando aos discípulos como tudo se sucederia, eles pareciam querer outra coisa; ainda não estavam maduros no seguimento. Queriam ver quem era o mais importante, que lugar ocupariam entre eles. São essas ilusões que persistem entre nós também! Mas Jesus, percebendo tal intento, vem perguntar-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?” E dá-lhes o sublime exemplo: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”. E ainda colocou entre eles a criança para dizer-lhes que é preciso acolher os humildes e pequenos.Esse mesmo sentimento de Cristo vale e muito para nossos dias. O desejo de ocupar o primeiro posto nunca gerou paz em lugar nenhum, nem na sociedade, nem na Igreja. Querer isso é andar na contramão do Reino de Deus. Portanto, não dispor-se sinceramente para acolher os pobres, os simples, os humildes, ficará mais fácil dispor-se para buscar o poder, a distinção e outras coisas mais. A grandeza está na autenticidade da vida, na generosidade e gratuidade a favor do Reino, como fez Jesus.A humildade, a simplicidade, o acolhimento, a generosidade são universais, pois cabem em qualquer realidade da vida, do palácio ao casebre, no campo ou na cidade. Jesus tinha razão!Redação “Deus Conosco”https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=22%2F09%2F2024&leitura=homilia
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