terça-feira, 17 de setembro de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 17/09/2024

ANO B


Lc 7,11-17

Comentário do Evangelho

Os gestos de Jesus

Jesus dirige-se a Naim, com os discípulos e uma grande multidão. Quando chegam à porta da cidade cercada com muralhas, por coincidência encontram uma outra grande multidão que saía, acompanhando uma viúva, carregando seu filho morto para o enterro. Era o filho único de uma viúva, o que torna o fato mais dramático. Jesus, comovido, se faz próximo daquela viúva.
Nos detalhes, Lucas associa Jesus ao profeta Elias que, em cena bem semelhante, ressuscitara o filho de uma viúva em Sarepta. Contudo, com o dom da vida eterna, Jesus supera o taumaturgo Elias. O "levantar-se" é a superação da morte. Depois de colocado no túmulo, Jesus "levantou-se", em todas as narrativas dos evangelistas. O "levantar-se" de Jesus é traduzido por "ressuscitar".
Os gestos de Jesus encontram seu pleno sentido à luz de sua palavra. Ele veio para "levantar" a todos, libertando de toda escravidão e de toda humilhação, dando novo sentido à vida, na solidariedade fraterna e na comunhão com Deus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.
Fonte: Paulinas em 18/09/2012

Comentário do Evangelho

Jesus se revela como o Senhor da vida.

Temos repetido várias vezes que Jesus é um Messias itinerante, passa pelas casas, vai de povoado em povoado, de uma região para a outra anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus e curando muitas pessoas de seus males (Mc 1,35-39). Naim é um pequeno vilarejo situado entre Cafarnaum e Samaria. Para lá Jesus vai acompanhado dos seus discípulos e numerosa multidão. Às portas da cidade, Jesus e o grupo que o acompanha se encontra com outro grupo que está saindo da cidade. Difícil não traçar um paralelo entre os dois grupos, que caminham em direções opostas: um está entrando na cidade e o outro, saindo; um segue Jesus, homem poderoso em palavras e gestos, o outro segue o féretro de um menino morto; um entusiasmado e atraído pela pessoa de Jesus, o outro, profundamente comovido e entristecido pela perda do menino, filho único de uma mãe viúva. Ao encontrarem-se na porta da cidade, Jesus é tomado de compaixão pela mãe do menino morto. Não é do menino que Jesus se compadece, mas da mãe que sofre a perda do seu filho único. Jesus se revela como o Senhor da vida. Mas o retorno à vida não é o objetivo da iniciativa de Jesus, e sim a consolação da mãe que chora.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.
Fonte: Paulinas em 16/09/2014

Vivendo a Palavra

Movido pela compaixão, o Mestre se adianta e age. Não espera que a sofrida mãe lhe peça o improvável milagre. Aprendamos com Jesus a tomar a iniciativa, sempre gratuita e espontânea, quando se apresentar a oportunidade de fazer o bem ao nosso próximo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/09/2012

VIVENDO A PALAVRA

Movido pela compaixão, o Mestre se adianta e age. Não espera que a sofrida mãe lhe peça o improvável milagre. Aprendamos com Jesus a tomar a iniciativa, sempre gratuita e espontânea, quando se apresentar a oportunidade de fazer o bem ao nosso próximo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/09/2018

Reflexão

Os milagres que Jesus realiza não possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade maior. Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas: primeiro: o nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre a morte; segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e isso nos mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é a solidariedade com os mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que Deus veio visitar o seu povo, ser solidário com ele, e esta notícia precisa ser espalhada para todos os homens a fim de que todos possam perceber a presença amorosa de Deus em suas vidas.
Fonte: CNBB em 18/09/201216/09/2014 13/09/2016

Reflexão

Situação dramática. A viúva, já sem marido, perde o filho único. Sem família e sem segurança econômica. A caminho do cemitério, encontra-se com Jesus que, ao ver a comovente cena, “encheu-se de compaixão”. A viúva, afogada pelos soluços e lágrimas, nada pede a Jesus. É ele quem toma a iniciativa e, para atenuar sua dor, diz a ela: “Não chore”, e ao morto: “Jovem, eu lhe ordeno, levante-se”. A palavra poderosa de Jesus restitui a vida ao adolescente e lhe restitui também a palavra: “começou a falar”. Maravilhado, o povo exclama: “Um grande profeta apareceu entre nós. Deus visitou o seu povo”. A salvação é dom de Deus. Em Jesus, vencedor da morte, revela-se a presença bondosa e libertadora de Deus no meio do povo.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 18/09/2018

Reflexão

Situação dramática. A viúva, já sem marido, perde o filho único. Sem família e sem segurança econômica. A caminho do cemitério, encontra-se com Jesus que, ao ver a comovente cena, “encheu-se de compaixão”. A viúva, afogada pelos soluços e lágrimas, nada pede a Jesus. É ele quem toma a iniciativa e, para atenuar sua dor, diz a ela: “Não chore”, e ao morto: “Jovem, eu lhe ordeno, levante-se”. A palavra poderosa de Jesus restitui a vida ao adolescente e lhe restitui também a palavra: “começou a falar”. Maravilhado, o povo exclama: “Um grande profeta apareceu entre nós. Deus visitou o seu povo”. Ao ressuscitar o filho da viúva de Naim, Jesus manifesta a presença de Deus na vida dos mais sofredores. A comunidade, inspirada nele, também é portadora da vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 13/09/2022

Recadinho

Já viveu a experiência de ter que dizer a alguém que recobre ânimo, que se levante? - Você consegue ver desafios nas dificuldades e barreiras da vida? - Busca forças em Deus? - Você pode dizer que serve de apoio aos que, a seu lado, estão caindo? - Consegue manter o ânimo? - Sabe fazer-se presente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário Nacional em 16/09/2014

Meditando o evangelho

O GRANDE PROFETA

A ressurreição do filho da viúva de Naim revelou a identidade profética de Jesus. Tomados de espanto diante do milagre, os presentes glorificavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou seu povo".
Na tradição religiosa popular, esperava-se a volta do profeta Elias, no final dos tempos. Este fora o grande profeta do passado que combateu, exemplarmente, pela pureza da fé. Entre seus feitos gloriosos está a ressurreição do filho único de uma viúva da cidade de Sarepta. No final de sua vida, o profeta foi elevado aos céus. Por este motivo, acreditava-se que haveria de voltar, quando a História chegasse ao fim.
O milagre de Jesus levou o povo a fazer a ligação entre ele e o profeta Elias. Portanto, o fim estava chegando, e Deus ia manifestando sua misericórdia para com a humanidade.
Contudo, o povo era ainda incapaz de perceber a diferença entre Jesus e Elias. Aquele era o Filho, enviado pelo Pai, com a missão de fazer a misericórdia divina beneficiar toda a humanidade. Não antecipava a vinda de alguém maior. Sua pessoa era a maneira mais plena pela qual o Pai podia manifestar o seu amor e visitar o seu povo.
A ressurreição do menino foi o sinal de como a morte e a tristeza estavam sendo superadas por meio da ação do Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito que manifestas o amor de Deus, que a contemplação dos milagres de Jesus ajude-me a compreender o quanto o Pai nos ama e nos mostra a sua misericórdia.
Fonte: Dom Total em 13/09/2016

Meditando o evangelho

MOVIDO DE COMPAIXÃO

Jesus era altamente sensível ao sofrimento humano. Não lhe passava despercebida nenhuma só situação de dor e angústia. Sua sensibilidade era ainda mais aguçada quando se tratava de pessoas cuja condição social as tornava vulneráveis, vítimas da exploração e da marginalização.
Todo o seu ministério foi pontilhado de experiências de compaixão. O episódio às portas da cidadezinha de Naim é um bom exemplo disto. Aí ele se deparou com uma cena dramática: o enterro do filho único de uma viúva. A situação daquela mulher era de total desamparo: viúva e sem outros filhos para ampará-la. Via-se abandonada à própria sorte. Seu futuro, pois, era incerto.
Sem esperar ser solicitado, Jesus tomou a iniciativa de devolver a esperança ao coração daquela mulher, pois teve compaixão dela. Não se limitou, porém, a simples palavras de consolação. Ressuscitou-lhe o filho que era levado para a sepultura.
Assim, ela, bem como seu filho, passaram por um processo de revivificação. Marcada pela morte do esposo e do filho único, sem dúvida, ela já não tinha mais motivos para viver. Sua vida teria sido uma contínua espera da morte. O gesto misericordioso de Jesus reacendeu-lhe a chama da vida. Valia a pena continuar viver!
Fonte: Dom Total em 16/09/2014, 18/09/2018 e 13/09/2022

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
Fonte: Dom Total em 16/09/2014 18/09/2018

Oração
Ó Deus, que em são Cornélio e são Cipriano destes ao vosso povo pastores dedicados e mártires invencíveis, fortificai, por suas preces, nossa fé e coragem, para que possamos trabalhar incansavelmente pela unidade da Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 16/09/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O SENHOR DA VIDA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Jesus não ressuscitou muita gente naquele tempo, os evangelhos mencionam apenas três: Lázaro de Bethânia, irmão de Marta e Maria, a filhinha de Jairo, Chefe da Sinagoga, e o filho da viúva de Naim, que Lucas narra no evangelho de hoje.
Conclui-se, portanto, que não era propósito de Jesus libertar e salvar os homens da morte biológica, pois se fosse assim, sua missão teria sido um fracasso já que ressuscitou apenas esses três e nem José, seu pai adotivo, ele teria conseguido livrar da morte. Há ainda outra questão importante a ser considerada: que vantagem teria se ressuscitar fosse apenas retornar a esta vida, com todas as suas limitações e aprendizado, suas angústias e tribulações? Por acaso não iríamos morrer novamente, como o próprio Lázaro, a filha de Jairo e o moço que Jesus ressuscita nesse evangelho? Não, não valeria a pena, com toda certeza!
Essa vida nova que Cristo nos dá, através de sua paixão, morte e ressurreição, é infinitamente melhor e superior a esta existência terrena, a ponto do apóstolo Paulo afirmar em uma de suas cartas “os sofrimentos do tempo presente nem se comparam àquilo que Deus irá nos revelar”, ou ainda “o que vemos hoje é como se fosse em um espelho, mas depois nos veremos como de fato o somos”.
A chave que decifra esse mistério da Vida e da morte está precisamente em Cristo, nele o Pai não só se revela, mas revela também quem é o homem. A graça de Deus que em Cristo recebemos nos faz criaturas novas onde o mistério é iluminado pela luz da Fé.
Essa grande e feliz Verdade chegou até nós por causa do evangelho, anunciado pelo próprio Cristo – filho de Deus feito homem, que ao trazer-nos a Boa Nova permitiu-nos conhecer a Deus, descobrindo o sentido da nossa vida na Vida de Cristo, onde todos os limites humanos foram superados, ao dar-nos acesso a Deus, rompendo para sempre a barreira do pecado.
Sem este anúncio e esta graça, a nossa esperança por uma Vida Nova, seria vã, não passaria de uma grande utopia, uma fantasia e ilusão que um belo dia chegaria ao seu final, mas o homem que vive pela fé, a comunhão com Cristo, sabe em seu coração que não caminha para o fracasso da morte e esta esperança viva é que dá a esta vida terrena um sentido novo.
Portanto, nossa Vida está em Cristo porque nele nos movemos e somos, sem ele, nossa caminhada terrena não passa de um cortejo fúnebre, onde somos como um morto vivo, caminhando para a ruína da morte biológica, para ser devorado pela terra.
A vida do homem que tomou a decisão de viver sem Deus, ignorando esta Salvação e Libertação oferecida por Jesus, é muito triste, porque ele se ilude com toda pompa que esta vida oferece, satisfazendo seus desejos egoístas, colocando toda sua esperança nas coisas que passam, e no final, descobre que foi enganado, quando percebe que caminha para a morte. Mas nunca é tarde para reverter esse quadro doloroso, pois, para quem caminha assim, como se fosse um corpo sem vida, irradiando tristeza e dor aos que o acompanham, o evangelho desse domingo anuncia algo maravilhoso: no sentido contrário, vem chegando Cristo Jesus, Senhor da Vida, aquele que movido de compaixão, como na entrada da cidade de Naim, irá dizer a viúva e aos que a seguiam no enterro de seu filho: não chores!
Hoje há tantas mães caminhando tristes, levando seus filhos para a sepultura, há tanta gente caminhando cabisbaixa, sem uma perspectiva de vida e sem esperança no coração. Não chores mais – diz o Senhor, que ao tocar no esquife, que são as misérias do homem, dirá com firmeza “Moço, eu te ordeno, levanta-te!”.
E diante de sua palavra libertadora e restauradora, o homem renasce e se torna uma nova criatura, só Cristo é a nossa vida, só ele tem a palavra de ordem, capaz de nos levantar de todos os nossos pecados que querem nos arrastar inexoravelmente para a morte. Longe de Deus e da sua Salvação oferecida por Jesus, iremos fatalmente morrer, mas com ele teremos a Vida Eterna, que extrapola os nossos limites e nos reconduz ao paraíso da plenitude, resgatando a nossa imagem e semelhança com que fomos criados por Deus.
É missão nossa como Igreja anunciar a toda criatura esta vida que vem de Jesus, mas isso só será possível se como ele, tivermos no coração essa compaixão, que nos leve a sofrer e chorar com quem sofre e chora, onde um sorriso, um abraço, uma palavra de consolo ou um gesto de caridade, sempre feito em nome de Jesus, terá a mesma força de sua palavra libertadora, capaz de levantar quem se julga morto. O cristão, como qualquer ser humano, também pranteia seus mortos, mas a diferença está naquilo que ele espera: a plenitude da Vida, reservada aos que creem que esta vida é uma peregrinação para a casa do Pai, predestinados que fomos desde toda a eternidade.
Fonte: NPD Brasil em 18/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Ser um sinal da compaixão de Jesus perante o sofrimento humano

Postado por: homilia
setembro 18th, 2012

O texto de hoje é caraterizado pela compaixão. Pois tudo nasce de um sentimento espontâneo do Senhor como homem, mas também como o Senhor da vida. Não é pedido, não exige a fé, é o Senhor que tem compaixão dos órfãos e é o que faz justiça às viúvas. E, de repente, Jesus levanta a voz para a viúva e diz: “Não chores!”
O Autor da vida usa o verbo no presente do imperativo para dizer que aquela mãe deve parar de chorar, uma vez que não existirá mais motivo para esse lamento e dor. Quem tem Jesus deixa de sofrer a morte. E os sofrimentos do tempo presente não têm nada a ver com a glória que se há de revelar no final dos tempos “quando tudo se consumar em todos”, dirá São Paulo. Portanto, trata-se de uma palavra de consolação, que prepara uma intervenção, que evitará a causa do pranto.
“E então tendo-se adiantado, tocou o caixão. Os portadores, param e Ele diz: ‘Jovem, a ti digo: levanta-te’. E ergueu-se o morto e começou a falar e Jesus o entregou à sua mãe”.
A ordem de Jesus é imperiosa e contundente. O verbo é imperativo passivo, que podemos traduzir por impessoal ou reflexivo. Jesus era Senhor dos mortos e estes lhe obedecem assim como as forças da natureza. “Quem é este a quem os ventos e o mar obedecem?” O morto ergueu-se e começou a falar. O alento da vida se expressa de novo por meio da fala.
Jesus tomou o jovem pela mão e o levou até a mãe que não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. No ato há uma reminiscência da atitude de Elias quando, ressuscitado o filho, desceu até o andar térreo para entregá-lo à sua mãe viúva. Além de ser o Senhor da vida, Jesus atua como uma cópia de Elias, o antigo profeta, restaurador do verdadeiro culto divino a Javé entre os israelitas. Por isso, a exclamação dos presentes: “Um grande profeta há surgido! Deus visitou o seu povo!” E a fama de Jesus se espalhava por toda a parte.
Num mundo como o atual, em que a ausência do Deus criador, entrega ao homem o direito de sua vida e até a faculdade sobre outras vidas sob seu domínio, como no caso dos fetos maternos, é bom refletir sobre este milagre de Jesus. A vida depende de quem a pode dar, não de quem a quer tirar. Destruir é fácil; porém, isso não implica direito, mas força; justiça, mas violência. O verdadeiro poder tem como base a construção e o bem, a saúde e a cura. O médico cura, o criminoso mata: aí está a diferença.
Jamais Jesus destruiu um inimigo ou ameaçou um rival: Quem soube recriminar discípulos que queriam botar fogo sobre os que não queriam hospedá-los (Lc 9,54), chorou sobre Jerusalém, prevendo sua destruição (Lc 19,41) e advertiu as mulheres que o compadeciam da sina fatal de seus filhos (Lc 23,28), sempre usou seu poder e sua autoridade para fazer o bem (At 10,38)? Quem usou Sua autoridade moral para pedir perdão para os inimigos e fazer o bem aos Seus perseguidores (Lc 6, 27)? Deriva-se desta conduta uma Teologia que tem como base a revolução e a luta pela justiça, que considera inimigos e opressores os mais favorecidos e oprimidos e com direito à retaliação os mais desprotegidos?
No episódio de hoje, vemos como Jesus atua sem ser pedido, unicamente pela Sua compaixão, como ser humano. Ter piedade dos que sofrem é um exercício aprovado pela atuação de Jesus até tal ponto que opera um milagre com poderes fora do comum. Oxalá esta seja a nossa atitude perante os nossos irmãos!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 18/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Que o poder de Jesus alcance os nossos jovens

O nosso Mestre tem poder para ressuscitar, levantar, libertar e para tirar das garras do maligno, das drogas, dos vícios, do mal e da rebeldia os nossos jovens.

Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” (Lucas 7, 14)

O Mestre Jesus hoje olha para essa pobre mãe, viúva, que tem um único filho, que está ali morto, já no caixão e isso provoca uma profunda comoção no coração do Senhor. Ele olha para o sofrimento daquela mãe e é movido por uma grande, uma verdadeira compaixão no Seu coração e diz: “Mulher, não chores!”.
O que Jesus está dizendo, hoje, para essa viúva de Naim é o que Ele gostaria de dizer para cada mãe que sofre a dor, a perda, a solidão, a distância e a incompreensão dos seus filhos; mães que gostariam de ter sempre por perto os seus filhos. Quantas mães sofrem, quantas deram tudo de si para os seus e não foram compreendidas! É muito doloroso para uma mãe ver o seu filho num caixão, ver aquele que ela deu a vida morrer por essa ou por aquela situação. Como dói para uma mãe perder o filho para o álcool, para as drogas, para o mundo, para a prostituição; perder o filho para as aventuras deste mundo!
Deixe, mãe, permita, mãe querida, que Jesus console o seu coração. O que Ele disse para aquela viúva Ele diz a você também: não chore, não perca a confiança, a esperança! Eu estou contigo no seu sofrimento e na sua aflição.
E qual a situação que se encontra seu filho? Qual o desespero em que se encontra seu filho? Por mais longe que ele esteja, por mais morto que ele pareça, por mais difícil que possa ser a situação dele, confie, mãe, entregue-o aos cuidados de Jesus. Aquilo que o Mestre disse para o filho daquela viúva de Naim no caixão, diz ao nossos jovens: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!”.
O nosso Mestre tem poder para ressuscitar, levantar, libertar e para tirar das garras do maligno, das drogas, dos vícios, do mal e da rebeldia os nossos jovens. Oremos para que a graça de Deus, o poder d’Ele os liberte do poço em que se encontram, seja no fundo, seja na borda ou caindo neste poço. Que o poder de Jesus alcance os nossos jovens! Oremos hoje pelas nossas mães para que sejam consoladas e amparadas por Deus, mas também rezemos pelos nossos jovens para que não sejam causa de desgosto para seus pais.
Deus abençoe você!

HOMILIA DIÁRIA

Levemos consolo para a dor do próximo

Precisamos ter um coração como o de Jesus, que se compadece, ama e alivia a dor do próximo

“Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: ‘Não chores!’.” (Lucas 7, 13)

A situação dessa mulher do Evangelho de hoje é muito triste! Primeiro, porque ela é viúva, tem um único filho e este está morto. Imagine a tristeza do coração dela! Imagine como ela está arrasada, humilhada e sofrida por tantas circunstâncias que está vivendo.
Jesus, o Senhor da vida, move-se de compaixão por essa mulher, aproxima-se dela, do seu sofrimento, da sua dor, humilhação e lágrimas para lhe dizer: “Mulher, não chores!”.
Sabe, meus irmãos, é admirável a sensibilidade humana de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Ele não olha para ninguém com desdém nem despreza o sofrimento das pessoas. Ao contrário, Ele se move de paixão, move-se com todo o sentimento de Sua alma e de Seu coração pelo sofrimento humano.
Quantos sofrimentos já passamos nesta vida! Quantos situações dolorosas nós passamos em tantas circunstâncias que vivemos! Pensamos ou ainda concluímos que Deus se esqueceu e está longe de nós, que não se compadece de nós.
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo está do lado de quem sofre, de quem chora e é humilhado, de quem realmente solta as lágrimas na vida. É Ele quem vem em nosso socorro, em nosso auxílio, porque Ele é o bálsamo para a nossa alegria e para os nossos sofrimentos.
Por maior que seja o sofrimento que você tenha vivido ou que esteja vivendo, ou se em alguma circunstância da vida o sofrimento bateu à porta do seu coração, você não está sozinho! Você não está sozinho, meu filho! O Senhor está com você! Ele está ao seu lado, move-se de compaixão para com aquilo que você sofre.
Outra coisa é importante: não podemos perder a sensibilidade pelo sofrimento do outro, pela dor do outro. Não podemos deixar de ter compaixão por aquilo que os outros estão sofrendo. Precisamos assumir, em nosso coração, os sentimos de Cristo Jesus.
O mais importante, aqui no Evangelho, não é a cura nem o jovem que é levantado, mas é Jesus acolhendo essa mãe, compadecendo-se da dor e do sofrimento dessa alma, desse coração.
Há muitas pessoas sofrendo ao nosso lado, muitos vivendo amarguras profundas em seu coração. Você não é a pessoa mais sofrida da face da Terra! Lembre-se de que, se você tem essa ou aquela dor, existem tantas pessoas ao seu lado, na sua frente ou atrás de você com o sofrimento dez vezes ou cem vezes mais dolorosos que o seu, e essas pessoas, muitas vezes, estão consolando outros que estão sofrendo.
Precisamos consolar uns aos outros, ajudar no sofrimento, na dor, ter compaixão uns dos outros! Não podemos viver, simplesmente, a religião que se importa somente com si mesmo, com seus problemas.
A religião liga-nos ao Deus que tem compaixão, que vai, com todo o coração, no sofrimento do outro.
Precisamos ter um coração como o de Jesus, que se compadece e ama o sofredor, que ajuda a cuidar, aliviar, a tirar da morte aqueles que estão, muitas vezes, mortos devido ao tamanha da dor e do sofrimento.
Deus é nosso consolo e precisamos ser consolo uns para com os outros!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é o consolo de nossas mães

As mães sofrem, porque investem amor e dedicação para cuidar dos filhos, mas, muitas vezes, a resposta destes é a ingratidão

“Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: ‘Não chores!’.” (Lucas 7,11-12)

Estamos contemplando uma das cenas mais duras da vida de alguém: uma mãe que está indo enterrar seu único filho. Essa mãe, que já tem uma dor profunda na sua alma pelo fato de ser viúva, agora tem uma dor que não tem nome: a dor de enterrar um filho. Talvez fiquemos olhando a expectativa do milagre da ressurreição, mas a grande graça que encontramos, aqui, é o Mestre, que sente profunda compaixão por essa mãe e a consola dizendo: “Não chores!”.
Quando olho para este Evangelho, olho para o coração de tantas mães que choram por diversas situações, dores e realidades que enfrentam nesta vida. São mães que choram por seus filhos ausentes e sem juízo, mães que choram com a preocupação de criar filhos nos dias de hoje, porque o mundo não está fácil para ninguém.
Digo com toda a convicção do meu coração: não há tarefa mais bela, no mundo, do que ser mãe. Mas também não há tarefa mais árdua, mais difícil e exigente do que ser mãe nos dias de hoje!
Assim como este filho da viúva teve a sua vida ceifada tão jovem, estão também, hoje, roubando a vida dos nossos filhos. Roubam para matar, para destruir; e quando não matam fisicamente os nossos jovens, matam seus valores, roubam sua dignidade e imprimem na alma deles os contra valores. São as mães as que mais sofrem! Elas sofrem com seus filhos rebeldes, com seus filhos que não se comunicam com aquilo que há no coração.
As mães sofrem, porque não sabem o que será desses meninos. Elas sofrem, porque investem amor e dedicação para cuidar deles, mas, muitas vezes, a resposta dos filhos é a ingratidão, a indiferença e o pouco-caso.
Hoje, olhamos para esta mãe do Evangelho e para todas as mães que choram e estão aflitas, agoniadas, sozinhas e abandonadas. Jesus é o consolo de nossas mães, e nós precisamos ser consolo para todas elas.
Quem é filho, dê tudo de si para ser o melhor filho, desdobre-se para amar e consolar. Procure consolar tantas mulheres que sofrem sozinhas a dor de ser mãe.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 18/09/2018

HOMILIA DIÁRIA

Tenha compaixão dos mais necessitados

“Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: ‘Não chores!’” (Lucas 7,12-13)

Meus irmãos, acompanhávamos, ontem, o Senhor que estava em Cafarnaum e, hoje, o Senhor está em Naim; — essa viúva era de Naim; fiz um breve cálculo, uma pesquisa, e de Cafarnaum a Naim é cerca de 52 quilômetros; de carro é rapidinho, cerca de uma hora, mas a pé são 10 horas. Jesus estava em Cafarnaum e foi à Naim para dizer o seguinte: que Nosso Senhor vai até àqueles que mais necessitavam.
Não sei a quanto tempo de distância Nosso Senhor está de você; Ele já pode estar aí com você, mas Ele percorreu caminhos e mais caminhos para alcançar aos pagãos e aqueles que acreditavam e aqueles que não acreditavam, e esses são alvos da misericórdia do Senhor. O Senhor tem compaixão por eles. E aqui nós escutamos: “o Senhor teve compaixão daquela viúva”.
Minha gente, com o perdão da palavra, a vida dela, de fato, era sem graça, era uma vida desgraçada. Por que? Porque era viúva, então, não podia contar com o marido, tinha um único filho e o seu filho estava morto. Como ela faria para sobreviver? Possivelmente, teria de se prostituir.

Tenhamos compaixão dos necessitados, é assim que Nosso Senhor age conosco

Está vendo? O Senhor teve compaixão daquela mulher, devolveu a ela a dignidade: “Olha, você não vai se perder porque vou salvar o teu filho, vou lhe dar a dignidade”. Nosso Senhor devolveu a dignidade àquela mulher, teve compaixão daquela mulher e ressuscitou o seu filho.
É interessante as atitudes que Nosso Senhor teve: o Senhor teve, então, compaixão; Ele se aproximou daquela mulher, daquele cortejo fúnebre e agiu, Ele tocou no caixão.
Meus irmãos, são atitudes que o Senhor tem para conosco e que nós também devemos ter para com os nossos. Tenhamos compaixão dos necessitados, vamos nos aproximar dos necessitados, é assim que Nosso Senhor age conosco; e vamos também tocar, envolver-nos com estes que necessitam. Foi isso que Nosso Senhor fez.
Desejo, hoje, que o Senhor alcance você que se encontra assim, como essa viúva desesperada e sem fé. Creia! Nosso Senhor se aproxima de você e Ele tem compaixão de você, Ele se aproxima e também toca o seu coração. Creia e acolha!
E, da mesma forma que Jesus agiu conosco, vamos também agir com os nossos, tenhamos compaixão também dos nossos irmãos, aproximemo-nos dos nossos irmãos e nos envolvamos. Vamos tocar, vamos agir e ajudar esses irmãos desesperados.
O Senhor veio ao encontro, teve compaixão de nós. Sejamos também compassivos com os nossos.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/09/2022

Oração Final
Pai Santo, faze-nos atentos e cuidadosos com os nossos companheiros peregrinos. Que estejamos sempre prontos para acudi-los em suas necessidades e o façamos com alegria e movidos apenas pelo espírito do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/09/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos atentos e cuidadosos com os nossos companheiros peregrinos. Que estejamos sempre prontos para acudi-los em suas necessidades e o façamos com alegria e movidos apenas pelo espírito generoso do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/09/2018

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