ANO A


15 de Setembro de 2014
Lc 2,33-35 Ou Jo 19,25-27
Comentário do Evangelho

16 de Setembro de 2014
Lc 7,11-17
Comentário do Evangelho


15 de Setembro de 2014
Lc 2,33-35 Ou Jo 19,25-27
Comentário do Evangelho
O
Cristo Jesus é a luz que ilumina todos os povos.
Trecho dos relatos da
infância, o nosso texto de hoje é parte de uma unidade literária mais ampla do
que os poucos versículos que nos são oferecidos para a liturgia da palavra da
festa de Nossa Senhora das Dores; devoção que remete o fiel à paixão e morte de
Jesus. O episódio narrado pelo evangelho de hoje se situa no Templo de
Jerusalém, no contexto da apresentação do menino Jesus ao Senhor. Quem toma a
palavra neste breve relato é o velho Simeão, símbolo do Antigo Testamento, que,
depois de um longo período de espera, vê a promessa de Deus se realizar. Essa
nos parece ser a intenção do evangelista ao fazer com que Maria e José, tendo
Jesus nos braços, se encontrem com Simeão e, depois, com a profetiza Ana, cujo
nome é o mesmo da mãe de Samuel (1Sm 1,19-20). Se a cada noite a Igreja canta o
nunc dimitis, é para proclamar diariamente a realidade da salvação oferecida
indistintamente a toda a humanidade. O Cristo Jesus é a luz que ilumina todos
os povos. As palavras de Simeão a Maria são a antecipação narrativa da paixão e
morte de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
a prática do amor e da justiça revele tua ação no íntimo do meu coração,
transformando-me em instrumento de tua misericórdia, que eleva a humanidade
decaída.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A presença de Maria
junto ao seu Filho no momento do seu suplício mostra para nós a realização da
profecia de Simeão: “E quanto a ti, uma espada de dor transpassará a tua alma”.
Esta presença também nos mostra a necessidade da nossa presença e da nossa solidariedade
junto a todos os que sofrem e que esta presença deve ser muito mais do que
estar ao lado fazendo alguma coisa. Ela deve ser também a presença solidária de
quem sofre junto, porque temos os mesmos valores, comungamos as mesmas idéias e
lutamos pela realização plena dos mesmos projetos.
FONTE: CNBB
Recadinho
Que lugar ocupa em sua
vida a devoção a Nossa Senhora? - Você também se preocupa em levar a salvação
aos seus irmãos? - Você pode dizer que até agora procurou sempre viver de
acordo com a vontade de Deus? - Em meio às suas dores, procura espelhar-se na
vida de Maria? - Procura preparar-se bem para enfrentar a realidade da morte?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
Às várias
características próprias do Evangelho de João junta-se esta: ele é o único que
menciona a presença da mãe de Jesus e de discípulos junto à cruz. Nos
sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, as mulheres permanecem a distância,
observando. A mãe de Jesus é mencionada apenas duas vezes neste Evangelho: no
início do seu ministério, nas bodas de Caná e, agora, no momento de sua
crucifixão. Nas duas vezes é destacada a proximidade entre Jesus e sua mãe. Nas
bodas, quando ainda não era chegada a hora de Jesus, a mãe representa o
antigo Israel fiel, particularmente os samaritanos, que busca o socorro de
Jesus e reconhece que deve ser feito tudo o que ele disser. Agora é a sua hora.
É a hora da glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai,
até a morte, tendo, porém, garantida a continuidade de sua missão nas
comunidades. Em pé, junto à cruz, destacam-se sua mãe, Maria Madalena e o
discípulo que Jesus amava. Maria Madalena, procurando por Jesus no horto, em
uma alusão ao Cântico dos Cânticos, representa a comunidade como esposa do
Ressuscitado. O discípulo amado simboliza a comunidade que continuará a missão
de Jesus. A mãe, o Israel fiel, encontrará sua identidade inserindo-se
nestas comunidades.
Oração
Senhor
Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos sofrimentos do meu próximo, e
ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus,
quando o vosso filho foi exaltado, quisestes que sua mãe estivesse de pé, junto
à cruz, sofrendo com ele. Dai à vossa Igreja, unida a Maria na paixão de
Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na
unidade do Espírito Santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

16 de Setembro de 2014
Lc 7,11-17
Comentário do Evangelho
Jesus
se revela como o Senhor da vida.
Temos repetido várias vezes que
Jesus é um Messias itinerante, passa pelas casas, vai de povoado em povoado, de
uma região para a outra anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus e curando muitas
pessoas de seus males (Mc 1,35-39). Naim é um pequeno vilarejo situado entre
Cafarnaum e Samaria. Para lá Jesus vai acompanhado dos seus discípulos e
numerosa multidão. Às portas da cidade, Jesus e o grupo que o acompanha se
encontra com outro grupo que está saindo da cidade. Difícil não traçar um
paralelo entre os dois grupos, que caminham em direções opostas: um está
entrando na cidade e o outro, saindo; um segue Jesus, homem poderoso em
palavras e gestos, o outro segue o féretro de um menino morto; um entusiasmado
e atraído pela pessoa de Jesus, o outro, profundamente comovido e entristecido
pela perda do menino, filho único de uma mãe viúva. Ao encontrarem-se na porta
da cidade, Jesus é tomado de compaixão pela mãe do menino morto. Não é do
menino que Jesus se compadece, mas da mãe que sofre a perda do seu filho único.
Jesus se revela como o Senhor da vida. Mas o retorno à vida não é o objetivo da
iniciativa de Jesus, e sim a consolação da mãe que chora.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho.
Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Os milagres que
Jesus realiza não possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma
realidade maior. Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas
coisas: primeiro: o nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem
poder sobre a morte; segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os
que sofrem, e isso nos mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é
a solidariedade com os mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que
Deus veio visitar o seu povo, ser solidário com ele, e esta notícia precisa ser
espalhada para todos os homens a fim de que todos possam perceber a presença
amorosa de Deus em suas vidas.
FONTE: CNBB
Recadinho
Já viveu a experiência de ter que dizer a
alguém que recobre ânimo, que se levante? - Você consegue ver desafios nas
dificuldades e barreiras da vida? - Busca forças em Deus? - Você pode dizer que
serve de apoio aos que, a seu lado, estão caindo? - Consegue manter o ânimo? -
Sabe fazer-se presente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
MOVIDO DE COMPAIXÃO
Jesus era
altamente sensível ao sofrimento humano. Não lhe passava despercebida nenhuma
só situação de dor e angústia. Sua sensibilidade era ainda mais aguçada quando
se tratava de pessoas cuja condição social as tornava vulneráveis, vítimas da
exploração e da marginalização.
Todo o seu
ministério foi pontilhado de experiências de compaixão. O episódio às portas da
cidadezinha de Naim é um bom exemplo disto. Aí ele se deparou com uma cena
dramática: o enterro do filho único de uma viúva. A situação daquela mulher era
de total desamparo: viúva e sem outros filhos para ampará-la. Via-se abandonada
à própria sorte. Seu futuro, pois, era incerto.
Sem esperar
ser solicitado, Jesus tomou a iniciativa de devolver a esperança ao coração
daquela mulher, pois teve compaixão dela. Não se limitou, porém, a simples
palavras de consolação. Ressuscitou-lhe o filho que era levado para a sepultura.
Assim, ela,
bem como seu filho, passaram por um processo de revivificação. Marcada pela
morte do esposo e do filho único, sem dúvida, ela já não tinha mais motivos
para viver. Sua vida teria sido uma contínua espera da morte. O gesto
misericordioso de Jesus reacendeu-lhe a chama da vida. Valia a pena continuar
viver!
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos
sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que em são Cornélio e são Cipriano destes ao vosso
povo pastores dedicados e mártires invencíveis, fortificai, por suas preces,
nossa fé e coragem, para que possamos trabalhar incansavelmente pela unidade da
Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE:
dom total

Comentário
do Evangelho
Falta
discernimento.
O trecho anterior ao evangelho
da liturgia de hoje é o episódio em que João Batista, da prisão, envia seus
discípulos a Jesus para perguntar se, de fato, ele era o Messias prometido.
Jesus responde a João citando o profeta Isaías (Lc 7,18-23). A pergunta de João
mostra a sua dificuldade de discernir e compreender os sinais que revelam a
identidade profunda de Jesus. A resposta de Jesus citando Isaías é suficiente
para que João compreenda que, efetivamente, o “hoje” da salvação se realiza na
pessoa de Jesus, no seu ensinamento e nos seus gestos. Toda a atividade do
Batista visava à conversão das pessoas em vista da chegada do Messias. O
movimento de João Batista ganhou muitos adeptos, mas também sofreu muita
resistência (cf. Lc 7,29-30). No movimento de aceitação/rejeição de João
Batista é prefigurada a aceitação/rejeição de Jesus. Trata-se, aqui, de aceitar
ou rejeitar o desígnio salvífico de Deus. A incredulidade dos chefes do povo é
criticada. Ela ilustra a rejeição da missão e da mensagem de Jesus por parte
das autoridades religiosas. Falta a eles o discernimento para, em meio às
vicissitudes do tempo, conhecerem a graça de Deus manifestada na pessoa de
Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
purifica-me de toda forma de orgulho que me leva a desprezar meu semelhante e a
julgar-me superior a ele. Como Jesus, desejo estar próximo de quem se afastou
de ti.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Todos nós somos
cristãos, e muitas vezes nos orgulhamos disso, afinal de contas, temos a
salvação em Jesus Cristo e a filiação divina, sem contar que somos templos do
Espírito Santo. Porém devemos nos questionar se a nossa vida é coerente com o
que cremos, pois muitas vezes vivemos uma religião de gestos exteriores, de
cumprimento de normas rituais, de práticas religiosas, mas não vivemos o
essencial: não somos capazes de amar, não temos os mesmos sentimentos de Jesus
Cristo: a misericórdia, a justiça, a fraternidade, a solidariedade. Com isso, o
Evangelho soa todos os dias em nossos ouvidos, mas não toca os nossos corações,
nem transforma as nossas vidas, e a sabedoria fica longe de nós.
FONTE: CNBB
Recadinho
Se Jesus lhe aparecesse agora, como reagiria?
- Tem consciência de que Ele se faz presente em sua vida de tantos modos? Cite
algum. - Será que o mundo tem melhorado? Em que aspectos? - É fácil contentar a
todos? - Procura pelo menos fazer a sua parte e seguir sua consciência de
cristão(ã) consciente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
ATITUDES CONTRADITÓRIAS
O modo como
era tratado por seus contemporâneos deixava Jesus irritado. A má vontade deles
levava-os a interpretar mal tudo o que o Mestre fazia. De forma alguma,
deixavam-se convencer pelo messianismo de Jesus, mesmo vendo seus milagres e
prodígios.
Uma das
atitudes de Jesus, censurada por eles, era sua solidariedade com os pecadores e
as pessoas marginalizadas pela sociedade. Jesus não se envergonhava de ser visto
na companhia desse tipo de gente, nem de sentar-se à mesa com ela. Sua atitude
fundava-se numa profunda consciência de ter sido enviado para trazer a
salvação, mormente aos pecadores. Sendo assim, seu tempo deveria ser gasto com
estes e não com quem pensava ter assegurada sua própria salvação. Jesus estava
com quem o Pai queria que ele estivesse. Ele não haveria de mudar de
comportamento por causa das críticas e das maledicências alheias.
Entretanto, o
Mestre percebia na reação de seus críticos uma raiz viciada: no fundo, não
queriam mesmo era se converter. Qualquer quer fosse a atitude de Jesus, teriam
motivos para rejeitá-lo.
João, em sua
austeridade de vida, fora chamado de possesso. Jesus, que vivia sem
preconceitos, era chamado de glutão e beberrão.
A condenação desses inimigos do Mestre seria
consequência de sua má vontade, que os levava a fechar-se à salvação oferecida
por Deus.
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a ser solidário com os pecadores e
marginalizados, de modo a manifestar-lhes a misericórdia de Deus.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso
olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de
todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

18 de
Setembro de 2014
Lc 7,36-50
Comentário
do Evangelho
Uma profissão de fé sem palavras.
Jesus não se recusa ir à casa
de quem quer que seja. Vai à casa até mesmo daqueles que lhe fazem oposição. É a
terceira vez que é convidado e aceita ir à casa de um fariseu (5,29-32;
19,1-10). Estando à mesa na casa de Simão, o fariseu, uma pecadora da cidade
entra na casa e faz como que os gestos típicos da lei de hospitalidade. A
objeção de Simão informa o leitor que não se pode se deixar tocar por uma
pecadora. Para responder à objeção do fariseu, Jesus conta uma parábola seguida
imediatamente de uma pergunta a Simão. A parábola ressalta a gratuidade do
credor: é ele quem perdoa, não importa qual o tamanho da dívida. Deus perdoou a
mulher por sua fé em Jesus. Os gestos da mulher não exprimem simplesmente
arrependimento, mas profunda fé naquele que a pode salvar. É uma profissão de
fé sem palavras. Aqui, os gestos são muito mais eloquentes. Em Jesus ela
encontra acolhida, pode experimentar a misericórdia de Deus e ver descortinar a
possibilidade de uma vida nova. Não é em razão de sua fé que ela foi perdoada,
mas a fé em Jesus é necessária para acolher o dom do perdão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
faze-me nutrir um amor tão entranhado a Jesus a ponto de não ter vergonha de
manifestá-lo em nenhuma circunstância, mesmo correndo o risco de ser
mal-compreendido.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
'Dize-me com
quem andas e eu direi quem és!' A partir deste ditado, vemos as relações de
exclusão que são estabelecidas entre os 'santos' e os 'pecadores'. E claro que
quem é 'santo' não pode conviver com os 'pecadores' pois correrá o risco de se
contaminar e se tornar um deles. Esta é a lógica da mentira e do farisaísmo que
marca a vida de muitos de nós. Ninguém é 'santo', pois só Deus é Santo, e o
pecado marca a nossa existência, e quem disser que não é pecador, é mentiroso,
logo não somos melhores que ninguém. Se uma pessoa é reta de coração, deve
conviver com todos para que possa testemunhar a todos o amor de Deus, a
vivência na busca da santidade, e assim colaborar com a conversão dos pecadores.
FONTE: CNBB
Recadinho
Qual
nossa atitude para com os pobres e os humildes? - Não acontece às vezes de eu
me julgar mais importante que os outros? - Uso de misericórdia para com os que
erram? - O que é mais fácil, ressaltar os erros do próximo ou procurar ver suas
qualidades? - O fariseu condena Jesus e também a pecadora! Tudo num pacote só!
O que pensar disso?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
AQUELA QUE MUITO AMOU
O capacidade
de Jesus acolher e perdoar os pecadores era sem limites. Em nenhuma
circunstância ele se sentia desobrigado ou sem condições de dar mostras do que
se passava em seu coração. Os pecadores eram sempre bem-vindos!
O episódio
acontecido na casa do fariseu, que o convidou para uma refeição, é típico do
modo de ser de Jesus. A chegada da pecadora, bem conhecida na cidade, e os
gestos quase afetados de humildade e reconhecimento não chegaram a embaraçá-lo.
Ele, que conhecia muito bem a história daquela mulher, via tudo aquilo com
muita naturalidade.
A atitude do
fariseu fazia contraponto com a de Jesus. Pondo sob suspeita a condição
profética do Mestre, o anfitrião deu vazão aos seus pensamentos preconceituosos
e malevolentes. É bem provável que atribuísse à passividade de Jesus intenções
perversas em relação à mulher. Ou, então, deduzia: se é profeta e se deixa
tocar por uma pecadora, é porque é ingênuo.
A intervenção
de Jesus põe em confronto a atitude da mulher e a atitude do fariseu. Como o
fariseu tinha convidado o Mestre por mera formalidade, sem sentir por ele
nenhum afeto especial, podia dar-se ao direito de tratá-lo sem muita
deferência. Foi o que manifestou desde o momento em que Jesus pisou naquela
casa. Quanto à mulher, por saber-se perdoada e valorizada pelo Mestre,
sentia-se livre para demonstrar-lhe seu amor, embora correndo o risco de ser
mal interpretada. Seu gesto revelou a magnitude do amor e do perdão de Jesus.
Oração
Espírito de humilde reconhecimento, move-me a manifestar, sem
nenhum receio, minha gratidão por saber-me amado e perdoado por Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso
olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de
todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

19 de
Setembro de 2014
Lc 8,1-3
Comentário
do Evangelho
As mulheres participam ativamente da vida eclesial.
Já tivemos a oportunidade de
observar que o grupo dos discípulos é muito mais amplo que o grupo dos Doze (Lc
6,13). O trecho do evangelho de hoje é um sumário da atividade de Jesus. À
diferença dos rabinos que não aceitavam as mulheres como discípulas, no grupo
dos Doze que acompanhavam Jesus, Lucas observa que havia mulheres. Isso é
absolutamente novo e surpreendente. São mulheres, ao que se pode deduzir do texto,
com uma história pessoal dramática e que foram libertadas pelo Senhor de seus
males (v. 2); algumas dentre elas, pode-se supor, simpatizantes do “movimento
do Galileu”. Mas o número delas é muito maior do que a pequena lista
apresentada no texto (cf. Lc 23,53-56). Supomos que as que são expressamente
mencionadas ocupavam um lugar de liderança na comunidade primitiva. Os nomes de
duas dentre elas, Maria Madalena e Joana, nós os encontramos mencionados no
relato da ressurreição do Senhor (Lc 24,9-11). O nosso texto pretende instruir
a comunidade cristã de que as mulheres participam ativamente com os seus dons
da vida eclesial.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
reveste-me do amor e da fidelidade necessárias para ser servidor do Reino. Que
eu demonstre meu reconhecimento a ti, colocando minha vida a serviço do meu
próximo.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Assim como Jesus
não parava, mas vivia caminhando de um lado para o outro anunciando a chegada
do Reino de Deus, a sua Igreja não pode ficar parada. Ela deve ir sempre ao
encontro do outro, abrir novas fronteiras no trabalho evangelizador para que
todos possam ter a oportunidade de conhecer o Reino de Deus, assim como
livremente optar por ele. Para realizar a sua missão, a Igreja deve, assim como
o divino Mestre, envolver o maior número possível de pessoas, sem distinção
entre elas, que queiram colocar a sua vida a serviço do Reino de Deus, como
fizeram as mulheres, conforme nos narra o Evangelho de hoje.
FONTE: CNBB
Recadinho
Você semeia a Palavra de Deus com seu
testemunho de vida? - Há muitos espinhos querendo sufocar a semente da Fé
semeada em nossos corações? - O que se pode fazer para que a semente da Palavra
produza muitos frutos? - Que tipo de participação ajuda o enraizamento da Fé em
nossos corações? - Você tem consciência de que para viver a Fé é necessário
fortalecê-la todos os dias?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
COLABORADORAS NA MISSÃO
O Evangelho
mostra-nos Jesus e sua comunidade itinerante a serviço da Boa Nova do Reino. O
ministério do Mestre era exercido em comunhão com colaboradores e
colaboradoras, todos voltados para a mesma missão.
É
fácil de entender que Jesus tivesse colaboradores. Difícil é pensar um Mestre
rodeado de discípulas, numa sociedade onde a dignidade das mulheres não era
reconhecida. Diríamos, hoje: era uma sociedade machista! No entanto, Jesus
mantinha-se imune destes esquemas, não permitindo que influenciassem suas
opções.
As
colaboradoras de Jesus são todas mulheres que o haviam procurado por padecer de
doenças e ser vítimas dos espíritos malignos. Tendo sido beneficiadas pelo
Mestre, acabaram por se colocar a serviço dele. Isto por que compreenderam a
importância do ministério de Jesus. Como elas, havia tantas outras pessoas
vítimas de enfermidades e possessões demoníacas, que precisavam ser curadas
pelo Mestre. Por isso, pareceu-lhes sensato colocar seus bens a serviço desta
causa nobre. Era a melhor forma de manifestar sua gratidão a Jesus e se
mostrarem úteis.
Para o
Mestre, pouco importava a condição feminina. Importava-lhe, sim, a disposição
interior dessas mulheres. Afinal, como ele, elas estavam dispostas a ser
servidoras da humanidade.
Oração
Espírito que predispõe para servir, faze de mim
colaborador(a) da missão de Jesus, colocando, a seu serviço, tudo o que sou e
tenho.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso
olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de
todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

20 de
Setembro de 2014
Lc 8,4-15
Comentário
do Evangelho
Deus confia na humanidade.
Diante de uma multidão
originária de diversos lugares, Jesus ensina em parábola. O nosso texto pode
ser dividido em duas partes: a parábola (vv. 5-8) e a alegoria ou aplicação da
parábola (vv. 11-15). A parábola não é o retrato fiel da realidade; ela visa
transmitir uma mensagem. O agricultor, quando semeia, confia na qualidade de
sua semente e da terra em que vai semeá-la. Nenhum agricultor intencionalmente
desperdiça a semente. A esperança da boa colheita move a atividade do
agricultor. Se Deus envia o semeador para semear a boa semente, é porque ele
confia na terra, isto é, na humanidade. Deus semeia e sabe, sem ignorar as
dificuldades da “terra”, que ela dará fruto no tempo certo. Em primeiro lugar,
a parábola ensina algo de Deus em relação à humanidade que ele criou: Deus
confia na humanidade. Essa fé de Deus no ser humano deve alimentar nossa
esperança e mover nosso esforço em receber, sem resistências, a sua Palavra.
Mas não nos esqueçamos de que, entre o plantio e a colheita, há um longo
processo de crescimento e amadurecimento.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
reconhecendo o quanto me custa ser fiel ao projeto do Reino, peço-lhe a graça
de ser fiel até o fim, perseverando no compromisso assumido contigo.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Muitas vezes,
quando estamos exercendo o trabalho evangelizador, ficamos angustiados porque
não vemos os resultados que estávamos esperando, e isso acaba por se tornar
para nós causa de desânimo. O Evangelho de hoje nos mostra que o mais
importante é evangelizar, e que sempre devemos lançar as sementes da Palavra. O
semeador do Evangelho de hoje não estava preocupado se as sementes estavam
caindo em terreno bom. Nós também não devemos lançar as sementes apenas para os
que podem responder de forma positiva. A evangelização é para todos e os
resultados não dependem de nós, mas da Graça divina.
FONTE: CNBB
Recadinho
Que tipo de solo é seu coração? - A Palavra
de Deus encontra terreno fértil? - Generosidade? - Serviço? - Disponibilidade?
- Como se sente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
PRODUZIR FRUTOS NA PERSEVERANÇA
Perseverança é
uma palavra-chave na vida dos discípulos do Reino. Sem esta virtude, a vida
cristã tende a ser estéril e, por conseguinte, indigna de quem aderiu a Jesus.
A vida cristã
vai se construindo como um contínuo combate contra as forças do anti-Reino,
sempre prontas a desarticular o projeto de Deus no coração de quem se dispõe a
acolhê-lo.
A Palavra
semeada é imediatamente arrebatada, quando a pessoa não tem suficiente
motivação para ser discípula de Jesus. Representa aqueles aos quais falta
disposição para levarem a sério o projeto do Mestre. Outros chegam até a
acolher a Palavra com alegria. Quando, porém, chega o momento da provação e o
discipulado se torna uma cruz pesada, são levados a abandonar o caminho
iniciado, dando as costas para Jesus.
Há os que se
mostram generosos na escuta a Palavra, mas são incapazes de seguir adiante,
quando se defrontam com as preocupações, as riquezas e os prazeres da vida.
Estas mundanidades tornam-se tão atrativas, a ponto de fazê-los esquecer de
Jesus e do compromisso assumido com ele.
Só produz os
frutos desejados quem se predispõe a abrir caminho em meio às contrariedades,
sem jamais abrir mão de sua adesão a Jesus. Pelo contrário, as dificuldades
levam-no a aprofundar os vínculos que o unem ao Mestre, de modo a não se
desviar, um só milímetro, de sua fé. Nem mesmo a perspectiva de perseguição e
morte fá-lo-á ser menos fiel. É a perseverança para além dos desafios do
compromisso com o Reino!
Oração
Pai, reconhecendo o quanto me custa ser fiel ao projeto do
Reino, peço-lhe a graça de ser fiel até o fim, perseverando no compromisso
assumido contigo.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, criador e salvador de todas as raças, pro vossa
bondade, chamastes à fé a muitos irmãos na região da Coréia e os fizestes
crescer pelo testemunho glorioso dos mártires André, Paulo e seus companheiros.
Concedei que, pelo exemplo e intercessão deles, possamos perseverar até a morte
na observância de vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

21 de
Setembro de 2014
Mt 20,1-16a
Comentário
do Evangelho
Deus está perto de nós.
Onde
está Deus, quando sofremos? Na nossa desolação, onde encontrar Deus? São
perguntas que o trecho do livro do profeta Isaías busca responder. Este trecho
do livro do profeta Isaías retrata a situação de desolação dos exilados,
membros do povo de Deus, na Babilônia. Os longos anos do exílio faziam com que
perdessem a esperança de um dia retornarem à Israel. Com isso, sentiam
igualmente que Deus os tinha abandonado e se esquecido deles. A voz inspirada
do profeta se levanta para dar ânimo: o Senhor se deixa encontrar, pois, Ele
está perto (Is 55,6). Quando sofremos, em qualquer situação, Deus está perto de
nós; e, se sofremos, Deus sofre com o nosso sofrimento. A vida do seu povo, a
vida de cada um em particular, interessa a Deus. Mas é preciso abandonar a impiedade,
isto é, um modo de proceder e agir que semeia o joio da maldade no seio mesmo
da comunidade de fé, desestimulando os membros do povo de Deus da confiança no
seu Senhor. É preciso centrar a vida e a esperança no desígnio salvífico de
Deus.
Temos
algum direito sobre a salvação? A salvação é oferecida a uns e não a outros?
Deus faz distinção de pessoas? A salvação é retribuição pelo bem realizado? Na
parábola dos operários da undécima hora, é o próprio patrão, dono da vinha, que
em diferentes horas do dia sai às praças chamando os operários para o trabalho
na sua vinha, até a última hora da jornada de trabalho. Em todos os tempos e a
todos, indistintamente, Deus chama para participar da sua própria vida. A
salvação é um dom: é o dono da vinha que chama operários para o trabalho na
vinha. A murmuração dos que foram chamados primeiro a trabalhar na vinha,
contra o patrão que pagou o mesmo salário para os últimos admitidos, é a
expressão da dificuldade vivida pela comunidade cristã primitiva, sobretudo, entre
judeo-cristãos e cristãos oriundos do mundo pagão. Todos igualmente recebem o
dom da salvação, sem nenhum privilégio ou direito de precedência? Sim! Pois o
verdadeiro salário não é contrapartida do trabalho realizado na vinha; o
verdadeiro salário, isto é, a verdadeira recompensa, é ter sido chamado e
admitido no Reino de Deus. O verdadeiro salário está em ser chamado a
participar da vida divina. O amor de Deus não segue a lógica matemática de
nossas atitudes: “meus planos não são vossos planos, vossos caminhos não são
meus caminhos” (Is 55,8). A salvação é dom de Deus e, como tal, ela deve ser
recebida e vivida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu jamais me deixe levar pelo espírito de
ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos iguais, teus
filhos.
FONTE:
PAULINAS
Recadinho
Você considera que Deus o trata com muita
generosidade? - Neste aspecto, como é seu modo de agir em relação a seu
próximo? - Você pede que Deus o fortaleça na caminhada? - Procura ser presença
amiga na vida dos que sofrem? - Lembre-se sempre: generosidade com generosidade
se paga!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
As parábolas
narrativas são caracterizadas por sua extensão e por seus detalhamentos. Esta
de hoje é exclusiva de Mateus. No cenário aparecem o dono da vinha, imagem
característica na tradição de Israel, e os trabalhadores desocupados na praça,
cena característica de uma cidade grega. Uma parábola dá margem a uma
pluralidade de interpretações. Estes "desocupados" não eram
indolentes, mas curtiam a amargura da busca de um trabalho para a sobrevivência
diária, excluídos pelo sistema social. Comumente se vê na parábola a expressão
da simples generosidade do proprietário que convocou os operários. Com pena dos
últimos, decidiu dar-lhes o mesmo que aos outros. Outra interpretação pode ser
a compreensão do significado do trabalho. O trabalho não é mercadoria que se
vende, avaliado pela eficiência do trabalhador que produz. O trabalho é o meio
de subsistência das pessoas e da família, bem como é serviço à comunidade, pela
partilha de seus frutos. Todos têm direito ao essencial para a sua sobrevivência.
Na parábola, a todos foi dado o necessário para a sobrevivência de um dia,
independentemente da quantidade de sua produção. O fruto do trabalho é uma
extensão do próprio trabalhador. A venda deste fruto por um salário é uma
alienação da dignidade do trabalhador e da trabalhadora. É vender uma parte do
seu ser, uma extensão de seu próprio corpo, para a acumulação de riqueza e
prazer de outro. A conversão da injustiça para a justiça é o seguimento do
caminho de Deus (primeira leitura) que leva à prática de uma cidadania no
resgate da dignidade humana e da vida (segunda leitura).
Oração
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao
próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à
vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE:
dom total

22 de
Setembro de 2014
Lc 8,16-18
Comentário
do Evangelho
O Reino
de Deus é uma luz que brilha e atrai outros.
A Palavra de Deus, afirma o
salmista, é uma lâmpada que ilumina os passos, isto é, o modo de proceder na
vida (Sl 118,105). A lâmpada é acesa para iluminar toda a casa, a fim de que o
interior da casa esteja iluminado e os que entram possam se localizar. A
lâmpada é acesa por Jesus através do seu ensinamento e ela ilumina não somente
os fiéis cristãos, mas todos os que se aproximam dele de coração sincero. Dito
com outras palavras, o Reino de Deus, escondido e revelado no ensinamento de
Jesus, é uma luz no coração do discípulo, luz que brilha e atrai outros. Isso é
exemplificado pelo provérbio do v. 17: tudo o que o discípulo aprende de Jesus,
em particular (v. 9), deve se manifestar para que outros também possam ser
iluminados. A palavra de Jesus Cristo é uma verdadeira luz, pois ela revela o
mistério do Reino de Deus. Em consequência disso, a anúncio cristão é
igualmente uma luz que faz conhecer o mistério de Cristo e, por ele, o mistério
de Deus. A advertência do v. 18a é um alerta, pois uma escuta autêntica leva a
transmitir o que se escutou, a fim de que outros sejam iluminados. Sem essa
transmissão, é como se faltasse à lâmpada o combustível que a faz brilhar e
iluminar.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
transforma-me em lâmpada do Reino, para que, por meio de meu testemunho de
vida, eu possa mostrar teu caminho a muitas pessoas que vagam nas trevas.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
O conhecimento
da Palavra de Deus é muito importante, mas não é suficiente para que uma pessoa
se torne verdadeiramente cristã. O importante é assumir os valores que estão
presentes nela, de modo que a Palavra de Deus se torne vida das pessoas, e
assim elas testemunhem esses valores para todos e manifestem o amor de Deus para
com seus filhos e filhas. Jesus nos faz uma grave advertência no Evangelho de
hoje: "Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis!" Existem
doutores na Palavra de Deus, mas que fazem da Palavra de Deus apenas objeto de
conhecimento. É claro que o conhecimento da Palavra de Deus é importante, mas
devemos ser doutores na sua vivência.
FONTE: CNBB
Recadinho
Você faz bom uso da Palavra de Deus para si?
- E para os outros? Consegue partilhar? - Você manifesta publicamente suas
convicções religiosas? - Lembra-se de alguém que segue sua luz? - Preocupa-se
constantemente em dar bom exemplo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
O BRILHO DA LUZ
A insistência
de Jesus no tema da humildade e do serviço não dispensava os discípulos de
exercerem uma ação eficaz, visando a transformação do mundo. O serviço humilde
era, para Jesus, algo relevante; não podia ser reservado ao âmbito do privado.
A humanidade deveria encontrar, no agir do discípulo, um modelo inspirador.
O Mestre
ilustrou este ensinamento com a parábola da lâmpada colocada num lugar
estratégico, de modo que sua luz atingisse todos os recantos da casa. Seria
insensato colocá-la debaixo da cama, pois seu lugar natural é um candelabro bem
situado.
O discípulo,
sem se deixar levar pelo orgulho e pela vanglória, não tem medo de fazer o bem
à vista de todos. Sua ação resplandecente de amor e solidariedade ilumina as
trevas do egoísmo, que contaminaram a ação humana. A violência é denunciada
pela firmeza dos mansos e humildes de coração. O egoísmo revela sua face
perversa ao ser colocado em contraste com o amor e a solidariedade. O que crêem
na justiça identificam toda ação injusta. E, assim, todo agir inspirado na
proposta do Reino vai na contramão de situações desumanizadoras que devem ser
denunciadas. Isto se dá quando o discípulo do Reino tem a coragem de fazer-lhes
frente, como a luz enfrenta e elimina as trevas. Portanto, é incompatível com
sua vocação deixar de enfrentar o mundo que deve ser evangelizado.
Oração
Senhor Jesus, tira de mim o medo e a covardia que me impedem
de iluminar, com minhas ações, o que, no nosso mundo, está mergulhado nas
trevas.
(O comentário do Evangelho
é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao
próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à
vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE:
dom total

23 de
Setembro de 2014
Lc 8,19-21
Comentário
do Evangelho
No
centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus.
A visita da família de Jesus é,
para ele, ocasião de ensinar os seus discípulos acerca do específico da
comunidade cristã (cf. Lc 6,46-49). É Marcos quem, no seu evangelho, informa a
razão da visita da família de Jesus: pensavam que estivesse fora de si (Mc
3,21). No evangelho de João, são os adversários de Jesus que têm essa opinião a
respeito dele (Jo 10,10-20). Aproveitando a ocasião e ignorando a intenção de
sua parentela, Jesus ensina que a pertença ao povo que ele reúne não se dá pela
descendência do sangue, mas por uma atitude que engaja o discípulo no dinamismo
da escuta e da prática da Palavra de Deus (cf. Lc 6,46-47). Mais adiante no relato
evangélico, àquela mulher que, admirada pelas palavras de Jesus, gritou:
“Felizes as entranhas que geraram e os seios que te amamentaram”, Jesus
respondeu: “Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam” (Lc
11,27-28). A mãe de Jesus passou, na tradição da Igreja, a ser modelo do
discípulo porque ela é a mulher que escutou a Palavra de Deus e a praticou (Lc
1,38). No centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus. Em Jesus, Verbo
de Deus, a Palavra de Deus adquire todo o seu sentido e é uma fonte de
verdadeira vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo
de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Existem muitas
pessoas que querem demonstrar-se religiosas, mostrar a todos que participam da
vida da Igreja e têm amizade com o clero e até usam dos cargos e funções
sociais para conseguir isso. Porém, essas pessoas querem apenas se promover,
não querem nenhum compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus. A atitude de
Jesus nos mostra quem é importante para ele: aquele que ouve a Palavra de Deus
e a coloca em prática, aquele que é capaz de amar, perdoar, partilhar, acolher,
socorrer, consolar, compreender, ensinar, comprometer-se, doar-se, reunir,
celebrar, orar, ser feliz com os que são felizes, chorar com os que choram, são
empáticos, solidários, vivem o amor de Deus.
FONTE: CNBB
Recadinho
Você procura colocar em prática os
ensinamentos de Jesus para assim fazer parte de sua família? - Lembra-se de
que, como irmãos, temos os mesmos deveres, os mesmos direitos e os mesmos bens?
- É fácil desejar ao próximo tudo aquilo que desejamos a nós mesmos? - Colocar
os ensinamentos de Jesus em prática consiste em amar a Deus acima de tudo e ao
próximo como a nós mesmos. Comente isso.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A FAMÍLIA DO REINO
A opção pelo
Reino estabelece laços profundos de amizade entre os discípulos, gerando neles
uma solidariedade exemplar. Este parentesco espiritual, em muitos casos, pode
ser mais sólido que o próprio parentesco sanguíneo. E, o mais importante: gera
um ambiente de igualdade onde Deus Pai nos faz todos irmãos e irmãs.
O
relacionamento físico com Jesus de Nazaré já não tem importância. A família do
Reino se constitui a partir da escuta e da vivência da Palavra de Deus e não da
pertença à família histórica de Jesus. O tempo e o espaço também não contam.
Seja qual for a época em que se vive ou se viveu, é possível sentir a
proximidade familiar em relação aos outros cristãos, desde pautemos nossa vida
pela mesma proposta do Reino. Além disso, onde quer que estejam e de onde quer
que venham, quando dois cristãos se encontram, deveriam imediatamente sentir
brotar no coração um forte afeto fraternal, por terem o mesmo projeto de vida,
e estarem unidos pela mesma opção por Jesus e por seu Reino.
Desde os
primórdios, a comunidade cristã compreendeu este dado de sua identidade. E,
assim, estabeleceu uma nítida diferença em relação à tradição judaica, cujo
apego às genealogias e à consangüinidade era bem conhecida.
A família do
Reino, como é constituída, pode reunir gente de todas as raças, povos, famílias
e nações.
Oração
Senhor Jesus, faze crescer em mim o afeto por meus irmãos e
irmãs de fé, sabendo que somos membros de uma só família, a família do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que enriquecestes são Pio de Pietrelcina com o
espírito de verdade e de amor para apascentar o vosso povo, concedei-nos,
celebrando sua festa, seguir sempre mais o seu exemplo, sustentados por sua
intercessão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE:
dom total


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