HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/07/2024
ANO B

15º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ano B - Verde
“Jesus chamou os doze, e começou a enviá-los dois a dois”. Mc 6,7
“Evangelizar: uma exigência para o mensageiro.”
Mc 6,7-13
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Pai nos chama e nos confia uma missão a
ser desempenhada ao estilo de Jesus, que veio
para curar, consolar, libertar, destruindo tudo o
que oprime e escraviza e abrindo possibilidades
de vida feliz e abundante. Participando da
celebração, Ele nos consagra com seu Espírito
e nos fortalece para que nunca percamos o
entusiasmo e a alegria em nossa missão.https://diocesedeapucarana.com.br/portal/userfiles/pulsandinho/15-domingo-tempo-comum-ano-b-14-07-2024.pdf
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs,
neste domingo recordamos o envio dos discípulos por Cristo para
anunciar o Reino. Esse envio hoje
se renova em nós que fomos convocados pelo mesmo Cristo, mediante a sua Igreja, para dar testemunho do seu Reino. Que esta
Eucaristia nos ajude a reavivar em
nós a vocação que um dia recebemos no Batismo para assumirmos
a missão de anunciar o Reino nesta grande cidade e em todas as
situações de nossa vida.https://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-42-15o-domingo-do-tempo-comum.pdf
“RECOMENDOU-LHES QUE NÃO LEVASSEM
NADA PARA O CAMINHO”
Não levar nada para o caminho não
significa não ter nada. Na realidade, significa ter tudo. São Paulo nos
diz em uma de suas cartas: “Tudo
é vosso! Mas vós sois de Cristo, e
Cristo é de Deus.” (1Cor 3,22-23).
Ter Deus significa ter tudo, porque
tudo é Dele. Mas também significa
ter nada, porque nada pode nos
assegurar o que precisamos para viver. Onde quer que estejamos haveremos de encontrar o que precisamos. O que podemos levar é o que
é necessário para caminhar. Porque
o que carregamos para o amanhã
nos pesa hoje e pode nos atrapalhar
a caminhada.O envio que Jesus faz aos discípulos
os prepara para a liberdade e para
a simplicidade. Porque, na verdade,
o que mais nos atrapalha é a nossa
mentalidade de que quando temos
todas as condições fazemos um trabalho melhor. Infelizmente, temos
de admitir que, quando temos os
melhores recursos, não damos o
melhor de nós. E o que temos de
melhor reside dentro de nós. Isso
nada tem a ver com viver de maneira inconsequente, mas significa
viver abertos à providência de Deus
e à cooperação das pessoas que encontramos pelo caminho.É da própria vida que tiramos o que
precisamos para viver. É preciso,
portanto, acreditar nos dons que
Deus nos dá todos os dias. É por
isso que Jesus nos ensinou a pedir
o pão de cada dia e não de uma semana ou de um mês. Isso vale também para a oração. Peço hoje o pão
de hoje. Amanhã pedirei o pão do
hoje que terá chegado. É assim que
vamos aprendendo a viver de verdade a vida e deixamos de passar a
vida nos preparando para viver algum dia no futuro.Lembro-me de uma pessoa que conheci, um pai de família. Mostrava-me sua casa, que era muito grande e
bem acabada. Fiquei admirado com
a obra e mais ainda com a história
de sua construção. Ele disse que fez
o projeto quando era ainda recém
casado, mas como não tinha recursos para fazer a obra de uma só vez,
foi fazendo aos poucos. Trabalhara pessoalmente na construção e
também fizera muitas horas extras
no emprego para ter dinheiro para
continuar o empreendimento. Demorou muito tempo, mas tinha conseguido. Com paciência e muito trabalho tinha realizado o sonho de ter
uma casa grande, confortável, com
um quarto para cada filho. Então,
fiz-lhe um elogio e parabenizei-o
por ter conseguido executar aquele projeto tão bonito e com tantas
dificuldades. Mas, ele me respondeu assim: “Foi muito bom! Mas,
agora que terminei a casa, meus filhos já se casaram há muito tempo
e se mudaram. Ficamos apenas eu
e minha esposa. E ela está sempre
reclamando porque a casa é muito
grande para cuidar”. Solidariamente, fiquei triste junto com ele. Se
soubesse que isso aconteceria teria
trabalhado menos e não teria feito
dessa casa o seu grande projeto.
Parecia útil quando pensou, mas a
vida mostrou que aquilo que parecia tão útil quando começou o caminho acabou mostrando-se um peso
para a continuação da caminhada.É por isso que vale a pena não levar
nada para o caminho. Talvez tenha
sido essa inspiração do poeta espanhol, Antonio Machado, nos versos
de “Proverbios y cantares” (XXIX)”
em “Campos de Castilla” (1912):
“Caminhante, são tuas pegadas o
caminho e nada mais; caminhante,
não há caminho, se faz caminho ao
andar. Ao andar se faz caminho e ao
voltar a vista atrás se vê a senda que
nunca se há de voltar a pisar. Caminhante não há caminho senão marcas no mar...”Dom Rogério Augusto das NevesBispo Auxiliar de São Paulohttps://arquisp.org.br/sites/default/files/folheto_povo_deus/ano-48b-42-15o-domingo-do-tempo-comum.pdf
#minisermao
Pe. Joãozinho, scj
MISSIONÁRIOS LEVES
Malas pesadas tornam os passos mais lentos e difíceis. Antes de viajar, pense no que não precisa levar. Normalmente somos escravos do acúmulo e levamos na mala até coisas que não usaremos ou não precisaremos. Por que não fazer aquela limpeza nas gavetas e se desfazer daquilo que já não usamos mais, coisas boas que podem servir a outros! É hora de fazer a terapia do desapego, tornar as nossas malas, as nossas mentes e os nossos corações mais livres, mais leves, mais soltos. Então, o caminho será mais tranquilo e, aparentemente, chegaremos mais rápido, porque estaremos mais livres (Mc 6,7-13).Fonte: Recebi via WhatsApp
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Jesus chamou os doze, e os enviou dois a dois

Jesus não trabalha sozinho, não pretende completar sozinho a sua missão; por isso, desde o início escolheu colaboradores. Os quatro primeiros agora são Doze, para anunciar o Evangelho de Deus e pescar gente, para tornarem sempre mais próximo de todos o Reino de Deus, que está acontecendo no tempo que se completou. Jesus os envia dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros.O evangelista São Marcos diz só isto: “Enviou-os dois a dois com poder sobre os espíritos impuros”. Partem em missão para combater o poder demoníaco, isto é, partem para devolver às pessoas a dignidade perdida. Afinal, no paraíso, o que o demônio fez foi tirar a dignidade dos primeiros pais, levando-os a uma decisão errada.Os discípulos não devem levar nada pelo caminho, a não ser um cajado, simbolicamente para matar a serpente. Partem confiando na Providência e testando a própria capacidade de se fazer aceitar. Não levam comida nem dinheiro, vão de sandálias com uma só túnica. Foram, proclamaram a conversão, expulsaram demônios, ungiram e curaram doentes. Sabiam que podiam não ser bem recebidos. Tinham visto a acolhida que não foi dada a Jesus em Nazaré.No seu tempo, Amós, que não era profeta de profissão, sentiu na própria pele a rejeição. Mandaram-no profetizar em outro lugar. Amós estava apenas obedecendo à ordem de Deus. “Um leão rugiu, quem não temerá? O Senhor Deus falou, quem não profetizará?”, lemos no livro de suas profecias. Naquele tempo havia comunidades de profetas, viviam juntos, rezavam, falavam em línguas em um tipo de transe. Amós não pertencia a esse grupo.Ele cuidava de rebanho e plantava árvores, quando Deus o chamou. Sentiu o chamado e partiu para o Reino do Norte, onde exerceu seu ministério não sem dificuldade, até ser expulso de Betel pelo sacerdote Amasias. Jesus previne seus apóstolos de que essas coisas acontecem. Sacudam o pó dos pés e sigam adiante. Apóstolos e discípulos foram chamados no início porque o tempo tinha se completado e o Reino estava próximo. Hoje lemos na Carta aos Efésios que Deus nos fez conhecer o mistério da sua vontade, como o fez a Amós, para levar à plenitude o tempo estabelecido e fazer Cristo cabeça de todo o universo.Na prática, inaugurar o tempo de Jesus Cristo e dar início a seu Reino de libertação de todos os males e de todas as dominações. Simbolicamente, sair do tempo fechado de sete dias que se repetem em uma infinda monotonia e entrar no oitavo dia, o dia da criação inteiramente acabada, o dia da ressurreição de Cristo, da vitória da vida sobre a morte. Isto acontece quando somos batizados na água e no Espírito, batismo que era feito entrando em uma piscina com oito ângulos, sendo o oitavo a porta de saída da prisão do tempo para a eternidade.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/jesus-chamou-os-doze-e-os-enviou-dois-a-dois/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/tendo-saido-proclamavam-que-se-convertessem-expulsavam-muitos-demonios-ungiam-com-azeite-muitos-enfermos-e-os-curavam-14072024
Reflexão
Os Doze (apóstolos) acompanham o Mestre por toda parte, ouvem sua pregação ao povo, veem os milagres que ele realiza, sentem que nem todos acreditam nele e sabem até quais são seus inimigos. Pois bem, chega a hora de pôr em prática o que aprenderam. São enviados dois a dois, sinal de igualdade, proteção e solidariedade mútuas. Partem revestidos de poder para ampliar a atividade de Jesus, isto é, pregar, curar e expulsar demônios (libertar da opressão). Poucas coisas devem levar para a temporada; apenas o indispensável. O estilo é: simplicidade e desapego. A estada corre por conta da generosidade das famílias que vão hospedá-los. Sacudir o pó dos pés é gesto de acusação, o mesmo que os judeus faziam ao saírem de terra pagã: que nada do terreno culposo se apegue aos pregadores.(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/14-domingo-8/
Reflexão
«Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois»
Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Hoje, Domingo XV (B) do tempo comum, lemos no Evangelho que Jesus envia os Doze, dois a dois, a pregar. Até agora tinham acompanhado o Mestre pelos caminhos da Galileia, mas chegou a hora de começar a difusão do Evangelho, a Boa Nova: a notícia de que o nosso Pai Deus nos ama com um amor infinito e que nos trouxe à vida para nos fazer felizes por toda a eternidade. Esta notícia é para todos. Ninguém fica à margem dos ensinamentos libertadores de Jesus. Ninguém fica excluído do Amor de Deus. É preciso chegar até ao último lugar do mundo, anunciar a alegria da salvação plena e universal, por meio de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem por nós, morto e ressuscitado e ativamente presente na Igreja.Equipados com «poder sobre os espíritos impuros» (Mc 6,7) e com uma bagagem quase inexistente - «Mandou que não levassem nada pelo caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro à cintura, mas que calçassem sandálias e não usassem duas túnicas» (Mc 6,8) - iniciam a missão da Igreja. A eficácia da sua pregação evangelizadora não virá de influências humanas ou materiais, mas do poder de Deus e da sinceridade, da fé e do testemunho de vida do pregador. «Todo o impulso, a energia e a entrega dos evangelizadores provêm da fonte que é o amor de Deus infundido nos nossos corações com o dom do Espírito Santo» (S. João Paulo II).Hoje em dia, a Boa Notícia ainda não chegou a todos os lugares da terra, nem com a intensidade que era preciso. Temos que anunciar a conversão, temos que vencer muitos espíritos malignos.Nós, que já recebemos a Boa Notícia, sabemos dar-lhe o devido valor? Somos disso conscientes? Somos agradecidos? Sintamo-nos enviados, missionários, urgidos a pregar com o exemplo e, se necessário, com a palavra, para que a Boa Nova não falte àqueles que Deus colocou no nosso caminho.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Ensinar alguém a fim de o levar à fé é tarefa de cada pregador e inclusivamente de todos os crentes» (Santo Tomás de Aquino)
- «[Jesus] fala-lhes da cura de doentes, de expulsar os demônios, ou seja, limpa os olhos da alma que estão obscurecidos pelas ideologias e que por isso, não podem ver a Deus» (Bento XVI)
- «´Cristo [...] realiza a sua missão profética não só através da hierarquia [...], mas também por meio dos leigos. Para isso os constituiu testemunhas, e lhes concedeu o sentido da fé e a graça da Palavra´(Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 904)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-07-14
Reflexão
A nova evangelização não é “nova”: a Igreja sempre é “missioneira”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje nos sentimos herdeiros do mandato missioneiro de Jesus. A nova evangelização não é “nova” (no sentido de que não é uma novidade para a Igreja): hoje como ontem, Ele nos envia pelos caminhos do mundo para proclamar seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28,19). A Igreja sempre é missioneira!«Caritas Christi urget nos» (2Cor 5,14): é o amor de Cristo o que nos cheia nossos corações e nos urge a evangelizar. Com seu amor, Jesus Cristo atrai para si os homens de cada geração: em todos os tempos, convoca à Igreja e lhe confia o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um compromisso eclesial mais convencido em favor de uma “nova evangelização” para redescobrir a alegria de acreditar e achar de novo o entusiasmo de comunicar a fé.—A fé cresce quando é vivida como um amor que se recebe e se comunica como experiência de graça e gozo.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-07-14
Comentário sobre o Evangelho
Jesus envia os doze Apóstolos para pregar a conversão
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Hoje, vemos os Doze escolhidos por Jesus - Simão Pedro, André, Tiago, João… iniciando a sua vocação de Apóstolos. Jesus Cristo escolheu-os para conviver com Ele, prepará-los e, assim juntos, difundir a boa nova da salvação. Além disso, o Mestre dá-lhes forças para curar doentes e afastar os demónios.- Que alegria! Deus salvou-me e quer contar comigo para acompanhar os outros - amigos, familiares... Para os acompanhar por bons caminhos nesta vida, a caminho da vida eterna.https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-07-14
HOMILIA
ESPIRITUALIDADE BÍBLICO-MISSIONÁRIA
Desde os primórdios da História da Salvação, Deus contou com homens e mulheres como colaboradores fiéis. Ele os chamou e os enviou. Basta dizermos sobre dois colaboradores tão fiéis e que nos dão grande exemplo: Abraão e Moisés. Eles assumiram com firmeza o que o Senhor lhes pediu e cumpriram fielmente. Abraçaram a causa divina e abandonaram seus interesses pessoais. O seguimento terá sempre suas exigências.Hoje, reconhecemos o profeta Amós, que foi escolhido, chamado e enviado por Deus. Atua em nome de Deus, pois foi por Ele chamado, e nada o pode amordaçar, pois tudo assumiu com plena liberdade.Agora, contemplando o Evangelho, encontramos essa mesma realidade do chamamento e do envio dos discípulos. Jesus os coloca bem ao seu lado, dando-lhes todas as orientações necessárias para o bom desempenho, para o êxito da missão. Não deviam levar nada além do extremamente necessário. É verdade que, quando estamos realmente dispostos para a missão, pouca coisa é necessária.Porém, há algo mais profundo do que simplesmente deixar de levar muita coisa para a missão. O que Jesus nos ensina é que o fundamental está em nosso interior, e se preocupar com coisas externas é um disfarce. É como a semente lançada na terra, que fica escondida, mas de seu interior desabrocha para o mundo uma planta nova e bela, que encanta os olhos. Esse sentido é que Jesus quer passar para os discípulos, pois poderiam até ser acometidos pela ilusão humana, achando que aquilo que realizam é consequência da força e esforço humanos. Sem a graça de Deus, nada podemos fazer, nem na missão nem em qualquer outro lugar.Portanto, o chamado exige uma resposta decisiva. Posso até nem estar tão preparado para a missão, mas preciso, com sinceridade, desejar amadurecer no serviço do Reino. A resposta ao chamado de Cristo não pode estar carregada de subterfúgios.Assumir a missão é assumir a continuidade do anúncio do Reino, iniciado por Jesus. Anunciar a libertação, como o próprio Cristo proclamou na sinagoga de Nazaré; por isso, o anúncio missionário não permite a escravidão, a dominação, a indiferença, pois contrariam o Reino de Cristo. Como ser cristão e dominador, escravizador ou a favor do império dominante, se a proposta de Jesus é clara e muito diferente?Portanto, o Evangelho deste domingo nos deixa inquietos, e é bom que isso aconteça conosco, com a Comunidade. A missionariedade é viver da interioridade do Cristo, nosso Redentor.Redação “Deus Conosco”https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=14%2F07%2F2024&leitura=homilia
Oração— OREMOS: (instante de silêncio) Ó DEUS, que mostrais a luz da vossa verdade aos que erram, para retornarem ao bom caminho, dai aos que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno deste nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=14%2F07%2F2024&leitura=meditacao
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