terça-feira, 9 de julho de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 09/07/2024

ANO B


Mt 9,32-38

Comentário do Evangelho

Por onde passa, o Senhor suscita a vida e o gosto de viver.

A impressão que o evangelho nos deixa é que os dias de Jesus eram marcados por oração, encontros, atividades, deslocamentos de um lugar para o outro (Mc 3,20-21). Depois da cura de dois cegos (vv. 27-31), vem a cura do mudo seguida de um sumário. O termo grego kofós pode significar incapacidade de falar, incapacidade de ouvir ou ambas as coisas, o que parece ser o caso do nosso texto, pois se diz que, curado, o homem começou a falar (v. 33). Para a mentalidade da época, a mudez é atribuída a um demônio; por isso, a cura é precedida de um exorcismo. A cura do mudo é sinal dos tempos messiânicos (Is 35,5-6). O mal, de fato, impede de falar e de falar bem, assim como impede de escutar o Verbo de Deus. Chama a atenção o contraste entre a reação da multidão e a dos fariseus. Enquanto a multidão reconhece a novidade e o surpreendente do acontecido na cura do mudo, os fariseus, ícones da resistência a Jesus, afirmam que em Jesus não há nada de novo, ao contrário, ele é, na visão deles, instrumento de satanás. Jesus é um Messias itinerante. Por onde passa, o Senhor suscita a vida e o gosto de viver.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: Paulinas em 08/07/2014

Vivendo a Palavra

Jesus percorria todas as cidades e povoados...’ Não raro nós nos encantamos com os sinais feitos por Jesus e, tristes e desanimados, pensamos que os nossos limites humanos nos impedem de fazer o que Ele fazia. Mas nós podemos imitá-lo, saindo do nosso conforto e indo até às moradas dos irmãos para anunciar-lhes o Reino do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

A messe do Senhor é o nosso mundo. Ela continua contando com poucos operários. Nós somos os chamados da vez. Tenhamos consciência de que somos insubstituíveis na nossa missão de proclamar em nossos ambientes que o Reino do Céu – lugar e tempo do Amor! – já chegou. Ele está dentro de nós, é para todos e foi trazido pelo Cristo Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/07/2018

VIVENDO A PALAVRA

É um lugar comum: Jesus percorrendo aldeias e campos – curando, ensinando às multidões e proclamando a Boa Notícia da chegada do Reino do Pai Misericordioso em nosso coração. Como Bom Pastor, Ele se compadece do povo, cansado e sem esperança, como ovelhas abandonadas. A mesma cena se repete pelos tempos afora. Hoje, cabe a nós, a Família de Jesus, o cuidado com as ovelhinhas de Deus que estão esquecidas em meio à pandemia. Juntos com o Papa Francisco, queremos ser ‘Igreja em saída’, para a busca dos irmãos!
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2020

Reflexão

Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos por causa das ofensas e calúnias das quais são vítimas no trabalho evangelizador. O Evangelho de hoje nos mostra que não deve ser essa a atitude dos discípulos de Jesus. Quando Jesus realiza a expulsão de um demônio, é caluniado, pois afirmam que é pelo poder do mal que ele faz exorcismos. Jesus simplesmente continua a sua caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as dores de todos os que encontra pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a todos com compaixão e preocupando-se porque são como ovelhas que não têm pastor. Assim também devemos ser nós, não devemos viver preocupados com as calúnias que nos são dirigidas, mas sim preocupados em fazer o bem.
Fonte: CNBB em 08/07/2014

Reflexão

Pequeno recorte da atividade missionária de Jesus. Destacam-se: seu ensinamento (v. 35), a cura de “toda doença”, a compaixão pelas multidões “angustiadas e abandonadas”, e a constatação de que o trabalho pelo Reino de Deus é imenso, faltam operários, então é necessário pedir ao Pai celeste que “envie trabalhadores para a sua colheita”. Não obstante o total empenho de Jesus em benefício da população enferma, pobre e oprimida, surgem os fariseus para insultá-lo. Dizem que ele age pelo poder dos demônios. Atribuição ofensiva e descabida. É pelo poder de Deus que Jesus realiza suas obras. A maioria do povo sabe disso e o manifesta: “As multidões ficaram maravilhadas”. Qual é a sua colaboração para fortalecer, no mundo, o Reino de justiça e paz?
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 10/07/2018

Reflexão

Pequeno recorte da atividade missionária de Jesus. Destacam-se: seu ensinamento (v. 35), a cura de “toda doença”, a compaixão pelas multidões “angustiadas e abandonadas”, e a constatação de que o trabalho pelo Reino de Deus é imenso, faltam operários, então é necessário pedir ao Pai celeste que “envie trabalhadores para a sua colheita”. Não obstante o total empenho de Jesus em benefício da população enferma, pobre e oprimida, surgem os fariseus para insultá-lo. Dizem que ele age pelo poder dos demônios. Atribuição ofensiva e descabida. É pelo poder de Deus que Jesus realiza suas obras. A maioria do povo sabe disso e o manifesta: “As multidões ficaram maravilhadas”. Qual é a sua colaboração para fortalecer, no mundo, o Reino de justiça e paz?
Oração
Ó Jesus Messias, enquanto a multidão se maravilha com a cura do mudo, os fariseus te acusam de expulsar demônios pelo poder do chefe dos demônios. A acusação é descabida e maldosa. Sem perder tempo com isso, segues pregando o evangelho do Reino e curando toda enfermidade. Pelo poder de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 07/07/2020

Reflexão

Sempre houve e sempre haverá a luta entre os “espíritos bons” e os “espíritos maus”. É uma luta ferrenha. Os “espíritos maus” procuram calar e paralisar as pessoas; por outro lado, os “espíritos bons” empenham-se para libertar e sarar os atingidos por alguns males. A exemplo de Jesus, as pessoas com “espírito bom” mostram-se sensíveis às dores e aos sofrimentos do povo, muitas vezes abandonado pelos próprios líderes, que deveriam ser os primeiros a se preocupar com isso. Diante de tanto abandono, faz-se necessário que outras pessoas, com a mesma sensibilidade e compaixão do Mestre, assumam o compromisso de dar continuidade à obra do Reino de Deus. Seguir Jesus significa aprender dele a olhar para as multidões angustiadas e abandonadas. O encontro com o Mestre não nos prende a ele, mas abre-nos aos outros.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 05/07/2022

Recadinho

Jesus agia por amor e misericórdia. Relaciono-me com meu próximo por amor verdadeiro? - Jesus nos convoca para sermos trabalhadores da messe. Que missão exerço? - São muitos os que vivem cansados, abandonados e abatidos? - Encontro pessoas desanimadas e abatidas? Posso fazer alguma coisa por elas? - Tenho ajudado alguém pelo menos escutando e acolhendo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/07/2014

Comentário do Evangelho

REAÇÕES CONTRADITÓRIAS

Os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento de sua messianidade. Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de suas palavras e gestos. Muitos sentidos foram dados a eles. Tudo dependia do modo como eram acolhidos.
A ação de Jesus suscitou reações contraditórias. A cura de um possesso mudo levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo semelhante em Israel. Já seus adversários declarados, os fariseus, consideraram o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus. A benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.
Os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa de Jesus e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história humana. Quem se abria para Jesus e acolhia sua mensagem, percebia o dedo de Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo através dele. E o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder conferido pelo Pai. Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.
Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de Jesus. Ele era Messias por palavras e por obras. As obras prodigiosas, ao revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma demonstração da autoridade com a qual falava. Tantos os milagres de Jesus quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.
Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em teus gestos prodigiosos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e Dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 08/07/2014

Meditando o evangelho

UM FATO ADMIRÁVEL

A ação taumatúrgica de Jesus deixava as multidões estupefatas. Na opinião delas, jamais havia acontecido algo semelhante em Israel. Esta sensibilidade diante dos milagres de Jesus predispunha as pessoas a acolhê-lo na fé, e a aceitar tornar-se discípulo dele.
Onde se situava a admirabilidade dos milagres de Jesus? Quais eram suas peculiaridades? Ele agia com um poder vindo diretamente de Deus. Não pretendia chamar a atenção sobre si mesmo. Curava os doentes e expulsava os demônios por força de sua palavra cheia de autoridade, sem recorrer a gestos ou palavras mágicas. Seus milagres não eram feitos para agradar ou captar a benevolência de ninguém. Tudo se passava no âmbito de uma fé profunda. Evitava qualquer tipo de exibicionismo de poder, que transformaria seus milagres em verdadeiros shows. Os milagres de Jesus correspondiam às esperanças messiânicas, que atribuíam ao Messias o poder de realizar prodígios reveladores de sua identidade. Por fim, correspondiam, também, aos anseios humanos de vida, saúde e libertação.
Mesmo assim, os milagres não chegavam a convencer a quem estivesse fechado para Jesus. É por isso que os fariseus não hesitavam em atribui-los a um poder recebido do príncipe dos demônios.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de admiração, ao contemplar os milagres de Jesus, tenha eu sensibilidade para descobrir neles o poder divino atuando em favor da humanidade carente de vida.
Fonte: Dom Total em 10/07/201807/07/2020 05/07/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Caridade nos abre para as Coisas Santas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho há frases meio soltas como por exemplo, a afirmativa inicial de “Não se dar pérolas aos porcos”. De repente o ensinamento vai na direção da nossa relação com as pessoas e fecha, falando sobre a tal de porta estreita e a larga. Será que há um Fio condutor nesses assuntos abordados por Jesus? Vejamos...
A disponibilidade para a prática da virtude da caridade para com o nosso próximo, garante em nosso coração e em nossa Vida Cristã o acolhimento das “Coisas Sagradas” que nada mais são do que os ensinamentos da Santa Palavra. O Amor e a caridade, por si mesma, sempre busca o aprimoramento que vem da Palavra de Deus. Se o ouvinte não pratica essa virtude da Caridade, o seu coração jamais estará aberto à Santa Palavra e nesse caso, anunciar a Boa Nova é um verdadeiro desperdício da Coisa Sagrada. Autoestima e amor próprio são coisas também importantes, afinal, nosso corpo não é coisa impura e má, como se pensou e se pregou no passado, mas sim há nele a dignidade de ser templo do Deus Vivo. Portanto, a caridade verdadeira consiste em dispensarmos ao próximo essa mesma dedicação que temos por nós próprios.
Daí decorre a consciência da nossa fraqueza e a nossa total dependência da Graça de Deus, é a tal porta estreita, porque o mundo nos educa á sermos prepotentes, buscadores insaciáveis dos prazeres que o mundo oferece, e a pós modernidade quer distância da cruz e do sofrimento, preferindo a largueza do prazer saciado .Entrar pela porta estreita é aceitar fazer essa desafiadora peregrinação pelas estradas dessa Vida, se fazendo pequeno no serviço aos irmãos e irmãs que caminham conosco, pois quem vive inchado de orgulho e prepotência, e não está acostumado a servir mas só a ser servido, não vai conseguir passar pela porta estreita.

2. Nunca se viu coisa igual em Israel!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um possesso mudo é um homem que o demônio emudeceu. Jesus expulsa o demônio e devolve a fala ao que era mudo. O demônio o impedia de falar. Fazia isso por si mesmo e fazia por meio de seus agentes colaboradores. O demônio e seus secretários tiram das pessoas alguma coisa que caracteriza o ser humano, diminuindo-o e tornando-o menos humano. Jesus, ao contrário, faz o bem em favor das pessoas. E assim também, se supõe, os seus discípulos, que são os seus agentes colaboradores. O demônio diminui as pessoas, Jesus eleva-as e, curiosamente, é acusado de agir com o poder do demônio. Criticam Jesus, mas ele segue adiante. Vai percorrendo cidades e povoados, sempre ensinando e anunciando a Boa Notícia do Reino. Cura doentes e tem muita pena do povo. Jesus sentia que o povo estava abandonado. Parecia “ovelhas sem pastor”. Um povo desgovernado, atrás de Jesus em busca de cura, de ensinamento e de compreensão. A messe é grande e os operários são poucos. Faltam servidores que se dediquem ao povo.
Fonte: NPD Brasil em 10/07/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Diálogo com São Mateus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___ Hei  São Mateus, parece que neste seu evangelho os ensinamentos estão todos misturados, isso é, com assuntos diferentes.
São Mateus ____Vejamos então o final do evangelho “ A Messe é grande mas os operários são poucos...”. O que faz primariamente os operários na Messe do Senhor?

___Bom, eles são anunciadores do Evangelho e do Reino...
São Mateus ___Está vendo? O evangelho começa a falar de um mudo que foi curado por Jesus e que, quando começou a falar, causou admiração no povo....Ele não falava de qualquer coisa mas anunciava a Boa Nova do Evangelho que o libertara da mudez...

___Então, os operários são poucos, porque a maioria não conhece as maravilhas de Deus e por isso estão “mudos”, não fizeram ainda essa experiência libertadora com Jesus?
São Mateus ___Isso mesmo, os poucos que têm, não atendem a demanda, as pessoas querem conhecer algo novo, querem ser libertas e terem algo a anunciar. Se os cristãos não anunciarem, quem irá anunciar?

____Bom, só falta uma coisinha São Mateus... e esse versículo que fala sobre este sentimento de compaixão de Jesus em relação á multidão?
São Mateus ___Jesus nosso Senhor e Mestre, presta atenção nas pessoas, não as vê como consumidoras de um produto, mas tem sensibilidade para perceber do que elas precisam. Por isso é movido de compaixão, sofre junto com elas, mas também junto com elas busca algo que as encante,  que dê sentido á sua vida.

____Tudo bem, mas aí no caso, só ele sozinho dava conta do recado! Se eram como ovelhas sem pastor, agora têm diante de si o melhor de todos os pastores. Por que o apelo para Deus envie mais operários?
São Mateus ____Essa multidão que Jesus vê e pela qual sente compaixão, é toda humanidade, a do seu tempo, anterior a ele, e a humanidade futura, que precisa ter uma esperança nova, algo inédito que lhes mude a existência. E aí é que entra a Igreja presente no mundo aí no ano de 2012. A Igreja, como Jesus, teve ser movida pela compaixão ás pessoas, percebendo que a real necessidade delas, para serem felizes e realizadas, é tomarem a consciência de que são filhas de Deus.

___Pronto São Mateus, fechou o pensamento: nossa Igreja é formada pelos operários que somos cada um de nós, e a nossa missão primeira é trabalhar na grande messe, anunciando o evangelho a todos, porém, nosso método de trabalho, deve ser exatamente igual ao método de Jesus, ter compaixão, sofrer junto com os que sofrem, e perceber suas necessidades básicas onde descubram a Deus que é todo amor, nisso consiste a Boa Nova anunciada.

2. Jesus percorreu todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas - Mt 9,32-38
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Quando não quero aceitar a realidade, procuro palavras e jogo com elas. Escondo-me atrás de discursos ideológicos para não ver o que de bom está acontecendo na vida de alguém. Um homem mudo começou a falar, um paralítico começou a andar, um cego começou a enxergar, um surdo começou a ouvir. Eu, porém, não vejo e não ouço, não ando até a pessoa beneficiada e não falo com ela, porque quem curou o mudo não é do meu partido, nem da minha igreja, é comunista, é capitalista, é socialista ou integrista. Muitos “istas” me impedem de ver o homem da margem integrado no centro. Dizia o Cardeal Martini que “as coisas importam mais do que as palavras. Não vale a pena levantar uma questão de palavras quando se trata de defender e de promover valores essenciais para a humanidade”. A cura do possesso mudo não trouxe nenhuma alegria aos fariseus, que preferiram não ver o fato e jogar com as palavras, dizendo que Jesus agiu “pelo chefe dos demônios”. O demônio expulsou o demônio e o homem foi curado! Aleluia!
Fonte: NPD Brasil em 07/07/2020

HOMILIA

O HOMEM QUE NÃO PERDE TEMPO

Como, onde, em que, porque, para que e com quem você gasta e perde o seu tempo? São perguntas que nos ajudam a entender o Evangelho de hoje. Olhando para a missão de Jesus e por isso também nossa missão, vemos que, Jesus não perdia tempo e, percorrendo todas as cidades e povoados, pregava o Evangelho do reino e ensinava nas sinagogas. Porém, Ele concretizava tudo o que anunciava, quando curava os enfermos, expulsava os espíritos maus, libertava os oprimidos, por compaixão. As pessoas não abrangiam a sua missão e julgavam-no com a mentalidade do mundo que não compreende quem trabalha simplesmente por amor. Neste Evangelho Jesus cura um homem mudo que estava possuído pelo demônio.
O demônio é o espírito das trevas e da escuridão, espírito de rebeldia e de injustiça. Ele nos faz mudos e tem poder sobre nós quando nos impede de expressar através dos nossos lábios o louvor que só a Deus é devido; quando não queremos nos pronunciar nem assumir compromissos, quando nos omitimos e não nos revelamos. Aí então, ele faz a sua festa e nos tornamos homens e mulheres, mudos, apáticos, sem compromisso, sem esperança, sem entusiasmo. Porém o poder e o domínio de Jesus são muito maiores do que a ousadia e a pretensão de satanás. Ele vem em nosso auxílio para nos tirar da ignorância e do pecado. Todavia, quando Jesus nos cura e nos tira do anonimato e da ignorância, as pessoas, muitas vezes, não compreendem o porquê da nossa transformação e nos julgam mal. Elas nos avaliam pelas aparências e não têm a coragem de se pronunciarem e de tirarem as suas dúvidas, nos apelidam de fanáticos e de radicais. Por isso, o Senhor continua pedindo ao Pai, trabalhadores para a sua messe. Ele olha as multidões e se compadece daqueles que vivem abandonados, cansados e abatidos.
Jesus veio inaugurar o tempo da misericórdia e, hoje como ontem, Ele conclama os Seus discípulos para serem trabalhadores da messe. “A messe continua grande, mas os trabalhadores são poucos.” As pessoas continuam como ovelhas sem pastor, abatidas, cansadas, desanimadas, sem esperança, até dentro das nossas casas e Jesus nos chama a ser trabalhador da Sua colheita. Nós acolhemos o chamado de Cristo quando fazemos tudo por amor.
A vivência do amor anima as pessoas enfraquecidas, enfastiadas e sem perspectiva. O amor vence o ódio e expulsa dos corações a intriga, a divisão, a incompreensão. Se fizermos como Jesus fez, estaremos sendo trabalhadores da Sua messe. Jesus nos convida a lançarmos mãos à sua missão. A não perdermos tempo com as coisas desta terra e deste mundo. Lembro lhe que quanto mais nós nos apresentarmos à vinha do Senhor mais, surdos e mudos serão curados.
Você já se sente liberto do demônio que paralisa os lábios do homem? Você conhece quando as pessoas à sua volta estão desanimadas e sem esperança? O que você diz a elas? Você tem ajudado a alguém pelo menos escutando e acolhendo? Você se considera trabalhador da messe de Cristo? Em que você tem empregado o seu tempo livre?
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles. Faça-me entender que o meu tempo só será proveitoso se eu o perder por vossa causa.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 08/07/2014

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 08/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

A mão poderosa de Jesus nos liberta do poder do maligno

Exorcize, mande para fora do seu coração todo o rastro do mal ou do maligno! A mão poderosa de Jesus, bondosa e misericordiosa, nos liberta do poder do maligno.

Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e enfermidade.” (Mateus 9,35)

Contemplamos a ação do Nosso Mestre Jesus, que não se cansava e que assumiu como missão da Sua vida resgatar a humanidade decaída, enferma, sofrida e, muitas vezes, cativa pelo poder do maligno. A mão poderosa de Jesus, bondosa e misericordiosa, nos liberta do poder do maligno; seja do maligno agindo, seja das obras más que este mesmo deixou neste mundo.
Quando o Reino de Deus é anunciado o mal é expulso e mandado para longe. Onde o Reino de Deus se faz presente o maligno não tem vez nem voz. A maneira de Jesus destruir a força do mal é justamente pregando o Evangelho do Reino de Deus.
Eu digo a você: onde o Evangelho é pregado a libertação acontece; onde nós somos levados a viver a força do Evangelho, ele nos liberta de toda ação do mal, seja ela direta ou indireta. Este homem mudo, que hoje é apresentado a Jesus, tido como possuído pelo demônio, de quem o Senhor expulsou o demônio, começa a falar, porque é assim que acontece quando nós expulsamos, no poder e na autoridade de Jesus, as forças malignas da nossa casa, da nossa vida e da nossa família, o Reino de Deus começa a acontecer.
Sabem, meus irmãos, quando permitimos que o mal esteja no meio de nós, acabamos falando mal uns dos outros e somos fustigados a fofocar, a caluniar e a criar intrigas. Mas quando expulsamos o mal, nós começamos a falar do bem, a proclamar o bem, a anunciar o bem e a fazer o Reino de Deus acontecer.
Deixe-me dizer a você: não se torne refém do mal nem o deixe ter poder sobre sua vida, sobre sua casa ou família! Exorcize e mande para fora do seu coração, da sua vida e dos seus, todo rastro do mal e do maligno e todo joio que ele semeou em nosso meio e todo espírito de discórdia e de confusão que possa haver. Porque dessa forma, as pessoas ficam mudas, não se falam, não se comunicam e não se entendem e, quando não há comunicação, quando as pessoas não se comunicam com clareza, reina a confusão, reina a acusação, reina a mentira, reinam as trevas.
Por outro lado, quando nós expulsamos o poder do mal, a força do Reino de Deus acontece no meio de nós. Preguemos o Evangelho, anunciemos o Evangelho, mas permitamos que ele nos liberte. Permitamos que a força, que vem do Senhor, cause libertação em nosso coração, porque assim vamos contemplar e proclamar as maravilhas de Deus no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos comunicadores da graça do Reino de Deus

Precisamos ser tocados, curados e iluminados por Jesus, para que Ele faça de nós um instrumento de Sua graça

“Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e enfermidade.” (Mateus 9,35)

O Evangelho de hoje começa nos apresentando um homem mudo que estava possuído pelo demônio. O demônio foi expulso do homem, e este começou a falar.
Há demônios que estão em nossa vida e nos levam a falar demais, a falar o que não devemos e o que não podemos. Há demônios que estão dentro de nós, repelindo-nos a falar da vida dos outros, a falar palavrões e coisas feias. Há demônios que estão nos repelindo a fazer o mal, que estão em nós, tirando-nos tudo e não nos deixando falar nada.
Alguns demônios não nos permitem comunicar; aliás, o demônio é aquele que interrompe qualquer boa comunicação para semear uma má, seja falando mais do que deveria ou o que não deveria falar, ou daquilo que deveria falar, mas não fala.
Jesus comunicava o Reino de Deus. E quando este é comunicado com graça, os demônios não agem, são expulsos. Precisamos ouvir Jesus, precisamos ser tocados, curados e iluminados por Ele, para que faça de nós instrumentos da graça.
Que não saia de nós palavras que destruam, que levam o mal para o coração das pessoas. Da nossa boca precisa sair o bem, aquilo que edifica, salva e faz nova todas as coisas. Onde Jesus chegava, a novidade do Reino acontecia, porque Ele anunciava o Evangelho no poder e na autoridade do Espírito, e expulsava os espíritos malignos.
Precisamos da presença de Deus onde estivermos, precisamos ser a presença d’Ele naquilo que falamos e expressamos, muitas vezes, pelo silêncio, ou falando o que é necessário e o que edifica.
Assim que o Espírito de Deus age em nós tornamo-nos verdadeiros comunicadores da graça do Reino dos Céus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 10/07/2018

HOMILIA DIÁRIA

Proclamemos o Evangelho de Jesus aos corações

“Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade.” (Mateus 9,35)

O apostolado de Jesus se resume nos verbos: percorrer, ensinar, pregar e curar. Primeiro, é necessário percorrer, ou seja, fazer o caminho, ir onde as pessoas estão.
Sei que, hoje, percorrer fica até mais fácil, porque temos os automóveis, os meios de locomoção e, mais ainda, temos os meios virtuais, a internet, os meios de comunicação. Mas não importa os meios, Jesus usou o meio que Ele tinha, que era andar; Jesus andava mesmo.
E precisamos também circular dentro da nossa casa, nos fazer presente no trabalho, na cidade com os vizinhos, com os amigos; o que não dá é  vivermos trancados dentro de nós, ocupados somente com as nossas coisas, pois não vamos ser missionários, não vamos ser presença amorosa de Deus. Por isso, percorra caminhos e distâncias para ser a presença amorosa de Jesus. Inclusive, percorrer, andar e correr faz muito bem para nós sermos a presença de Deus na vida do outro.
Ensinemos aquilo que de Deus nós aprendemos. Se Jesus ensinava nas sinagogas, precisamos ensinar em casa, nas redes sociais, ensinar onde estamos vivendo.

Não deixe de evangelizar e de catequizar a sua própria casa e  família, pregando o Evangelho do Reino de Deus

Mas só ensina aquele que aprende. Então, primeiro, aprendamos de Jesus, O escutemos e entremos na escola d’Ele para ouvirmos, e o que aprendermos com Ele, nós iremos ensinar.
Papai e mamãe, não deixem de ensinar as lições básicas de educação para os seus filhos, mas não deixe de evangelizar e de catequizar a sua própria casa e família, pregando o Evangelho do Reino de Deus.
Uma coisa é darmos o ensino que é o conhecimento, outra coisa é pregarmos, ou seja, fazermos impregnar no coração o Evangelho da Vida, para que ele fique marcado, corroborado e alicerçado dentro da alma e do coração.
Pregue o Evangelho, primeiro, com a própria vida e, depois, com as palavras. Precisamos falar de Jesus, proclamar o Evangelho d’Ele para os corações.
Pregue com simplicidade e humildade, mas não deixe de pregar. Jesus curava todo tipo de doença e enfermidade, precisamos ser sinal da cura de Deus, primeiro, deixar Ele nos curar, pois precisamos ser curados.
As pessoas entendem que a cura é só para quem está morrendo ou está com uma doença grave. Chegamos às doenças graves porque não cuidamos de nos prevenir delas nem cuidamos das pequenas enfermidades, que são grandes e estão escondidas dentro de nós, são as enfermidades da cabeça, da mente e do coração que nos fazem tão atormentados e vivemos num mundo de tormentos.
A Palavra de Deus cura e liberta, Jesus nos cura quando permitimos que a Palavra d’Ele penetre em nós e realize a Sua obra. Também vamos trazer cura para a casa, para a família, para onde formos percorrer para anunciarmos o Evangelho, se proclamarmos com o poder e a autoridade de Jesus nosso Mestre e Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/07/2020

HOMILIA DIÁRIA

Você é chamado a trabalhar na messe do Senhor

“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” (Mateus 9,37-38)

Meu irmão e minha irmã, quando olhamos para o mundo, vemos tanta gente carente; carente de uma companhia, carente de uma palavra. Vemos tantas pessoas e tantos irmãos, dentro da nossa casa, que estão perdidos como ovelhas que não têm pastor.
O Senhor estava ali com uma multidão ao Seu redor, muitas situações eram apresentadas a Jesus: pessoas endemoniadas, pessoas cegas, pessoas paralíticas eram apresentadas a Ele. E Jesus, como que não conseguia ali dar conta de tantas pessoas, de tantas situações que eram apresentadas a Ele. É por isso que Deus, na Sua bondade e misericórdia, quis contar com os discípulos e, ao contar com eles, deu poder também a eles.
Hoje, no entanto, o Senhor também verifica que eles estão realizando sim o trabalho, mas há uma necessidade de mais operários para a messe, por isso a oração que Ele pediu que se fizesse e pede também a nós.
“A messe é grande, mas os operários são poucos”. Vamos pedir, hoje, que Nosso Senhor chame operários para a Sua messe, que o Senhor chame homens e mulheres para a vida consagrada, para o sacerdócio (no caso dos homens), para a vida consagrada (as mulheres), mas também que o Senhor chame você, leigo e leiga, para o serviço do Reino.

Há uma necessidade de mais operários para a messe

Todos nós somos chamados a trabalhar na grande messe, e cada um dá a sua contribuição. Os sacerdotes, as religiosas, os diáconos — permanentes ou transitórios (que se tornarão sacerdotes) —, mas cada um dá a sua contribuição.
Mas você leigo também é chamado a dar a sua contribuição; a acolhida, o serviço pastoral, a pregação da Palavra, algum serviço aí na paróquia. O que é possível fazer? A messe é grande.
Não vamos deixar, meus irmãos, apenas para alguns realizar o serviço, não vamos terceirizar a evangelização. “Deixa que o padre faz”, “Deixa que a religiosa faz”. Não! Assuma também: “Eu faço parte da grande Igreja”, “Eu faço parte e sou também apóstolo do Senhor”. Coloque-se a serviço, não terceirize o serviço, mas faça a sua parte.
Evangelize também, estenda os seus braços, abra o seu coração, abra os seus ouvidos para tantas ovelhas perdidas, para tantos homens e mulheres que estão aí endemoniados, que precisam de uma palavra de libertação, que precisam da tua presença.
Que o Senhor use de você, que o Senhor use de mim, que o Senhor use de todos nós, dos membros consagrados, mas de você através do seu sacerdócio neste mundo (sacerdócio comum), que você seja sinal da presença de Nosso Senhor.
Que os demônios possam ir embora, que as doenças possam ir embora, porque chegou um filho de Deus, uma filha de Deus!
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/07/2022

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e coragem para vencer nossos comodismo e preguiça. Que nos coloquemos no caminho, seguindo o Mestre e proclamando que o teu Reino de Amor já está bem próximo – ele está dentro de nós! Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o teu Espírito, que mora em nós, nos dê força e perseverança para viver no teu Reino de Amor já aqui nesta terra abençoada e comunicá-lo com alegria e gratidão aos companheiros de jornada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/07/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto queremos amar, dá à tua Igreja o olhar compassivo de Jesus de Nazaré e a nós, o teu povo santo e pecador, coragem e força para segui-Lo na missão de anunciar ao mundo o teu Reino de Amor. Queremos ser operários de tua messe, e entregamos em tuas Mãos a nossa fragilidade, mas também o profundo desejo de servir aos nossos próximos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2020

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