sábado, 13 de julho de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 13/07/2024

ANO B


Mt 10,24-33

Comentário do Evangelho

O medo é contrário à fé

Como parte do discurso sobre a missão cristã (c. 10), o início da nossa perícope apresenta o ideal do discípulo de Jesus Cristo: a configuração da vida ao Senhor. Trata-se da dependência radical do servo ao seu Senhor; dependência que não é subserviência, mas aceitação livre de ser como o Mestre, que se fez servo de todos.
A vocação cristã é vocação para o serviço gratuito e generoso a Deus e aos irmãos. A comunhão e a identificação que caracterizam a relação do Pai e do Filho, devem caracterizar também a relação do discípulo com Jesus (Jo 14,10-11; 15,9-10). Essa comunhão liberta do medo que inibe a proclamação tipicamente cristã, cujo conteúdo é a vitória de Cristo sobre o mal e a morte.
O medo, nós o sabemos, é contrário à fé. Somente enfrentando e vencendo o medo é que discípulo será livre para, inclusive, entregar a própria vida por amor de Deus. Sem desapegar-se da própria vida, não é possível viver a existência em Cristo nem, por isso, se deixar conduzir pelo Espírito de Cristo.
A missão dos discípulos, não o esqueçamos, é tornar pública e prolongar na história a mensagem de Jesus (vv. 26-27).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem levar-me a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir adiante, com coragem.
Fonte: Paulinas em 12/07/2014

Vivendo a Palavra

Ouvimos hoje, mais uma vez, o Mestre dizendo: «Não tenham medo!» E pede que sejamos testemunhas dele perante os homens. Testemunhas que vivam os seus caminhos, que já são caminhos do Reino do Pai Misericordioso. Se for preciso e oportuno, que proclamemos com os lábios a nossa fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

que ouvimos em segredo, devemos proclamar à luz do dia. O anúncio do Reino de Deus exige coragem. Não deve consistir na repetição de lições que aprendemos, ou na transmissão de conhecimentos que adquirimos, mas no testemunho de uma vida transparente e alegre, na confissão de nossa entrega confiante ao Pai Misericordioso.

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos ensina e encoraja a descansar no ombro do Pai, a depositar nossa confiança nele. O extremo cuidado do querido Pai conosco – até ao ponto de contar os cabelos de nossa cabeça – dá-nos a certeza da sua Presença em nós e no meio de nós até o fim dos tempos. Em nós, Deus continua sua obra de Criação e, por meio de nossa missão evangelizadora, a libertação dos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2020

Reflexão

Aos homens, é impossível entrar no Reino de Deus, mas para Deus, tudo é possível. A salvação não é obra nossa, é ação divina sobre todos nós e é gratuidade do amor misericordioso do nosso Deus que vem ao nosso encontro. Mas, se é obra divina, por que devemos desenvolver o trabalho evangelizador? É porque o próprio Deus, que é amor infinito e poderia ter feito tudo sozinho, quis que todos nós participássemos da divina missão da salvação da humanidade, fazendo de todos nós colaboradores seus. Para nós, cabe corresponder a esse amor através do nosso sim e do anúncio desse Deus amoroso a todas as pessoas.
Fonte: CNBB em 12/07/2014

Reflexão

Jesus continua dando instruções aos apóstolos e aos cristãos de todos os tempos e lugares. Se o Mestre foi insultado e perseguido, o mesmo acontecerá com seus seguidores: “Se chamaram de Belzebu ao dono da casa, com que nome haverão de chamar aos familiares dele?”. Tribulações fazem parte da vida cristã. Mas os seguidores de Jesus terão a carinhosa assistência do Pai, que cuida dos passarinhos mais simples; a intervenção do Espírito Santo nos tribunais (cf. Mt 10,20); e a presença confortadora do próprio Jesus: “Eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus”. Em tempos de paz ou de perseguição, o evangelho deverá percorrer seu caminho e expandir-se: “O que lhes é dito aos ouvidos, o proclamem sobre os telhados”. “A Palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2,9).
Oração
Ó Jesus, nosso Mestre, é possível que, diante de aspectos negativos da missão cristã, teus discípulos tenham ficado assustados. Então os encorajas, afirmando-lhes que nada ficará sem o olhar providente do Pai celeste. Dá-nos perseverar no teu seguimento, Senhor, e recomenda-nos ao Pai. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 11/07/2020

Reflexão

O Mestre Jesus procura, com vários ditos, animar seus seguidores e livrá-los do medo diante das incompreensões da sociedade. Temos a mesma missão de Jesus, e as consequências da sua missão são também nossas consequências. Estamos atados aos riscos do seguimento de Cristo e ao mesmo tempo vivemos nas mãos do Pai que zela até pelos passarinhos. Ele nos acompanha em todos os nossos passos, nos conhece profundamente até os detalhes de nossa vida e abraça carinhosamente a criação inteira. As palavras de Jesus do texto de hoje nos revelam que a pertença à Igreja ou à comunidade não significa refúgio seguro e proteção contra as perseguições. Pertencer à família de Jesus significa ter fé nele e manifestá-la, com a vida mais do que com palavras. Envergonhar-se dele significa excluir-se de sua família e negar a filiação divina.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 09/07/2022

Recadinho

Ao longo de meus dias, o que mais temo? - Nem tudo depende de mim, mas posso fazer alguma coisa para melhorar o mundo? O que, por exemplo. - Para melhorar o mundo em que vivo, por onde devo começar? - Faço minha parte para que haja paz e compreensão? - Dou testemunho do Evangelho? Como e quando?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 12/07/2014

Meditando o evangelho

O MODELO DO DISCÍPULO

Basta olhar para a vida e o destino de Jesus para saber qual será a sorte de seus apóstolos. Não haverá engano! As reações provocadas pela pregação de Jesus seriam também provocadas pela pregação dos apóstolos. As perseguições desencadeadas por causa de seus milagres seriam também desencadeadas por causa do ministério dos apóstolos a serviço da vida. De certo modo, isto pode servir de referencial para a veracidade do seu ministério. Caso os apóstolos sejam cobertos de honrarias e recebam o reconhecimento dos grandes e poderosos, é sinal de que algo não está correto na sua pregação. É normal que as pessoas denunciadas por sua pregação se ergam furiosas contra eles.
A certeza de gozarem a proteção do Pai do céu devia tornar destemidos os apóstolos. Se o Pai cuida dos mais simples elementos da natureza, não haveria de se importar com os apóstolos de seu Filho? Nada haverá de suceder aos apóstolos fora de seu consentimento. Isto reforçar-lhes a coragem e dá-lhes forças para resistir.
Afinal, os apóstolos devem temer somente o Pai. Apenas ele tem o poder não só de tirar-lhes a vida física, como fariam seus perseguidores, mas também lançá-los na condenação eterna. Como Jesus foi temente ao Pai, o mesmo deveriam fazer seus apóstolos.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, faz-me seguir teus passos, especialmente, nos momentos difíceis da missão, sem renegar-te jamais.
Fonte: Dom Total em 12/07/201414/07/201811/07/2020 09/07/2022

Oração
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 12/07/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um exemplo de Fé, que não veio da Comunidade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há dois anos, acompanhei o meu pároco em visita ao Hospital, levando a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que todos os anos visita a nossa cidade. Fomos escoltados por uma viatura da PM e ao chegar no Hospital, o Sargento que estava na viatura aproximou-se do Padre e pediu para tirar uma foto com a imagem e que também queria uma bênção sobre ele.
Achei interessante porque na sua profissão de policial graduado, certamente atua com rigor com os marginais, demonstra ser alguém firme, e até insensível, que só crê no poder que exerce na sociedade, entretanto, na hora da bênção, tendo nas mãos a imagem de Nossa Senhora, eu o vi derramando lágrimas, emocionando até mesmo os seus dois comandados. Mas logo depois voltou a ser o sargento rigoroso e disciplinado, orientando o trânsito e abrindo espaço para passarmos em meio a centenas de pessoas que ali estavam mais a nossa frente à entrada do Hospital.
Associei esse episódio ao evangelho de hoje. Com certeza os discípulos de Jesus não “morriam de amores” pelos oficiais romanos, afinal, eles representavam o poder institucional, talvez até pensassem em alguma represália quando o viram aproximar-se de Jesus, mas naquele dia ele não estava a serviço, embora estivesse fardado. E o homem que comandava cem soldados SUPLICOU a Jesus, por um servo que estava enfermo. Ele não pertencia à comunidade Israelita, nada conhecia das promessas dos Profetas ou das Leis de Moisés. Era apenas alguém a serviço do Sistema, mas...tinha um coração aberto e disponível ao dom da Fé e reconhece algo especial em Jesus de Nazaré, diferente dos líderes religiosos que tinham o coração fechado ao transcendente.
Por causa disso, sua relação com o próximo é diferente, vem suplicar a Jesus pelo seu servo, alguém que está a seu serviço e que se encontra gravemente enfermo e paralítico em uma cama. Jesus vê tudo isso naquele Centurião Romano e corresponde com generosidade “Eu irei e o curarei”. E aqui mais uma surpresa para todos... ir á casa de um oficial certamente era algo que dava status, afinal, ele era alguém importante. Mas o Centurião inverte esse quadro, considera-se indigno da Graça que está para alcançar, não é da comunidade, não frequenta o tempo ou a sinagoga, não oferta o dízimo e nem é piedoso. Sente-=se pequeno diante daquele que seu coração descobriu e experimentou, aquele que tudo pode…e manifesta mais uma vez a sua Fé autêntica, desprovida de qualquer merecimento, porque se trata de um dom: “Senhor, não sou digno que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e meu servo ficará curado”.
E o seu testemunho de Fé foi exaltado por Jesus que o contrapõe a Israel e suas tradições patriarcais. E a Igreja, Sábia Mestra, adotou essas palavras para nos colocar diante da Grandeza de um Deus que se rebaixa diante do Homem na Eucaristia, “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizeis uma só palavra e minha alma será salva”. Esse é o canto do Centurião, que perpassa já três milênios de história, na boca dos que creem mas sabem que a Fé é dom, dado com a Graça imerecida...

2. O servo não está acima do seu senhor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Para o discípulo, basta ser como o Mestre, o que não é pouco. Somos discípulos de Jesus Cristo e queremos ser parecidos com ele, sabendo que, apesar de todo o bem que fez, teve que aguentar muitas críticas. Nada, porém, o paralisou. Seguiu adiante caminhando decididamente para Jerusalém, sabendo que seus dias terminariam na cruz. Sofreu em sua humanidade, experimentou o que é próprio nosso, menos o pecado, para poder nos animar e nos dizer: “Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma!”. Não ter medo porque valemos muito aos olhos do Pai. E não ter medo de se declarar a favor de Jesus diante dos outros.
Fonte: NPD Brasil em 14/07/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Ser Cristão é sempre um risco...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Muitos nos dias de hoje, ainda confundem cristianismo com a “Pax Romana”, vivem mudando de igreja e um dia afirmam convictos “Nessa igreja eu me sinto em paz...”. As palavras de Jesus neste evangelho acabam com essa ideia errônea de que, a pertença á Igreja significa refúgio seguro, livres de qualquer tempestade. E realmente há muitos que se “escondem” nas comunidades, pastorais e movimentos, achando que ali estão a salvos dos males do mundo, e basta esperarem o final dos tempos, porque o “jogo” está ganho, e a salvação é certa.
Jesus pede para que não nos escondamos, mas que façamos o anúncio á luz do dia, de cima dos telhados, sem medo. Na América latina ainda temos o privilégio de professarmos livremente a nossa Fé, vivendo em nossas comunidades, mas há regiões do mundo onde isso não é permitido, as igrejas são invadidas, destruídas, incendiadas, e seus membros, homens, mulheres, jovens e crianças, são mortos de maneira covarde.
O pensamento e o espírito do evangelho serão sempre combatidos pelas forças contrárias, os poderes do mal pensam de maneira ingênua como pensaram os opositores de Jesus, que a morte do anunciador do evangelho é o fim do projeto cristão, e por isso Jesus lembra que o Pai não descuida um momento sequer, dos que combatem pelo Reino.
E poderíamos concluir com uma frase bela e bastante conhecida, que nesse caso é autêntica e verdadeira “Os poderosos poderão arrancar algumas flores, mas não conseguirão impedir que o jardim floresça”. Exatamente assim é o Reino de Deus.

2. O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor - Mt 10,24-33
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Continua o Discurso de Jesus aos discípulos missionários. Ele é o Mestre, enfrentou a vida e morreu na cruz. Quis morrer debaixo de holofotes, quando poderia ter morrido como Santo Atanásio, de quem se diz que “em sua caminha adormeceu no Senhor”. Por isso canta o povo, ao meditar a paixão do Senhor, que “um cristão não é de rosas que se deve coroar”, mesmo sabendo que roseira tem espinhos. “Não tenham medo!”, diz Jesus três vezes. O anúncio será feito, a Palavra será conhecida, será proclamada nos telhados. Depois que tudo passar, Jesus vai se declarar pelo discípulo diante do Pai. Não é alienação. É esperança animada pela fé na causa abraçada.
Fonte: NPD Brasil em 11/07/2020

HOMILIA

A CONFIANÇA NA DIVINA PROVIDÊNCIA

O evangelho de hoje traz várias instruções de Jesus a respeito do comportamento que os discípulos devem adotar durante o exercício da sua missão. O que mais chama a atenção nestas instruções são duas advertências: (1) a frequência com que Jesus fala das perseguições e aos sofrimentos que eles vão ter; (2) a insistência três vezes repetida para o discípulo não ter medo.
Estes dois versículos são a parte final de uma advertência de Jesus aos discípulos a respeito das perseguições. Os discípulos devem saber que, pelo fato de serem discípulos de Jesus, vão ser perseguidos (Mt 10,17-23). Eles não poderão reclamar nem ficar preocupados com isso, pois um discípulo deve imitar a vida do mestre e participar com ele nas provações. Isto faz parte do discipulado. “O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. Para o discípulo basta ser como o seu mestre, e para o servo ser como o seu senhor”. Se chamaram a Jesus de Belzebu, quanto mais vão insultar os discípulos dele. Com outras palavras, o discípulo de Jesus só deverá ficar preocupado seriamente no caso em que não aparecer nenhuma perseguição em sua vida.
Os discípulos não devem ter medo dos perseguidores. Estes conseguem perverter o sentido dos fatos e espalham calúnias a ponto de a verdade aparecer como mentira, e a mentira como a verdade. Mas por maior que seja a mentira, a verdade acabará vencendo e derrubará a mentira. Por isso, não devem ter medo de proclamar a verdade, as coisas que Jesus ensinou. Hoje em dia, os meios de comunicação conseguem perverter o sentido dos fatos e fazem aparecer como criminosos as pessoas que proclamam a verdade; fazem aparecer como justo o sistema neo-liberal que perverte o sentido da vida humana.
Os discípulos não devem ter medo daqueles que matam o corpo, que torturam, machucam e fazem sofrer. Os torturadores podem até matar o corpo, mas não conseguem matar neles a liberdade e o espírito. Devem ter medo, isto sim, de que o medo do sofrimento os leve a esconder ou a negar a verdade e, assim, os faça ofender a Deus. Pois quem se afasta de Deus se perde para sempre.
Os discípulos não devem ter medo de nada, pois eles estão na mão de Deus. Jesus manda olhar os passarinhos. Dois pardais se vendem por poucos centavos e, no entanto, nenhum pardal cai no chão sem o consentimento do Pai. Até os cabelos na cabeça estão contados. Lucas diz que nenhum cabelo cai sem a licença do Pai (Lc 21,18). E caem tantos cabelos! Por isso, “não tenham medo. Vocês valem muito mais que muitos pardais”. É a lição que Jesus tirou da contemplação da natureza.
No fim, Jesus resume tudo nesta frase: “Portanto, todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante do meu Pai que está no céu. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, eu também o renegarei diante do meu Pai que está no céu”. Sabendo que estamos na mão de Deus e que Deus está conosco a cada momento, teremos a coragem e a paz necessárias para dar testemunho de sermos discípulos e discípulas de Jesus.
Você tem medo? Medo de que? Por quê? Veja o que São Paulo diz: Se Deus é por nós quem será contra nós? Você já sofreu ou já foi perseguido ou perseguida por causa do seu compromisso com o anúncio da Boa Nova de Deus que Jesus nos trouxe? Nunca se esqueça, a DIVINA PROVIDÊNCIA ajuda a quem n’Ela confia.
Pai, que a perseguição malvada dos que pretendem levar-me a ser infiel à missão recebida de Jesus jamais me impeça de seguir adiante, com coragem o Seu chamado que consiste em ser santo como Vós sois Santo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 12/07/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 12/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não tenhamos medo de testemunhar a presença de Deus!

O que nos faz discípulos de Jesus é testemunhar, com nossos atos e nossas atitudes, que nós cremos que Jesus é o Nosso Senhor!

Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus.” (Mateus 10, 32)

O apelo de Jesus, hoje, ao nosso coração, é para que não tenhamos medo nem receio de testemunhar a presença de Deus em nossa vida. Existem, em muitos lugares, os chamados cristãos anônimos, existem os chamados judeus messiânicos, porque, nesses lugares, não se é permitido assumir a fé cristã. Em muitos países de outras tradições religiosas se declarar cristão se torna um crime.
E como é que se faz para ser cristão nesses lugares? Acima de tudo pelo testemunho de vida; os cristãos não devem ser apenas conhecidos pela cruz no pescoço, pelo terço que carregam ou pela Bíblia debaixo do braço, mas sim pelo testemunho de vida, testemunho de oração, de comunhão com Deus, aquela oração pessoal que se desemboca na vida prática, na capacidade de amar o próximo, o semelhante; na capacidade, acima de tudo, de perdoar como só um discípulo de Jesus sabe fazê-lo.
Nós temos um diferencial, não é porque a nossa religião seja melhor ou mais importante do que as outras. É porque a força do Evangelho, em nós, nos chama, nos ajuda e nos encoraja a sermos sal, luz e fermento no mundo. Ser sal, luz e fermento no mundo significa viver de forma genuína a mensagem do Evangelho em nosso coração.
O perdão para nós é força de vida! Amar quem não nos quer bem é decisão evangélica, por isso, esses cristãos [onde há perseguição religiosa] vivem no mundo em que estão impedidos de viver a sua fé pelo testemunho.
E se onde nós estamos há liberdade de culto, liberdade de pregar o Evangelho, aí é que não podemos relaxar, aí é que o nosso testemunho precisa ser mais convicto. Não é o fato de carregarmos uma cruz e lermos a Bíblia ou de irmos para a igreja que nos torna melhores ou maiores cristãos – isso nos torna até mais responsáveis. Mas o que nos faz discípulos de Jesus é testemunhar, com nossos atos e nossas atitudes, que nós cremos que Jesus é Nosso Senhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 12/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus nos conhecerá diante do Pai quando nós O reconhecermos

Jesus nos conhecerá diante do Pai quando nós O reconhecermos na nossa vida, nos nossos atos, nas nossas atitudes

“Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 10,32-33)

Há uma cena que precisa estar gravada em nossa mente, na nossa fantasia e dentro do nosso coração. Quando partirmos desta vida, iremos para o tribunal de Deus; e diante desse tribunal, estará Jesus nos apresentando ao Pai, dizendo: “Esse é meu discípulo. Esse faz parte do meu Reino. Vinde, abre as portas para ele”.
Outra cena, que pode acontecer, é Jesus dizer diante do tribunal: “Pai, esse eu não conheço. Esse nunca se declarou para mim”. Podemos até dizer: “Senhor, eu estava lá, eu tinha o terço na mão. Eu ia às missas. Eu comungava. Eu fazia parte do grupo de oração. Eu fazia parte do apostolado. Eu falava em Seu nome. Eu partilhava as homilias diárias. Eu rezava mil Ave-Marias”.
Jesus nos conhecerá diante do Pai quando nós O reconhecermos na nossa vida, nos nossos atos, nas nossas atitudes, em tudo aquilo que fizermos, quando não tivermos vergonha de ser discípulos d’Ele nem de declarar o nosso amor por Ele. Não estou falando de pieguismo ou exageros, mas de testemunho de vida, de não termos medo nem vergonha de testemunhar que amamos Jesus, que a nossa vida tem sido transformada e mudada por Ele, por isso somos diferentes.
No nosso trabalho, onde nos encontramos, onde estamos, muitas pessoas não creem da mesma forma que nós cremos. Não precisamos julgar nem condenar ninguém, precisamos dar testemunho de vida. Na nossa família, muitos não conhecem ou, se conhecem, não seguem Jesus. É o lugar do testemunho de vida e de coerência. Muitas pessoas deixam de segui-Lo, porque os discípulos de Jesus não dão testemunho, não testemunham com a própria vida o amor a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
Alguns comportamentos são fundamentais, não nos deixemos corromper. Em um mundo onde é muito comum as falcatruas e vantagens, a melhor maneira de testemunhar Jesus é não se deixar contaminar por essa mentalidade. Num mundo onde as pessoas profanam tudo, onde a maldade está presente nas mínimas relações, não faça a mesma coisa, seja diferente, porque vai ser diferente a forma como Jesus vai nos apresentar ao Pai no dia do julgamento. “Sim, meu Pai, esse eu conheço. Esse não me negou nem me renegou, é meu discípulo”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/07/2018

HOMILIA DIÁRIA

Cuidemos bem da nossa vida espiritual

“Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e corpo no inferno!” (Mateus 10,28)

A primeira coisa é que não podemos ser movidos pelo medo, e são muitas as coisas que nos causam medo. A sociedade em que vivemos nos amedronta, são tantos desastres e barbaridades que, realmente, criam um clima de pânico e pavor. Mas só vamos ser movidos pelo medo do mundo em que estamos se a vida para nós for somente a vida corporal e física. E a todo momento temos medo de perder essa vida.
Não só medo dessas coisas desastrosas, mas estamos vivendo em meio a tantas doenças, enfermidades, temeridades e fragilidades, que tudo nos leva a temer. Aqui, o medo se torna o mal maior, porque ele atrai aquilo que tememos, aquilo que estamos trazendo para dentro de nós, por isso não podemos ser movidos por ele.
Precisamos ser movidos pelo cuidado, que é muito diferente. Cuidarmos da saúde, da segurança; sermos vigilantes, prudentes, determinados, não nos expormos ao perigo, mas vivermos uma vida preventiva, prevenindo-nos do mal, das doenças e enfermidades. Isso sim é nos cuidarmos! O medo não resolve, pelo contrário, ele atrai, alicerça e nos deixa até mais doentes e enfermos. Digo mais: poderíamos viver mais e melhor a vida se ela não fosse movida pelo medo.

Não cuidamos da nossa vida espiritual, e vamos perdendo o elo com o que é divino e sagrado

O medo, além de psicologicamente nos enfraquecer, traz para a nossa psique fantasmas, fantasias, temores e terrores. Então, precisamos, de toda e qualquer forma, expulsar e exorcizar o medo que bate à nossa porta e ao nosso coração. E cuidar para que o medo não nos dirija, para que não vivamos na atenção necessária em meio a tantas tensões do dia a dia.
De Deus nós precisamos ter um profundo amor, e nosso único temor deve ser perder o amor d’Ele. Por Deus nunca perdemos, porque Ele jamais nos abandona, Ele jamais se aparta de nós. No entanto, somos cegos, egoístas e orgulhosos, preocupamo-nos só com a vida material, em viver mais e melhor, só em cuidar para não morrer, e vamos morrendo para Deus sem perceber.
Não cuidamos da nossa vida espiritual, e vamos perdendo o elo com o que é divino e sagrado; e a vida sagrada vai perdendo o gosto e o sabor dentro de nós. Vamos perdendo a comunhão com Deus, a noção do que é pecado, do que é certo e errado, e vamos levando a vida. É com isso que precisamos, na verdade, nos preocupar: em não perder a vida da graça. Quanto à vida aqui, até os últimos cabelos da minha cabeça estão contados, porque tenho um Deus que cuida de mim.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/07/2020

HOMILIA DIÁRIA

Não tenha medo de acolher o Senhor em sua vida

“Não tenhais medo deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!” (Mateus 10,26-27)

O Senhor falava, ontem mesmo, a respeito da perseguição com relação aos familiares. Aquele que segue, que serve o Cristo passará por provações, passará por dificuldades até mesmo entre os seus, entre aqueles que são de sua casa. E também houve essa conversa ou esse boato e essa acusação de que Jesus realizava as curas em nome do demônio, de Belzebu.
Jesus explicou: uma casa dividida não subsiste, ela não se edifica, não permanece. Somente a casa unida, aqueles que estão em consonância, aqueles que estão em comunhão com Nosso Senhor conseguem realizar as obras d’Ele. Por isso que o Senhor realizava as obras do Pai, as curas, os milagres, o anúncio que gerava conversão, porque Ele estava unido ao Pai.
Não era por obra do demônio que Ele realizava, mas por obra de Deus, pela mão de Deus. E o Senhor dizia aqui, e instruía e nos instrui: “Olha, não tenhais medo deles, nada há de encoberto que não venha a ser revelado”, “Olha, uma hora a casa vai cair”, “Uma hora…” Eles não vão conseguir manter esse discurso, porque, infelizmente, os fariseus mantinham ali um rosto, uma caricatura, mas não traduziam com a vida.

Não tenhamos medo de portar essa Boa Nova e de levá-la, mesmo diante da perseguição

Então, nada há de encoberto que não venha a ser descoberto. Tudo vem à luz. Na caminhada as coisas vêm, virão à luz. Nada há de encoberto que não seja conhecido.
“O que eu digo na escuridão”, o que o Senhor disse a eles no ‘tu a tu’, no momento que o Senhor estava ali com eles, deveriam proclamar sobre os telhados.
Aqui, temos também a nossa evangelização através dos meios de comunicação, fazemos essa leitura, mas também fazemos a leitura de que aquele que está em comunhão com o Senhor, comunica o Senhor, comunica Aquele do qual ele está em comunhão. Então, na intimidade com o Senhor, na oração, comunique-O sobre os telhados, comunique-O através dos meios de comunicação, comunique-O com a sua vida, com o seu testemunho.
Não tenhamos medo de acolher Nosso Senhor, de levar Nosso Senhor, de anunciar Nosso Senhor. Não tenhamos medo de portar essa Boa Nova e de levá-la, mesmo diante da perseguição. Porque tudo vale a pena, meus irmãos, se fizermos por amor a Nosso Senhor, e Ele vai nos capacitar para sermos Seus instrumentos na vida dos nossos.
Proclamemos nos telhados, proclamemos com a nossa boca que Jesus Cristo é o Senhor. E que muitos que estão por aí possam captar essa mensagem. A perseguição só nos fortalece ainda mais e deve nos fortalecer para irmos além, para irmos mais longe ainda.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/07/2022

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria, força e perseverança para que sejamos uma Igreja livre e corajosa. Que o juízo do mundo não modifique nossa maneira de seguir o teu Filho Unigênito, o Cristo Jesus, feito humano como nós, e que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para cumprir a missão de discípulos missionários do teu Reino, que assumimos em nosso Batismo. Faze-nos testemunhas vivas do teu Amor por todos nós, teus filhos – Amor que foi vivido e ensinado pelo Cristo Jesus, teu Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO FINAL
Pai cheio de misericórdia, dá-nos a consciência de tua Presença em tua Obra. Infunde-nos também a coragem necessária para viver conforme a tua Vontade e testemunhar diante dos homens o teu Amor de Pai – que tem ternura materna. Ensina-nos a anunciar, com o testemunho de nossa vida, o teu Reino de Amor já presente em nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2020

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