ANO C

Mt 13,44-46
Comentário do
Evangelho
O Reino dos céus é comparável a bens que ultrapassam em valor o que se pode imaginar.
Falar de tesouro e de pérolas preciosas é falar
de valores, ou melhor, do valor do Reino dos céus.
Três verbos caracterizam as duas parábolas:
“encontrar” (v. 44), “procurar” (v. 45) e “encontrar” (v. 46). As duas parábolas têm em comum esta
expressão: “... vende todos os seus bens e compra...”.
A diferença entre as duas parábolas é a seguinte:
na primeira, o homem encontra o tesouro, sem buscá-lo; na segunda, ele procura
a pérola preciosa. Estas duas parábolas são inseparáveis e complementares. Por
isso, há de se supor que o comerciante que compra a pérola experimenta a
mesma “alegria” que o homem que compra o campo por causa do tesouro.
A conclusão que se pode tirar destas parábolas é
relativamente simples: o Reino dos céus é comparável a bens que ultrapassam em
valor o que se pode imaginar. A quem o encontra é exigido o engajamento de toda
a vida para adquiri-lo. Possuí-lo é uma grande alegria.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me
do que me impede de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se
apegue a coisa alguma deste mundo.
Fonte: Paulinas em 31/07/2013
Vivendo a Palavra
O Reino do Céu é o tesouro que descobrimos dentro
de nós. Quando o encontramos, vendemos o que possuímos. Vencendo nosso egoísmo,
desejos e paixões, colocamos o que temos a serviço da comunidade e assim
tomamos posse do tesouro, compartilhando-o alegremente com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/07/2013
VIVENDO A PALAVRA
O Reino do Céu é o tesouro que descobrimos
dentro de nós. Mas, apenas o encontramos. Ainda não o possuímos. Devemos vender
tudo que temos e, vencendo egoísmo, desejos e paixões, repartir o produto da
venda entre os pobres. Entraremos, só então, na posse do tesouro que achamos,
para compartilhá-lo alegremente com os irmãos.
Reflexão
O Evangelho de hoje nos mostra a parábola na qual
Jesus compara o Reino de Deus com um tesouro e com uma pérola. A comparação com
o tesouro nos mostra o valor que o Reino de Deus deve ter nas nossas vidas, um
valor que não pode ser superado por nenhum outro valor deste mundo. A pérola
nos mostra a preciosidade inigualável que é o Reino de Deus para todas as
pessoas. E tanto o valor como a preciosidade do Reino de Deus significam que
todas as outras coisas perdem sua importância diante dele e só têm sentido enquanto
contribuem para que o homem possa chegar até Deus.
Fonte: CNBB em 31/07/2013
Reflexão
Duas comparações aplicadas ao Reino dos Céus. Em ambas
destacam-se: uma descoberta muito valiosa (tesouro e pérola) e venda de todas
as posses em vista de comprar o bem maior recém-encontrado. Assim é o Reino dos
Céus: uma realidade de suma importância. Não basta, porém, tomar conhecimento
de sua preciosidade; é necessário largar os bens materiais, a fim de
entregar-se totalmente à nova descoberta. Jesus quer nos enriquecer de bens
superiores, por isso pede que renunciemos aos bens inferiores. São Paulo reconhece:
“Considero tudo como perda, diante do bem superior que é o conhecimento de
Cristo Jesus” (Fl 3,8). Quem começa a fazer parte do Reino de Deus experimenta
indizível alegria com a certeza de estar fazendo a melhor aplicação de sua
vida.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz
Miguel Duarte, ssp)
Meditação
Jesus me ensina que o Reino do Pai é um grande
tesouro. Acredito nisso? Demonstro a fé que tenho através de atos concretos? -
Estou convencido de que vale a pena perder tudo para ganhar o tesouro do Reino
de Deus? - Valorizo a vida que Deus me deu? - Procuro produzir frutos em vista
do Reino dos Céus? Jesus quer que cada um de nós seja sinal de sua presença no
mundo!
Padre Geraldo Rodrigues,
C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 31/07/2013
Meditando o evangelho
O VALOR INFINITO DO REINO
Quanta coisa o discípulo deixa de lado quando abraça o Reino! O
eventual sentimento de perda – por ter que abrir mão de coisas às quais se
tinha apegado – é superado quando descobre o valor infinito do Reino de Deus.
O Reino e Deus não são duas entidades distintas. São uma só e
mesma coisa. O Reino é Deus atuando na história humana com o fito de resgatá-la
do pecado. É o Criador buscando libertar a criatura humana de tudo quanto a
oprime e a mantém escravizada. É o Senhor de todas as coisas que recupera o
senhorio absoluto sobre cada ser humano e sobre a História, instaurando o
regime do perdão e da graça. É o triunfo da misericórdia, da solidariedade, da
partilha, da fraternidade, da justiça!
Existem elementos claramente incompatíveis com o Reino. O
discípulo desde logo reconhece ser impossível combiná-los com a sua opção, e
percebe a importância de deixá-los de lado. Entretanto, existem bens que não
são incompatíveis com o Reino. No entanto, em determinado momento, o discípulo
descobre tratar-se de bens menores que devem ser substituídos por um bem maior.
Os personagens da parábola são um exemplo de esperteza: chegam a
uma decisão rápida e inteligente. Assim deve agir o discípulo quando se
defronta com o Reino e descobre seu valor infinito: "vender tudo quanto
possui" para adquiri-lo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me do que me impede
de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se apegue a coisa
alguma deste mundo.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. RADICAL
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom
Total a cada mês).
A relação do discípulo com o Reino deve ser de
exclusividade. Em sua vida, nada pode apresentar-se como concorrente desse
Reino, pois este tem a primazia em tudo, deve ser o ponto de referência para
tudo, o eixo de sua existência. E tudo isto se explica como adesão e serviço
total ao Reino.
Jesus comparou a radicalidade desta opção com o
gesto de um homem que, ao descobrir um tesouro escondido num campo, cheio de
alegria vendeu quanto possuía e adquiriu aquele campo. Essa descoberta levou-o
a redimensionar o valor de suas propriedades. A posse do tesouro justificava
desfazer-se de tudo o mais.
Outro ponto de comparação foi a atitude de um
comerciante de pérolas preciosas: ao encontrar uma de grande valor, decidiu
desfazer-se de todos os seus bens, só para adquiri-la. A posse da pérola levou-o
a dar uma reviravolta em sua vida: todas as demais pérolas que possuía, bem
como outras eventuais propriedades, pouco valor tinham para ele. A posse da
pérola preciosa era suficiente para fazê-lo feliz.
O mesmo se passa com o Reino. Ele constitui a alegria
do discípulo, embora tivera de renunciar ao que antes lhe parecia precioso.
Por causa do Reino, o discípulo é capaz de tomar decisões radicais.
Oração
Senhor Jesus, que eu me desfaça, com coragem e
alegria, de tudo quanto me impede de colocar o Reino como centro de minha vida.
Fonte: NPD Brasil em 31/07/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O Reino de Deus é
para todos
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim – SP)
Muda-se o contexto, mudam-se os ouvintes, provavelmente Jesus
acabou de chegar do campo e entrou na cidade, lá na zona rural o Reino era
semente e fermento, agora na cidade ele é um tesouro e uma pérola preciosa. A
diferença entre as duas parábolas é que agora, descobrindo este reino dentro de
si, é preciso tomar a decisão: que importância tem o Reino na minha vida? Jesus
e seu evangelho é apenas mais uma Filosofia de Vida entre tantas, ou é o único?
O Reino de Deus não é uma mercadoria exposta na vitrine, em meio a outras.
Ao descobrir o tesouro escondido em um sítio, o homem da
primeira parábola o escondeu de novo. Ninguém sabia que ele já tinha descoberto
o tesouro, era alguém em meio a multidão, porém sentia-se especial pois o
tesouro descoberto tornara-se a coisa mais importante da sua vida, mas para que
fosse seu, teria de abrir mão de tudo o mais que possuía e foi o que fez...
Mas qual a diferença entre as duas parábolas que parecem tão
iguais? Na primeira, o homem encontrou o tesouro por acaso, e na segunda o
negociante estava à procura de uma preciosidade. Isso significa dizer que de
algum modo, Deus revela o seu reino a todos os homens, nenhum ser humano
passará por esta vida sem que a Graça de Deus o toque e o alcance. É uma
ocasião única que ele deve aproveitar bem, descobrindo que vale a pena
relativizar tudo nesta vida, aceitando como absoluto apenas Deus e os desígnios
do seu Reino, que Jesus um dia plantou no meio de nós.
Ocorre que muitas vezes, jogamos toda a nossa existência fora,
por causa de “quinquilharias” que nada valem, ou de certas pérolas reluzentes,
mas que são falsas e não tem valor algum e que passamos vida inteira correndo
atrás.
2. Cheio de alegria, vai vende tudo!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por
Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O Reino é como o tesouro e a pérola. Vale mais do que tudo. O
primeiro comprador comprou o campo no qual estava o tesouro. Seu interesse não
era o campo, era o tesouro, mas, para poder ficar com o tesouro, aceitou ficar
com o campo também. Assim é a vida. Queremos o tesouro e não o campo, mas
levamos o campo de acréscimo. Aceito o campo, aceito as pessoas, o ambiente, as
circunstâncias com suas limitações, mas o que busco é o tesouro. O Reino vale o
tesouro que está no campo e tem a beleza de uma pérola. Vale a pena lutar por
ele quando se descobre o seu valor. Foi assim que Jacó aceitou trabalhar sete
anos para seu sogro Labão, que não lhe deu Rebeca, deu-lhe Lia, coberta com o
véu e só descoberta mais tarde. Outros sete anos trabalhou Jacó até ficar com
Rebeca. Venha a nós o vosso Reino, rezamos no Pai-Nosso. Eu o quero, mas nem
por agora o tenho. Jesus não diz o que é o Reino. Diz que é semelhante a alguma
coisa, porque o Reino é ele mesmo em nós. Há uma convicção de fé que nos
impulsiona na busca desse Único Valor. Muitos na Igreja de Jesus têm essa
convicção e buscam a face do Senhor com esforço inaudito, olhando para a frente
sem ilusões. Estamos no campo onde há um tesouro. Há um tesouro e há outras
coisas também, que nos ajudam e nos atrapalham. O que não podem é nos distrair,
desviando-nos da busca do tesouro que queremos. Lembre-se: onde está o seu
tesouro, aí está seu coração.
HOMILIA DIÁRIA
Um tesouro para o nosso coração
O Reino dos Céus é um
verdadeiro tesouro escondido. Tesouro para a nossa alma. Um tesouro para o
nosso coração.
Hoje, a Liturgia nos dá a graça de celebrarmos
Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus (os jesuítas), tão
importante na evangelização do Brasil.
Lembrando os seguidores de Santo Inácio entre
nós, tivemos o padre Manoel da Nóbrega, o beato José de Anchieta e tantos
outros. E é claro, lembramos nesse dia do nosso Papa Francisco, que também
pertence à Companhia de Jesus.
Santo Inácio de Loyola foi muito importante pelos
seus “Exercícios Espirituais”, que nos ajudam a meditar com muita profundidade
e fazermos o discernimento do que é de Deus e do que não é de Deus, daquilo que
edifica a alma e daquilo que não a edifica.
Por isso, a riqueza de Santo Inácio de Loyola nos
ajuda a compreender a importância do Reino dos Céus em nossa vida, porque esse
Reino é um verdadeiro tesouro escondido. Tesouro para a nossa alma. Um tesouro
para o nosso coração.
Esse Reino é comparado a pérolas preciosas.
Quando alguém encontra um tesouro, ele o esconde num lugar muito especial.
Primeiramente, para proteger, guardar, ter segurança. E também para não perder
esse tesouro.
Ninguém quer perder tesouro, perder ouro ou uma
pérola de valor inestimável. E aí eu quero dizer a você: não existe nada mais
precioso, mais valoroso – para aquele que encontrou o sentido da vida no
Evangelho de Cristo – do que o próprio Jesus.
Mas se você não cuida, não valoriza, não dá o
valor que esse tesouro tem, você corre o risco de perdê-lo!
Saibamos, na nossa vida, ter todo o cuidado, e a
cada dia mais renovar esse cuidado pelas coisas preciosas que são os tesouros
do céu.
Que preciosa é a Palavra de Deus! Que respeito eu
preciso ter para com ela! Que lugar especial deve ocupar a Palavra de Deus na
minha vida, de modo a não considerá-la como uma coisa entre tantas outras.
Se eu sei dar valor ao tesouro, esse tesouro faz
da minha vida também uma coisa muito preciosa.
Que Deus abençoe você. E que no dia de hoje, você
saiba discernir o que é de Deus daquilo que não é de Deus.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, faze-nos conscientes da presença do
teu Reino em nós e entre nós, manifestado por seus sinais. Dá-nos sabedoria
para vivê-lo desde agora, esperando sua plenitude no dia em que formos
acolhidos por Ti com o abraço paternal e misericordioso. Por Jesus, o Cristo,
teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/07/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos conscientes da presença do
teu Reino em nós, manifestado por seus sinais. Dá-nos sabedoria para vivê-lo
desde agora, esperando sua plenitude no dia em que formos acolhidos em Ti com o
abraço paternal e misericordioso. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão,
na unidade do Espírito Santo.
OU
Lc 14,25-33
Reflexão
“livres de nós mesmos”
O
seguimento de Jesus implica na renúncia e no desapego das nossas ideias,
dos nossos bens e dos nossos ídolos. Quem ama é livre das condições, é
livre das circunstâncias, é livre das pessoas. Ama, porque ama com o amor de
Jesus. Jesus tomou as Sua Cruz e carregou-A, se não fizermos o mesmo não
podemos dizer que somos seus (as) discípulos (as). Jesus veio mostrar ao mundo
uma nova maneira de ser, valorizando o homem na sua dignidade, libertando-o de
tudo o que pudesse escravizá-lo e dominá-lo. Para que possamos segui-Lo
precisamos nos sentir homens e mulheres livres de nós mesmos. Precisamos
também, ter convicção da nossa opção de cristãos e cristãs, a fim de que
possamos vivenciar a mensagem evangélica do amor. A Cruz é decorrente da
nossa vivência do amor, porque amar nos traz consequências. Não é fácil amar
nem tampouco é fácil assumir os encargos que o amor nos propõe. Assim
sendo, quando Jesus nos diz “se alguém vem a mim”, Ele
quer nos dizer, se “você quer me seguir você deverá viver a lei do amor;
você terá que amar como eu amo; viver como eu vivo; sofrer como eu sofro;
pensar como eu penso.” A renúncia maior há de ser do nosso jeito de olhar as
coisas, de julgar e de encarar as pessoas. De nos desapegar dos conceitos
adquiridos durante a nossa caminhada, consequência da nossa criação,
cultura etc. Renunciar a tudo que não combina com o pensamento evangélico
e ao desapego das coisas e das pessoas, é, portanto, o fundamento para que o
reino dos céus viva em nós e Jesus seja o nosso Rei, Senhor e Mestre. Do
contrário, estaremos construindo na areia e nunca seremos considerados (as)
discípulos (as) e seguidores (as) de Jesus. -Você já fez os cálculos,
do que terá de abdicar para que Jesus seja o seu Mestre? – Você é uma
pessoa muito arraigada a suas ideias e pensamentos? – Você tem procurado
amar como Jesus amou? – Você tem assumido a sua Cruz? Em que?
Helena Colares Serpa – Comunidade Católica
Missionária UM NOVO CAMINHO

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