ANO C

Mt 12,46-50
Comentário do
Evangelho
É preciso se aproximar e se deixar envolver por Jesus
O texto nos lembra o final do longo discurso
sobre a montanha (5,7): “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!, Senhor!’,
entrará no Reino dos Céus, mas o que fez a vontade do meu Pai que está nos
Céus” (7,21).
Num texto
próprio a Marcos, ele nos dá a razão pela qual a parentela de Jesus vai ter com
ele. O contexto é a multidão que incessantemente acorre a Jesus a ponto de não
poderem, ele e seus discípulos, alimentar-se. A sua família toma a decisão de
ir buscá-lo para levá-lo para casa, pois pensavam que ele estivesse “fora de
si” (Mc 3,20-21). Observamos que o termo irmão, na linguagem bíblica, abrange
os parentes. Ao chegar os familiares acompanhados da mãe de Jesus, eles são
anunciados.
Por duas vezes se diz que estão “do lado de fora”
(vv. 46.47). Esta sutil observação parece-nos importante: distante de Jesus,
sem ouvir sua palavra, seus ensinamentos, sem contemplar o que ele faz em favor
da multidão, sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura. É preciso se
aproximar, entrar no “círculo” de Jesus, se aproximar e se deixar envolver por
sua palavra, para poder fazer a experiência de que “o que é loucura no mundo,
Deus escolheu para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).
A família que Jesus reúne ultrapassa os laços de
sangue, pois é “todo aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus”
(v. 59).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus
irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande
família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 23/07/2013
Vivendo a Palavra
Jesus abre os braços para acolher-nos a todos,
com carinho, em sua família. Basta que nos incluamos no grupo dos que fazem a
vontade do Pai que está no céu. Todo o esforço deve ser feito neste sentido.
Ouvir a Palavra, guardá-la no coração e vivê-la em nossas relações com o
próximo e com a natureza.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/07/2013
VIVENDO A PALAVRA
Jesus abre os braços para acolher-nos a todos,
com carinho, em sua família. Basta que nos incluamos no grupo dos que fazem a
vontade do Pai nosso que está no Céu. Todo o esforço deve ser feito neste
sentido. Ouvir a Palavra, guardá-la no coração e vivê-la em nossas relações:
que elas sejam fraternais com o próximo e respeitosas com a natureza.
Reflexão
Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois
o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu
Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos,
porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de
hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o
amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para
demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente
por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai.
Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro
da sua família e participa da sua vida.
Fonte: CNBB em 23/07/2013
Reflexão
Com
habilidade, Jesus aproveita toda circunstância para esclarecer a natureza de
sua nova família. Nesse episódio, serve-se da chegada de sua mãe e dos
parentes. Querem falar com ele, que fala para “as multidões”. Sua mãe deve
ter-se lembrado daquela expressão um tanto misteriosa que ouvira do filho com
doze anos: “Não sabiam que eu devo estar ocupado com as coisas do meu Pai?”.
Nada, porém, indica que Jesus tenha esboçado alguma indiferença ou repulsa em
relação aos familiares recém-chegados. Apenas deixa claro que daí em diante
seus familiares, seus íntimos, são os que fazem a vontade do Pai. Fica
estabelecido o critério para sabermos qual é o grau de nossa familiaridade com
Jesus: não é o sangue, mas nossa adesão incondicional a ele e ao Pai. Ninguém
cumpriu a vontade do Pai como Maria.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Convivo bem com todos? - Posso dizer que minha
presença é sempre alegre? - Tenho compromissos no contexto de minha comunidade?
- Qual a maior alegria que existe em meu ambiente familiar? - O que mais me
preocupa em meu ambiente familiar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 23/07/2013
Meditando o evangelho
QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?
A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao
Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi
levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento
interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A
comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino,
cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. Doravante,
ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à
família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente
em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do
discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder
considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do
que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem
estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma
determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida
fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua
família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São
irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este
pré-requisito.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro
da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. A
FAMÍLIA DE JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir
Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece
laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços
fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do
sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se
configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da
justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs,
unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não
é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as
relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí
o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio
Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sangüineos que o uniam à sua mãe e
demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus
haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre,
faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros
parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a
todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a
um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer
laços com ele pela via da afetividade.
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os
laços profundos de afeto que me unem a ti.
Fonte: NPD Brasil em 23/07/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Por que achavam que Jesus era
Louco...
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim – SP)
Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos,
nos diz o texto, foram á sua procura pois queriam levá-lo de volta á casa.
Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o
saber.
Jesus era uma ameaça constante á estrutura do templo, pois
quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de
todas as suas enfermidades, e a pessoa nãom precisava oferecer sacrifício algum
pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades
psicossomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as
ofertas tinham que ser feitas, nem que fossem rolinhas e pombinhos, para os
mais pobres, todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza”
institucionalizada. Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua
maioria Latifundiários proprietários doa animais, vendidos aos cambistas,
que os revendiam por um alto preço nas portas do templo, e os sacerdotes
ganhavam duas vezes, na venda para o atravessador e depois na oferta, onde uma
boa parte lhes pertencia, segundo a lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente lucrativo,
qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, eu vou fazer
de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e com
certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava correndo,
por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos
poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da
comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e
queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelas orientações dos poderosos desse
mundo, não pertencem á Cristo, não são portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez
que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom
oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos
Homens com Deus, quem ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos,
procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem
com ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua
Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo mas viver
segundo a vontade do mundo...ditada por um sistema que se omite diante de
injustiças e desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda
ou se omite diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve
apresentar-se como cristão...
2. Quem é minha mãe?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito
por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e
disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus disse que sua família eram seus discípulos. Ele disse isso
quando estava pregando às multidões e sua mãe e seus irmãos, do lado de fora,
queriam falar com ele. “Quem é minha mãe, quem são meus irmãos?”, foi a pergunta
de Jesus. Ele mesmo responde dizendo que sua mãe e seus irmãos são todos
aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus. Neste sentido, Maria é
duplamente Mãe de Jesus, porque ela o gerou em seu corpo e o deu à luz e sempre
fez a vontade do Pai. A família formada pelos discípulos é uma família por
opção, unida no mesmo propósito de fazer a vontade do Pai. Não estão unidos
naturalmente pelos laços de sangue. Quem os une, em última análise, e faz deles
uma família é o Espírito Santo. Pensemos na força que pode ter um grupo
familiar unido pelo sangue e pelo Espírito. É o que chamamos de Igreja
doméstica, célula viva da sociedade e da Igreja. Laços familiares por opção
também são fortes e existem tanto em grupos civis quanto em grupos religiosos.
As paróquias, as Congregações religiosas, as comunidades de vida, as
associações, grupos pastorais, os bispos, os padres, os diáconos, todos podemos
e queremos ser o irmão, a irmã e a mãe de Jesus, porque é nosso projeto de vida
fazer a vontade do Pai que está nos céus.
Oração Final
Pai Santo, que quiseste participar da maravilhosa
aventura de ser humano, encarnando-te em Jesus de Nazaré, ajuda-nos a seguir os
passos de teu Filho para que sejamos contados entre os seus irmãos. Pelo mesmo
Cristo Jesus, que contigo vive na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/07/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que quiseste participar da nossa
maravilhosa aventura fazendo-Te humano no Cristo, teu Filho Unigênito encarnado
em Jesus de Nazaré, ajuda-nos a seguir o Caminho que Ele nos deixou, pois assim
seremos contados entre os seus irmãos, irmãs e mães. Pelo mesmo Cristo Jesus,
que contigo vive na unidade do Espírito Santo.

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