segunda-feira, 14 de maio de 2018

LEITURA ORANTE DO DIA - 13/05/2018



LEITURA ORANTE

Mc 16,15-20 - Vão "em todas as dirões"


Preparo-me para a Leitura Orante,
orando com todos que se encontram nas redes sociais
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos:
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
compreenda e me torne um/a anunciador/a
do seu Evangelho.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 16,15-20,
e releio as expressões mais fortes.
Então ele disse:
- Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Aos que crerem será dado o poder de fazer estes milagres: expulsar demônios pelo poder do meu nome e falar novas línguas; se pegarem em cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; e, quando puserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados. Depois de falar com eles, o Senhor Jesus foi levado para o céu e sentou-se do lado direito de Deus. Os discípulos foram anunciar o evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira.
Refletindo
Jesus manda os discípulos irem ao encontro das pessoas, com um objetivo claro: anunciar o Evangelho. Não diz a eles para esperarem que as pessoas venham, mas para eles tomarem a iniciativa e irem comunicar a Boa Notícia.
Pela fé, coisas humanamente "impossíveis", aconteceriam. Os discípulos foram e o Senhor estava com eles, os ajudava.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Também eu sou uma pessoa convocada para ser discípulo/a e missionário/a de Jesus.
. O encontro com Jesus Cristo, é o ponto de partida de um processo que culmina na minha maturidade como discípulo/a e deve renovar-se constantemente pelo meu testemunho pessoal, e pela missão: “Vão pelo mundo inteiro”.
Meditando
Recordamos o que disseram os bispos na V Conferência da América Latina e Caribe, em Aparecida:
"Esta V Conferência, recordando o mandato de ir e fazer discípulos (cf. Mt 28,20), deseja despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário. Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de “sentido”, de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranquilos em espera passiva em nossos templos, mas é imperativo ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não tem a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca na Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção de seu Reino em nosso Continente! Somos testemunhas e missionários: nas grandes cidades e nos campos, nas montanhas e florestas de nossa América, em todos os ambientes da convivência social, nos mais diversos “lugares” da vida pública das nações, nas situações extremas da existência, assumindo ad gentes nossa solicitude pela missão universal da Igreja." (DAp 548).

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com Dom Pedro Casaldáliga:
Oração da Comunicação
Deus do Amor,
que te dás sempre em comunhão criadora,
Deus da Vida partilhada
frente aos processos de morte,
Deus da Palavra encarnada em Jesus de Nazaré,
a serviço da Verdade,
na convivência da Paz,
pelas veredas da História…
Ensina-nos a escutar
o silêncio e o clamor dos deserdados da Terra.
Ensina-nos a falar a Boa Nova do Reino
bem no alto dos telhados e no coração do mundo.
Que sejamos testemunhas da invencível Esperança,
que consagremos a mídia ao serviço do Evangelho
em abertura ecumênica,
em plenitude ecológica,
nos Povos da Nossa América,
em cultura solidária entre todas as culturas.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Com os bispos da América Latina e Caribe, sinto que posso procurar
“a) Conhecer e valorizar esta nova cultura da comunicação.
b) Promover a formação profissional na cultura da comunicação de todos os agentes e cristãos.
c) Formar comunicadores profissionais competentes e comprometidos com os valores humanos e cristãos na transformação evangélica da sociedade, com particular atenção aos proprietários, diretores, programadores e locutores.
d) Apoiar e otimizar, por parte da Igreja, a criação de meios de comunicação social próprios, tanto nos setores televisivos e de rádio, como nos sites de Internet e nos meios impresso.
e) Estar presente nos meios de comunicação de massa: imprensa, rádio e TV, cinema digital, sites de Internet, fóruns e tantos outros sistemas para introduzir neles o mistério de Cristo.
f) Educar na formação crítica quanto ao uso dos meios de comunicação a partir da primeira idade;
g) Animar as iniciativas existentes ou a serem criadas neste campo, com espírito de comunhão.
h) Acompanhar leis protejam as crianças, jovens e as pessoas mais vulneráveis para que a comunicação não transgrida os valores e, ao contrário, criem critérios válidos de discernimento.
i) Ajudar tanto as pastorais de comunicação como os meios de comunicação de inspiração católica a encontrar seu lugar na missão evangelizadora da Igreja.“ (DAp, 486).
Leia a Mensagem do papa para o Dia Mundial das Comunicações em:
https://diamundialcomunicacoes.blogspot.com.br/

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
irpatricias@gmail.com

Leitura Orante
Solenidade da Ascensão do Senhor, 13 de maio de 2018


ASCENSÃO: ampliar nossos atrofiados horizontes

“Os discípulos saíram para proclamar em toda parte” (Mc 16,20)

Texto Bíblico: Marcos 16,15-20

1 – O que diz o texto?

Na dinâmica do Tempo Litúrgico, após uma longa e criativa caminhada com Jesus, a liturgia nos faz “desaparecer em Deus”, como o Cristo da Ascensão “desapareceu em Deus”.
Depois da Ressurreição, Jesus “ascendeu”. E fez isso abertamente. Os discípulos, atordoados, permaneceram olhando para o alto enquanto Jesus partia. Ele deixou claro que começava uma nova maneira de se fazer presente junto aos seus seguidores. De fato, Ele insistiu que os estaria acompanhando todos os dias até o fim do mundo. Portanto, nada de ruptura, mas de uma mudança qualitativa em sua presença, e assim impulsionar um novo vínculo com Ele.
Mas, em que sentido Jesus “foi levado ao céu”? Jesus não se “elevou ao céu” no sentido estrito, senão que “desceu” ao mais profundo de nossa existência, para dentro da nossa história, pois Ele continua “nos ajudando e confirmando sua palavra por meio dos sinais”.
Para nós seguidores de Jesus, a Ascensão é abertura para o cotidiano, para a realidade do serviço. É preciso partir e viver o chamado do Mestre ao longo da existência.
A festa da Ascensão nos revela que vivemos o “tempo do Espírito”, tempo de criatividade, de ousadia, de novidade... O Espírito não proporciona aos seguidores de Jesus “receitas eternas”. Por isso, não podemos ficar olhando para cima. O Espírito nos dá luz e inspiração para contemplar a realidade, buscando caminhos sempre novos para prolongar hoje a mesma missão de Jesus.
Torna-se necessário descruzar os braços, deixar de olhar passivamente para o céu e, com os pés plantados no chão, ser “presença cristificada” que fermenta e transforma a realidade.
O mistério da Ascensão nos sensibiliza e nos capacita para ir ao encontro do nosso mundo com uma visão mais contemplativa. O “subir” até Deus passa pelo “descer” até às profundezas da humanidade. Como contemplativos movidos por um olhar novo, entramos em comunhão com a realidade tal como ela é.
Ascensão nos convida a olhar o mundo como “sacramento de Deus”. Um olhar capaz de descobrir os sinais de esperança que existem nele; um olhar afetivo, marcado pela ternura, pela compaixão e por isso gerador de misericórdia; um olhar que compromete solidariamente.

2 – O que o texto diz para mim?

Esta nova presença é algo tão misterioso que não é possível defini-la, pois ela não está mais restrita aos limites do espaço e do tempo. Transcende o que se pode ver e tocar. A realidade pascal é muito mais ampla que aquilo que meus sentidos podem abarcar.
Naqueles Onze apóstolos primeiros, “catequizados” pelas mulheres que fizeram a primeira experiência de encontro com o Ressuscitado, junto ao sepulcro, me encontro refletida com todos os cristãos.
A terra inteira é campo de Páscoa de Jesus, espaço onde se expressa seu mistério de Vida plena.
Este é o Cristo pascal da montanha da Galiléia, que continua se fazendo presente no transcurso dos tempos, no mesmo caminho da história, no processo de missão que dura até o final do mundo.
Jesus não “subiu” para fugir dos problemas deste mundo, senão que, destruindo a morte, fortaleceu o vínculo que me une, para continuar atuando em meu favor de um modo diferente. Por isso, quis deixar claro que a ressurreição não supõe “ir mais além”, para viver comodamente e desfrutar de um merecido descanso depois de tanto sofrimento. Com sua presença nova mostrou que ressuscitar significa viver mais, amar mais, compartilhar em plenitude. Uma injeção de ânimo para vacilantes e temerosos.
Dessa forma, o ensinamento pascal se traduz como experiência de gratuidade e doação de vida. Ali onde as pessoas se ajudam a viver gratuitamente uns aos outros, em solidariedade e entrega radical, podem confessar que Jesus ressuscitou e continua presente, animando e inspirando a todos.
Assim, quando perguntam onde estão os sinais de que o Cristo triunfou da morte, devo responder: vejam como creem e atuam os cristãos! Suas obras de amor são reflexos da vida de Jesus, são expressões intensas de sua Páscoa.
Posso reconhecer no Senhor que ressuscita nos sinais quase imperceptíveis que revelam que de verdade Ele não me abandonou: vejo pessoas que atualizam seus mesmos gestos, que pronunciam com autenticidade suas palavras, que são como um prolongamento de seu ser. Talvez por isso animou seus discípulos a guardar e propagar tudo o que lhes havia ensinado, para que outros reconhecessem Sua presença neles e acreditassem que o amor e a vida não têm “data de vencimento”.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

A Ascensão de Jesus significa tomar consciência de que Seu tempo se completou e começa o tempo da nova comunidade dos seus seguidores. Trata-se de um “mistério” que revela uma nova pedagogia de Jesus, qual seja, saber “retirar-se a tempo”. E retirar-se a tempo para que os discípulos cresçam, para que os discípulos amadureçam. Porque, enquanto Jesus estava entre eles e com eles, os discípulos viviam como os pintinhos debaixo das asas da galinha.
Saber retirar-se a tempo implica uma grande sabedoria. Os pais, nem sempre sabem retirar-se a tempo; creem que precisam envelhecer sem passar as responsabilidades aos filhos. Os mestres creem que seus alunos ainda não sabem o que eles sabem. Os sacerdotes não sabem abrir passagem para os leigos; consideram que ainda não estão preparados.
Jesus soube retirar-se a tempo; era consciente de que os seus discípulos não estavam plenamente maduros e preparados para a missão. O Evangelho reconhece que “alguns vacilavam”. E, no entanto, Jesus confiou a eles sua própria missão: “ide pelo mundo inteiro e anuncie o Evangelho a toda criatura”. Não pediu que primeiro se doutorassem, nem que fizessem uma pós-graduação. Enviou-os assim como estavam, com suas dúvidas no coração. Também eles aprenderão fazendo; também eles aprenderão equivocando-se.
Portanto, a Ascensão de Jesus marca o início de minha missão, ou seja, um novo modo de presença no mundo. Viver com os olhos voltados para o Senhor glorioso não me dispensa de estar com os dois pés no chão, plantados na terra da história.
Enfim, a celebração do mistério da Ascensão me impulsiona, ao mesmo tempo, para Deus e para o mundo. Paixão por Deus e paixão pelo mundo. Posso assim estar sempre enraizada firmemente em Deus e, ao mesmo tempo, imersa no coração do mundo. O cristão é tão familiar com Deus que admira e se encanta com a variedade e a multiplicidade do mundo, e não teme o mundo com toda sua complexidade. Ao mesmo tempo, é tão familiar com o mundo que sente o Espírito de Deus que trabalha em todos os lugares e da maneira mais inesperada. “Fora do mundo não há salvação” (E. Eschillebeeckx).

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, muitas vezes eu prefiro seguir um Jesus no “céu”. Descobri-lo dentro de mim mesma, nos outros e no mundo é demasiado exigente e comprometedor. Muito mais cômodo é continuar olhando para o céu... e não sentir implicada naquilo que está acontecendo ao meu redor. A Ascensão de Jesus me desafia a romper a estreiteza de minha vida para expandi-la a horizontes mais inspiradores.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Que minha ascensão seja: romper as cadeias de injustiça e morte; derrubar toda parede e muro; ir pela vida como samaritanos; mostrar os caminhos de vida plena; oferecer razões de esperança; despertar o instinto criativo; interpretar os sinais dos tempos; pôr o coração nas estrelas...

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Marcos 16,15-20
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: A luz do teu mistério – fx 08 (05:11)
Autor e Intérprete: Pe. Jorge Trevisol
CD: A dança do universo
Gravadora: Paulinas Comep

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