ANO B

Lc 9,1-6
Comentário do Evangelho
O testemunho torna presente as palavras e os gestos de Jesus
O trecho do evangelho de hoje é o envio por Jesus dos Doze apóstolos em missão. Entre o chamado dos primeiros discípulos junto ao mar da Galileia e dos Doze sobre a montanha, foi percorrido um longo itinerário que, para o leitor do evangelho, é difícil mensurar em termos de tempo. Nesse percurso, eles ouviram os ensinamentos de Jesus, experimentaram a força e a eficácia de suas palavras, e igualmente contemplaram seus atos de poder. Foram testemunhas de que o Senhor vence o mal e liberta o ser humano das amarras do inimigo da natureza humana. Agora, eles são enviados e, para levarem a termo a missão dada pelo Senhor, recebem o poder e a autoridade de Jesus Cristo. Trata-se, aqui, do Espírito Santo, força do alto para o testemunho (At 1,8). É o testemunho que torna presente as palavras e os gestos de Jesus. Pelo testemunho se prolonga na história a missão de Jesus. As recomendações para a missão orientam para o despojamento e a liberdade diante das coisas, porque a segurança dos Doze deve estar no Senhor que os envia. As instruções de Jesus aos Doze para a missão visam fazê-los compreender que são portadores de uma mensagem que tem incidência decisiva na vida das pessoas.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=23%2F09%2F2015
Vivendo a Palavra
Os sinais do Reino anunciado por Jesus e delegados aos Doze são: autoridade sobre os demônios e poder de curar doenças. Ele veio para dar vida – e vida em plenitude! Nossa missão de Igreja é a mesma. Estejamos atentos às carências dos peregrinos que o Pai colocou ao nosso lado na jornada de volta ao Lar Paterno.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
O Evangelho de hoje é uma espécie de "Manual do Evangelizador". Ele nos mostra que o evangelizador não age em nome próprio, pois ele não evangeliza por que quer, mas porque é enviado por Deus. Os poderes que tem para evangelizar não são próprios, são recebidos para serem usados em uma finalidade própria. Os bens materiais não podem ser um empecilho para o trabalho, nem podem ofuscar a força do anúncio e do testemunho. A inserção e a participação na vida das pessoas e das famílias é fundamental. Mas o mais importante são os dois objetivos que caracterizam o profetismo: a luta contra toda espécie de mal, que se manifesta na ordem da cura, e a proclamação da presença do Reino de Deus na vida de todas as pessoas.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=9&dia=23
Meditando o Evangelho
PARTINDO EM MISSÃO
A primeira experiência missionária dos Apóstolos comportou uma série de características que se mantém válidas para a missão da Igreja de todos os tempos. Por exemplo, ela se deu como obediência a um mandato expresso de Jesus. Portanto, não foi fruto da iniciativa pessoal dos Apóstolos. Eles partiram na qualidade de emissários do Senhor.
Foi-lhes conferido o poder e a autoridade para expulsar demônios, curar doenças e pregar o Reino de Deus. Tarefa idêntica à que foi levada adiante por Jesus. A atividade do Mestre centrou-se no anúncio da palavra e na realização de sinais comprovadores da irrupção do Reino na história humana. A missão dos Apóstolos era, portanto, a continuação e a atualização da missão de Jesus. Onde quer que estivesse um Apóstolo do Reino, aí estaria atuando Jesus meio dele.
Os Apóstolos deveriam exercer seu ministério como pobres. Nada carregavam consigo, quando iam de aldeia em aldeia, anunciando o Evangelho e fazendo o bem. Desta forma, as pessoas não correriam o risco de serem atraídas por outro motivo, a não ser pela proposta de Jesus.
O testemunho de pobreza dava aos apóstolos liberdade para anunciarem o Evangelho sem restrições. Caso não fossem acolhidos, só lhes restava ir adiante, sem se deixar abater.
Oração
Senhor Jesus, faze crescer em mim a consciência de que sou teu mensageiro, enviado para proclamar o Reino confiado unicamente em ti.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-9-23
HOMILIA DIÁRIA
Sejamos revestidos pelo poder de Jesus
Sejamos revestidos pelo poder de Jesus. Não podemos deixar que os “demoniozinhos” que vêm à nossa vida semeando maus pensamentos, maus sentimentos, tomem conta de nós!
“Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças.” (Lucas 9, 1)
Quem é discípulo de Jesus, quem se torna seguidor de Nosso Senhor Jesus Cristo precisa tomar posse da verdade, do poder e autoridade que Deus dá. O poder e autoridade não são sobre as pessoas; é o poder e a autoridade, primeiro, sobre a nossa vida e, sobretudo, naquilo que pode arruinar a nossa vida.
Por isso, o Senhor nos dá a capacidade de sabermos lidar com os demônios da vida. E sabemos que não são poucos os demônios que rodeiam a nossa vida. Sabe, aqueles demônios que parecem que tiram a nossa paciência, o nosso ânimo, o nosso vigor? Outros que ainda causam confusão, intrigas, nos colocam em posição de competição, de disputa?
Não podemos deixar que os “demoniozinhos” que vêm à nossa vida semeando maus pensamentos, maus sentimentos, tomem conta de nós! É preciso, primeiro, uma luta contra a nossa própria vontade. Porque, é preciso ter uma vontade disciplinada, iluminada, decidida de fazer o que é correto, o que é certo e justo.
Quando enfraquecemos em nossa vontade perdemos uma luta muito importante contra as forças do mal. Pensemos num jovem que não consegue ter mais vontade ou não tem vontade maior para lutar contra as drogas ou aquilo que o escraviza. Pensemos em alguém que deixou-se escravizar pelo álcool ou por qualquer outro vício, por exemplo: o jogo, a televisão, etc. A vontade de fazer o que é incorreto é maior que a vontade de combater este mal.
O poder de Jesus precisa revestir a nossa própria vontade. ‘Eu quero fazer o bem, mas acabo fazendo o mal’, nos recorda São Paulo. Vontade indisciplinada, vontade que não se controla mais. Por isso, este trabalho precisa começar a ser feito já com nossas crianças, com nossos filhos. Não podemos fazer os gostos e as vontades de nossas crianças, porque depois nem elas conseguirão ter uma vontade forte, própria, decidida para combater muitas coisas deste mundo.
Precisamos disciplinar nossa vontade e, por isso, o Senhor nos dá poder e autoridade. Porque, se não tivermos muita força de vontade e uma vontade forte para lutarmos contra certos inimigos da nossa vida, seremos vencidos. Isso vai das coisas que parecem simples. Às vezes, dá uma vontade enorme de falar mal dos outros; resista, diga ‘não’; às vezes dá uma vontade enorme de falar uma coisa feia, um ‘palavrão’; você pode resistir; às vezes, dá uma vontade enorme de fazer algo que não é correto; lute, resista.
E onde conseguimos essa força, essa luz para vencer e resistir ao mal, sobretudo, quando a nossa vontade está enfraquecida? Revestir-se do poder da oração, acreditar na força da oração!
Me recordo que em alguns momentos da minha vida, estava tão fragilizado por uma situação. E nessa situação não conseguia dizer “não” ao mal, à vontade de fazer aquilo que não era correto. Comecei a rezar o “Pai Nosso”, e a força da oração do Pai Nosso: “Não nos deixei cair em tentação”, a própria força do Cristo é que me revestiu da vontade de Deus.
Por isso, estou dizendo a você: na luta contra o mal, Deus nos quer dar poder e autoridade! Não abramos mão da força da oração, de fortificar a nossa vontade e nos desviarmos daquilo que não nos faz bem!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/sejamos-revestidos-pelo-poder-de-jesus/
Oração Final
Pai Santo, que na nossa alma sejam extintos sentimentos como egoísmo, apego e interesses menores, para dar lugar à generosidade, misericórdia e o cuidado dos irmãos, a começar dos mais pobres e discriminados pela sociedade dos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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