sexta-feira, 18 de setembro de 2015

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 17/09/2015 a 19/09/2015

ANO B



17 de Setembro de 2015

Lc 7,36-50

Comentário do Evangelho

Deus perdoou a mulher por sua fé em Jesus

Jesus vai à casa de quem lhe convida e acolhe quem o procura. Até mesmo na casa daqueles que lhe fazem oposição, ele vai e se assenta à mesa. Ele aposta nas pessoas. É a terceira vez que Jesus é convidado e aceita ir à casa de um fariseu (5,29-32; 19,1-10). Estando à mesa na casa de Simão, o fariseu, uma pecadora da cidade entra na casa e faz como que os gestos típicos da lei de hospitalidade, à diferença que, ao invés de água para os pés, são suas próprias lágrimas utilizadas e, ao invés de toalha, ela enxuga os pés de Jesus com os seus cabelos, além de perfumá-los. A objeção de Simão informa o leitor que não se pode deixar tocar por uma pecadora. Para responder à objeção do fariseu, Jesus conta uma parábola seguida imediatamente de uma pergunta a Simão. A parábola ressalta a gratuidade do credor: é Deus quem perdoa, e não importa qual o tamanho da dívida. Deus perdoou a mulher por sua fé em Jesus. Os gestos da mulher exprimem profunda fé naquele que a pode salvar. É uma profissão de fé sem palavras. Aqui, os gestos são muito mais eloquentes. Em Jesus ela encontra acolhida, pode experimentar a misericórdia de Deus e ver descortinar para si a possibilidade de uma vida nova.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, purifica-me de toda forma de orgulho que me leva a desprezar meu semelhante e a julgar-me superior a ele. Como Jesus, desejo estar próximo de quem se afastou de ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

'Dize-me com quem andas e eu direi quem és!' A partir deste ditado, vemos as relações de exclusão que são estabelecidas entre os 'santos' e os 'pecadores'. E claro que quem é 'santo' não pode conviver com os 'pecadores' pois correrá o risco de se contaminar e se tornar um deles. Esta é a lógica da mentira e do farisaísmo que marca a vida de muitos de nós. Ninguém é 'santo', pois só Deus é Santo, e o pecado marca a nossa existência, e quem disser que não é pecador, é mentiroso, logo não somos melhores que ninguém. Se uma pessoa é reta de coração, deve conviver com todos para que possa testemunhar a todos o amor de Deus, a vivência na busca da santidade, e assim colaborar com a conversão dos pecadores.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

UM GESTO DE AMOR

Embora vivendo numa sociedade cheia de preconceitos, Jesus não se deixava levar por eles. Sua ação norteava-se pelas exigências do Reino; sua liberdade não dependia da opinião alheia. Por isso, não deixava de fazer o bem, quando necessário, mesmo correndo o risco de ser mal interpretado.
O fariseu, que convidara Jesus para uma refeição, tinha uma série de preconceitos. Olhava para as mulheres com desprezo. No caso das prostitutas, este desprezo transformava-se em verdadeiro asco e repúdio. Na sua opinião, os mestres deveriam guardar distância dessas mulheres e não se deixar tocar por elas. Também esse fariseu confundia ser profeta com ser capaz de conhecer as intenções dos outros.
Embora fosse o convidado, Jesus censurou seu anfitrião. Este observou, com malícia, o gesto amoroso de uma pecadora da cidade que entrara em sua casa, pondo-se a banhar os pés do Mestre com suas lágrimas, a enxugá-los com seus cabelos e a cobri-los de perfume. Para Jesus isto era uma manifestação de amor, para o fariseu, não passava de um gesto sensual. Além disso, a ação da mulher substituíra a falta de delicadeza do fariseu, que não realizou os gestos de praxe, quando da chegada de um hóspede. Enfim, aquela mulher, apesar de pecadora, tinha mais nobreza do que o anfitrião mal-educado e preconceituoso.
Oração
Senhor Jesus, tira de mim toda malícia e todo preconceito que me levam a interpretar, de forma equivocada, o que é gesto de amor.
FONTE: dom total

HOMILIA DIÁRIA

Que o fervor de um necessitado abrase nosso coração

Quem reconhece as profundezas da sua miséria é sempre necessitado da misericórdia divina e nunca perde o fervor de amar a Deus e de buscá-Lo de todo coração!

“Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor.” (Lucas 7, 47)

Jesus, hoje, vai fazer refeição na casa de um fariseu. O fariseu é uma pessoa muito religiosa, é uma pessoa bem convertida, sabe de tudo da Lei, da doutrina, das coisas de Deus. Por isso, o fariseu já está acostumado com tudo que é de Deus, para ele não há mais nenhuma novidade, já conhece tudo das Escrituras. Quando vamos mostrar a eles uma novidade: ‘Olha o que Deus está mostrando aqui!’ É como se ele respondesse: ‘Eu já conheço! Não representa nada para mim! Eu já sei o que é!’.
Sabe, meus irmãos, o espírito farisaico é terrível, porque nos leva à chamada ‘acomodação religiosa, espiritual’ e nos leva a sentirmo-nos pessoas diplomadas na fé, no conhecimento de Deus, diplomadas na espiritualidade. É como se dissessem: ‘Eu já passei por todas as etapas! Já passei por todos os sofrimentos! Já conheço tudo o que é da Bíblia, das Sagradas Escrituras! Já sei tudo que é da Igreja!’. De modo que até a oração, muitas vezes, é fria, acomodada, muito ritualística, porque ele já sabe o que tem para fazer. Nada que vem de Deus vai ser novo, é apenas mais um ritual a ser feito.
Quando Jesus entra na casa deste fariseu é recebido como mais um, mas uma mulher pecadora se aproxima de Jesus e se despeja, se despoja de coração para o seu Senhor; com suas lágrimas, com todo o seu ser. A ela o Senhor diz: “Todos os seus pecados estão perdoados!” (cf. Lucas 7, 48). Por que? Ela mostrou total arrependimento, total fervor para com a presença do Senhor.
Isso chama a atenção para uma realidade de nossos dias: a frieza dos convertidos e o fervor dos pecadores. Quem já se acha convertido, muitas vezes, trata as coisas de Deus com uma frieza sem igual. Vai à Missa porque tem que ir, está ali presente de corpo; é assim mesmo, cumpriram seu preceito e está muito bom.
O pecador, tão necessitado do perdão, da misericórdia de Deus vem com o fervor da alma, do espírito. Até o “amém” do pecador é diferente do “amém” do convertido. O convertido responde ‘amém’ já até sem abrir a boca, o pecador sabe que aquele amém significa a salvação.
Por isso, meus irmãos, Jesus está dizendo: “Quem muito ama, muito se perdoa. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor” (Lucas 7, 47). Ou seja, se já somos muito santos e temos poucos pecados a serem perdoados – ‘Está bem! Obrigado Senhor!’. Quem reconhece as profundezas da sua miséria é sempre necessitado da misericórdia divina e nunca perde o fervor de amar a Deus e de buscá-Lo de todo coração!
Que não caiamos na frieza espiritual dos convertidos, mas que a cada dia o fervor de um pecador necessitado, abrase o nosso coração!
Deus abençoe você!
FONTE: Canção Nova


18 de Setembro de 2015

Lc 8,1-3

Comentário do Evangelho

As mulheres participam ativamente da vida eclesial

Em diversas ocasiões, os evangelhos informam que o grupo dos discípulos é muito mais amplo que o grupo dos Doze (Lc 6,13). O trecho do evangelho de hoje é um sumário da atividade de Jesus. À diferença dos rabinos que não aceitavam as mulheres como discípulas, no grupo dos Doze que acompanhavam Jesus, Lucas observa haver um grupo de mulheres. Isso é absolutamente novo e surpreendente. São mulheres, ao que se pode deduzir do texto, com uma história pessoal dramática e que foram libertadas pelo Senhor de seus males; e algumas dentre elas, supõe-se, são simpatizantes do “movimento do Galileu”. Mas o número delas é muito maior do que a pequena lista apresentada no texto (cf. Lc 23,53-56). As mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galileia, assim como os amigos de Jesus, o acompanharam também na sua “via-crúcis” (cf. Lc 23,49). Supomos que as expressamente mencionadas ocupavam um lugar de liderança na comunidade primitiva. Os nomes de duas dentre elas, Maria Madalena e Joana, são mencionados no relato da ressurreição do Senhor (Lc 24,9-11). O nosso texto pretende instruir a comunidade cristã de que as mulheres participam ativamente com os seus dons da vida eclesial.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, reveste-me do amor e da fidelidade necessárias para ser servidor do Reino. Que eu demonstre meu reconhecimento a ti, colocando minha vida a serviço do meu próximo.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Assim como Jesus não parava, mas vivia caminhando de um lado para o outro anunciando a chegada do Reino de Deus, a sua Igreja não pode ficar parada. Ela deve ir sempre ao encontro do outro, abrir novas fronteiras no trabalho evangelizador para que todos possam ter a oportunidade de conhecer o Reino de Deus, assim como livremente optar por ele. Para realizar a sua missão, a Igreja deve, assim como o divino Mestre, envolver o maior número possível de pessoas, sem distinção entre elas, que queiram colocar a sua vida a serviço do Reino de Deus, como fizeram as mulheres, conforme nos narra o Evangelho de hoje.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

A SERVIÇO DO REINO

Para aceitar as mulheres como servidoras do Reino foi preciso que Jesus superasse a mentalidade judaica a qual as considerava espiritual e moralmente inferiores aos homens. Por isso, indignas de receberem instrução religiosa semelhante aos homens e, muito menos, tornar-se discípulas de um mestre que se prezasse.
O gesto de Jesus, que aceitou a colaboração das mulheres ao lado dos Doze, era uma prova evidente de que reconhecia a dignidade das mulheres, colocando-as no mesmo nível espiritual e moral dos homens.
As seguidoras do Mestre eram movidas por um profundo senso de gratidão. Todas tinham feito a experiência da misericórdia de Jesus, uma vez que "foram curadas de espíritos malignos e de enfermidades". Pôr-se a serviço de Jesus e, por extensão, a serviço dos mais necessitados, era a forma melhor de se mostrarem agradecidas. De Maria Madalena afirma-se terem sido expulsos sete demônios, isto é, fora curada de uma doença extremamente grave. Tendo sido salva da morte, colocou-se a serviço da vida.
Estas mulheres demonstraram a Jesus uma fidelidade a toda prova. Estiveram junto dele até a cruz, quando os discípulos, abandonando o Mestre, puseram-se em fuga. E, assim como foram testemunhas da crucifixão, serão também as primeiras testemunhas da ressurreição. Quem manifestou maior amor por Jesus, teve o privilégio de experimentar, antes dos discípulos, a alegria de sabê-lo ressuscitado.
Oração
Pai, reveste-me do amor e da fidelidade necessárias para ser servidor do Reino. Que eu demonstre meu reconhecimento a ti, colocando minha vida a serviço do meu próximo.
FONTE: dom total

HOMILIA DIÁRIA

No coração de Jesus há amor para todos

No coração de Jesus tem lugar para cada um de nós; com nossos problemas, com nossas dificuldades, com nossas aflições, com nossos sofrimentos.

“Os doze iam com ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças.” (Lucas 8, 1)

O Evangelho de hoje, traz ao nosso coração, a certeza de que os discípulos de Jesus não são apenas os doze apóstolos que conhecemos pelo nome. Mas, todo aquele e aquela que são tocados pelo Senhor e querem ir atrás do seu Senhor para seguir os Seus caminhos.
Que maravilha, algumas mulheres são, hoje, tratadas e relatadas no próprio Evangelho como discípulas do Senhor até pelo próprio nome. E não eram mulheres simplesmente porque levavam uma vida santa, sem problema, sem dificuldade. De forma nenhuma, os discípulos de Jesus são pessoas tão pecadoras como qualquer um de nós!
Por isso, na escola, no colo, no coração de Jesus tem lugar para cada um de nós; com nossos problemas, com nossas dificuldades, com nossas aflições, com nossos sofrimentos.
Essas mulheres foram tocadas pela graça do Senhor, de algumas delas foram expulsos espíritos maus, diversos espíritos malignos, diversas impurezas e tormentos. Vamos atrás de Jesus, porque precisamos ser tocados por Ele, precisamos que nos liberte de espíritos malignos que nos atormentam nessa vida.
Às vezes, queremos afastar pessoas que têm problemas da presença de Jesus, do Seu seguimento ou de irem atrás d’Ele. Quando, na verdade, todos nós que temos problemas precisamos ir atrás de Jesus.
Precisamos colocar Jesus à nossa frente e olhar os Seus passos, ficar na Sua presença. Porque, a presença de Jesus é cura e libertação para qualquer filho e filha de Deus. Seguir Jesus é ir atrás d’Ele, é servi-Lo com a vida e com o coração.
Essas mulheres servem Jesus, inclusive, com seus próprios bens. Mas, não adianta simplesmente colocarmos os nossos bens, precisamos colocar a vida à disposição de Jesus e do Seu Evangelho. Alguns, talvez, queiram priorizar: ‘Mas, eu já dou o que tenho para Jesus!’. Jesus não quer somente os bens, como também não quer aquele que diz: ‘Eu já sou de coração do Senhor!’.
É preciso ser inteiro, como essas mulheres do Evangelho foram! Algumas ricas, outras, simplesmente, muito pobres. E aqui não há diferença nenhuma, porque para seguir Jesus você pode ser a mulher do procurador, pode ser a dona Maria lavadora de roupa, desempregada. Não há distinção, porque no coração de Jesus há amor para todos!
Por isso, todos nós, hoje, homens e mulheres, somos chamados ao seguimento de Jesus Cristo com nosso coração e nossa vida. Que nos coloquemos inteiros, com o que somos e temos, atrás de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Deus abençoe você!


19 de Setembro de 2015

Lc 8,4-15

Comentário do Evangelho

Deus confia na humanidade e aposta no ser humano

Diante de uma multidão originária de diversos lugares, Jesus ensina em parábola. O nosso texto pode ser dividido em duas partes: a parábola e a alegoria ou aplicação da parábola. A parábola não é o retrato fiel da realidade, mas visa transmitir uma mensagem fundamental. O recurso à parábola é feito quando o tema é difícil de ser compreendido ou aceito. O agricultor, quando semeia, confia na qualidade de sua semente e da terra em que vai semeá-la. Nenhum agricultor intencionalmente desperdiça a semente. A esperança da boa colheita move a atividade do agricultor. Se Deus envia o semeador para semear a boa semente, é porque ele confia na terra, isto é, na humanidade. Deus semeia e sabe, sem ignorar as dificuldades da “terra”, que ela dará fruto no tempo certo. Em primeiro lugar, a parábola ensina algo de Deus em relação à humanidade que ele criou: Deus confia na humanidade e aposta no ser humano. Essa fé de Deus no ser humano deve alimentar nossa esperança e mover nosso esforço em receber, sem resistências, a sua Palavra. Mas não nos esqueçamos de que entre o plantio e a colheita há um longo processo de crescimento e amadurecimento, para o que é necessário cuidado. A união com Deus, cultivada na oração e no serviço fraterno, permite à semente crescer e dar fruto.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, reconhecendo o quanto me custa ser fiel ao projeto do Reino, peço-lhe a graça de ser fiel até o fim, perseverando no compromisso assumido contigo.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Muitas vezes, quando estamos exercendo o trabalho evangelizador, ficamos angustiados porque não vemos os resultados que estávamos esperando, e isso acaba por se tornar para nós causa de desânimo. O Evangelho de hoje nos mostra que o mais importante é evangelizar, e que sempre devemos lançar as sementes da Palavra. O semeador do Evangelho de hoje não estava preocupado se as sementes estavam caindo em terreno bom. Nós também não devemos lançar as sementes apenas para os que podem responder de forma positiva. A evangelização é para todos e os resultados não dependem de nós, mas da Graça divina.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

PRODUZIR FRUTOS NA PERSEVERANÇA

Perseverança é uma palavra-chave na vida dos discípulos do Reino. Sem esta virtude, a vida cristã tende a ser estéril e, por conseguinte, indigna de quem aderiu a Jesus.
A vida cristã vai se construindo como um contínuo combate contra as forças do anti-Reino, sempre prontas a desarticular o projeto de Deus no coração de quem se dispõe a acolhê-lo.
A Palavra semeada é imediatamente arrebatada, quando a pessoa não tem suficiente motivação para ser discípula de Jesus. Representa aqueles aos quais falta disposição para levarem a sério o projeto do Mestre. Outros chegam até a acolher a Palavra com alegria. Quando, porém, chega o momento da provação e o discipulado se torna uma cruz pesada, são levados a abandonar o caminho iniciado, dando as costas para Jesus.
Há os que se mostram generosos na escuta a Palavra, mas são incapazes de seguir adiante, quando se defrontam com as preocupações, as riquezas e os prazeres da vida. Estas mundanidades tornam-se tão atrativas, a ponto de fazê-los esquecer de Jesus e do compromisso assumido com ele.
Só produz os frutos desejados quem se predispõe a abrir caminho em meio às contrariedades, sem jamais abrir mão de sua adesão a Jesus. Pelo contrário, as dificuldades levam-no a aprofundar os vínculos que o unem ao Mestre, de modo a não se desviar, um só milímetro, de sua fé. Nem mesmo a perspectiva de perseguição e morte fá-lo-á ser menos fiel. É a perseverança para além dos desafios do compromisso com o Reino!
Oração
Pai, reconhecendo o quanto me custa ser fiel ao projeto do Reino, peço-lhe a graça de ser fiel até o fim, perseverando no compromisso assumido contigo.
FONTE: dom total


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