19 de Janeiro
de 2014
ANO A

Jo 1,29-34
Comentário do
Evangelho
O
Servo escolhido por Deus
O livro do profeta Isaías abrange um período de quase três
séculos. Convenhamos que o profeta do século VIII não viveu tanto tempo assim.
Certamente, há uma longa tradição literária que subjaz ao livro que leva o nome
do profeta. O texto de Isaías proposto para este domingo faz parte do que se
convencionou chamar Dêutero-Isaías, que, normalmente, retrata fatos do período
do exílio, na Babilônia. É parte de um dos cânticos do “servo sofredor”. Num
enorme esforço apologético, os cristãos encontraram em textos como esse o apoio
para justificarem, ante a oposição dos judeus, a paixão e morte daquele que
eles professavam como Messias. Na releitura cristã deste texto, a personalidade
coletiva, Israel, passa a ser um indivíduo, reconhecido como Messias, Jesus. Ele
é o servo escolhido por Deus.
Carlos
Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, tu enviaste Jesus com a missão de nos
introduzir no Reino da fraternidade. Dá-me a graça de reconhecê-lo e fazer-me
seguidor dele.
Vivendo a Palavra
Aprendamos com João Batista a grandeza de se
colocar em seu verdadeiro papel na história da salvação. Ele sabia que não era
o Cristo prometido e esperado e, apesar do encantamento que causava no seu
povo, mantinha-se discreto e esperava a revelação daquele que deveria de chegar.
Recadinho

Que
sentido você dá à sua vida? - Você é luz para seu próximo? - Sua vida é um
testemunho que pode atrair outros para Deus? - Cite um exemplo de testemunho de
sua vida cristã! - Você tem devoção ao Espírito Santo? Em que consiste?
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
O MESSIAS RECONHECIDO
A atividade frenética do
Batista, às margens do Jordão, não o fez perder a consciência de sua missão. No
afluxo de penitentes à procura do batismo, ele se deu conta da presença do
Messias Jesus. Por isso, advertiu a multidão para a presença do Cordeiro de Deus,
enviado para abolir o pecado do mundo.
A
situação do batismo de Jesus estava carregada de evocações. Sua exclamação
lembrava o cordeiro pascal. As águas do Jordão recordavam o mar Vermelho. A
eliminação do pecado do mundo aproximava Jesus de Moisés, condutor do povo de
Israel para a terra prometida. Tudo isso servia para alertar a multidão acerca
da presença do Messias.
João
só reconheceu Jesus, por que movido pelo Pai, uma vez que já tinha declarado,
por duas vezes, não ter um conhecimento prévio do Messias. Para não se enganar
na identificação do Messias, João colocou-se numa atitude de contínuo
discernimento. Teria sido desastroso um falso reconhecimento e a conseqüente
atribuição do título de Cordeiro de Deus à pessoa indevida. João, ao contrário,
não titubeou quando viu Jesus diante de si. Seu testemunho foi firme, pois
estava certo de não ter sido induzido ao erro. Diante dele, estava, realmente,
o Filho de Deus. Foi o Pai quem lhe revelara a identidade do Filho, e o movera
a reconhecê-lo publicamente.
Oração
Senhor
Jesus, ajuda-me a reconhecer tua presença libertadora de nossa humanidade,
desejosa de salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Deus
eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as
preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

19 de JANEIRO -DOMINGO
19 de
janeiro – 2º DOMINGO DO TEMPO COMUM
CHAMADOS A SER SANTOS
I.
INTRODUÇÃO GERAL
A
história da humanidade mostra que o pecado cavou um abismo entre o Criador e a
criatura. A humanidade por si só não pode superar esse abismo. Para realizar o
que era impossível ao ser humano, Deus prometeu um redentor. Jesus revelou que
essa promessa, renovada através dos séculos, não se restringia apenas a Israel,
mas almejava atingir a humanidade inteira. Paulo afirma na segunda leitura que
todos são “chamados a ser santos” (1Cor 1,2). Isso só é possível porque o
“Cordeiro de Deus”, ou seja, o consagrado por excelência, “tira o pecado do
mundo”. Jesus associa cada ser humano à sua própria vida como oferta ao Pai. O
Deus santo e santificador aceita, em Jesus, a consagração da vida de cada
pessoa. Dessa forma, supera a ruptura abissal entre Criador e criatura.
II.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1.
Evangelho (Jo 1,29-34): Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
No
evangelho de hoje, João dá testemunho sobre Jesus Cristo, o “Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo”. O batismo de Jesus apresenta-se como ocasião de
sua manifestação a Israel.
O
Antigo Testamento admite vários tipos de sacrifícios. Quando o israelita
ofertava a si mesmo por meio do sacrifício de um cordeiro, acreditava que com
esse rito entrava em comunhão com Deus. É nesse sentido que o evangelho nomeia
Jesus como o “Cordeiro de Deus”. A vida de Jesus foi inteiramente consagrada ao
Pai, pois sua existência terrena foi vivida em obediência amorosa à vontade
divina. O Filho amado de Deus tornou-se humano para conduzir os seres humanos à
amizade com Deus. Ele é o Cordeiro porque destrói de uma vez por todas a
inimizade entre o Criador e a criatura, realizando entre ambos a comunhão
plena.
Por seu
batismo, prefiguração do batismo cristão, Jesus é ungido pelo Espírito Santo,
que o conduzirá em sua missão. Esse mesmo Espírito que estava sobre Jesus é que
foi dado aos cristãos. Isso significa que, pelo batismo, somos associados a
Cristo para viver nossa consagração como oferta ao Pai. Quando a consagração
batismal é assumida numa verdadeira vida cristã, supera-se a ruptura entre o
ser humano e seu criador.
2. I
leitura (Is 49,3.5-6): Para que a salvação chegue até a extremidade da terra
Esse
texto da primeira leitura da liturgia de hoje trata da missão universal do
Servo de Deus.
Em
primeiro lugar, no v. 3, o Servo é o povo de Israel personificado em um
indivíduo. Mas no v. 5 ele recebe a missão de fazer Israel voltar a seu Deus e
à Terra Prometida. Nesse caso, o texto se refere a outra pessoa, geralmente
identificada como o Messias. Segue-se o v. 6, que afirma que não basta
reconduzir Israel a Deus e à terra da promessa: o Servo tem de ser luz para as
nações. Ele deverá cumprir o desígnio divino e a vocação de Israel, fazendo que
os reis (os povos) adorem o Deus uno.
Os
cristãos creem que o povo de Israel foi conduzido, por meio de uma série de
acontecimentos históricos, até a consumação da redenção na pessoa de Jesus
Cristo. Jesus realizou a missão do Servo, pois com Jesus a redenção foi
estendida até os extremos da terra, ou seja, a todos os povos.
3. II
leitura (1Cor 1,1-3): Aos
santificados em Cristo Jesus
No v.
1, Paulo se identifica em primeiro lugar como “apóstolo”, isto é, o “enviado”.
Esse termo define sua vocação e missão entre os gentios (os não judeus).
Em
seguida, ao identificar os destinatários da carta, Paulo utiliza o vocábulo
“Igreja”, cujo significado é “assembleia do povo congregado por Deus”. Por
isso, os membros da Igreja são santos e eleitos.
Ao
considerar uma comunidade cristã como povo de Deus, Paulo quer dizer que cada
comunidade local condensa as características do povo de Deus em seu sentido
mais amplo. Assim, a Igreja de Corinto é povo de Deus e grupo de santificados.
Ou seja, é uma assembleia de pessoas consagradas a Deus. Tal consagração é obra
de Deus mesmo em cada membro e na comunidade como tal. A santificação ou
consagração das pessoas é realizada por meio de Cristo Jesus. Somente a obra
redentora de Cristo pode haurir a santificação/consagração dos que formam a
Igreja.
III.
PISTAS PARA REFLEXÃO
A
ênfase da liturgia é a vocação para uma vida de santidade, isto é, para uma
vida ofertada a Deus. Mas a santidade, em sentido cristão, é engajamento para
transformação do mundo, e não uma busca do extraordinário ou fuga da realidade.
Pelo batismo, somos associados à consagração (oferta) de Jesus e, à medida que
o cristão consagra a própria vida como oferta, orientando todas as suas atividades,
sem exceção, ao cumprimento da vontade do Pai, o pecado é tirado do mundo, ou
seja, a rebeldia contra o plano de Deus cede lugar ao Reino de justiça e paz.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail:
aylanj@gmail.com.
19 de janeiro – 2°
Domingo Comum
A PERTENÇA DA COMUNIDADE CRISTÃ
A vocação da comunidade cristã é testemunhar a alegria de pertencer a
Jesus Cristo. Essa pertença é o sentido íntimo da missão. Por isso a comunidade
só é viva se consciente dessa sua condição. De outra forma, correria o risco de
se considerar autossuficiente e cair na tentação do amor ao poder. Quem
pertence a Jesus é guiado pelo poder do amor. Esse é o poder que conta.
Quando João Batista testemunha que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo (Jo 1,29), ensina à comunidade que seu Mestre é o homem da
misericórdia, do perdão. Logo os seguidores devem ter as mesmas atitudes do
Mestre. Isso só pode ocorrer se houver um encontro pessoal com ele. É preciso
conhecer o amor para amar. A comunidade ama quando conhece Jesus, o amor de
Deus feito homem.
Quando João Batista testemunha que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo, evoca a tradicional imagem bíblica do servo sofredor. Jesus é
o servo fiel. Ele assume os pecados do seu povo, carrega nos ombros a dor de
todo o mundo. Evoca também a imagem do cordeiro pascal, símbolo da ação
libertadora de Deus, outrora em favor de Israel e agora ligada à libertação de
toda a humanidade.
Desse modo, a comunidade tem a obrigação de saber quem é Jesus. Daí a
necessidade da experiência do encontro verdadeiro com ele. Esse encontro se dá
por meio da oração. A comunidade cristã tem a vocação de viver em contínua
oração. Isso quer dizer que, mesmo nas ocupações e correrias do dia a dia, a
comunidade persevera na oração, fazendo o bem. É justamente a bondade cristã
que está presente no apelo do apóstolo Paulo em sua clássica saudação às
comunidades: “A graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo
estejam convosco”.
A graça e a paz são distintivos da comunidade cristã. Não é à toa que na
liturgia eucarística, antes da comunhão, quem preside reza pela paz e convida
todos ao abraço. Além disso, por três vezes, pelo menos, pede-se que o Cordeiro
de Deus tire o pecado do mundo.
A comunidade cristã, portanto, tem a missão de semear a bondade, o
perdão, o amor. Ela é serva. Cristo é o modelo por excelência. É nele que
somos, nos movemos e existimos (At 17,28). Dele, por ele e para ele são todas
as coisas (Rm 11,36). Graça e paz a você!
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
19 de janeiro: 2º
Domingo do Tempo Comum
A FORÇA DO TESTEMUNHO
O início da atividade pública de Jesus é marcado pela presença de João
Batista, o “precursor”, aquele que vem antes para anunciar a chegada do
Messias, um rei diferente que se faz batizar por João.
O batismo de João se fazia apenas uma vez, por imersão na água, para
significar o desejo de uma mudança profunda de vida. Este chamado à conversão,
à mudança de mentalidade e de vida, preparava para a chegada de Jesus, aquele
que vinha batizar com o Espírito Santo.
E então João aponta Jesus como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo. O cordeiro era o animal que se costumava sacrificar a Deus para que os
pecados fossem perdoados. Agora o Cordeiro que leva embora o pecado do mundo,
aquilo que não é conforme ao projeto de vida de Deus, é o próprio Filho.
Jesus é, de fato, aquele que nos tira de uma história de pecado,
condenação e morte ao nos mostrar que Deus é bondade e graça e que seu amor
consiste em servir e doar a própria vida. Em Jesus, Deus deixa em segundo plano
nossas faltas, para nos animar com o Espírito que transforma e santifica.
O Espírito do batismo, aliás, é o Espírito enviado por Deus que nos
permite testemunhar hoje o amor maior de Deus, manifestado em seu Filho, Jesus.
Diz o ditado: “As palavras convencem, mas os exemplos arrastam”. Quão
importante é hoje nosso testemunho de seguidores desse Cordeiro-Servo. Olhando
o testemunho de João, temos muito a aprender: nunca conheceremos Jesus
suficientemente. Mas abrir-nos ao seu Espírito é dar espaço para que Deus aja
em nós e, por meio de nós, continue se manifestando ao mundo como amor que não
tem fim.
Já não sacrificamos animais a Deus, carregando-os com os nossos pecados.
Mas há certamente uma carga bem pesada jogada nos ombros dos sofredores, que
somos chamados a aliviar com o testemunho de quem segue o Mestre que, por amor,
perdoa e se doa até o fim.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
HOMILIA
JOÃO, O DEDO QUE
APRESENTA JESUS Jo 1,29-34
O Amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas
e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há mais razão para ficar triste ou
viver amargurado se Deus está conosco e no meio de nós. Grande significado tem
para nós, hoje, o dedo indicador de João: “ Eis o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo”.
Cordeiro de Deus em latim é Agnus Dei, uma expressão utilizada pela
religião cristã para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da
humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e
na simbologia icônica cristã, é freqüentemente representado por um cordeiro com
uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho
de hoje, onde João Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que
tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacrifício a Deus,
para remissão dos pecados. O sacrifício de animais era freqüente entre vários
grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o
caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus teria de sacrificar o seu
único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para
os sacrifícios de animais - o relato bíblico refere, contudo, que Deus não
permitiu tal execução.
A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como Filho unigênito
de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado
perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito
Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo,
interpretado como o maior ato de amor de Deus para a humanidade.
João Batista tem uma atuação fundamental no projeto de Deus realizado em
Jesus. O batismo de João tinha características originais e sua proclamação foi
tão marcante que o tornou conhecido como “o Batista”. Enquanto as abluções de
purificação com água, tradicionais entre os judeus, eram repetidas com
freqüência, o mergulho nas águas do batismo, com João, era feito uma única vez
e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de vida para um compromisso perene
com a prática da justiça que fortalece a vida.
Jesus assume a proclamação de João dando-lhe um novo sentido de
atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de Deus de conferir vida
plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a confirmação de sua
divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele assumida em todos seus
valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus, Filho de Deus, entre nós
renova a nossa vida e nos impele ao empenho na construção do mundo novo
possível de justiça e paz.
Interpelado estou eu e estás tu também a sermos o dedo em nossos dias
que aponte para Jesus e diga. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo.
Pai, tu enviaste Jesus com a missão de nos introduzir no Reino da
fraternidade. Dá-me a graça de reconhecê-lo, fazer-me seguidor d’ele e a ser o
dedo que o mostre à todos os homens.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
A Voz do Pastor
2º Domingo do Tempo Comum - Domingo
19/01/2014
Canal do Youtube: arqrio
Liturgia de 19.01.2014
2º Domingo do Tempo Comum
Canal do Youtube: Dermeval Neves
HOMÍLIA DIÁRIA
É o Espírito quem nos cura, nos liberta e
nos restaura!
É o Espírito Santo de Deus quem fala pela boca daqueles que
testemunham, anunciam e pregam a Palavra de Deus. É o Espírito quem dá força
aos mártires, às virgens, aos profetas e aos confessores.
”Também
eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse:
‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com
o Espírito Santo’” (João 1,33).
João
dá testemunho de quem é Jesus, aponta para as pessoas o que Cristo veio fazer
no meio de nós. Ele hoje apresenta, nessa passagem, qual é a ação principal do
Senhor no meio de nós, porque, quando Jesus é batizado, sobre Ele desce o
Espírito e permanece n’Ele. E uma vez que Jesus é pleno do Espírito, é no
Espírito Santo que Ele nos batiza.
Sabem,
meus irmãos, o Espírito de Deus já agia no Antigo Testamento, Ele falava pela
boca dos profetas, Ele movia muitos corações e inspirava os homens e as
mulheres de Deus a fazerem a vontade do Senhor e a serem submissos a Deus Pai.
O Espírito de Deus fez e faz a graça do Altíssimo permanecer no meio de nós.
Os
antigos não sabiam, ou não tinham noção, que existia um ”Espírito Santo” como
Pessoa, como uma realidade divina. Ele não é um simples sopro, não é a simples
presença de Deus, mas é o próprio Deus agindo entre nós na Pessoa abrasadora do
Paráclito Divino. Esse dom único de Deus não é reservado para Si mesmo; em
Jesus, Ele nos dá essa graça: a graça de sermos batizados no Espírito Santo!
Uma
vez que somos batizados com o Espírito Santo de Deus, que vem do Senhor, que
agiu em Jesus, Ele também age em nós e por intermédio de nós. Nós devemos tomar
consciência do Espírito que recebemos, este mesmo Espírito, que move a Igreja e
a impulsiona, é o mesmo Espírito que fala pela boca daqueles que testemunham,
anunciam e pregam a Palavra de Deus. É o Espírito quem dá força aos mártires,
às virgens, aos confessores, é o Espírito Paráclito quem suscita o novo de
Deus, a graça de Deus. É o Espírito quem cura, quem liberta, quem restaura, é o
mesmo Espírito que é dado sem medida àqueles que se abrem à Sua graça e à Sua
ação.
Jesus
deseja batizar a mim e a você na graça do Seu Santo Espírito! O que nós
precisamos é nos abrir para esta força maravilhosa, que nos renova e nos
impulsiona a vivermos a dinâmica do Reino de Deus.
Oremos:
Jesus, batiza-nos, a cada dia, na força e no poder do Seu Espírito, para que
possamos ser fiéis ao Pai!
Deus
abençoe você!
LEITURA ORANTE
Jo 1,29-34 - O testemunho de João Batista à

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor
Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito
Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no
amor de Cristo!
Preparo-me para a
Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da
internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o
texto do dia?
Leio
atentamente, na Bíblia, o Evangelho do Dia - Jo 1,29-34
No dia seguinte,
João viu Jesus vindo na direção dele e disse:
- Aí está o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Eu estava falando a respeito dele quando disse: "Depois de mim vem um homem que é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia." Eu mesmo não sabia quem ele era, mas vim, batizando com água para que o povo de Israel saiba quem ele é.
João continuou:
- Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e parar sobre ele. Eu não sabia quem ele era, mas Deus, que me mandou batizar com água, me disse: "Você vai ver o Espírito descer e parar sobre um homem. Esse é quem batiza com o Espírito Santo." E eu vi isso e por esse motivo tenho declarado que ele é o Filho de Deus.
- Aí está o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Eu estava falando a respeito dele quando disse: "Depois de mim vem um homem que é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia." Eu mesmo não sabia quem ele era, mas vim, batizando com água para que o povo de Israel saiba quem ele é.
João continuou:
- Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e parar sobre ele. Eu não sabia quem ele era, mas Deus, que me mandou batizar com água, me disse: "Você vai ver o Espírito descer e parar sobre um homem. Esse é quem batiza com o Espírito Santo." E eu vi isso e por esse motivo tenho declarado que ele é o Filho de Deus.
Vendo Jesus que vem em sua direção,
João testemunha, reconhecendo Jesus com três títulos: Cordeiro de Deus,
"Quem batiza com o Espírito Santo" e Filho de Deus. É o
Cordeiro de Deus que tem a missão do sacrifício para a expiação dos
pecados.
É o que batiza com o Espírito Santo, despertando uma vida
nova. É o Filho de Deus de quem procede toda graça e salvação.
2.
Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O que o texto diz para mim, hoje?
O nosso batismo deriva do batismo
de Cristo. Ser batizado é ser enxertado em Cristo, é receber o Espírito Santo,
é aceitar os desafios provenientes do anúncio do Evangelho. Ser testemunha de
Cristo como João Batista é reconhecer que ele é o Filho de Deus. Ser
imerso na água do batismo é aceitar morrer ao pecado. Aquele que recebe a água
do batismo nasce para a ressurreição e para a vida eterna (Rm 6, 4-5).
Em Aparecida, disseram os bispos: "Jesus é o
Filho de Deus, a Palavra feito carne (cf. Jo 1,14), verdadeiro Deus e
verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens.
Sua vida é uma entrega
radical de si mesmo a favor de todas as pessoas, consumada definitivamente em
sua morte e ressurreição. Por ser o Cordeiro de Deus, Ele é o Salvador. Sua
paixão,morte e ressurreição possibilita a superação do pecado e a vida nova
para toda a humanidade. N’Ele, o Pai se faz presente, porque quem conhece o
Filho conhece o Pai (cf. Jo 14,7).
103. Como
discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador
enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm
1,3). Cremos e anunciamos “a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus” (Mc
1,1). Como filhos obedientes a voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc
9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos
que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé
somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n’Ele, a boa
nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da
solidariedade com a criação."
(DAp 102 e 103).
3.Oração
(Vida)
- O que o texto me leva a dizer a Deus?
Renovo o meu Batismo, renovando a minha fé e meu compromisso cristão.
- O que o texto me leva a dizer a Deus?
Renovo o meu Batismo, renovando a minha fé e meu compromisso cristão.
Creio em Deus-Pai, todo poderoso,
criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo seu único filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu a mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso,
de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica,
na comunhão dos Santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne,
na vida eterna.
Amém.
criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo seu único filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu a mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso,
de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica,
na comunhão dos Santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne,
na vida eterna.
Amém.
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os
olhos de Deus. Vou viver a minha vida cristã coerente com meus compromissos de
contínua conversão e de testemunho de minha fé.
Bênção
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se
compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê
a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva,
fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a mesma
certeza do Batista para anunciarmos ao mundo o teu Filho Unigênito, feito
humano como nós, como o Cordeiro que tu nos envias para libertar-nos do pecado.
E quando, Pai amado, nós batizamos com água, confirma pelo teu Espírito a nossa
adoção como filhos teus, muito amados. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito
Santo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário