Mafalda
Bem-aventurada
1184-1257
Mafalda passou para a história do povo português como "a rainha santa Mafalda". Ela foi uma das filhas do primeiro rei de Portugal, Sancho I, o Povoador, e da rainha Dulce de Aragão. Em 1184, quando nasceu, herdou o nome de sua avó paterna, Mafalda de Savóia, e tornou-se uma jovem muito bela. Recebeu a educação própria aos nobres.
O rei Sancho I morreu em 1211, deixando o reinado para a rainha viúva e o poder
efetivo ao ministro Nunes de Lara. Na época, por causa da guerra com os árabes
muçulmanos, era importante para o reino de Portugal que se estreitassem os
laços de amizade com o reino de Castela, ou seja, com a elite espanhola. Por
isso o ministro Nunes acertou o casamento de Mafalda com o rei Henrique I, do
trono de Castela.
Entretanto, a mãe do rei Henrique I, que não queria o casamento, recorreu à
Santa Sé alegando que os dois jovens reis eram parentes e muito jovens. Começou
a correr o processo de anulação do casamento. Aos quatorze anos, o rei Henrique
I morreu tragicamente. O papa Inocêncio III anulou o matrimônio e a rainha
Mafalda regressou a sua pátria.
Em Portugal, Mafalda passou a auxiliar monges e monjas com doações a mosteiros.
Mais tarde, ingressou no Convento de Arouca, Portugal, e tornou-se monja
cisterciense da Ordem de São Bernardo, de cujo convento só saia para fazer
peregrinações à catedral do Porto, onde entregava suas jóias no altar de Nossa
Senhora, de quem era muito devota. Vivia com humildade e usou sua riqueza
patrocinando as obras de caridade, a reconstrução dos povoados, a construção de
hospitais e as casas religiosas.
Devido às obras de caridade que fez, o papa Alexandre IV, de próprio punho,
agradeceu os serviços que ela prestou à Igreja em uma carta de 1255. Mafalda
morreu no dia 1o de maio de 1257, no mosteiro de Arouca, Portugal, onde seu
corpo foi sepultado.
A fama da sua santidade foi logo crescendo e a população passou a referir-se a
ela como "rainha santa Mafalda". No século XII, por ocasião da sua
exumação, corpo e vestes estavam incorruptos. O papa Pio VI beatificou-a em
1793 e no ano seguinte autorizou o culto público e sua festa litúrgica no dia 2
de maio.
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