quarta-feira, 18 de abril de 2012

São Leão IX - 19 de abril


     
São Leão IX
Papa
1002-1054

Bruno nasceu no ano 1002 na nobre família dos Dagsburgo, ou Asburgo, como ficou sendo grafado depois, e veio ao mundo com algumas manchas no corpo, como que predestinado, naquele início de segundo milênio. Sua mãe, santa Heilwiges, era uma católica fervorosa, viu que a pele do menino apresentava, ao nascer, muitas manchas vermelhas, formando cruzes por todo o corpo. 
Ficou na casa paterna, freqüentada pela nobreza da corte, até os cinco anos de idade, quando sua mãe o confiou ao bispo de Toul, Bertoldo, que, com o passar dos anos, o fez doutorar em direito canônico. Ordenando-se sacerdote, foi atuar junto ao seu primo Conrado, que tinha posição de destaque no Império, ali trabalhando pela religião e pela comunidade, cuidando de complicadas tarefas administrativas. Seu trabalho o fez ser eleito bispo de Trèves em 1026, quando implantou e desenvolveu uma reforma profunda nos conventos e na própria forma de evangelização na sua diocese. 
Está registrado que, paralelamente ao trabalho desenvolvido em favor da Igreja nas altas rodas do governo e da sociedade, Bruno mantinha, ao mesmo tempo, uma atitude disciplinada e fervorosa quanto aos preceitos da caridade. Para dar exemplo de humildade, diariamente recebia pobres em seu palácio, alimentava-os e repetia a cerimônia do lava-pés, tendo-os como seus discípulos. Liderava também, anualmente, uma peregrinação aos túmulos de são Pedro e são Paulo, em Roma. 
Nada disso passou despercebido. Quando faleceu o papa Dâmaso II, Bruno foi eleito, por unanimidade, para o trono de Pedro. Mas recusou. É que a eleição ocorreu em um Concílio convocado pelo imperador da Alemanha, Henrique III, em Worms. Compareceu enorme número de bispos, prelados, embaixadores e príncipes, referendando o nome de Bruno, mas o bispo só aceitou o cargo depois que o mesmo ocorreu em Roma, quando seu nome foi de novo consagrado por unanimidade, em 1049, na própria basílica de São Pedro. 
Ele assumiu e adotou o nome de Leão IX, passando para a história por sua atuação memorável como papa. Citando alguns exemplos: reorganizou a disciplina eclesiástica, implantando nova disciplina e a volta dos preceitos originais do cristianismo nos sínodos de Latrão, Pavia, Reims e Mogúncia; acabou com os abusos da simonia, isto é, com a cobrança para as indulgências dos pecados, e o casamento dos clérigos; criou cardeais de outras nações e não só italianos, como se fazia então; selou a paz entre a Hungria e a Alemanha, evitando uma guerra iminente. 
Há duas passagens mais na vida do papa Leão IX, uma dolorosa e outra heróica. A dolorosa se refere ao cisma provocado por Miguel Cerulário, patriarca de Constantinopla, que rompeu com Roma e separou a Igreja em duas, e que este papa não conseguiu evitar. 
A heróica, também triunfal, foi quando os normandos buscavam dominar a Europa e invadiram a Itália. Já haviam capturado as províncias de Apulia e Calábria, quando o papa conseguiu reforços do imperador, pegou em armas e liderou os soldados contra os invasores. Evitou a tomada de Roma, mas caiu prisioneiro dos inimigos. Embora tratado com muito respeito pelos adversários, a batalha minara sua saúde. 
De volta a Roma, morreu em 19 de abril de 1054. Celebrado neste dia, daquela época até hoje, são milhares as graças e milagres ocorridos, por sua intercessão, aos pés de seu túmulo.



São Leão IX
152º papa
Nome de nascimentoBruno de Eguisheim-Dagsbourg
NascimentoEguisheimFrança,
21 de Junho de 1002
Eleição21 de Fevereiro de 1049
Fim do pontificado19 de Abril de 1054 (51 anos)
AntecessorDâmaso II
SucessorVítor II

Papa Leão IX



Bruno de Eguisheim-Dagsbourg (21 de junho de 1002EguisheimAlsácia – 19 de abril de 1054Roma), coroado papa em 12 de fevereiro de 1049 sob o nome de Leão IX, foi o 153º papa da Igreja Católica. Foi principalmente um papa viajante, trabalhando pela paz na Europa.

Ele nasceu em Eguisheim, na Alsácia. No entanto, certas pessoas afirmam que ele nasceu em Dabo, outras em Walscheid, ambas naMoselle. Depois de estudar em Toul, tornou-se cônego de Saint-Étienne em 1017 e bispo desta cidade em 1

026.
Torna-se papa em 1049. Neste mesmo ano proíbe o casamento de Guilherme o Bastardo e de Mathilde de Flandres. Apesar disso, o casamento acaba por ser realizado.
Leão IX foi um reformador, tendo-se inscrito na reforma dita « gregoriana ». Convoca durante seu pontificado 12 Concílios.
Suas principais lutas foram contra:
  • a taxa eclesiástica (a simonia);
  • o casamento bem como a concubinagem dos padres (o nicolaísmo);
  • os bispos não deveriam ser príncipes do Império, mas simples teólogos;
  • o retorno dos valores do cristianismo primitivo
Castelo de Eguisheim, local de nascimento de Bruno de Eguisheim-Dagsburg
De junho de 1053 a março de 1054 ele foi mantido prisioneiro em Benevento, numa prisão honorável; ele não sobreviveu muito tempo após seu retorno a Roma, onde morreu em 19 de abril de 1054. O dia de São Leão é festejado em 19 de abril, dia do aniversário da sua morte. Seu corpo repousa na basílica de São Pedro.
Placa comemorativa no castelo de Eguisheim
Antes de sua morte, Leão IX enviou um legado papal, o Cardeal Humberto de Silva Candida, aConstantinopla, para negociar com o patriarca de Constantinopla Miguel Cerulário (1043-1059), em resposta a suas ações sobre a Igreja no sul da Itália. Humberto rapidamente parou as negociações, e excomungou e depôs o patriarca em nome do papa. Este ato, embora juridicamente inválido devido à morte do Papa da época, foi respondida pelo próprio Patriarca Miguel com a excomunhão contra o Humberto e seus associados e é popularmente considerado a separação oficial entre as Igrejas orientais e ocidentais no que é chamado de Grande Cisma do Oriente.

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Precedido por
Dâmaso II
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Papa

152.º
Sucedido por
Vítor II

São Leão IX, Papa
Comemoração litúrgica: 19 de abril.   Também nesta data:  Santos Expedito, Gálata e Sócrates


Pontificado: 1049 a 1054

                                                     Descendente da nobre família dos Dagsburgo ou Asburgo, era Leão parente do duque Adalrico da Alsacia. Era filho de uma santa mãe, Heilwiges, devotíssima da Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, sobre cujo mistério meditava quotidianamente. A este fato atribui-se o fenômeno, observado na criança recém nascida, cujo corpo estava coberto de manchas vermelhas, representando cada qual uma cruz. Bruno – foi o nome que o menino recebeu no Santo Batismo – ficou na casa paterna até a idade de cinco anos, quando a mãe o confiou aos cuidados do célebre Bispo de Toul, Bertoldo. Dotado de belos talentos, Bruno fez rápidos progressos nos estudos, e distingui-se com grande vantagem entre os condiscípulos. Era principalmente o Direito canônico, cujo estudo mais o ocupava. Destinado ao estado sacerdotal, recebeu a ordem do diaconato, e nesta qualidade de ministro do altar, entrou a serviço do primo imperial Conrado, distinguindo-se sempre pela habilidade em negócios de administração, como na piedade.
                                                     Em 1026 foi eleito Bispo de Treves. Nesta posição, desenvolveu um  zelo extraordinário na reforma dos conventos e na obra da salvação das almas. Profundo conhecedor da arte musical, compôs   grande número de cânticos religiosos e envidou todos os esforços pela digna celebração do culto divino. Compenetrado de que humildade é verdade, lavava diariamente os pés de alguns pobres e servia-lhes à mesa. Vivia em contínuos exercícios de penitência exterior e interior. Não se alterou, quando soube que vis caluniadores tinham procurado denegrir-lhe a reputação junto ao imperador. Anualmente visitava os túmulos de São Pedro e São Paulo em Roma.
                                                     A morte do Papa Damaso II (1048) causou sérios embaraços ao governo da Igreja. Havendo três pretendentes à tiara, o Imperador da Alemanha, Henrique II convocou um congresso para Worms, ao qual compareceu grande número de Bispos, Prelados, Príncipes e embaixadores, com o fim de dar um novo Papa à Cristandade, afastando assim o perigo de um cisma.
                                                     Os votos dos congressistas uniram-se, indicando o nome de Bruno, o qual vendo-se elevado à dignidade de Sumo Pontífice, fez uma confirmação pública dos seus pecados, para assim convencer os eleitores de sua indignidade e incompetência para exercer tão elevado cargo. O efeito deste ato de humildade foi, que a assembléia confirmasse como confirmou a eleição, declarando que outro mais digno não era possível achar. A aceitação da dignidade pontifícia Bruno a fez depender ainda da eleição em Roma, para onde se dirigiu em companhia de Hildebrando (Gregório VII). A eleição se deu aos doze de fevereiro de 1049 na Basílica de São Pedro. Eleito. Adotou o nome de Leão IX. Seu primeiro cuidado foi reorganizar a disciplina eclesiástica. Os Sínodos de Latrão, de Pávia, Reims e Mogúncia se dirigiram contra os abusos da simonia, contra a investidura laical e o casamento dos clérigos. Criou Cardeal de outras nações além de italianos.
                                                     À sua intervenção, o rei André, da Hungria, fez as pazes com o imperador Henrique III.
                                                     Em 1050 condenou os erros de Berengário. O ano de 1053 trouxe a divisão da Igreja, em grega e latina, causada pelas maquinações do Patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário, o qual impugnava o uso de pães ázimos na celebração da Santa Missa, a omissão do canto de Aleluia durante a quaresma e outros usos de menor importância da Igreja latina. Leão defendeu as tradições latinas num memorando que chegou às mãos do Patriarca por intermédio do Cardeal Umberto. Miguel Cerulário, mostrando-se inacessível às argumentações do Papa, separou-se da Igreja latina, exemplo que foi seguido pela maior parte da Igreja Oriental. Os Normandos, sequiosos de conquistas e no afã de estender o poderio sobre a Europa toda, invadiram também a Itália. As províncias de Apulia e Calábria, tinham já caído em seu poder, e os acampamentos estendiam-se até às portas de Benevento, cujos habitantes invocaram o auxílio do Papa. Este, tendo recebido valiosos reforços do imperador, pegou em armas contra os Normandos. Estes venceram e apoderaram-se da pessoa do Papa. Embora vencedores trataram o ilustre prisioneiro com todo o respeito, dispensando-lhe todas as honras, a que sua alta posição lhe dava jus.
                                                     Leão adoeceu gravemente e voltou para Roma, onde morreu santamente, em 19 de abril de 1054. O túmulo de Leão IX foi glorioso e muitos milagres testemunharam-lhe o grande poder junto ao trono de Deus.

R E F L E X Õ ES

Berengário foi o primeiro que ousou negar a real presença de Cristo no Santíssimo Sacramento. Contra ele e sua doutrina levantou-se a Igreja, num protesto vibrante, defendendo o dogma da Santíssima Eucaristia. O Santíssimo Sacramento é o mistério da fé, que a débil razão humana nunca poderá compreender. Nós o acreditamos, porque a Igreja o ensina. Jesus Cristo não fundou a Igreja sobre a areia, mas sobre rocha firme, contra a qual as portas do inferno em vão lançarão seus furores. A Igreja é a coluna da verdade e sua doutrina é verdadeira. Se ela é de Deus, se a doutrina é divina, não pode nunca ensinar inverdade, nunca poderá ser escola do erro. Sejamos, portanto, humildes e aceitemos a doutrina da Igreja, que é a doutrina de Cristo, dos Apóstolos e dos homens mais santos e sábios, durante 20 séculos. Não é possível que todos eles tenham errado.


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