sexta-feira, 7 de novembro de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 07/11/2025

ANO C


Lc 16,1-8

Comentário do Evangelho

A Parábola do Administrador Astuto


No Evangelho de hoje, vemos que Jesus Cristo apresenta a parábola de um administrador que, ao saber que perderá sua tarefa, age com esperteza para garantir um lugar seguro para si (Lc 16,1‑8). Ele reduz dívidas, cria oportunidades, mostra que os “filhos deste mundo” são mais cautelosos em seus negócios do que os “filhos da luz”.
Esse encontro‑texto nos convida a refletir sobre a seriedade com que vivemos nossa vocação cristã: não basta sermos apenas honestos; somos chamados a agir com sabedoria, responsabilidade e audácia no compromisso com o Reino de Deus. O administrador, embora “desonesto”, reconhece a urgência de sua situação e toma iniciativa. Jesus usa esse exemplo como alerta para que os discípulos também despertem para a urgência de viver segundo a lógica do Evangelho, antes que seja tarde.
Além disso, a parábola desafia quem se considera “seguro” ou “integro” a avaliar se está realmente empenhado na missão. Os fariseus e doutores da Lei murmuravam, porém, Jesus mostra que acolher os pequeninos, agir com misericórdia e justiça vale mais do que manter aparências. Cada cristão é interpelado: como uso os talentos que recebi? Estou agindo com a astúcia do Reino ou ainda me escondo atrás da segurança mundana?
Que esta Palavra nos alerte para não desperdiçar tempo ou talentos. Que trabalhemos com responsabilidade, sabedoria e firmeza pela causa de Cristo, conscientes de que somos “filhos da luz”, chamados a iluminar este mundo com ações concretas de amor e serviço.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-parabola-do-administrador-astuto/

Reflexão

O Evangelho de hoje nos apresenta uma narração no mínimo curiosa, ao elogiar um administrador infiel e desonesto que age com esperteza. Jesus não pretende incentivar essa prática, mas quer enfatizar que “os filhos deste mundo são mais espertos no trato com sua gente do que os filhos da luz”. Quer mostrar que até mesmo os desonestos podem se arrepender e tentar remediar os danos que causaram, pois a diminuição nas dívidas refere-se à margem de lucro do próprio administrador. Sua desonestidade está no fato de esbanjar os bens do patrão (atitude de injustiça), e não propriamente na redução das dívidas. Prejudicar alguém é sempre um atentado contra o Evangelho e o Reino de justiça, mas podemos sempre nos arrepender e mudar de atitude para sermos recebidos na casa do Pai misericordioso.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/7-sexta-feira-11/

Reflexão

«Os filhos deste mundo são mais espertos (...) em seus negócios do que os filhos da luz.»

Mons. Salvador CRISTAU i Coll O bispo de Terrassa
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos apresenta uma questão surpreendente à primeira vista. Com efeito, diz o texto de São Lucas: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Evidentemente, não se nos propõe aqui que sejamos injustos em nossas relações, e menos ainda com o Senhor. Não se trata, não obstante, de um louvor à estafa que comete o administrador. O que Jesus manifesta com seu exemplo é una queixa pela habilidade em solucionar os assuntos deste mundo e a falta de verdadeiro engenho dos filhos da luz na construção do Reino de Deus: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Tudo isso nos mostra - mais uma vez!- que o coração do homem continua tendo os mesmos limites e pobrezas de sempre. Na atualidade falamos de tráfico de influências, de corrupção, de enriquecimentos indevidos, de falsificação de documentos... Mais ou menos como na época de Jesus.
Mas a questão que tudo isto nos propõe é dupla: Por acaso pensamos que podemos enganar a Deus com nossas aparências, com nossa mediocridade como cristãos? E, ao falar de astúcia, teríamos também que falar de interesses. Estamos interessados realmente no Reino de Deus e sua justiça? É frequente a mediocridade em nossa resposta como filhos da luz? Jesus disse também que ali onde esteja nosso tesouro estará nosso coração (cf. Mt 6,21). Qual é nosso tesouro na vida? Devemos examinar nossos anelos para conhecer onde está nosso tesouro... Diz-nos Santo Agostinho: «Teu anelo contínuo é tua voz contínua. Se deixas de amar calará tua voz, calará teu desejo».
Talvez hoje, ante o Senhor, teremos que questionar qual deve ser nossa astúcia como filhos da luz, isto é, dizer nossa sinceridade nas relações com Deus e com nossos irmãos. «Na realidade, a vida é sempre uma opção: entre honestidade e desonestidade, entre fidelidade e infidelidade, entre bem e mal (...). Com efeito, diz Jesus: É preciso decidir-se» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O senhor elogiou o mordomo que ele demitiu de sua administração por ter olhado para o futuro» (Santo Agostinho)

- «O costume do suborno é um costume mundano e fortemente pecaminoso. É um costume que não vem de Deus: Deus nos pediu para trazer o pão para casa com nosso trabalho honesto!» (Francisco)

- «Segundo o desígnio de Deus, o homem e a mulher são vocacionados para ‘dominarem a terra’ (245) como 'administradores' de Deus. Esta soberania não deve ser uma dominação arbitrária e destruidora. A imagem do Criador, ‘que ama tudo o que existe’ (Sb 11, 24), o homem e a mulher são chamados a participar na Providência Divina em relação às outras criaturas. Daí a sua responsabilidade para com o mundo que Deus lhes confiou» (Catecismo da Igreja Católica, nº 373)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-11-07

Reflexão

O "purgatório”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, inclusive para este “administrador infiel”, do coração de Jesus sai um louvor (pela sua astúcia). Admiramos a tenacidade divina para salvar nossas vidas, nem que sejam aproveitando alguns poucos “fragmentos” do bem que Ele ache na nossa existência terrena. Nesta linha discorre o ensino católico sobre o "purgatório".
Em grande parte dos homens —isto podemos supor— fica no mais profundo do seu ser uma última abertura interior à verdade, ao amor, a Deus, porém nas opções reais da vida, dita abertura tenha-se embaçado com compromissos com o mal. Deus pode recolher os “fragmentos” e fazer “algo” com eles (purificá-los e uni-los). Necessitamos de certa limpeza final (um purgatório!), onde o olhar de Cristo nos limpe de verdade, fazendo-nos aptos para Deus e capazes de estar na sua moradia. É uma necessidade tão humana que, se não existisse o purgatório, teríamos de inventá-lo!
—Senhor, antes que uma “peça malograda de um oleiro”, desejo ser salvo para culminar contigo minha existência.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-11-07

Comentário do Evangelho

Parábola do Administrador Infiel: o cristão deve ser ousado


Hoje o Mestre nos deixa desconcertados... Parece que aprova a “cultura do bolaço”: favores e mais favores entre mafiosos com falta de solidariedade que só pensam em um benefício próprio, sem importar-lhes a carestia dos muitos que sofrem. Não é isso! Não se trata de nos fazer “amigos do dinheiro”, senão de pôr o prestigio profissional ao serviço dos outros. O cristão não tem vocação de “burro decaído”. No trabalho, no social, no esporte… Deus nos exige aspirar à excelência. Se não, como removeríamos os corações?
—São Paulo fez valer o prestigio e os direitos de sua “cidadania romana”. Então, vou de “paletó” pela vida? Atenção, que no céu não há lugar para “bonzinhos burros”!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-11-07

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Deus é o Senhor de tudo e nos confia seus bens para que os administremos. Um dia lhe prestaremos contas. Não quer que os esbanjemos, com eles fazendo mal ao próximo. Na parábola, o Senhor elogia o “administrador desonesto”, não pela desonestidade, mas pela esperteza de filho da luz. Usou dos bens do patrão para com eles fazer amigos que, ao fim de sua administração ou de sua vida na terra, o recebessem “nas moradas eternas” (Lc 16,9). Porteiros nossos no céu serão os que transformamos em amigos aqui, usando os bens do Pai. Jesus, já eterno habitante do céu, usou não só de bens, mas até da própria vida, que entregou até a morte por nós, a fim de nos conquistar para seu eterno convívio no céu.
Coleta
SENHOR DEUS, revesti-nos das virtudes do Coração do vosso Filho e inflamai-nos com seu amor para que, configurados à sua imagem, mereçamos participar da eterna redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=07%2F11%2F2025&leitura=meditacao

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