HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 31/10/2025
ANO C

Lc 14,1-6
Comentário do Evangelho
Jesus e a Cura no Sábado: A Misericórdia Acima da Lei

No terceiro episódio em que Jesus realiza uma cura em dia de sábado, ele se encontra na casa de um dos chefes dos fariseus, durante uma refeição. A ocasião oferece a oportunidade para o Mestre ensinar aos presentes a importância de buscar sinceramente a vontade de Deus. Em questão está a vida de um homem que sofre de hidropsia, uma condição que causa inchaços no corpo e pode comprometer o coração, resultando em morte súbita. Para os judeus, essa doença poderia ser vista como uma maldição, consequência do pecado, o que exigia cuidados que não poderiam ser realizados durante o repouso sabático.Dessa forma, a pergunta de Jesus sobre permitir ou não a cura no sábado tem um grande significado. Como o sábado representa o dia da plenitude da criação, é essencial que Deus intervenha para salvar a vida humana, não apenas curando, mas libertando o indivíduo de todo mal. Se a Lei favorece a vida de quem está próximo, como um filho ou até mesmo um boi, ela igualmente deveria ser aplicada a qualquer ser que necessite de auxílio. A misericórdia de Deus, portanto, se estende a todos, sem distinção, e não se prende à rigidez de corações insensíveis. Assim sendo, é fundamental que estejamos sempre abertos à vontade salvífica de Deus!https://catequisar.com.br/liturgia/jesus-e-a-cura-no-sabado-a-misericordia-acima-da-lei/
Comentário do Evangelho
É permitido curar no sábado, ou não?

O terceiro episódio em que Jesus realiza uma cura em dia de sábado acontece na casa de um dos chefes dos fariseus, durante uma refeição. A ocasião é propícia para o Mestre ensinar seus interlocutores a buscar de forma sincera a vontade de Deus. Está em jogo a vida de um homem hidrópico, que sofre inchaços pelo corpo, doença que pode debilitar o coração e causar morte repentina. Para o judaísmo, essa enfermidade pode ser interpretada como uma maldição, consequência do pecado. Exigia práticas que não poderiam ser realizadas no repouso sabático. A pergunta de Jesus sobre permitir ou não curar no sábado aprofunda seu sentido. Como dia da plenitude da criação, é mais que necessário receber a intervenção de Deus para salvar a vida de um ser humano, não só o curando, mas o libertando de todo mal. Se a Lei beneficia a vida de quem os interessa, como um filho ou um boi, da mesma forma teria de ser com qualquer um que também precise de socorro. É a misericórdia que transborda a todos sem distinção, e não fica presa à rigidez de corações insensíveis. Estejamos abertos sempre à vontade salvífica de Deus!Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/e-permitido-curar-no-sabado-ou-nao-31102025
Reflexão
Jesus realiza mais uma cura ao sábado, dia sagrado em que os judeus não podem fazer qualquer trabalho. Sua intenção é mostrar que os fariseus interpretaram erroneamente a Torá, pois nada pode impedir que se realize uma obra de caridade, nem mesmo uma prescrição religiosa. A mulher encurvada (cf. Lc 13,11) e o homem hidrópico são imagens do povo oprimido que é libertado pela ação da Palavra de Cristo. Jesus restaura o ser humano e lhe restitui a capacidade de assimilar por si mesmo os conteúdos propostos. O silêncio de todos mostra que, aos poucos, a mensagem de Jesus é compreendida e provoca mudança de vida e de consciência.(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/31-sexta-feira-6/
Reflexão
«Em dia de sábado, é permitido curar ou não?»
Rev. D. Darío Gustavo GATTI Giorgio ISSDSch(Rosario, Santa Fe, Argentina)
Hoje o Evangelho mostra-nos Jesus: firme como o boi, manso como o jumento. Está em casa de um fariseu importante; é sábado. «Estes o observavam» (Lc 14,1). Neste ambiente de julgamento, Jesus olha diante de si e vê um homem hidrópico. A sua pergunta é direta: «Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» (Lc 14,3). Uma questão que desafia a rigidez da lei em favor da compaixão, do coração. A lei do sábado, como o nosso domingo, destinava-se ao descanso e à santificação, mas tinha-se tornado um peso. Com a imagem do «filho ou do boi que cai num poço», Jesus denuncia a incoerência daqueles que, preocupados com os seus bens, não hesitariam em resgatá-los, mas adiariam — por ser sábado — a cura de uma pessoa.Um dos que foi resgatado de um poço é Saulo de Tarso. Imaginemos a sua ação de graças, em sintonia com as palavras do Papa Leão XIV: «Ao mesmo tempo que agradecemos ao Senhor a vocação com que transformou a sua vida…, pedimos-lhe que saibamos cultivar e difundir a sua caridade, tornando-nos próximos uns dos outros.» São Beda interpreta o boi e o jumento como «os povos judeu e gentio, chamados a ser libertados do poço da concupiscência.» Jesus resgata todos, sem distinção de condição ou de tempo. Sendo o “Filho”, certamente recordaria aquela noite em Belém, sob o olhar terno de Maria e José, onde um boi e um jumento o contemplavam: esse Menino que vinha tirar-nos do poço do pecado, a todos e para sempre. Hoje, com olhos de misericórdia, anima-nos a olhar primeiro para as pessoas antes das coisas, a dar prioridade à vida, todos os dias.A cura deste dia, e a palavra de Jesus, interpelam-nos: serão as nossas normas, tradições ou comodidades que nos impedem de ver a necessidade do outro? A mesa — símbolo e sacramento da comunidade e da vida eucarística — à qual todos somos convidados, revela uma verdade profunda: a nossa vida tem um valor incalculável. Nela, Jesus lava os pés, dá-se em alimento e recomenda: «Fazei isto em memória de Mim» (Lc 22,19).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Esse hidrópico foi curado em presença do fariseu, porque pela doença do corpo de uma pessoa se expressa a doença do coração do outro» (São Gregório Magno)
- «O caminho para ser fiéis à lei, sem descuidar a justiça, sem descuidar o amor, é o caminho contrário: desde o amor à integridade; desde o amor ao discernimento; desde o amor à lei. Esse é o caminho que nos ensina Jesus» (Francisco)
- «(...) Os regimes cuja natureza for contrária à lei natural, à ordem pública e aos direitos fundamentais das pessoas, não podem promover o bem comum das nações onde se impuseram» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1901)https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-10-31
Reflexão
«Eles ficaram em silêncio»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje fixamos nossa atenção na pergunta aguçada que Jesus faz aos fariseus: «Em dia de sábado, é permitido curar ou não?» (Lc 14,3), e na significativa anotação que faz são Lucas: «E eles não foram capazes de responder a isso» (Lc 14,4).São muitos os episódios evangélicos nos quais o Senhor joga na cara dos fariseus sua hipocrisia. É notável o empenho de Deus em nos deixar claro até que ponto lhe desagrada esse pecado –a falsa aparência, o engano vaidoso-, que situa-se nas antípodas daquele elogio de Cristo a Natanael: «Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade» (Jo 1,47). Deus ama a simplicidade de coração, a ingenuidade do espírito e, pelo contrário, rechaça energicamente o que é emaranhado, o olhar vago, a dupla moral, a hipocrisia.O significativo da pergunta do Senhor e da resposta silenciosa dos fariseus, é a má consciência que estes, no fundo, tinham. Diante jazia um doente que buscava sua cura por Jesus. O cumprimento da Lei judaica –mera atenção à letra com desprezo ao espírito- e a fátua presunção de sua conduta honorável os leva a escandalizar-se ante a atitude de Cristo que, levado pelo seu coração misericordioso, não se deixa amarrar pelo formalismo de uma lei, e quer devolver a saúde a quem carecia dela.Os fariseus se dão conta de que sua conduta hipócrita não é justificável e, por isso, calam. Nesta parte resplandece uma clara lição: a necessidade de entender que a santidade é seguimento de Cristo –até o enamorar-se plenamente- e não frio cumprimento legal de uns preceitos. Os mandamentos são santos porque procedem diretamente da Sabedoria infinita de Deus, mas que é possível vive-los de uma maneira legalista e vazia, e então se dá a incongruência –autêntico sarcasmo- de pretender seguir a Deus para terminar indo atrás de nós mesmo.Deixemos que a encantadora simplicidade da Virgem Maria se imponha nas nossas vidas.https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-10-31
Reflexão
Origem do “Direito Natural”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje não é fácil discernir o que é justo em questões antropológicas fundamentais. Poderia existir uma “cátedra” aceitável para todos? Como distinguir entre o bem e o mal, entre o Direito verdadeiro e o “direito aparente”? No que se refere à dignidade do homem, é evidente que o princípio da “maioria” não basta. Historicamente, os ordenamentos jurídicos foram quase sempre motivados de modo religioso.Contudo, o cristianismo nunca impôs à sociedade um “Direito revelado”, antes apontou para a natureza e a razão como verdadeiras fontes do Direito; referiu-se a harmonia entre razão objetiva e subjetiva, uma harmonia que pressupõe que ambas as esferas estão fundadas na Razão criadora de Deus. Efetivamente, os teólogos cristãos juntaram-se ao movimento filosófico e jurídico surgido no Séc. II AC, quando se “encontraram” o Direito Natural social (desenvolvido pelos filósofos estóicos) e o Direito Romano.—Deste contacto “providencial” nasceu a cultura jurídica ocidental, cuja importância é determinante para a humanidade.https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-10-31
Comentário do Evangelho
A compaixão divina supera o preceito do sábado
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Hoje volta a polêmica absurda. Estamos no dia sábado: expectação! O que Jesus fará? De momento, Ele lança uma pergunta… É como se dissesse: É lícito amar no sábado, ou não? É lícito jejuar nos sábados, ou não?...—Alguns que se achavam “muito religiosos” tinham dúvidas: «ficaram calados». Tu o que dizes? A resposta está clara! Mas há que ser consequentes: no domingo, menos “festinhas” e mais Deus, mais família, mais ajudar, mais…https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-10-31
Meditação
A Palavra: dos ouvidos ao coração!
Como Paulo assimilou Jesus! Invoca até Deus por testemunha do que vai confessar: “Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça”. Jesus era tudo para ele. Mas, para vencer a recusa de seus irmãos israelitas ao mesmo Jesus, preferia ser separado de Jesus, seu Tesouro. Perder tudo para eles ganharem tudo! E Jesus, uma vez mais, vive o amor, a única Lei soberana sobre todas as demais, seja em que circunstância for. Sua rival é a insensibilidade: se um necessitado, um “hidrópico”, não é meu, nada tem a ver comigo, como é meu um filho ou um boi, vou preferir ignorá-lo, e ainda, em nome de “deus”, do meu “deus”.ColetaDEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e, para merecermos alcançar o que prometeis, fazei-nos amar o que ordenais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=31%2F10%2F2025&leitura=meditacao
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