terça-feira, 8 de julho de 2025

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 08/07/2025

ANO C


Mt 9,32-38

Comentário do Evangelho

“Nunca se viu coisa igual em Israel”

O nosso texto começa evocando o episódio da cena de dois cegos. Agora, é a vez de um mudo. A mudez era, segundo a mentalidade da época, atribuída a um demônio. O mal, é verdade, impede de falar bem, distorce as palavras, impede de proclamar as maravilhas de Deus. Mateus não descreve como se deu a cura; limita-se a observar que “expulso o demônio, o mudo começou a falar”. Tendo presente Isaías 35,5-6, a cena de um mudo é um sinal dos tempos messiânicos.
O contraste entre a reação da multidão (v. 33: “Nunca se viu coisa igual em Israel”) e dos fariseus (v. 34) é visado pelo evangelista. Enquanto a multidão reconhece a novidade, já os fariseus, ícones da resistência a Jesus, proclamam, pela estreiteza de visão, que em Jesus não há nada de novo, ao contrário, ele é instrumento de Satanás.
Os vv. 35-37 preparam o relato do envio dos Doze e o discurso missionário (Mt 10).
O v. 35 é um sumário, um resumo, da atividade de Jesus. Por onde passa, o Senhor vai libertando o ser humano de seus males para que possa viver. A sua própria vida é proclamação e testemunho da proximidade do Reino de Deus. Esta Boa-Notícia se realiza pela palavra e pela ação de Jesus em favor das pessoas. É a compaixão que leva Jesus a ir ao encontro das pessoas e a se deixar encontrar por elas. É com este mesmo sentimento que os Doze deverão realizar a missão que receberão do Senhor.
Necessitarão de mais trabalhadores para socorrer a todos, por isso, é preciso suplicar Àquele que conhece os corações para que conceda a ajuda adequada.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: Paulinas em 09/07/2013

Comentário do Evangelho

Jesus é o Senhor da vida

A impressão que o evangelho nos deixa é que os dias de Jesus eram marcados pela oração, por numerosos encontros, atividades, como o ensinamento e deslocamento de um lugar para outro (Mc 3,20-21). Depois da cura de dois cegos, vem o episódio da cura de um mudo, seguido de um sumário focalizado na compaixão de Jesus. O termo grego kofós pode significar incapacidade de falar, de ouvir, ou ambas as coisas, o que parece ser o caso do nosso texto, pois se diz que, curado, o homem começou a falar. Para a mentalidade da época, a mudez, como outras enfermidades, é atribuída a um demônio; por isso, a cura é precedida de um exorcismo. A cura do mudo é sinal dos tempos messiânicos (Is 35,5-6). O mal, de fato, impede de falar e de falar bem, assim como impede de escutar o Verbo de Deus. Chama a atenção o contraste entre a reação da multidão e a dos fariseus. Enquanto a multidão reconhece a novidade e o surpreendente do acontecido na cura do mudo, os fariseus, ícones da resistência a Jesus, afirmam que em Jesus não há nada de novo. Jesus é o Senhor da vida. Por onde passa, cheio de compaixão pela multidão, ele desperta a fé na vida e faz viver.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: Paulinas em 07/07/2015

Vivendo a Palavra

Não foi assim apenas no tempo de Jesus: as ovelhas continuam buscando pastores. A nós, Igreja do Pai Misericordioso, Povo de Deus, cabe o cuidado dos irmãos. Sonhamos ser como os cristãos da origem: eles tinham tudo em comum, dividiam seus bens com generosidade e alegria. Eram unidos na oração e na partilha do pão.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2013

Vivendo a Palavra

O anúncio da chegada do Reino de Deus era a missão de Jesus. Não um reino futuro e distante, mas uma realidade que já mostrava os seus sinais, como a libertação dos homens de suas dificuldades de fala e escuta, da paralisia e, sobretudo, de seus pecados. Esta é a missão que Ele delega a nós, sua Igreja.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2015

VIVENDO A PALAVRA

Jesus liberta os oprimidos: os cegos enxergam e o mudo fala. Os demônios atuais se escondem de outro jeito, mas continuam calando e cegando a muitos homens e mulheres. Seguir Jesus é discernir os sinais dos tempos e identificar os demônios de hoje, ajudando a libertar os irmãos ‘possuídos’ por eles.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2017

VIVENDO A PALAVRA

Não foi assim apenas no tempo de Jesus: as ovelhas continuam buscando pastores. A nós, Igreja do Pai Misericordioso, Povo de Deus, cabe o cuidado dos irmãos. Sonhamos ser como os cristãos da origem: eles tinham tudo em comum, dividiam seus bens com generosidade e alegria. Eram unidos na oração e na partilha do pão.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2019

VIVENDO A PALAVRA

O anúncio da chegada do Reino de Deus era a missão de Jesus. Não um reino futuro e distante, mas uma realidade que já mostrava os seus sinais, aqui e agora, como a libertação dos homens e mulheres de suas dificuldades de falar e escutar, da paralisia e, sobretudo, de seus pecados. Esta foi a missão que Ele delegou a nós, que somos a sua Igreja.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2021

Reflexão

Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos por causa das ofensas e calúnias das quais são vítimas no trabalho evangelizador. O Evangelho de hoje nos mostra que não deve ser essa a atitude dos discípulos de Jesus. Quando Jesus realiza a expulsão de um demônio, é caluniado, pois afirmam que é pelo poder do mal que ele faz exorcismos. Jesus simplesmente continua a sua caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as dores de todos os que encontra pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a todos com compaixão e preocupando-se porque são como ovelhas que não têm pastor. Assim também devemos ser nós, não devemos viver preocupados com as calúnias que nos são dirigidas, mas sim preocupados em fazer o bem.
Fonte: CNBB em 09/07/2013 07/07/2015

Reflexão

Encontramos aqui várias expressões da atividade missionária de Jesus: ele cura um endemoninhado mudo e também “toda doença e toda enfermidade”; ensina nas sinagogas; prega o Evangelho nas cidades e vilarejos; enche-se de compaixão pelas multidões “angustiadas e abandonadas”. Acolhe de bom grado as aclamações do povo. Ouve a absurda acusação de que ele expulsa demônio com a força do chefe dos demônios. Um trabalho intenso que empenha Jesus por inteiro: a saúde, a inteligência, a habilidade para se comunicar e, em todas as circunstâncias, sua bondade e misericórdia derramadas copiosamente sobre as multidões que vivem “como ovelhas sem pastor”. Nada mais natural que Jesus sinta e expresse a necessidade e a urgência de outros trabalhadores para a colheita. Recomenda que os peçamos ao Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 09/07/2019

Reflexão

Encontramos aqui várias expressões da atividade missionária de Jesus: ele cura um endemoninhado mudo e também “toda doença e toda enfermidade”; ensina nas sinagogas; prega o Evangelho nas cidades e vilarejos; enche-se de compaixão pelas multidões “angustiadas e abandonadas”; acolhe de bom grado as aclamações do povo; ouve a absurda acusação de que ele expulsa demônio com a força do chefe dos demônios. Um trabalho intenso que empenha Jesus por inteiro: a saúde, a inteligência, a habilidade para se comunicar e, em todas as circunstâncias, sua bondade e misericórdia derramadas copiosamente sobre as multidões que vivem “como ovelhas sem pastor”. Nada mais natural que Jesus sentir e expressar a necessidade e a urgência de outros trabalhadores para a colheita. Recomenda, ainda, que os peçamos ao Senhor.
Oração
Ó Jesus Messias, enquanto a multidão se maravilha com a cura do mudo, os fariseus te acusam de expulsar demônios pelo poder do chefe dos demônios. A acusação é descabida e maldosa. Sem perder tempo com isso, segues pregando o Evangelho do Reino e curando toda enfermidade. Pelo poder de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 06/07/2021

Reflexão

Encontramos aqui várias expressões da atividade missionária de Jesus: ele cura um endemoninhado mudo e também “toda doença e toda enfermidade”; ensina nas sinagogas; prega o Evangelho nas cidades e vilarejos; enche-se de compaixão pelas multidões “angustiadas e abandonadas”. Acolhe de bom grado as aclamações do povo. Ouve a absurda acusação de que ele expulsa demônio com a força do chefe dos demônios. Um trabalho intenso que empenha Jesus por inteiro: a saúde, a inteligência, a habilidade para se comunicar e, em todas as circunstâncias, sua bondade e misericórdia derramadas copiosamente sobre as multidões que vivem “como ovelhas sem pastor”. Nada mais natural que Jesus sinta e expresse a necessidade e a urgência de outros trabalhadores para a colheita. Recomenda que os peçamos ao Senhor.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 11/07/2023

Reflexão

«Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!»

Rev. D. Joan SOLÀ i Triadú
(Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos fala da cura de um endemoninhado mudo, que provoca diferentes reações nos fariseus e na multidão. Enquanto os fariseus, ante a evidência de um prodígio inegável, atribuem isso a poderes demoníacos - «É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios» (Mt 9,34), a multidão fica maravilhada: «Nunca se viu coisa igual em Israel» (Mt 9,33). São João Crisóstomo, comentando essa passagem, diz: «O que verdadeiramente incomodava aos fariseus era que consideravam Jesus superior a todos, não somente aos que existiam então, mas a todos os que haviam existido anteriormente».
Jesus não se abala ante a aversão dos fariseus, Ele continua fiel à sua missão. Na verdade, Jesus, ante a evidência de que os guias de Israel, ao invés de guiar e instruir o rebanho, o estavam afastando do bom caminho, apiedou-se daquela multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Que as multidões desejam e agradeçam uma boa orientação ficou comprovado nas visitas pastorais do São João Paulo II a tantos países do mundo. Quantas multidões reunidas em volta dele! Como escutavam sua palavra, sobretudo os jovens! E o Papa não rebaixava o Evangelho, mas o pregava com todas as suas exigências.
Todos nós, «se fôssemos consequentes com a nossa fé - nos diz São Josémaria Escrivã - se olhássemos à nossa volta e contemplássemos o espetáculo da História e do Mundo, não poderíamos senão deixar crescer nos nossos corações os mesmos sentimentos que animaram os de Jesus Cristo», o que nos conduziria a uma generosa tarefa apostólica. Mas é evidente a desproporção que existe entre o grande número de pessoas que esperam a pregação da Boa Nova e a escassez de operários. A solução Jesus nos dá ao final do Evangelho: Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita! (cf. Mt 9,38).
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Este Coração divino é um abismo de alegria no qual submergimos todas as nossas dores; É um abismo de humildade, um remédio para nossa vaidade» (Santa Margarida Mª de Alacoque)

- «Jesus, pelo seu amor compassivo, curou os doentes que lhe foram apresentados e com alguns pães e peixes acalmou a fome de grandes multidões» (Francisco)

- «Comovido por tanto sofrimento, Cristo não só Se deixa tocar pelos doentes, como também faz suas as misérias deles: «Tomou sobre Si as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças» (Mt 8, 17) (111)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.505)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 11/07/2023

Reflexão

Ainda existe o demônio?

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje até nos parece estranho falar sobre o "demônio". Ainda existe? O demônio existiu e não deixará de existir! Quem são os demônios? De onde eles saíram? Não são forças anônimas, e sim um "alguém": pessoas que, foram criadas por Deus para o bem, e foram "condenadas" eternamente por usar perversamente sua liberdade.
Estar "condenado" é um eterno e lamentável estado pessoal onde a alma não encontra felicidade em nada, não gosta de nada, nem de ninguém, nem tampouco admite ser querido. É uma auto expulsão da capacidade de amar, é o vazio absoluto, no qual a pessoa vive em contradição consigo mesma e cuja existência constitui realmente um fracasso. Sendo Deus o Bem, pode Ele aceitar isto? Entendemos desde a perspectiva divina: sua infinita bondade respeita a liberdade do condenado, permitindo que continue existindo tal como ele escolheu existir.
—Senhor, Rei soberano, não quero mais liberdade que a de servir-te; meu único temor é o de contristar-te e perder-te eternamente.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 11/07/2023

Meditação

Jesus agia por amor e misericórdia. Relaciono-me com meu próximo por amor verdadeiro? - Jesus nos convoca para sermos trabalhadores da messe. Que missão exerço? - São muitos os que vivem cansados, abandonados e abatidos? - Encontro pessoas desanimadas e abatidas? Posso fazer alguma coisa por elas? - Tenho ajudado alguém pelo menos escutando e acolhendo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 09/07/2013

Meditação

Duas reações tão diferentes diante do mesmo fato. Muitos reconheceram estar diante de uma manifestação do poder divino. Alguns encontraram logo uma desculpa para não acreditar. Deus está sempre a nos convidar para a salvação, dá-nos a possibilidade de acreditar. Mas respeita nossa liberdade. Temos de pedir sempre que Ele nos ajude, para que nosso coração se abra para Ele.
Oração
Ó Deus, que fizestes o abade São Bento preclaro mestre na escola do vosso serviço, concedei que, nada preferindo ao vosso amor, corramos de coração dilatado no caminho dos vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 11/07/2023

Comentário sobre o Evangelho

Jesus cura um mudo possuído por um demônio e percorre todas as cidades proclamando o Evangelho


Hoje, vemos Jesus em plena atividade. Nem os demônios conseguem travá-Lo: expulsa-os pura e simplesmente. Cristo quer chegar a todos e fazer o bem a todos. Não se poupa a esforços: «percorria todas as cidades e aldeias». Para Deus não há nem povoação nem pessoa sem importância.
- Talvez o teu coração seja uma “aldeia”. Não importa!, Jesus também quer hospedar-se aí. Mas é preciso que Lhe abras a porta. É verdade? Sim, porque a Deus só a tua liberdade O pode impedir de entrar.
Fonte: Family Evangeli - Feria em 11/07/2023

Comentário do Evangelho

UM FATO ADMIRÁVEL

A ação taumatúrgica de Jesus deixava as multidões estupefatas. Na opinião delas, jamais havia acontecido algo semelhante em Israel. Esta sensibilidade diante dos milagres de Jesus predispunha as pessoas a acolhê-lo na fé, e a aceitar tornar-se discípulo dele.
Onde se situava a admirabilidade dos milagres de Jesus? Quais eram suas peculiaridades? Ele agia com um poder vindo diretamente de Deus. Não pretendia chamar a atenção sobre si mesmo. Curava os doentes e expulsava os demônios por força de sua palavra cheia de autoridade, sem recorrer a gestos ou palavras mágicas. Seus milagres não eram feitos para agradar ou captar a benevolência de ninguém. Tudo se passava no âmbito de uma fé profunda. Evitava qualquer tipo de exibicionismo de poder, que transformaria seus milagres em verdadeiros shows. Os milagres de Jesus correspondiam às esperanças messiânicas, que atribuíam ao Messias o poder de realizar prodígios reveladores de sua identidade. Por fim, correspondiam, também, aos anseios humanos de vida, saúde e libertação.
Mesmo assim, os milagres não chegavam a convencer a quem estivesse fechado para Jesus. É por isso que os fariseus não hesitavam em atribui-los a um poder recebido do príncipe dos demônios.
Oração
Espírito de admiração, ao contemplar os milagres de Jesus, tenha eu sensibilidade para descobrir neles o poder divino atuando em favor da humanidade carente de vida.
Fonte: Dom Total em 07/07/2015

Meditando o evangelho

REAÇÕES CONTRADITÓRIAS

Os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento de sua messianidade. Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de suas palavras e gestos. Muitos sentidos foram dados a eles. Tudo dependia do modo como eram acolhidos.
A ação de Jesus suscitou reações contraditórias. A cura de um possesso mudo levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo semelhante em Israel. Já seus adversários declarados, os fariseus, consideraram o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus. A benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.
Os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa de Jesus e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história humana. Quem se abria para Jesus e acolhia sua mensagem, percebia o dedo de Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo através dele. E o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder conferido pelo Pai. Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.
Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de Jesus. Ele era Messias por palavras e por obras. As obras prodigiosas, ao revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma demonstração da autoridade com a qual falava. Tantos os milagres de Jesus quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em teus gestos prodigiosos.
Fonte: Dom Total em 11/07/2017, 09/07/2019 06/07/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A COMPAIXÃO DO PASTOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Em suas andanças, Jesus esteve sempre muito atento às pessoas e às suas necessidades. O sofrimento da humanidade mantinha-o em contínuo alerta. Sua reação natural era a de ir ao encontro dos sofredores, revelando a solidariedade de Deus para com eles.
Quando as multidões exclamavam estupefatas – "Nunca se viu coisa semelhante em Israel!" –, estavam reagindo diante do testemunho de misericórdia de Jesus. E esse testemunho era algo, até então, desconhecido. Mas também quando os fariseus acusavam-no de "expulsar os demônios pelo poder do príncipe dos demônios", mostravam-se incapazes de compreender como alguém podia ser tão misericordioso e cheio de compaixão. Por não conseguirem discernir o dedo de Deus na ação de Jesus, optavam por acusá-lo de conluio com Satanás.
A preocupação com as multidões cansadas e abatidas levava o Mestre a desejar que o Pai enviasse muitas outras pessoas para cuidar delas. Como ele, os operários da messe deveriam caracterizar-se pela capacidade de compadecer-se do sofrimento alheio, sendo, efetivamente, solidários com os sofredores. Era necessário que muitas outras pessoas se interessassem pelo rebanho. Portanto, muitos deveriam compartilhar a missão de Jesus.
Oração
Pai, faze-me compassivo diante do sofrimento de tantos irmãos e irmãs, movendo-me a ser, efetivamente, solidário com eles.
Fonte: NPD Brasil em 09/07/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Encheu-se de compaixão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O ser humano, quando quer, encontra meios para negar as evidências. Um desses meios não é desfazer do que é manifesto e não deixa dúvidas, mas do autor. Os fariseus não podiam negar a evidência de um homem mudo que começou a falar quando Jesus o curou. Que meios encontraram para negar o milagre acontecido? Que meios empregaram para defender suas posições? Desfazer do autor. Sim, ele curou o homem mudo, mas foi com o poder do chefe dos demônios! Nos tempos atuais, para não aceitar os fatos, dizemos que alguém é comunista, ou terrorista, ou marginal, ou qualquer coisa que nos livre do compromisso de aceitar a evidência do que está acontecendo. Apesar das críticas dos opositores, precisamos sempre de trabalhadores que se dediquem a fazer o que Jesus queria: que o povo tenha vida e vida em abundância. Trabalhadores de qualidade para um serviço de qualidade. Para qualquer coisa, qualquer um serve. Para a obra de Deus é preciso gente disposta a perseverar com firmeza na obra começada.
Fonte: NPD Brasil em 09/07/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Sem Compaixão, o anúncio cai no vazio...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___ Hei São Mateus! Parece que neste seu evangelho os ensinamentos estão todos misturados, isso é, com assuntos diferentes.
São Mateus____ Vejamos então o final do evangelho “ A Messe é grande, mas os operários são poucos...”. O que faz primariamente os operários na Messe do Senhor?

___Bom, eles são anunciadores do Evangelho e do Reino...creio.
São Mateus___Está vendo? O evangelho começa a falar de um mudo que foi curado por Jesus e que, quando começou a falar, causou admiração no povo…Ele não falava de qualquer coisa, mas anunciava a Boa Nova do Evangelho que o libertara da mudez...

___Então, os operários são poucos, porque a maioria não conhece as maravilhas de Deus e por isso estão “mudos”, não fizeram ainda essa experiência libertadora com Jesus?
São Mateus___Isso mesmo, os poucos que têm, não atendem a demanda, as pessoas querem conhecer algo novo, querem ser libertas e terem algo a anunciar. Se os cristãos não anunciarem, quem irá anunciar?

____Bom, só falta uma coisinha São Mateus...e esse versículo que fala sobre este sentimento de compaixão de Jesus em relação á multidão?
São Mateus ___Jesus nosso Senhor e Mestre, presta atenção nas pessoas, não as vê como consumidoras de um produto, mas tem sensibilidade para perceber do que elas precisam. Por isso é movido de compaixão, sofre junto com elas, mas também junto com elas busca algo que as encante, que dê sentido á sua vida.

____Tudo bem, mas aí no caso, só ele sozinho dava conta do recado! Se eram como ovelhas sem pastor, agora têm diante de si o melhor de todos os pastores. Por que o apelo para Deus envie mais operários?
São Mateus____Essa multidão que Jesus vê e pela qual sente compaixão, é toda humanidade, a do seu tempo, anterior a ele, e a humanidade futura, que precisa ter uma esperança nova, algo inédito que lhes mude a existência. E aí é que entra a Igreja presente no mundo aí no ano de 2015. A Igreja, como Jesus, teve ser movida pela compaixão ás pessoas, percebendo que a real necessidade delas, para serem felizes e realizadas, é tomarem a consciência de que são filhas de Deus.

___Pronto São Mateus, fechou o pensamento: nossa Igreja é formada pelos operários que somos cada um de nós, e a nossa missão primeira é trabalhar na grande messe, anunciando o evangelho a todos, porém, nosso método de trabalho, deve ser exatamente igual ao método de Jesus, ter compaixão, sofrer junto com os que sofrem, e perceber suas necessidades básicas onde descubram a Deus que é todo amor, nisso consiste a Boa Nova anunciada.

2. A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos - Mt 9,32-38
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus curou dois cegos e logo lhe apresentaram um possesso que era mudo. Era mudo por estar dominado pelo poder demoníaco que o impedia de falar. Jesus expulsa o demônio, e o mudo começa a falar. As multidões se admiram enquanto os fariseus procuram um meio para anular a admiração. Acusam Jesus de agir com o poder do demônio. Aqui também São Mateus não entra em detalhes, mas diz que Jesus segue adiante, anunciando o Reino e curando doenças. Mostra-se cheio de compaixão pelo povo cansado e abatido e espera que haja pessoas dispostas a se aproximarem de quem está desmotivado para que supere o cansaço e o abatimento. Libertado do dominador, o mudo começou a falar. O ser humano é o único “animal” que tem capacidade de pensar e de falar. A linguagem exterioriza o que a pessoa tem oculto em sua mente. O demônio diminuiu o ser humano tirando dele a capacidade de falar. Há muitas maneiras de impedir que uma pessoa fale, da mordaça ao analfabetismo. Jesus não obrigou o mudo a falar. Ele o libertou.
Fonte: NPD Brasil em 06/07/2021

HOMILIA DIÁRIA

Escute e proclame as maravilhas do Senhor

Só quem escuta a Palavra de Deus e Suas maravilhas pode proclamar a maravilha d’Ele aos outros.

Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: ‘Nunca se viu coisa igual em Israel’.” (Mt 9,33)

O demônio impedia aquele homem de falar. Mas, uma vez que Jesus o expulsou, o homem começou a falar.
Nós, muitas vezes, estamos também mudos, surdos e cegos para as coisas boas, para as coisas de Deus, para aquilo que precisamos proclamar de bem ao nosso próximo.
Você sabe que, se alguém é mudo, é porque ele não pode escutar. E só quem escuta a Palavra de Deus e Suas maravilhas pode proclamar a maravilha d’Ele aos outros. Se estamos fechados em nós mesmos, se não estamos com os ouvidos e o coração abertos para a graça de Deus, nós também não podemos falar desta graça para os outros.
Olhando para Jesus, que pregava o Evangelho do Reino de Deus e ia curando todo tipo de doença e enfermidade pela força da Sua Palavra, nós hoje queremos pedir que o Senhor abra os nossos ouvidos para poder escutar Sua Palavra.
E quando formos tocados por essa Palavra, nós também seremos curados. E tudo aquilo que nos impede, todas as forças malignas que possam estar agindo em nós, em nossa casa ou em nosso meio, saia de nós e, assim, possamos proclamar para outros o Reino de Deus.
Que o Senhor abra os nossos ouvidos, mas abra também os nossos lábios para que, em todo canto, proclamemos as maravilhas do Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/07/2013

HOMILIA DIÁRIA

Que Jesus afaste de nós os espíritos impuros

Permitamos hoje que Jesus expulse de nós os espíritos impuros, os quais vão nos machucando e nos oprimindo ao longo da vida e, desse modo, nos tornamos mudos diante da Palavra de Deus.

“Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9, 36)

Apresentaram a Jesus um homem mudo, possuído por um demônio e, quando o Senhor toca nele e expulsa o demônio que estava nele, este começa a falar. É o mesmo que o Senhor deseja fazer conosco.
Sabem, meus irmãos, nós, muitas vezes, ficamos calados, amuados e só falamos em muitas situações o que não deveríamos falar; e sai da nossa boca o sentimento de revolta, de ressentimento e mágoa. Contudo, quando Jesus expulsa de nós estes demônios que, muitas vezes, nos ferem e nos machucam por dentro e quando permitimos que Ele expulse de nosso interior o ressentimento, a mágoa, a decepção e a frustração e muitas outras coisas negativas de nosso interior, a libertação acontece e a nossa boca se abre para que possamos proclamar as maravilhas de Deus.
Permita-me dizer: nossa alma frequentemente se encontra muito oprimida por muitas coisas negativas. “A boca fala daquilo de que o coração está repleto” (Mateus 12, 35). Muitas vezes, nós paramos para ouvir uma pessoa e só saem coisas ruins daquela boca, tanto pessimismo, tanto negativismo, tanta tragédia e tanta maldade, de maneira que sentimos vontade de dizer: “Fale alguma coisa boa, criatura!”. Mas esta só pode falar daquilo que ela tem, e se não tem nada de bom como é que ela vai falar de coisa boa?
Jesus hoje quer expulsar da nossa alma e do nosso coração todos os espíritos que atormentam o nosso interior e nos deixam presos e amarrados a tantas coisas negativas. Precisamos proclamar o Reino de Deus com a vida e com as palavras. É preciso, em primeiro lugar, expulsar do nosso coração aquilo que não é compatível com o Reino de Deus.
Se mergulhamos muito na tristeza que nos visitou, na decepção que um dia nos magoou, na raiva que um dia nos feriu e na ferida do ressentimento que foi crescendo e se prolongando, acabaremos nos fechando às pessoas e às situações. Eu me lembro de algumas pessoas sentadas à mesma mesa que não têm nem uma palavra para dizer umas às outras, e de pessoas que se encontram e não têm o que dizer uma à outra, cujos olhos fumegam de raiva, de rancor ou de desejo de enforcar o outro.
Deixemos Jesus expulsar a raiva e o mal de nossa vida! Deixemos que Ele cure aquela mágoa terrível que vai aniquilando nossa alma e nos tornando mudos, de modo que não podemos levar ao outro uma palavra de perdão, de misericórdia ou de reconciliação.
Permitamos hoje que Jesus expulse de nós os espíritos impuros, os quais, ao longo da vida, vão nos machucando e nos oprimindo e, desse modo, nos tornamos mudos diante da Palavra de Deus. Com o toque de Jesus em nossa alma e em nosso coração, nós queremos proclamar o Reino de Deus aonde formos enviados!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 07/07/2015

HOMILIA DIÁRIA

Cultivemos entre nós a boa comunicação

Precisamos deixar que a graça da divina comunicação esteja agindo no meio de nós

“Apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar.” (Mateus 9,32-33)

A ação do maligno, no mundo e na nossa vida, acontece de diversas formas. Não pense que possessão é apenas estarmos possuídos, o demônio estar nos agitando. Às vezes, há uma influência do mal que nos leva a ter comportamentos que nos deixam atravancados para a graça e assim por diante.
Este homem possuído pelo mal não falava, estava mudo, com trauma e ressentimento, uma mágoa, uma situação sofrida ou uma decepção, não sabemos dizer o que aconteceu. O que sabemos é que sua voz ficou paralisada.
Se não temos voz, não é simplesmente por termos nascidos mudos, mas porque não nos manifestarmos, não falamos quando precisamos. Se, de um lado, há os demônios que nos levam a falar demais, a fofocar, a falar da vida dos outros – e esse demônio é tão terrível –, como é terrível também aquele que não fala quando precisa falar, não diz seu ‘sim’ quando precisa dizer, não dá a sua colaboração quando precisa dar, não aconselha quando precisa aconselhar, não participa quando precisa participar.
Preocupo-me, porque essa espécie de demônio invade as relações humanas. Se olharmos, por exemplo, para os nossos casamentos, o grande problema se chama “demônio da mudez”, aquele que não permite que um converse com o outro, falam de tudo, mas, quando brigam, não são capazes de dialogar, não são capazes de falar o que é preciso.
Se de um lado há a parte que não tem capacidade de escutar, há outra que não sabe falar quando é preciso. Precisamos romper com este mal, precisamos deixar que a graça da divina comunicação esteja agindo no meio de nós. Não é para ficar falando sem parar, o tempo inteiro, não se trata disso.
Não podemos simplesmente ficar mudos, calados, passivos e não dizermos nada. Aquela história do “Eu não vou me comprometer” não é de Deus. É de Deus saber falar na hora exata, no momento certo, por isso os demônios nos querem falando demais o que não devemos ou nos querem calados demais, porque não nos comunicamos nem nos relacionamos, ficamos o tempo inteiro “na nossa”.
A graça de Deus é para falarmos na hora certa e da forma correta. Expulsemos do nosso meio os demônios que não nos permitem comunicar como devemos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

HOMILIA DIÁRIA

Basta uma Palavra do Senhor para a nossa alma ser curada

Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e enfermidade.” (Mateus 9,35)

Jesus andava de cidade em cidade, de povoado em povoado. Ele era, de fato, a graça ambulante de Deus, que levava aquela graça para o mundo que estava na desgraça do mal e do pecado.
Jesus precisa continuar e continua andando no nosso meio nos dias de hoje, porque, quando a Palavra de Deus é pregada, quando o Reino de Deus é ensinado, o mundo é curado, as enfermidades são afugentadas. A nossa alma, o nosso coração, que se encontra, muitas vezes, oprimido e deprimido, precisa do toque da graça do Evangelho. Eu sou testemunha de quantas vezes preguei a Palavra de Deus aos corações e vi muitas pessoas sendo curadas. Eu vi muitas pessoas desanimadas alcançarem um novo ânimo, uma nova razão de viver.
Eu sei que a Palavra não é minha, mas sei que a Palavra do Evangelho, quando chega aos corações, tem poder de ressurreição e cura. Se nós queremos salvar, curar o mundo, resgatá-lo, levemos Jesus aos corações, anunciemos e proclamemos Cristo, levemos o amor d’Ele às pessoas.
A verdade é que falamos pouco de Jesus, reservamos um tempo para escutá-Lo, mas, às vezes, esse tempo é tão mal usado, porque até na igreja nos perdemos, distraímo-nos e ocupamos nosso tempo com aquilo que não é o essencial.
Precisamos nos preencher de Jesus, precisamos nos alimentar das palavras d’Ele, porque nós somos essas ovelhas cansadas, abatidas que, muitas vezes, estão vivendo sem pastor. O Pastor é Jesus, que se compadece da nossa dor, da nossa enfermidade e do nosso sofrimento. Precisamos permitir que Ele cuide de nós, que Ele acalente a nossa alma e o nosso coração. Precisamos deixar que o Seu Evangelho caia em nós.

Basta a Palavra do Senhor penetrar em nós para que a nossa alma desanimada encontra o alento

Basta uma Palavra do Senhor e a nossa alma será curada. Basta a Palavra do Senhor penetrar em nós para que a nossa alma desanimada encontre o alento, a vida e o vigor.
Proclamemos a Palavra que cura, proclamemos Jesus, proclamemos a autoridade d’Ele, o nome d’Ele se quisermos, realmente, ser salvos, e que os nossos sejam também.
No meio de uma situação emblemática e problemática, que passamos em casa, na família, queremos resolver de uma forma muito humana aquilo que se tornou até desumano, mas se o Evangelho penetrar na sua casa, ele vai trazer luz para essas discussões, para esses problemas.
Eu digo para um casal que não consegue resolver as crises: coloque o Evangelho no meio ou na frente. O problema é que colocamos o Evangelho de lado, quando é bom dizemos: “Legal, serve para o outro”, mas quando colocamos o Evangelho na frente e, sobretudo, dentro de nós e no meio das nossas relações, pode ser a família mais complicada ou a situação mais dura, comece a se reunir em torno de Jesus, em torno da Palavra de Jesus, e você verá a sua família ressuscitar, ressurgir, a Palavra de Deus fazer bênção e curas onde você estiver.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/07/2019

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos no mundo a presença amorosa de Deus

“Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9,36)

Olhamos para as multidões de ontem que estava, de fato, cansadas e abatidas com todos os sofrimentos da vida, abatidas com todas as situações que não se resolviam no coração de tantos, as multidões abatidas com a pobreza, com os desgastes da vida. Mas olhemos também para as multidões de hoje, olhemos como vivem muitos dos nossos irmãos e irmãs.
Quantas vezes o nosso povo está sofrido, cansado e abatido. Não é questão de pena, é compaixão, é sentimento evangélico, é sentimento do coração de Deus. O pastor olha para as suas ovelhas cansadas e abatidas para cuidar delas, para ter compaixão de cada uma delas. É verdade que a messe é cada vez maior, é verdade que as multidões crescem em todo canto, em todo lugar, e nós precisamos cuidar, precisamos cuidar levando Jesus, levando a Palavra de Jesus, levando o amor de Jesus, mas não deixando de cuidar das realidades humanas, materiais, realidades físicas, cuidar do sofrimento do nosso povo.

Sejamos presença amorosa de Deus; e não sejamos, por favor, evangelizadores alienados

Tem jovens sofrendo, crianças sofrendo, têm pessoas passando por misérias profundas nesta vida. Não deixemos ninguém perecer pela fome, pela falta de cuidado, pela falta do alimento. Onde o nosso coração alcançar, que nós estejamos lá para ser a presença amorosa de Deus, para nos compadecermos de pais de família que querem trabalhar e não têm emprego.
Sejamos alento, cuidado, presença amorosa de Deus; e não sejamos, por favor, evangelizadores alienados, achando que a única fome que existe no mundo é a fome da Palavra de Deus. Sim! A humanidade perece por fome e sede da Palavra de Deus, mas a humanidade perece por carências materiais, emocionais, psíquicas e espirituais.
Sejamos bom pastor, olhemos a realidade de cada um, de cada sofrimento, de cada dor; olhemos aquele que está mudo e surdo, como no Evangelho de hoje, mas olhemos aquele que está padecendo no coração com suas emoções; olhemos quem está padecendo por causa da depressão, por causa de tantas dores no coração. Sejamos uma presença amorosa de Deus!
Olhemos, meus irmãos, aqueles que estão padecendo ao longo do caminho pela falta do pão de cada dia, pela falta do amor e da misericórdia. Olhemos aqueles que estão perecendo por falta de remédios, de cuidados básicos com a saúde. A messe é grande; e os dramas humanos são maiores ainda.
Não vamos mudar o mundo porque nem Jesus mudou, mas Ele cuidou do mundo que estava ao Seu alcance; Ele deu àqueles que vieram a Ele tudo o que podia dar, como deu a própria vida. Não vamos mudar o mundo, mas o mundo que estiver ao nosso alcance, podemos dar o melhor de nós, podemos ser uma presença amorosa de Deus, podemos sair mais de nós para ir ao encontro do outro. Podemos, com a graça de Deus, expulsar os demônios que têm atormentado tanto a nossa a vida e a vida dos nossos. Precisamos ser no mundo a presença amorosa de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/07/2021

HOMILIA DIÁRIA

Não deixe o maligno interferir na comunicação de sua vida

“Naquele tempo, apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: ‘Nunca se viu coisa igual em Israel’. Os fariseus, porém, diziam: ‘É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios’.” (Mateus 9,32-34)

Bem, meus irmãos e irmãs, trouxeram-Lhe um homem mudo, um anthropos” (em grego), um homem, um ser humano que tem, por natureza, a comunicação. O homem é, por natureza, um ser capaz de se comunicar, de dar de si para o outro e receber o que o outro tem a oferecer como um dom.
Por natureza, o homem é comunicação — comunicação de dons e de graças. E acrescenta dizendo que ele era mudo “kophos” (em grego), daqui deriva a palavra “cacofonia” (no português), que a gente tem que é um som desagradável e sem harmonia, quando uma palavra se junta a outra e produz um som desagradável aos ouvidos. Então, tudo isso estava presente na vida desse homem, um problema na sua comunicação, uma falta de harmonia, uma falta de capacidade de comunicar aquilo que ele era. E acrescenta ainda mais: estava possuído pelo demônio.
O demônio, a gente sabe, foi o mestre do homem no paraíso, para que o homem perdesse a sua comunicação com Deus. Isso é importante dizer! Porque, naquela ocasião, o homem, ouvindo o demônio, torna-se surdo à voz de Deus, torna-se mudo também porque não quer mais falar com Deus, não quer mais entrar em diálogo com Ele.

O demônio causa, no coração do ser humano, essa perturbação na comunicação

Então, o que nós vemos aqui é a repetição de uma história muito velha: o demônio causa no coração do ser humano essa perturbação na comunicação. Tanto que o seu nome depois, “diabolus” — aquele que divide —, é justamente para causar esses ruídos de comunicação, essas perturbações entre os seres humanos.
E o demônio foi expulso daquele homem, e ele começou a falar. Vemos aqui, na sequência, algumas reações. Uns admirados diziam: “Nunca se viu coisa igual”; e os fariseus diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
Que língua maldita, às vezes, se esconde dentro de nós! Quantas vezes, quando escutamos um elogio de alguém, queremos logo fazer um comentário para diminuir aquela pessoa pela inveja que habita dentro de nós. Quando ouvimos falar mal de alguém, corremos logo para acrescentar alguma coisa para que a fama daquela pessoa seja arruinada através da fofoca e da maledicência.
Quantos mudos ainda no meio de nós! Mudos de uma boa palavra, de um elogio, de um louvor. Que Deus possa nos libertar desses males que nos afetam!
É tão interessante que o santo que nós celebramos hoje, São Bento, quiseram envenená-lo duas vezes, quiseram calar a sua voz muitas vezes. Por isso devemos cuidar do veneno que está presente na nossa língua e que é capaz de atrapalhar a comunicação entre nós, entre a família e o ambiente de trabalho.
Peçamos ao Senhor que nos liberte e nos faça comunicadores do Evangelho, comunicadores da Boa Nova.
Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Fonte: Canção Nova em 11/07/2023

Oração Final
Pai Santo, aceita-me como operário da tua vinha. Ensina-me a desenvolver os dons que me deste para que eu os coloque a serviço dos irmãos. Dá-me coragem e generosidade para a partilha do que tenho, mas principalmente do que sou. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que o melhor jeito de anunciar a presença do Teu Reino em nós não é pronunciando palavras, ainda que inspiradas e belas, mas é proporcionarmos aos peregrinos desta terra a libertação de seus males, em nome do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/07/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, acolhe-nos como trabalhadores na tua seara. Liberta-nos das nossas limitações – orgulho, egoísmo, preguiça e covardia –, para que sejamos mensageiros do teu Reinado de Amor, sempre alegres, livres e fraternos com os companheiros do caminho. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, aceita-me como operário da tua vinha. Ensina-me a desenvolver os dons que me emprestaste para que eu os coloque a serviço dos irmãos. Dá-me coragem e generosidade para a partilha do que tenho e, principalmente, do que sou. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e meu Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/07/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que aclame a Ti a terra inteira! Dá-nos a consciência de que o melhor jeito de anunciar a presença do teu Reino em nossa Vida não será através de palavras, ainda que inspiradas e poéticas, mas é ajudar aos peregrinos desta terra encantada que nos emprestas, a se libertarem de seus males, em nome do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário