sábado, 12 de abril de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 12/04/2025

ANO C


Jo 10,31-42

Comentário do Evangelho

A ressurreição de Lázaro revela a glória de Deus


Estamos nos aproximando da Semana Santa, momento central da fé cristã. A narrativa da ressurreição de Lázaro marca profundamente essa preparação espiritual. A jornada terrena de Jesus vai se aproximando do fim, e, a princípio, Ele recebe a notícia de que seu amigo Lázaro está gravemente doente.
Contudo, ao invés de correr para socorrê-lo como antes, Jesus decide esperar. Sua intenção é mais profunda: manifestar a glória de Deus através de um sinal que superasse qualquer expectativa anterior. O milagre não seria apenas uma cura, mas a própria vitória sobre a morte, revelando com clareza sua identidade como o Enviado.
Nem as irmãs de Lázaro nem os discípulos compreendem o que está por vir. Afinal, como aceitar a morte de alguém tão querido quando se crê no poder de Jesus? Ainda mais sabendo que Ele havia curado tantos outros.
No diálogo com Marta, vemos um momento sublime de fé. Conforme o evangelho narra, Marta declara sua crença não apenas na ressurreição final, mas também reconhece em Jesus o Filho de Deus. É uma das mais belas profissões de fé do Novo Testamento.
Jesus se dirige ao sepulcro profundamente comovido. Logo após chegar, faz algo extraordinário: com a autoridade da Palavra, chama Lázaro à vida. O morto sai, envolto em faixas, diante dos olhos espantados de todos. Esse sinal grandioso desperta reações diversas: muitos creem, mas outros rejeitam.
O milagre causa comoção. Porém, longe de alegrar a todos, a ressurreição de Lázaro inquieta profundamente as autoridades religiosas. O Sinédrio, formado pelos líderes judaicos, se vê diante de algo inegável. A verdade é que não há mais como duvidar: as obras de Jesus testificam quem Ele é.
Apesar de tantos sinais, a incredulidade e o orgulho impedem que acolham o Messias. Ao contrário, planejam sua morte, pois o poder do Cristo vivo ameaça suas estruturas.
Logo depois desse episódio, inicia-se o que a Igreja chama de Semana Santa. A entrada de Jesus em Jerusalém, sua paixão, morte e ressurreição ganham novo sentido à luz da ressurreição de Lázaro. Em primeiro lugar, porque esse milagre aponta para o que virá: o túmulo não é o fim.
Em conclusão, a ressurreição de Lázaro não foi apenas um ato de compaixão, mas uma revelação antecipada do mistério pascal. Jesus mostra que tem autoridade sobre a vida e a morte. E nos convida, assim como fez com Marta, a professar nossa fé e confiar que quem crê n’Ele jamais morrerá.
https://catequisar.com.br/liturgia/a-ressurreicao-de-lazaro-revela-a-gloria-de-deus/

Reflexão

Aproxima-se a Páscoa dos judeus, festa que dura uma semana e na qual eles celebram a “passagem” (Pessach), ou seja, a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. Aproxima-se também a nova Páscoa, a libertação de toda a humanidade através da ressurreição de Cristo. Na sua morte, Cristo crucifica todo o pecado, sinal de divisão, e pela cruz surge uma nova vida, à qual todos nos associamos pela graça do batismo. É fundamental que a humanidade de hoje, ferida pelas divisões e pelas lutas, se converta à lógica da cruz.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/12-sabado-10/

Reflexão

«Jesus iria morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos»

Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano
(Cervera, Lleida, Espanha)

Hoje, de caminho para Jerusalém, Jesus sente-se perseguido, vigiado, sentenciado, porque quanto maior e original tem sido sua revelação —o anuncio do Reino— mais ampla e mais clara tem sido a divisão e a oposição que ele encontrou nos ouvintes. «Então muitos judeus, que tinham ido à casa de Maria e que viram o que Jesus fez, acreditaram nele. Alguns, foram ao encontro dos fariseus e contaram o que Jesus tinha feito». (cf. Jo 11,45-46).
As palavras negativas de Caifás, «Vocês não percebem que é melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer?» (Jo 11,50), Jesus as assumirá positivamente na redenção feita por nós. Jesus, o Filho Unigênito de Deus, morre na cruz por amor a todos! Morre para realizar o plano do Pai, quer dizer, «E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus que estavam dispersos» (Jo 11,52).
E esta é a maravilha e a criatividade de nosso Deus! Caifás, com sua sentença («Convém que morra um só...») não faz mais que, por ódio, eliminar a um idealista; por outro lado, Deus Pai, enviando o seu Filho por amor a nós, faz algo maravilhoso: converter aquela sentença malévola em una obra de amor redentora, porque para Deus Pai, cada homem vale todo o sangue derramado por Jesus Cristo!
Daqui a uma semana cantaremos —em solene vigília— o Pregão Pascoal. A través dessa maravilhosa oração, a Igreja faz louvor ao pecado original. E não o faz porque desconheça sua gravidade, e sim porque Deus —em sua bondade infinita— tem feito proezas como resposta ao pecado do homem. Isto é, ante o “desgosto original”, Ele respondeu com a Encarnação, com o sacrifício pessoal e com a instituição da Eucaristia. Por isso, a liturgia cantará no próximo sábado: «Que assombroso beneficio de teu amor por nós! Que incomparável ternura e caridade! Oh feliz culpa que mereceu tal Redentor!».
Espero que nossas sentenças, palavras e ações não sejam impedimentos para a evangelização, uma vez que nós também recebemos de Cristo a responsabilidade, de reunir os filhos de Deus dispersos: «Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo» (Mt 28,19).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Só um morreu por todos; e este mesmo é aquele que agora por todas as igrejas, no mistério do pão e do vinho, morto, nos alimenta; acreditado, nos vivifica; consagrado, santifica quem os consagra» (São Gaudêncio de Brescia)

- «Para os cristãos sempre haverá perseguições, incompreensões. Mas devem de ser encaradas com a certeza de que Jesus é o Senhor, e este é o desafio e a cruz da nossa fé» (Francisco)

- «(…) A Bíblia venera algumas grandes figuras das "nações", como "o justo Abel", o rei e sacerdote Melquisedec (…), ou os justos "Noé, Daniel e Job". Deste modo, a Escritura exprime o alto grau de santidade que podem atingir os que vivem segundo a aliança de Noé, na expectativa de que Cristo ‘reúna, na unidade, todos os filhos de Deus dispersos’ (Jo 11, 52)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 58)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-12

Reflexão

O Sanedrim decide dar morte a Jesus

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, João fala de uma reunião do Sanedrim para elucidar —num intercâmbio de ideias —o “caso” Jesus. João situa esta reunião antes do Domingo de Ramos e, considera que o motivo imediato foi o movimento popular surgido depois da ressurreição de Lázaro. Sem uma deliberação precedente como esta, resulta impensável o arresto de Jesus a noite de Gestsêmani.
João expressou muito claramente aquela estranha combinação entre execução da vontade de Deus e a cegueira egoísta de Caifás: A cruz respondia uma "necessidade” divina e Caifás, com sua decisão, foi o executor da vontade de Deus, ainda quando sua motivação pessoal fora impura e não respondesse à vontade divina, senão a suas próprias miras egoístas (atitude que propiciou a catástrofe do ano 70).
—"Jesus iria morrer (…) para reunir os filhos de Deus dispersos": Sucinta aqui a “palavra chave” da oração sacerdotal de Jesus pela unidade dos crentes dentro de sua Igreja.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-12

Comentário do Evangelho

Jesus subiu a Jerusalém. Os sumos sacerdotes e fariseus decidiram matá-lo


Hoje começa a tomar forma o julgamento das autoridades religiosas de Israel contra Jesus. Ele recentemente ressuscitou Lázaro. Isso aconteceu em Betânia, perto da capital. Chega a notícia. Eles não podem negar os milagres; Pelo contrário, eles mesmos são testemunhas de obras do Senhor.
Inclusive levados pela enveja, eles serão instrumentos do Pai, que pedia o Filho oferecer-se em sacrifício pela salvação do mundo.
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-12

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

No exílio, Deus sonha reconduzir o Povo para a terra, como nação única a não mais sofrer divisões, sob um único pastor que o levará a viver os preceitos divinos. O seu centro será o santuário, a presença do seu Deus, na invencível esperança de que, finalmente, o povo fosse o seu Povo. Jesus é o Messias a realizar esse sonho divino, o que choca frontalmente com o projeto dos sumos sacerdotes e fariseus, que têm o povo sob seu domínio. Reconhecem: “Este homem realiza muitos sinais. Se deixamos que continue assim, todos vão acreditar nele”, e “tomam a decisão de matar Jesus”, crime que se transforma no supremo amor de morrer para “reunir os filhos de Deus dispersos”, o sonho divino!
Oração
DEUS, que fizestes de todos os renascidos em Cristo uma nação santa e um sacerdócio régio, concedei-nos a vontade e a força de fazer o que ordenais, para que o povo chamado à eternidade seja concorde na fé e justo nas ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=12%2F04%2F2025&leitura=meditacao

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