ANO C

Mt 19,23-30
Comentário do
Evangelho
A salvação é dom de Deus
Este texto dá continuidade ao relato do jovem
rico. A riqueza, de fato, é uma ameaça que pode impedir de se entrar no Reino
dos céus: “Ninguém pode servir a dois Senhores. Com efeito, ou odiará a um e
amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis
servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).
Facilmente a riqueza se confunde com a vida
verdadeira e obstrui o dom de Deus. À pergunta dos discípulos: “Quem, pois,
poderá salvar-se?” (v. 25), uma vez que a salvação é dom de Deus, Jesus pode
dizer: “... para Deus tudo é possível” (v. 26). Pedro pergunta pela recompensa
do seguimento de Jesus Cristo: “Que haveremos de receber?” (v. 27):
participação no juízo do mundo (cf. v. 28; Mt 25,31). O cêntuplo prometido
é o reconhecimento, por Deus, do valor inestimável de cada pessoa e a
participação na vida divina. Muitos dos que para o mundo são últimos (servos),
no Reino dos céus serão os primeiros.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 20/08/2013
Vivendo a Palavra
Nosso Mestre volta ao seu tema preferido – o
espírito de pobreza. É difícil para um rico entrar no Reino do Pai. Peçamos ao
Senhor, que tão generosamente nos cumulou de bens e talentos, que nos ensine o
desapego e nos dê coragem e grandeza de alma para colocar tudo a serviço
dos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/08/2013
Reflexão
A nossa vida é condicionada por muitos fatores
que marcam a natureza humana decaída por causa do pecado. Esses fatores, em
geral, nos afastam de Deus e nos impedem de viver plenamente a proposta do
Evangelho. A maior dificuldade para superarmos esses fatores se encontra no
fato de que nós somos seres naturais, portanto submissos às leis da natureza
decaída de modo que para nós isso é impossível. Mas Jesus nos diz no Evangelho
de hoje: 'Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível'.
Somente confiando plenamente na graça divina e procurando corresponder a ela é
que poderemos viver o Evangelho apesar das nossas fraquezas e dos desafios que
a vida nos impõe.
Fonte: CNBB em 20/08/2013
Reflexão
No dia 20 de agosto de 1914, o bem-aventurado Tiago Alberione dava
início à Família Paulina com a fundação da Sociedade de São Paulo (Paulinos),
que tem a missão de viver e anunciar o evangelho na cultura da comunicação
social.
Jesus
mostra até que ponto a riqueza pode escravizar uma pessoa. Nem todo rico é
reprovado por Deus. Existem alguns que têm dinheiro e situação privilegiada,
mas ao mesmo tempo partilham o que possuem com os necessitados ou com
instituições filantrópicas. O rico, em termos evangélicos, é aquele que, em vez
de confiar em Deus, confia nos bens acumulados; em vez de ajudar o próximo
necessitado, explora-o. Desse modo, acaba se tornando autossuficiente em
relação a Deus e fechado em relação aos semelhantes. Quem assume essa atitude
de espírito caminha na direção contrária da salvação. Entretanto, a
misericórdia divina se volta também para ele, pois “para Deus tudo é possível”.
Felizes, porém, aqueles que são capazes de abandonar tudo para seguirem o
Senhor Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditação
Quais são os principais perigos da riqueza? - Ela
é um bem em si? - O que significam para você partilha e comunhão? - É possível
ser dono de reinos deste mundo e querer também o reino dos céus? - Rico ou
pobre neste mundo, qual é sua verdadeira riqueza?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 20/08/2013
Meditando o evangelho
A SORTE DOS RICOS
Pode soar chocante ouvir de Jesus que um rico dificilmente entrará no
Reino dos Céus. Ele que foi sempre tão misericordioso, teria preconceito contra
os ricos? Por que, então, fecha-lhes as portas do Reino?
Rico, no pensar de Jesus, é quem transforma os bens deste mundo em
autênticos ídolos e fecha seu coração para Deus e para os irmãos; quem ama suas
propriedades sobre todas as coisas, e, para protegê-las e fazê-las multiplicar,
não hesita em lançar mão de qualquer artifício, mesmo injusto, desonesto,
ilegal. A penúria do irmão necessitado não chega a sensibilizá-lo. Só pensa em si
mesmo, em suas necessidades e em seus prazeres. Por conseguinte, não existe
espaço para a graça atuar em seu coração. Neste caso, tornar-se impossível Deus
chegar a ser, de algum modo, senhor de sua vida. Nele, o Reino de Deus não pode
acontecer. Seu coração está bloqueado.
Não é Deus quem fecha as portas do Céu para o rico. É este quem se recusa a
entrar no Reino e assimilar sua dinâmica. Os apelos de Deus tornam-se inúteis e
ineficazes. Embora Jesus deseje que o rico abra mão de seu projeto de vida
egoísta e acolha o Reino, ele persiste em sua idolatria. O amor de Jesus não
chega a tocá-lo.
É por esta razão que é mais fácil um camelo atravessar o buraco de uma
agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus.
(O comentário do Evangelho abaixo é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, livra-me da mentalidade dos ricos que recusam o apelo do
Reino, por causa da idolatria que lhes corrompe o coração.
Comentários do Evangelho
1 - “OS ÚLTIMOS SERÃO O OS PRIMEIROS!” - Olívia
Coutinho
Quando optamos por Jesus, optamos pela vida!
Jesus é a fonte de água viva que irriga todo o nosso ser, que nos liberta
de tudo aquilo que tenta nos desviar dos bens eternos!
É priorizando os bens eternos, que estaremos
imunizados contra todo e qualquer tipo de sedução arquitetada pelo mundo.
É fazendo um caminho de volta às nossas raízes,
que vamos descobrir na nossa essência, o verdadeiro sentido do nosso existir:
viemos do Pai e para o Pai retornaremos, o que deve nos conscientizar de
que não precisamos de tantas coisas, enquanto estamos por aqui, afinal,
deste mundo, nada levaremos a não ser o bem que realizamos, este sim, é o
único material que precisamos, para construir a nossa morada no céu!
No evangelho de hoje, Jesus nos alerta sobre os
perigos da riqueza. “É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma
agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. Foi o que Jesus
disse aos discípulos logo após o diálogo com um jovem rico que esteve às portas
do Reino, mas não entrou, por não conseguir libertar-se dos bens materiais,
“coisas,” que não passam pela porta deste reino.
Diante desta afirmação de Jesus, os discípulos
mostram-se apreensivos, e Pedro, preocupado quanto ao futuro deles, pergunta a
Jesus: “Nós deixamos tudo e te seguimos. O que haveremos de receber?” Tudo
indica que os discípulos, mesmo estando juntos do Mestre, não compreendiam
bem a dinâmica do Reino, ainda carregavam consigo a mentalidade do mundo,
que visa recompensa por tudo que se faz. Os discípulos estavam longe
de entender que o Reino De Deus se fundamenta na gratuidade, no amor e na
partilha.
No texto, confronta-se a lógica de Deus e a lógica
do homem! A lógica do homem, é guardar, acumular, ter mais coisas, ser mais rico,
enquanto que a lógica de Deus, é deixar-se, é abandonar-se, é desprender-se, é
partilhar!
Fazendo uma contraposição entre os valores do
Reino e os valores classificados aos olhos do mundo,
Jesus tranquiliza os discípulos garantindo-lhes que nenhum deles
ficaria sem recompensa por terem deixado tudo para segui-Lo: “Todo
aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos,
por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida
eterna”. Essa tranqüilidade que Jesus passou para primeiros
discípulos, se estende até nós, discípulos de hoje!
O seguimento à Jesus, exige de nós renúncia,
mas em momento algum Ele nos pede para abandonar os nossos entes queridos.
O que Jesus nos pede, é que, coloquemos o Reino de Deus como prioridade em
nossas vidas, o que devemos abandonar mesmo, é o egoísmo, o comodismo, a
nossa mania de grandeza, grandes inimigos que nos distancia de Deus e dos
irmãos.
Precisamos abrir as portas do nosso coração, sair
de nós mesmo para ir ao encontro do outro.
Do nosso convívio em comunidade, vão surgindo
novos irmãos, novas mães, novos pais, valores que ampliam a nossa família, nos
trazendo uma valiosa recompensa!
Quem faz opção por Jesus, não está livre de
perseguições, pois o seu testemunho incomoda àqueles que se sentem
bem instalados, que não querem mudanças, que vive fechado no seu
mundo, insensível ao sofrimento do outro.
Um seguidor de Jesus, vai encontrar
inúmeros desafios pelo caminho, mas não vai se abater diante às dificuldades,
pois a certeza de que Jesus estará sempre com ele, lhe dará a segurança necessária
para seguir em frente.
Os primeiros no reino dos céus, são todos aqueles
que o mundo despreza, ou seja: os últimos aos olhos do mundo!
FIQUE NA PAZ DE JESUS – Olívia
2 - “Riqueza, concorrente do Reino dos Céus”
Diac. José da Cruz
1 ª Leitura - Juízes 6, 11-24ª
Salmo 84(85),9b - “Ele diz palavras de paz ao seu povo, para seus
fiéis”
Evangelho - Mateus 19, 23-30
Dá-se a impressão de que o Jovem mencionado no
evangelho anterior, ainda estava se afastando muito triste, quando Jesus
começou a falar com os Discípulos "Em verdade vos declaro, é difícil um
rico entrar no Reino dos Céus...É mais fácil um camelo passar pelo buraco de
uma agulha. Como já refletimos anteriormente, não é proibido ter Fé e ser Rico,
o único problema, é que a tal Riqueza é forte concorrente do Reino dos Céus, a
riqueza me faz pensar que posso ter tudo e fazer tudo. Tive um amigo de Fábrica
muito equilibrado, íntegro e de boa índole, ele acabou fazendo fortuna fácil,
por conta da loteria, e algum tempo depois, quando já tinha saído da Fábrica
para tocar seu próprio negócio, chegou até mim a informação de que não era mais
o mesmo, separara da esposa, deixou a Família para ir embora com uma jovem que
dele se enamorou, e ainda aumentou seus rendimentos com alguns negócios
ilícitos.
O Dinheiro nos garante tudo, temos todos os
desejos alcançados, e desfrutamos de todos os prazeres, mesmo aqueles
proibidos, pois nossas ações se baseiam na falsa segurança que o poder
econômico nos dá e em um caso assim, o Reino dos Céus nada representa, e a
religião não passa der uma prática religiosa sem nenhum comprometimento de
nossa vida. Há também ricos que tentam comprar Deus e aliviar suas
consciências, participando de projetos sociais ou Filantrópicos, onde
fazem uma espécie de investimento a longo prazo para comprar um
"lugarzinho" nesse Céu que Jesus promete.
A indagação do Apóstolo Pedro parece meio
interesseira: Nós que tudo deixamos para te seguir, o que havemos de ganhar, em
outras palavras, que vantagens levamos? Em nosso contexto de uma Sociedade que
faz apologia do Consumismo exacerbado, essa pergunta não cai bem, mas no tempo
de Jesus a Realidade era outra, Pedro quer saber se estão no caminho certo, se
a escolha que fizeram de serem seguidores de Jesus, traria a eles alegria e
satisfação interior.
Só pode julgar se as escolhas estão certas ou
não, quem tem uma referência segura, e os Discípulos têm em Jesus Cristo a
única referência, por ele tudo deixaram e por isso, a alegria que lhes está
reservada, ainda nesta vida, não dá para ser dimensionada. Retomando o
evangelho anterior, o jovem que no final da história ficou triste, não queria
trocar a alegria imediata desse mundo, pela posse dos bens materiais, por uma
alegria escatológica, alimentada pela Esperança de algo que ainda virá, e que
nem toda riqueza do mundo poder é nos dar...Que os Bens materiais e os poderes
desse mundo, nos dá alegrias, isso é indiscutível, o único e maior problema é
que lá um belo dia, ela se acaba no Nada....
3 - Pode um rico entrar no reino dos céus? -
Helena Serpa
Reflexão Pessoal – Juízes 6, 11-24 – “como um
valente guerreiro“
Para nós é incompreensível o modo como Deus nos
forma, por isso, em certos momentos da nossa vida nós, como Gedeão, também nos
perguntamos: “se o Senhor está conosco, por que nos aconteceu tudo isso”? Na
verdade, o que nós percebemos é que o Senhor está sempre atento às nossas
necessidades, e está feliz conosco porque foi Ele quem nos criou, no entanto
Ele quer nos aperfeiçoar para algo muito maior do que nós esperamos da vida.
Ele nos exercita para que possamos enfrentar as lutas da nossa existência como
um valente guerreiro. Dentro de nós mesmos (as) há uma força que nos é
desconhecida porque vem do próprio Deus e Ele quer que nós tomemos consciência
disso. Por isso, devemos estar atentos, porque, em tempo de luta, de penúria,
quando lutamos pela nossa sobrevivência o anjo do Senhor aparece para nos dar
tranquilidade e mesmo que sejamos os últimos, os menores, o Senhor nos garante:
“Eu estarei contigo e tu derrotarás os madianistas como se fosse um só homem”.
Os madianistas significam os obstáculos e as barreiras que nós precisamos
enfrentar. Há um diálogo constante da parte de Deus conosco a fim de que nós
possamos assumir a missão que nos é proposta. Ele nos envia, apesar da nossa
limitação. Nós, como Gedeão, sempre pedimos um tempo para esclarecer os nossos
questionamentos. Gedeão pediu um tempo para fazer a sua oferta e o Senhor
também espera que nós ofereçamos a Ele o que temos de melhor, isto é, a nossa
confiança. Quando nós ofertamos ao Senhor a nossa vida e colocamos em Suas Mãos
tudo o que temos e tudo o que somos, ele nos usa, nos tranquiliza e nos dá a
paz. É a paz na adversidade a quietude da certeza da vitória. – Você sabia que
dentro de você há uma força que vem do próprio Deus? – Você tem medo de
enfrentar os desafios da sua vida? – Você tem sido exercitado pelas provações
da vida? – Você já descobriu o que o Senhor tem preparado para você?
Salmo 84 – “O Senhor anunciará a paz para o seu
povo.”
A primeira manifestação da presença de Deus na
nossa vida é o nosso coração cheio de paz. O Senhor vem sempre nos trazendo a
paz, pois ela é fruto da justiça. É justo que tenhamos um coração voltado para
Deus, pois somente assim nós experimentamos a verdade, que é o amor de Deus
acontecendo em nós. Por isso, é que nós sentimos o nosso coração pacificado e
recebemos das mãos de Deus tudo o que é bom.
Evangelho – Mateus 19, 23-30 – “pode um rico entrar
no reino dos céus?”
Depois que o “jovem rico” se afastou muito triste
porque possuía muitos bens, Jesus explicou para os seus discípulos o motivo
porque isto acontecera. “Dificilmente um rico entrará no reino dos céus.” Na
maioria das vezes aquele (a) que possui muitos bens vive muito ocupado (a) e
preocupado (a) com os seus haveres e não percebe que o reino de Deus acontece
na vida das pessoas simples, sem ambição e que não tem apego à vida terrena. O
que atrapalha o rico a não se apossar do reino dos céus não é propriamente o
dinheiro e os bens que ele possui, mas o seu apego e o valor que ele dá às
coisas que ele tem. O rico a quem Jesus se refere é aquela pessoa que coloca a
sua confiança e o ideal da sua vida nos bens que tem e não encontra tempo para
Deus, pois não se reconhece necessitado de Deus. Ele alimenta-se de suas posses
e, porque possui muitos bens, vive em função deles. É aquele que se basta a si
mesmo, sente-se farto, independente, sem carência. Deus é o doador dos nossos
bens e tudo quanto Ele coloca em nossas mãos há de ter um sentido para a
conquista da nossa vida eterna. No entanto, o próprio Jesus disse que para Deus
tudo é possível e quando nós colocamos em Suas mãos e a Ele também oferecemos
tudo o que possuímos, a nossa vida adquire um significado de justiça e de
felicidade. Diante da interrogação dos discípulos em relação a eles que
deixaram tudo para segui-Lo, Jesus lhes garante a recompensa de possuírem cem
vezes mais daquilo que deixaram e a vida eterna como herança. Deixar casa,
irmãos, pai e mãe, campos, etc. significa não ter apego a nada nem a ninguém
para ser dependente do Seu Amor e tê-Lo em primeiro lugar na vida. Nós damos o
primeiro lugar a Deus a partir dos nossos pensamentos, sonhos, ideais e ações.
As coisas que possuímos, os bens que nós adquirimos não devem se tornar
obstáculos para seguirmos a Jesus e viver os ensinamentos evangélicos. Para
seguir Jesus nós precisamos apenas de um coração rendido e confiante, certos de
que Ele tudo providenciará para a nossa caminhada. A nossa recompensa é certa,
pode tardar, mas não falhará. A vida eterna precisa ser a nossa meta de
chegada, pois se estivermos lutando somente pelas coisas temporais, seremos
pessoas frustradas e sempre carentes. Você possui muitos bens? - Os bens que
você possui lhe tiram de Deus? – Com o que você se preocupa? – Você tem a vida
eterna como meta de chegada? – Você desejaria passar o restante da sua vida como
você é hoje?
Helena Serpa
4 - O rico e o Reino do Céu – Sal
“É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma
agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.”
Jesus afirma aos discípulos que dificilmente um
rico entrará no Reino dos Céus.
E isto acontece porque o rico acha que ele se
basta a si mesmo e não precisa de mais ninguém, principalmente de Deus e não
segue seus ensinamentos, principalmente com relação aos necessitados, pois a
riqueza lhes endurece o coração.
Os discípulos ficaram muito espantados com a
afirmação categórica do Mestre, e ficam preocupados com a salvação da
humanidade, achando que ela fica complicada por causa do que Jesus disse.
Porém, o Filho de Deus os tranqüiliza, dizendo: 'Para os homens
isso é impossível, mas para Deus tudo é possível.'
Pedro, o que era o líder do
grupo, preocupado com a sobrevivência, interroga Jesus: Nós
deixamos tudo e te seguimos. O que haveremos de receber?' E mais uma
vez Jesus os tranqüiliza, garantindo-lhes a vida eterna, e a provisão
necessária à sua sobrevivência na Terra. “E todo aquele que tiver deixado
casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.”
Por outro lado, não obstante toda esta garantia
com respeito ao futuro, Jesus adverte que “Muitos que agora são os
primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os
primeiros.
Prezados irmãos. O que Jesus está nos dizendo
neste Evangelho?Vejamos. Primeiro Jesus nos tranqüiliza, nós que somos
anunciadores da sua palavra, que não devemos nos preocupar quanto ao futuro.
Tanto em relação à nossa sobrevivência, quanto em relação ao futuro da nossa
alma. Porém, Jesus finaliza o seu discurso, mostrando que nem por isso podemos
nos acomodar, relaxar, considerando que já estamos salvos por sermos
catequistas, padres, freiras etc. Porque se não tomarmos cuidado, poderemos,
nós que somos os escolhidos, ser condenados. E outras pessoas que não estão
evangelizando hoje, poderão se salvar, a exemplo do que aconteceu a Dimas, o
ladrão que foi perdoado no último instante de vida, por Jesus.
Sal.
5 - É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de
uma agulha ... – Claretianos
Primeira leitura: Juízes 6,11-24ª - Gedeão,
vai e livra Israel. Sou eu que te envio.
Salmo responsorial: Salmo 84, 9.11-14 (R. 9b)
- O Senhor anunciará a paz para o seu povo.
Evangelho: Mateus 19, 23-30 - É
mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no
Reino de Deus.
Esta parábola equivale à do
jovem rico: que equivale, neste texto, a seguir a Jesus na pobreza. Com a
comparação do camelo e a agulha, Jesus deixa claro o difícil que é o rico
renunciar à sua riqueza para partilhá-la com os pobres e fazer-se discípulo do
Reino. Os discípulos se surpreendem com tal radicalidade, porque não haviam
compreendido ainda que a segurança da comunidade não está na riqueza, mas no
Reino de Deus.
Um Reino que é para os
pobres, para todos aqueles que se sentem necessitados. Os ricos, os que
estão satisfeitos, os que têm tudo sob controle, serão sempre escravos de suas
seguranças e não estarão condicionados nem terão o ânimo de buscar a proposta de
Jesus. O Reino de Deus é para as pessoas livres que estão dispostas a
assumir mudanças e a caminhar em busca dos desafios, sem bagagens que
dificultem seu caminhar.
Os ricos gostam de
cobrir-se com o manto das aparências e as mil justificativas, para dar as
costas à realidade e tranqüilizar sua consciência, afogando assim a
possibilidade de descobrir em Jesus e na pobreza sua maior riqueza.
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 20/08/2013
Liturgia comentada
Os primeiros serão os últimos! (Mt 19,23-30)
Quem é o Primeiro? Só pode ser o próprio Jesus
Cristo, pois, como escreve o evangelista João, “no princípio era o Verbo”.
Primeiro, sim, pois anterior a tudo. Anterior até mesmo à criação do universo!
Nada existia, e ele era. E mais: “Nada foi feito sem Ele”. (Cf. Jo 1,3)
Ora, exatamente Ele, o Senhor do Universo – que
era o primeiro – fez-se o último de todos, ocupando em definitivo o lugar mais
baixo que se possa encontrar. O apóstolo Paulo descreve seu rebaixamento
voluntário: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade
com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e
assemelhando-se aos homens. E sendo exteriormente reconhecido como homem,
humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”.
(Fl 2,6-8)
Charles de Foucauld, o santo do deserto
marroquino que inspirou o Século XX, também nos recorda essa “descida” de Jesus
que tantos preferem esquecer: “Toda a sua vida, ele não fez outra coisa a não
ser descer: descer ao se encarnar, descer ao se fazer criancinha, descer ao
obedecer, descer ao se fazer pobre, abandonado, perseguido, supliciado, descer
ao se pôr no último lugar”.
É óbvio que esse caminho incomoda, choca, colide
com todos os ideais do mundo do capital e do consumo, da glória e do poder.
Sempre haverá alguém tentando acomodar as exigências do Evangelho
às comodidades do sistema. Toda proposta de rebaixamento e humilhação será
sempre rotulada de insensatez, mesmo ao preço de ignorar o drama vivido no
Calvário.
Mas a voz de S. Inácio de Loyola nos adverte:
“Para imitar mais de perto a Cristo, nosso Senhor, e para ser de fato mais
semelhante a Ele, eu quero e escolho a pobreza com o Cristo pobre, de
preferência à riqueza; os opróbrios com o Cristo carregado de opróbrios, de
preferência às honras. Eu desejo passar por um zé-ninguém e passar por louco
pelo Cristo, que foi o primeiro a passar como tal, antes que ser julgado um
homem sábio e prudente neste mundo”. (3º grau de humildade)
Enfim, quem nos propõe o último lugar é
exatamente Jesus, que assim fez na prática. Sendo Deus, se faz homem. Sendo
homem, se faz servo, lavando os pés dos discípulos. Desce mais, e morre na cruz
como um escravo. Desce ao túmulo. Desce à mansão dos mortos. E, quando parece
que esgotou todas as descidas... desce ao altar, sob a forma de pão. Trigo
moído, amassado, assado. Tudo para ser nosso alimento...
Aceitaremos descer com Jesus?
Orai sem cessar: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante
ao vosso!”
Texto de Antônio
Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 20/08/2013
HOMILIA DIÁRIA
Faça de Jesus o grande tesouro da sua vida
Faça de Jesus o tesouro da
sua vida, saiba ter um coração livre, desapegado, porque um novo amor vai
entrar no seu coração.
“E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos,
irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna” (Mt 19,29).
Hoje, Jesus está olhando para o coração de cada
um de nós e nos perguntando: Qual é a sua disposição em me seguir? Qual é a sua
disposição em me servir? O que você é capaz de sacrificar, de renunciar por
causa do Reino dos Céus?
Ora, dificilmente um rico entrará no Reino dos
Céus. Aqui, a tradução da palavra “rico” é soberbo. Por soberbo faço entender
aquele que faz de qualquer bem o orgulho e a riqueza de sua vida e de seu
coração, é aquela pessoa que possui pouco ou muito, mas coloca nos bens
materiais o valor da sua vida, e não sabe ser rico para Deus.
O Senhor não está condenando as riquezas que nós
temos nem os bens que possuímos. O que Ele está nos dizendo é que, quando temos
bens para nos apegar, não temos tempo para o Reino de Deus.
É questão de escolha, mas, muitas vezes, a
escolha do nosso coração é outra, não é o Reino dos Céus.
Às vezes, no dia do Senhor, vemos as pessoas
muito ocupadas com seus negócios e afazeres, atarefadas até nas coisas próprias
da casa como lavar um carro o dia inteiro, cuidar disso ou daquilo; elas não
têm tempo para o Senhor no dia a dia, não tem tempo para a oração.
Faça de Jesus o tesouro da sua vida, saiba ter um
coração livre, desapegado, porque um novo amor vai entrar no seu coração. E
quando este for invadido pelo amor divino, você poderá amar melhor as coisas que
são de sua responsabilidade, poderá amar mais o seu pai, a sua mãe, os seus
filhos ou seja lá quem for. O importante é você já ter o seu lugar garantido na
presença de Deus, aquele lugar que ninguém tomará de você.
Faça de Jesus o grande tesouro da sua vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, envia o teu Espírito para ensinar-nos
a nos desapegarmos dos bens que a tua Providência nos ofereceu. Que façamos
deles instrumentos para aliviar as carências dos irmãos de caminhada – e que o
façamos com alegria, sem desejar retornos ou mesmo gratidão. Por Jesus Cristo,
teu Filho e nosso Irmão, na unidade doEspírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/08/2013

Nenhum comentário:
Postar um comentário