ANO B

Lc 6,27-38
Comentário do Evangelho
O amor cristão move o coração do ser humano
O tema central do evangelho de hoje é o amor aos inimigos com a consequente gratuidade e generosidade que esse modo de viver exige de todo cristão. É no amor aos inimigos e através da generosidade e gratuidade que a vida do cristão exprime a misericórdia semelhante à misericórdia de Deus. O amor cristão é um modo de viver que dá sentido e valor a todas as coisas e move o coração do ser humano na direção do bem a ser realizado, inclusive em favor dos inimigos. Os destinatários deste trecho do discurso da planície são aqueles que ouvem Jesus, isto é, aqueles que se deixam iluminar pela palavra do Senhor e cultivam a boa semente dessa palavra na terra boa do coração, lá onde só Deus pode chegar e agir. Exigência da vida no seguimento de Jesus Cristo é a identificação com a atitude e o coração de Deus. Essa identificação se exprime na prática do amor aos inimigos e no cultivo da disposição de fazer o bem não importando a quem. O que se propõe, outrossim, neste trecho, é a superação da teologia da retribuição pelo amor, através do qual as barreiras da inimizade são rompidas.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, predispõe-me a amar meus inimigos e perseguidores. Só assim estarei dando testemunho do amor que devotas a cada ser humano.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=10%2F09%2F2015
Vivendo a Palavra
Estamos no âmago do Sermão da Planície – versão de Lucas do Sermão da Montanha, de Mateus. Jesus lança a grande novidade do Reino de Deus: o amor aos inimigos; o bem, desejado a quem nos odeia. E, didaticamente, Jesus vai ensinando que o Pai é assim: misericordioso e bondoso com os ingratos e maus.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
A regra do ouro da vida do cristão é resumida por Jesus na frase: 'O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles'. Todas as pessoas desejam ser amadas, compreendidas e servidas, por isso, todos devem amar, compreender e servir. Devemos ser diferentes das pessoas que vivem a reciprocidade: devemos viver a gratuidade, ser diferentes dos que vivem fazendo justiça: devemos ser misericordiosos. O critério do nosso agir em relação aos outros não pode ser o agir dos outros, mas sim o próprio Deus, que não nos trata segundo nossas faltas, mas ama a todas as pessoas, indistintamente, com amor eterno e as cumula com a abundância dos seus bens. Se vivermos segundo esse critério, seremos filhos do Altíssimo e será grande a nossa recompensa nos céus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=9&dia=10
Meditando o Evangelho
O PAI, MODELO DE MISERICÓRDIA
O ensinamento de Jesus a respeito do amor aos inimigos é o maior desafio para quem aceita tornar-se seu discípulo. Este amor aos inimigos foi especificado de várias maneiras. Responder o ódio com a prática do bem, a maldição com a bênção e a calúnia com a oração são todas formas de amar os inimigos e, assim, quebrar a espiral da violência. Oferecer a outra face a que o esbofeteou e dar a túnica a quem lhe tirou o manto são também sinais deste amor. O discípulo, agindo assim, reverte uma maneira esteriotipada de reagir, pela qual as pessoas tendem a revidar o mal com o mal e a violência com violência. Só é capaz de agir assim quem tem o coração repleto da misericórdia do Pai. Caso contrário, não terá condições de realizar os gestos heroicos propostos por Jesus.
O modelo inspirador da ação cristã é a misericórdia do Pai. Ele é igualmente bondoso para bons e maus. Se ele respondesse às ofensas humanas, eliminando o pecador, boa parte da humanidade deveria desaparecer. O Pai tem paciência com os ingratos e malvados por nutrir a esperança de que se convertam para a misericórdia no trato mútuo.
O mesmo se dá com o discípulo. A capacidade de fazer frente à violência, com o amor, justifica-se pela esperança de conquistar o malvado para o Reino. A atitude cristã pode fazer o perverso abandonar seu caminho de violência e levá-lo a optar pelo caminho indicado por Jesus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para retribuir o ódio com o amor e, assim, poder conquistar meus inimigos para o Reino.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-9-10
HOMILIA DIÁRIA
Sejamos misericordiosos com o nosso próximo
Sejamos misericordiosos com o nosso próximo. Só quem mergulha na misericórdia divina é capaz de viver a misericórdia para com seu próximo.
“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.” (Lucas 6, 36)
A misericórdia é o remédio que precisamos em todas as etapas da nossa vida. Primeiro, nós precisamos da misericórdia de Deus. E como precisamos, como necessitamos! A misericórdia de Deus é o bálsamo que cura as feridas da nossa vida, cura as marcas, as manchas que o pecado deixa em nós.
Nós precisamos ser ávidos, sedentos dessa misericórdia divina; precisamos nos banhar e mergulhar nessa misericórdia para que o nosso coração seja sarado, revigorado, para que possamos viver intensamente o amor de Deus em nós.
Só quem mergulha nessa misericórdia divina é capaz de viver a misericórdia para com seu próximo. Porque, as nossas relações mútuas, as nossas relações familiares, a nossa convivência um com o outro precisa estar recheada da misericórdia.
Precisamos ter o coração como o de Deus, precisamos ter o coração cheio de misericórdia! E aí alguns elementos se fazem importantes para quem tem um coração misericordioso. Primeiro: não julgue; nós não podemos viver julgando uns aos outros. Nós não conhecemos, não estamos na essência do outro, não estamos no lugar do outro, não sofremos como o outro e não passamos o que ele passa. Então, não podemos nos tornar juízes uns dos outros.
Além de não julgar, não podemos condenar. Estamos cheios de sentenças de uns para com os outros; já julgamos na mente, já condenamos dentro de nós, já decretamos a sentença para com o nosso próximo. Veja, não foi desta forma que Deus nos tratou. Ele, em primeiro lugar, não nos julgou, não nos condenou, mas nos absolveu com Sua misericórdia infinita.
Uma vez que não julgamos, não condenamos, precisamos saber exercer o perdão em nossa vida! E como exercemos o perdão em nossa vida? Olhando para a forma como Deus nos perdoa, como o perdão d’Ele está agindo em nós, como o perdão de Deus é gratuito e abundante.
Só sabe viver a misericórdia quem não julga, não condena. Mas, sobretudo, perdoa as fraquezas, os limites que o próximo tem!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/sejamos-misericordiosos-com-o-nosso-proximo/
Oração Final
Pai Santo, o mundo nos ensina a contabilidade e espera que nós façamos a compensação entre débitos e créditos. Liberta-nos, Pai amado, de buscarmos acertos de contas, para adotarmos a generosidade e o desapego dos bens que nos emprestas para administrar, em favor dos irmãos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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