sábado, 26 de setembro de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/09/2015

ANO B


Lc 9,43b-45

Comentário do Evangelho

Um Messias que passa pelo sofrimento e pela morte 

Trata-se do segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição. É preciso não se deixar levar pelo entusiasmo e menos ainda pela euforia. A admiração das pessoas por tudo o que ouviam e viam Jesus fazer não pode ser para os discípulos uma tentação que os disperse da novidade do messianismo vivido e revelado por Jesus. Por isso, Jesus põe os seus discípulos de sobreaviso. É preciso não se deixar iludir pelas aparências nem seduzir pelo sucesso. Jesus busca prevenir os discípulos contra qualquer tipo de equívoco a respeito de sua missão ou ilusões ligadas à sua pessoa. Os discípulos não compreendem ou não podiam compreender, e, quem sabe, não queriam compreender. A incompreensão dos discípulos mostra que eles, até certo ponto, partilhavam com seus contemporâneos uma ideia de Messias que não se coadunava com a realizada em Jesus de Nazaré. A ideia de um Messias que tivesse que passar pelo sofrimento e pela morte não estava contemplada na esperança messiânica de Israel. A comunidade primitiva terá que fazer um enorme esforço para justificar diante do judaísmo o fato de Jesus, proclamado como Messias e Senhor, ter sofrido a morte dos desgraçados.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dá-me a graça de considerar a paixão de Jesus a partir de teu modo de pensar. Só então compreenderei que se tratou da prova máxima de fidelidade a ti.
Fonte: Paulinas

Vivendo a Palavra

A Pessoa de Jesus sempre causou admiração. O povo estava admirado e admirados continuamos todos nós. Mas vai um longo caminho entre o êxtase e o seguimento do Mestre; entre ficarmos maravilhados com a glória dos milagres e aceitarmos a entrega – de Jesus e nossa! – nas mãos dos homens pela causa do Reino de de Deus.

Reflexão

Muitas pessoas encontram dificuldades para compreender o que Jesus nos fala, e essas dificuldades existem porque verdadeiramente não conhecem Jesus e não comungam as suas propostas e os seus valores. A única contribuição que podemos dar para que essas pessoas possam compreender Jesus é, auxiliados pela graça divina, nos lançarmos num verdadeiro trabalho missionário, juntamente com toda a Igreja, no sentido de possibilitar às pessoas um verdadeiro encontro com o Divino Mestre, a fim de que possam de fato conhecê-lo, compreender a sua Palavra e viver o seu Evangelho.
Fonte: CNBB

Meditando o Evangelho

A INCOMPREENSÃO DO SOFRIMENTO

A forma como Jesus introduz sua admoestação aos discípulos demonstra a gravidade de sua fala: "Prestem bastante atenção ao que vou dizer a vocês!" De fato, a revelação de seu destino haveria de pegar desprevenidos os discípulos. Eles jamais poderiam imaginar o que o Mestre lhe queria comunicar.
Os discípulos haviam conhecido um aspecto da realidade de Jesus: seu poder taumatúrgico, sua capacidade de fazer-se próximo dos pobres e dos pequeninos, sua autoridade para veicular ensinamentos jamais ouvidos, sua relação profunda com o Pai. Embora os mestres da Lei e os fariseus demonstrassem má vontade, as multidões ouviam-no empolgadas. Aderir a ele parecia ser um passo acertado.
Quando Jesus anunciou estar "para ser entregue nas mãos dos homens", os discípulos foram incapazes de compreender plenamente estas palavras, pois lhes pareciam obscuras. E receavam pedir explicações ao Mestre.
A revelação de Jesus colocou em xeque tudo quanto os discípulos pensavam a seu respeito. Pensá-lo sofredor, humilhado, aviltado nas mãos dos inimigos seria demais. Isto significava o fracasso das esperanças acalentadas até então.
Só Jesus era capaz de compreender que a perspectiva de morte não significava o fracasso de seu projeto. Aí, também, se realizava o desígnio do Pai.
Oração
Espírito de sintonia com Jesus, dá-me inteligência para compreender a morte de Jesus, na perspectiva da realização do projeto do Pai, e não como frustração.

Oração Final
Pai Santo, os discípulos tinham medo de perguntar... Dá-nos coragem, Pai amado, para mergulharmos no mais profundo do Mistério de teu Filho Unigênito, feito humano em Jesus de Nazaré, não apenas para nos encantarmos com Ele, mas para segui-lo pelos caminhos desta vida rumo ao teu Reino de Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: arquidiocesebh

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