ANO B

Mt 20,1-16a
Comentário do Evangelho
O amor de Deus é para todos
Trata-se de uma parábola do Reino. A parábola, em primeiro lugar, afirma algo fundamental de Deus: Deus é bom. A parábola é expressão da universalidade da salvação de Deus. A “vinha” é símbolo tanto de Israel como do Reino de Deus. Em todo tempo, representado pelas horas da jornada de trabalho, Deus toma a iniciativa de chamar a todos, onde quer que estejam, para o seu Reino. Deus é quem oferece a possibilidade de participação no seu Reino, independentemente dos méritos de cada um, pois Deus não quer que ninguém que ele criou se disperse ou se perca (cf. Jo 6,39; 10,28; 17,12). Em que consiste a justiça própria de Deus? Em amar sem distinção e sem limite. De algum modo, e em relação aos outros que nos precederam, todos somos operários da undécima hora. A verdade é que o modo de Deus agir revoluciona nossa escala de valores. A igualdade ressalta a graça extraordinária feita por Deus aos pecadores. Aos olhos de Deus, o verdadeiro salário é ouvir o convite e ser admitido à sua vinha. O amor de Deus é para todos; ele não faz acepção de pessoas.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que eu jamais me deixe levar pelo espírito de ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos iguais, teus filhos.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=19%2F08%2F2015
Vivendo a Palavra
O Evangelho nos conduz a perguntas essenciais: onde estamos nós até agora? Ainda na praça, ou já fomos contratados pelo Senhor da Vinha? O que nos importa: é o trabalho, ou a remuneração? Estamos atentos à nossa tarefa, ou vigiando nosso próximo? E o nosso lugar predileto: é o primeiro, ou o último?
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
Nós estamos acostumados com a forma de justiça que foi estabelecida pelos homens e, por causa disso, encontramos dificuldades para compreender a justiça divina, principalmente porque os principais critérios da justiça dos homens são a diferença entre as pessoas e a troca entre os valores enquanto que os principais critérios da justiça divina são a igualdade entre as pessoas e a gratuidade dos valores. Isso nos mostra que a lógica divina é totalmente diferente da lógica dos homens e que nós vivemos reivindicado valores que, na verdade, são valores humanos e que não nos conduzem a Deus. Também nos mostra o quanto todos nós somos comprometidos com os valores humanos e deixamos de lado os valores do Reino.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=8&dia=19
Meditando o Evangelho
OS OPERÁRIOS DO REINO
Surgira, na comunidade primitiva, uma discussão em torno do privilégio dos que tinham conhecido Jesus e trabalhado com ele, bem como dos que se tinham convertido à fé no começo da pregação apostólica. Quanto mais tarde alguém se tornara discípulo, menos direito teria de participar da recompensa devida aos operários do Reino.
Esta mentalidade estreita não encontrava amparo no ensinamento de Jesus.
A parábola dos operários contratados para trabalhar na vinha aponta para o modo divino de retribuir a quem se dedicou ao serviço do Reino de Deus.
Certo patrão saíra, sucessivas vezes, para contratar trabalhadores para a vinha, até no final da tarde. Os que se fatigaram o dia inteiro acreditaram merecer salário muito maior, em relação aos que só trabalharam uma hora. Por isso, não concordaram quando se deram conta de que todos se tornaram merecedores de igual pagamento. Pareceu-lhes estarem sendo vítimas de uma injustiça. O dono da vinha denunciou-lhes a maldade de coração. Ao dar a todos igual salário, o patrão não estava se orientando pelas normas da justiça, e sim, da misericórdia. Este era um direito seu, do qual não abriria mão.
A retribuição dos operários do Reino também será feita segundo o princípio da misericórdia. Aí a precedência cronológica é menos importante que a disposição para ser servidor.
Oração
Senhor Jesus, faze-me considerar o Reino, segundo o modo de pensar do Pai e não segundo os estreitos limites da minha mentalidade.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-8-19
HOMILIA DIÁRIA
O amor e a misericórdia de Deus são dados a todos
O amor e a misericórdia de Deus são dados a todos. Deus, desde a primeira hora, tem buscado o coração de todos, mas cada um chega a seu tempo, cada um chega no tempo em que consegue se abrir a Ele.
“Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.” (Mateus 20, 16a)
Quem é acostumado com a justiça humana ou quem é acostumado, sobretudo, a ser justiceiro deve ter muita dificuldade para compreender o Evangelho de hoje, por meio do qual Deus fala ao nosso coração. Isso porque a justiça de Deus não é como a justiça humana; a justiça de Deus tem um primeiro peso que se chama “misericórdia”. Ao passo que a justiça humana tem outro peso, ela se faz de acordo com o peso dos valores.
Por isso, muitas vezes, nós não conseguimos compreender a lógica divina. Se um operário chegou para trabalhar na última hora, de acordo com nossa lógica, ele teria de receber o salário da última hora; já o operário que chegou para trabalhar na primeira hora deveria receber o salário da primeira hora. No entanto, no Reino de Deus, a misericórdia de Deus é de igual tamanho para todos conforme Ele a queira dar.
O primeiro ponto a ser observado é que, ao fazer isso, Deus não está sendo injusto, se Ele prometeu que nos daria isso, porque chegamos primeiro, Ele não vai tirar de nós aquilo que prometeu nos dar. A riqueza de Deus é tão grande! A nossa riqueza pode ser limitada, mas a do Senhor não o é! Ele dá de igual modo para o operário da primeira, da segunda, da terceira ou da última hora. É verdade que o salário do operário da última hora parece ser maior, porque ele pode ter trabalhado menos. Mas também é verdade que Deus, desde a primeira hora, tem buscado o coração de todos, contudo, cada um chega a seu tempo, cada um chega no tempo em que consegue se abrir a Ele.
Não é que os judeus – os chamados de “primeira hora” – vão ser considerados melhores no Reino de Deus do que nós, “pagãos”, no sentido primeiro da palavra, fomos considerados. Não, não é isso. A graça chegou primeiro ao povo de Deus, mas depois ela foi concedida a todos os povos. Isso serve também para tudo aquilo que nós fazemos, pode ser que você tenha nascido e crescido na Igreja, tenha trabalhado o tempo inteiro para Deus e alguém começou a servir a Deus esses dias ou no fim da vida ou como aquele ladrão, que estava na cruz ao lado de Jesus, que parece ter praticado o roubo a vida inteira e no momento final foi considerado digno da vida eterna. “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23, 43).
[Para entender a dinâmica de Deus] A primeira coisa a ser combatida é o mal da inveja. O problema de olharmos para o “prato do outro” e nos esquecermos do nosso. Deus não deixa de encher o nosso prato, mas o nosso prato fica vazio porque olhamos para o prato do outro ser cheio e não cuidamos do nosso. Deus cuida do nosso coração, desde que não nos deixemos levar pela inveja com relação ao que Ele faz ao coração ou à vida do outro.
Deus tem uma graça só para nós e não nos preocupemos porque Ele não vai tirá-la de nós para a dar a outro, a não ser que a desprezemos e ela vá servir somente para outro. O amor de Deus cabe a todos, engloba a todos e quer chegar a todos. Contudo alguns, por inveja, por ambição e por se achar melhores que os demais, param no meio do caminho e outros seguem adiante!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/o-amor-e-a-misericordia-de-deus-sao-dados-a-todos/
Oração Final
Pai Santo, mais do que simples alunos – que aprendem o que o professor lhes ensina – faze-nos discípulos de Jesus de Nazaré – para ouvirmos sua Palavra Criadora e O seguirmos pelos caminhos da Vida. E nos dá sabedoria e força para proclamar para os companheiros de jornada nesta terra abençoada que o teu Reino de Amor está dentro de nós!
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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