ANO B

Jo 16,23b-28
Comentário do Evangelho
Eis o tempo da Igreja, o tempo do
testemunho
É por meio de Jesus Cristo que se devem apresentar súplicas a
Deus. Este é o esquema básico da oração litúrgico-cristã. Com a ressurreição de
Jesus Cristo e a descida do Espírito Santo, é inaugurada, podemos dizer, uma
nova etapa na história da salvação, a saber, o tempo da Igreja, o tempo do
testemunho. Essa nova etapa da história da salvação é também o tempo da
“palavra aberta”, isto é, o tempo em que as palavras de Jesus, sua mensagem,
adquirem seu sentido pleno e a sua compreensão. No tempo de sua vida terrestre,
a mensagem de Jesus era enigmática. No tempo da ressurreição, ela ganha uma luz
tão grande que tudo faz sentido. Se no tempo de sua vida terrestre as pessoas
não chegaram a compreender a verdadeira identidade e origem de Jesus, agora,
pelo Espírito Santo, no tempo da “palavra aberta”, é compreendida a mensagem de
Jesus sem figuras nem sombras: “eu saí do Pai e vim ao mundo. De novo, deixo o
mundo e volto para o Pai”. No tempo da Igreja, o testemunho deve ser vivido na
alegria, que é dom de Jesus Cristo Ressuscitado, e na confiança em Deus,
atitude essa que deve ser expressa na oração permanente.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dá-me um coração que saiba
reconhecer e agradecer tudo quanto teu Filho fez para salvar a humanidade
pecadora. E que seja ele o meu eterno intercessor junto de ti.
Vivendo a
Palavra
Jesus se
despede dos seus amigos, desvendando o grande mistério da Vida que nos
questionava: viemos do Pai e voltamos ao Pai – por Ele, com Ele e n’Ele.
Conhecendo o sentido de nossa existência, devemos ser agradecidos e anunciarmos
aos irmãos o inefável Amor com que somos amados pelo Pai Misericordioso.
Reflexão
Jesus está
prestes a cumprir plenamente a missão que lhe foi confiada pelo Pai. Ele é o
verdadeiro missionário, que nos foi enviado pelo próprio Pai para realizar o
grande mistério da nossa salvação. Agora que ele cumpriu a sua missão, ele
volta para o Pai. Ele é para nós o grande modelo de missionário, pois também
nós fomos enviados pelo Pai para participarmos da missão da Igreja, e devemos
cumprir plenamente esta missão que nos foi confiada a fim de que, como o
próprio Cristo, possamos, um dia, ir para um encontro definitivo com o Pai.
Meditando
o Evangelho
A VOLTA PARA O PAI
A
existência de Jesus pode ser definida como uma longa caminhada cujo ponto de
partida e de chegada é o Pai. Saiu de junto do Pai e veio ao mundo. Ao concluir
sua missão, regressou para junto dele, e, com ele, está em perfeita
comunhão.
Jesus veio
da parte do Pai, na condição de enviado. Este é um dado fundamental de sua
identidade e de sua ação. Caso contrário, toda a sua aspiração não teria
sentido, e suas palavras cairiam no vazio. Suas palavras e seu testemunho
tinham valor em vista de sua condição de Filho de Deus.
O mundo
foi a meta da vinda de Jesus. Afinal, ele veio para salvar o mundo de seus
pecados, fazendo jorrar vida abundante onde imperava a morte. Veio para fazer
brilhar a luz da verdade libertadora onde imperavam as trevas do pecado.
Uma vez
concluída a sua missão, o Filho de Deus deveria voltar para junto do Pai. Ele
agiu como todo enviado em missão, que volta e presta contas a quem o enviou.
Jesus tem consciência de ter cumprido fielmente a missão recebida. Por sua
fidelidade, tornar-se-á o grande intercessor dos discípulos junto do Pai.
Doravante, eles deverão dirigir-se ao Pai, invocando o nome de Jesus,
para serem sempre atendidos.
Oração
Pai, dá-me um coração que saiba reconhecer e agradecer tudo
quanto teu Filho fez para salvar a humanidade pecadora. E que seja ele o meu
eterno intercessor junto de ti.
Oração
Final
Pai Santo, o Cristo, na véspera de sua volta à Casa Paterna,
nos consola com a promessa de enviar-nos o Espírito Santo. Prepara o nosso
coração para recebê-lO com alegria e esperança, assim como recebemos Jesus de
Nazaré, teu Filho e nosso Irmão, a quem queremos seguir nos caminhos da vida.
Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.

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