ANO B

Lc 2,36-40
Comentário do
Evangelho
Ana, mulher entregue a Deus
Continuando o episódio da apresentação do menino Jesus no Templo
de Jerusalém, Lucas faz intervir uma nova personagem, Ana, dita profetisa,
mulher entregue a Deus através de jejuns e orações, de idade avançada e viúva.
Nessa breve apresentação de Ana, mulheres importantes do Antigo Testamento são
evocadas: Judite (Jt 8, 4-5; 16, 22-23) e Débora (Jz 4 - 5). Além disso, ela
tem o mesmo nome da mãe de Samuel (1Sm 1, 19-20). Nos relatos da infância de Lucas,
o Novo é dito com palavras ou evocações da história de Israel. Com Simeão ela
representa o Antigo Testamento que contempla e atesta o cumprimento da promessa
de Deus. A todos os que esperam a libertação de Jerusalém, ela falava do
menino. Ao comentarmos o hino do Magnificat, dizíamos que ele estabelece um
paralelismo entre a libertação do povo eleito do Egito e a libertação anunciada
quando do anúncio do nascimento de Jesus. No anúncio do nascimento de Jesus, se
dá o êxodo definitivo da humanidade, isto é, a humanidade passa da escravidão
do pecado para a filiação divina em Cristo. A presença de Simeão e Ana na cena
da apresentação do menino a Deus no Templo garante o duplo testemunho exigido
pela Lei de Moisés (Dt 19, 15)
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo
como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam
elas para mim fonte de perene inspiração.
Vivendo a Palavra
Eles voltaram para Nazaré e, exceto uma visita ao
Templo de Jerusalém na idade de doze anos, tudo o que se sabe da infância do
Mestre é isto: “O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça
de Deus estava com ele.” Uma lição de modéstia e discrição da Sagrada Família
que devemos admirar, aprender e tentar viver nesta terra.
Reflexão
Toda pessoa que faz da sua vida um serviço a
Deus vive a alegria do encontro com ele. Com Ana não foi diferente. Depois de
oitenta e quatro anos vividos na busca da realização da vontade de Deus, ela
tem a alegria do encontro pessoal com ele. Mas Ana não fica com essa alegria só
para ela; sai anunciando a todos que aquele menino é a resposta do próprio Deus
a todos os que esperam a verdadeira libertação. E este anúncio é acompanhado do
reconhecimento do amor de Deus, que é fiel às suas promessas, através do louvor
a ele.
Comentário do Evangelho
UMA PLÊIADE DE
JUSTOS
A profetisa Ana completa a plêiade dos justos
envolvidos nos eventos em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e
Isabel afirmou-se que eram “justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis
em todos os mandamentos e ordens do Senhor”. Isabel, “cheia do Espírito Santo”,
proclamou as glórias da mãe do Salvador. João Batista, “desde o ventre
materno”, esteve cheio do Espírito Santo, destinado a ser “profeta do
Altíssimo”, cujos caminhos haveria de preparar. Maria reconheceu-se “humilde
serva do Senhor”, disposta a cumprir em tudo a sua santa palavra. Fala-se pouco
de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em cumprir as leis civis (vai
com Maria até Belém para alistar-se no recenseamento), bem como, as leis
religiosas (no prazo previsto, vai com sua esposa e seu filho ao templo de
Jerusalém realizar os ritos da purificação). Simeão é apresentado como um homem
“justo e piedoso”, que esperava a realização das promessas divinas feitas a
Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer “sem ver o Cristo do
Senhor”. O mesmo Espírito conduziu-o ao templo para o encontro com o Messias.
Ana,
por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A maior parte
de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no templo, com jejuns e orações.
Sua piedade foi recompensada com a graça de reconhecer no menino Jesus a
realização das esperanças de Israel.
Oração
Pai, dá-me a graça de ser
piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu
Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Concedei, ó Deus
todo-poderoso, que o novo nascimento de vosso Filho como homem nos liberte da
antiga escravidão do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES
DE HOJE

DIA
30 DE DEZEMBRO – TERÇA
3 - Pôs-se a falar do menino a todos que esperavam a
libertação de Jerusalém. -Igreja Matriz de Dracena
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/
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REZE
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Oração Final
Pai Santo, abençoa nossas
famílias. Faze delas lugar bom para vivermos o Amor, a Solidariedade, a Justiça
e a Compaixão. Assim a nossa Igreja será feita de homens e mulheres em busca da
santidade: humildes, alegres, justos e compassivos. Pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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