Vaticano, 26 Jan. 14 / 12:28 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus
dominical, o Papa Francisco assinalou aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro
que Cristo começou seu trabalho evangelizador na Galileia, a terra dos gentis e
zona de fronteira “desprezada pelos judeus mais observadores”, “para nos
ensinar que ninguém está excluído da salvação”.
O
Santo Padre refletiu sobre o Evangelho do domingo que narra “os inícios da vida pública
do Jesus nas cidades e aldeias da Galileia”. A missão de Cristo, recordou, “não
parte de Jerusalém, isso é, do centro religioso, centro também social e
político, mas parte de uma zona periférica, uma zona desprezada pelos judeus
mais observadores, por motivo da presença naquela região de diversas populações
estrangeiras; por isto o profeta Isaías a indica como “Galileia dos gentios”
(Is 8, 23)”.
“É uma
terra de fronteira, uma zona de trânsito onde se encontram pessoas diferentes
por raças, culturas e religiões. A Galileia torna-se assim o lugar simbólico
para a abertura do Evangelho a todos os povos. Deste ponto de vista, a Galileia
assemelha-se”, explicou.
Francisco
disse que “também nós estamos imersos a cada dia em uma “Galileia dos gentios”,
e neste tipo de contexto podemos nos assustar e ceder à tentação de construir
cercas para estar mais seguros, mais protegidos. Mas Jesus nos ensina que a Boa
Nova, que Ele traz, não é reservada a uma parte da humanidade, é para
comunicar-se a todos. É um bom anúncio destinado a quantos o esperam, mas
também a quantos talvez não esperam mais nada e não têm sequer a força de
procurar e de pedir.”.
“Partindo
da Galileia, Jesus nos ensina que ninguém está excluído da salvação de Deus,
antes, que Deus prefere partir da periferia, dos últimos, para alcançar todos.
Ensina-nos um método, o seu método, que porém exprime o conteúdo, isso é, a
misericórdia do Pai. “Cada cristão e cada comunidade discernirá qual seja o
caminho que o Senhor pede, mas todos somos convidados a aceitar este chamado.
Sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que
têm necessidade da luz do Evangelho”, afirmou o Pontífice.
“Para
escolher os seus primeiros discípulos e futuros apóstolos, não se dirige às
escolas dos escribas e dos doutores da Lei, mas às pessoas humildes e simples,
que se preparam com empenho à vinda do Reino de Deus. Jesus vai chamá-los lá
onde trabalham, na margem do lago: são pescadores. Chama-lhes, e esses O
seguem, imediatamente. Deixam as redes e vão com Ele: as suas vidas se tornarão
uma aventura extraordinária e fascinante”, recordou também Francisco.
“Queridos
amigos e amigas, o Senhor chama também hoje! O Senhor passa pelos caminhos da
nossa vida cotidiana. Também hoje, neste momento, aqui, o Senhor passa pela
praça. Chama-nos para andar com Ele, para trabalhar com Ele pelo Reino de Deus,
as “Galileias” dos nossos tempos. Cada um de vocês pense: o Senhor passa hoje,
o Senhor me olha, está me olhando! O que me diz o Senhor? E se algum de vocês
ouve que o Senhor lhe diz “siga-me”, seja corajoso, vá com o Senhor. O Senhor
não desilude jamais. Sintam em seu coração se o Senhor vos chama para segui-Lo.
Deixemo-nos alcançar pelo seu olhar, pela sua voz e O sigamos! “Para que
a alegria do Evangelho alcance até os confins da terra e nenhuma periferia seja
privada da sua luz”, culminou.
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26606
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