
Vaticano, 05 Jul. 13 / 03:13 pm (ACI/EWTN Noticias).-
A primeira Encíclica do Papa Francisco - iniciada pelo Bispo emérito de
Roma Bento XVI - foi lançada
hoje para ajudar a fortalecer a fé dos católicos em todo o mundo. Por sua
parte, o Cardeal Marc Ouellet, membro da Cúria Romana, afirmou que
"juntos, eles mostram a beleza da fé da Igreja, a fé que é
confessada dentro do corpo de Cristo, na comunhão concreta dos crentes".
"É com grande alegria e gratidão que nós
acolhemos esta íntegra profissão de fé, na forma de catequese, escrita a quatro
mãos pelos sucessores de Pedro", disse o Cardeal Marc Ouellet em
conferência de imprensa, no Vaticano, na manhã de hoje, 05 de julho.
"Juntos, eles mostram a beleza da fé da
Igreja, a fé que é confessada dentro do corpo de Cristo, na comunhão concreta
dos crentes", acrescentou.
A encíclica - chamada “Lumen Fidei” ou "Luz da
fé" - foi apresentada em uma conferência de imprensa, na Santa Sé, com a
participação do Cardeal Ouellet, do Arcebispo Gerhard L. Mueller e do arcebispo
Rino Fisichella.
Durante o lançamento, em uma sala cheia de
jornalistas, o Arcebispo Mueller explicou que o documento tem apenas a
assinatura do Papa Francisco, porque "a Igreja só tem um Papa".
"O Sucessor de Pedro, ontem, hoje e amanhã,
sempre está chamado a «confirmar os irmãos» no tesouro incomensurável da fé que
Deus dá a cada homem como luz para o seu caminho," diz o Papa Francisco na
introdução da Encíclica.
Nela, ele expressa estar "profundamente
agradecido" a seu antecessor por ter quase concluído um primeiro esboço da
Encíclica, "pretendem juntar-se a tudo aquilo que Bento XVI escreveu nas
cartas encíclicas sobre a caridade e a esperança."
"E, na fraternidade de Cristo, assumo o seu
precioso trabalho, limitando-me a acrescentar ao texto qualquer nova
contribuição", escreve o Papa Francisco na introdução.
Antes do lançamento da Encíclica escrita "a
quatro mãos", o Santo Padre foi aos Jardins do Vaticano abençoar a nova
estátua de São Miguel Arcanjo, juntamente com Bento XVI. A estátua foi
abençoada "a quatro mãos" para consagrar ao Vaticano à proteção do
Arcanjo.
O lançamento da Encíclica da fé - dividida em
quatro capítulos, uma introdução e uma conclusão - coincide com o Ano da Fé da
Igreja e o 50° Aniversário do Concílio Vaticano II.
O primeiro capítulo é intitulado "Acreditamos
no Amor" e explica a fé como "escutar" o mundo de Deus,
particularmente que ele nos chama a vê-lo como o pai e não como um estranho.
Também destaca Jesus como uma "testemunha
fiável" e que nos chama a participar "do seu modo de ver" e nos
abrir para o amor que transforma por dentro.
"A fé não é um facto privado, uma concepção
individualista, uma opinião subjetiva," adiciona o Papa no primeiro
capítulo.
O segundo capítulo, chamado "Se não
acreditardes, não compreendereis", mostra a ligação entre fé e verdade e
entre fé e amor.
"O crente não é arrogante; pelo contrário, a
verdade torna-o humilde, sabendo que, mais do que possuirmo-la nós, é ela que
nos abraça e possui," diz o Pontífice.
"Transmito-vos aquilo que recebi" é o
título no terceiro capítulo, que se concentra exclusivamente na importância da
evangelização.
É impossível crer sozinhos," diz o Papa
Francisco. "A fé não é só uma opção individual."
O capítulo explica que a fé não é uma relação
privada entre o divino "vós" e o "eu," mas sim entre o
"nós".
O Papa também escreve sobre a importância dos Sacramentos para
a transmissão da fé, especialmente o batismo,
a confirmação e a Eucaristia.
O último capítulo foi intitulado "Deus prepara
para eles uma cidade," e fala sobre a ligação entre fé e o bem comum.
A encíclica revela que o propósito da fé não é
meramente construir a vida após a morte, mas ajudar na edificação da sociedade.
O quarto capítulo também salienta a importância do
casamento, entendido entre homem e mulher.
"O 'nós' da família (é)
o lugar, por excelência, de transmissão da
fé," disse o Cardeal Ouellet concluindo a conferência de imprensa.
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