
VATICANO, 01 Fev. 13 / 02:09 pm (ACI/EWTN Noticias).-
Em sua mensagem para a Quaresma 2013, o Papa Bento XVI explica a estreita relação que existe
entre fé e caridade; e alenta a todos os católicos a que reavivem sua fé em
Jesus Cristo, para que ingressem no caminho do amor a Deus e aos irmãos e assim
obrem de acordo a Ele.No texto titulado "Crer na caridade suscita
caridade" que foi apresentado hoje, o Papa assinala que "a celebração
da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião
para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus
de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da ação do Espírito Santo e nos guia por
um caminho de dedicação a Deus e aos outros".
Bento XVI explica logo que "a fé constitui aquela adesão pessoal - que engloba todas as nossas faculdades - à revelação do amor gratuito e "apaixonado" que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o entendimento".
Bento XVI explica logo que "a fé constitui aquela adesão pessoal - que engloba todas as nossas faculdades - à revelação do amor gratuito e "apaixonado" que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o entendimento".
O cristão, prossegue, "é uma pessoa conquistada pelo amor de
Cristo e movido por este amor –‘caritas Christi urget nos’–, está aberto de
modo profundo e concreto ao amor do próximo. Esta atitude nasce, antes de tudo,
da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que se
inclina para lavar os pés dos Apóstolos e se entrega a si mesmo na cruz para
atrair a humanidade ao amor de Deus".
"Toda a vida cristã
consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé
como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina
inaudita que nos precede e solicita; e o ‘sim’ da fé assinala o início de uma
luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda
a nossa vida".
"Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor
gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos
de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que
vivo, é Cristo que vive em mim. Quando damos espaço ao amor de Deus,
tornamo-nos semelhantes a Ele, participantes da sua própria caridade".
"Abrirmo-nos ao seu amor–continuou– significa deixar que Ele
viva em nós e nos leve a amar com Ele, n'Ele e como Ele; só então a nossa fé se
torna verdadeiramente uma "fé que atua pelo amor" (Gl 5, 6) e Ele vem
habitar em nós".
O Papa recorda que "nunca podemos separar e menos ainda
contrapor fé e caridade. Estas duas virtudes teologais estão intimamente
unidas, e seria errado ver entre elas um contraste ou uma ‘dialética’".
"Na realidade, se, por um lado, é redutiva a posição de quem
acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por
subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade reduzindo-a a um
genérico humanitarismo, por outro é igualmente redutivo defender uma exagerada
supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a
fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o
ativismo moralista".
Bento XVI sublinha deste modo que "é importante recordar que
a maior obra de caridade é precisamente a evangelização, ou seja, o
"serviço da Palavra". Não há ação mais benéfica e, por conseguinte,
caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo
participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus:
a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana".
"Tudo parte do Amor e tende para o Amor. O amor gratuito de
Deus é-nos dado a conhecer por meio do anúncio do Evangelho. Se o acolhermos
com fé, recebemos aquele primeiro e indispensável contato com o divino que é
capaz de nos fazer "enamorar do Amor", para depois habitar e crescer
neste Amor e comunicá-lo com alegria aos outros".
O Pontífice escreve também que "a Quaresma, com as indicações
que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a
alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a
participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na
caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da
penitência e da esmola".
Depois de afirmar que "a fé convida-nos a olhar o futuro com
a virtude da esperança, na expectativa confiante de que a vitória do amor de
Cristo chegue à sua plenitude", o Papa remarca que "a caridade
faz-nos entrar no amor de Deus manifestado em Cristo, faz-nos aderir de modo
pessoal e existencial à doação total e sem reservas de Jesus ao Pai e aos
irmãos. Infundindo em nós a caridade, o Espírito Santo torna-nos participantes
da dedicação própria de Jesus: filial em relação a Deus e fraterna em relação a
cada ser humano".
"A relação entre estas duas virtudes é análoga à que existe
entre dois sacramentos fundamentais da Igreja: o Batismo e a Eucaristia.
O Batismo (sacramentum fidei) precede a Eucaristia (sacramentum caritatis), mas
está orientado para ela, que constitui a plenitude do caminho cristão".
Para concluir, Bento XVI escreve: "Caríssimos irmãos e irmãs,
neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e
da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história,
desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus
Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e
irmã que encontramos na nossa vida. Por isto elevo a minha oração a
Deus, enquanto invoco sobre cada um e sobre cada comunidade a Bênção do
Senhor!"
Para ler a mensagem completa ingresse em:
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