BARCELONA, 26 Out. 12 /
10:48 am (ACI).- Gabriel Muniz tem onze anos. Ele nasceu sem os
pés devido a uma má formação congênita mas é um excepcional jogador de futebol
e esta semana comoveu a sociedade espanhola por ter alcançado o sonho de
treinar com o FC Barcelona e jogar bola com Dani Alves e Lionel Messi. Para os
líderes pró-vida espanhóis, sua história desafia a lei que permite
o aborto eugênico
no país.
Sandra, mãe de Gabriel, pensou que seu filho não
poderia valer-se por si mesmo pois não contava com os recursos para dar à
criança um tratamento adequado. Entretanto, o assombroso menino conseguiu
caminhar após cumprir um ano de idade.
Gabriel vive em um humilde lar de Campos dos
Goytacazes, no nordeste do Rio do Janeiro. Ele compartilha sua pequena
habitação com seu irmão mais velho Mateus. Ele vai de bicicleta à escola todos
os dias e passa seu tempo livre jogando futebol com os amigos.
Sua incrível habilidade para o esporte já lhe
rendeu várias medalhas escolares e a possibilidade de participar em julho do
ano passado em uma academia organizada pelo Barcelona no “país do futebol”,
onde a imprensa divulgou sua comovedora história de superação.
"Logo que ele começou a caminhar nós o
perseguíamos esperando que fosse cair mas ele nunca caiu", recordou sua
mãe em uma reportagem para a televisão brasileira.
Frente à destreza do menino e seu particular
empenho, o FC Barcelona ofereceu uma viagem com tudo pago à Espanha para
treinar na escolinha do clube durante uma semana e conhecer a equipe, incluindo
Dani Alves e Lionel Messi. O menino deixou uma lição de vida que os famosos
jogadores não esquecerão.
Um dos mais eloquentes encontros do menino foi com
o jogador brasileiro Adriano Correia, quem assegurou que o caso do Gabriel
"é uma lição de vida, de superação total, porque muitas vezes reclamos por
certas coisas e você o vê tão feliz, fazendo tudo com tanta alegria... que
agradeceu Gabriel "por ser assim”. “Deus queira que ele cumpra todos
os seus sonhos", afirmou o atleta.
O jogador brasileiro assegurou que não tinha ideia
de como Gabriel conseguia superar sua deficiência física para jogar futebol: “é
uma coisa incrível”. “Me tocou muito e levarei isso para toda minha vida",
disse Adriano.
Para a líder pró-vida Gádor Joya, o caso de
Gabriel chama os espanhóis a refletirem, pois "quando falamos de aborto
eugênico devemos recordar a atrocidade que supõe sentenciar à morte a um ser
humano porque não cumpre um determinado nível de 'qualidade biológica'".
"Acaso alguém pode dizer que é biologicamente
perfeito? Acaso alguém pode outorgar um certificado de qualidade a outro ser
humano?", questionou.
Gádor Joya, porta-voz da plataforma pro-vida espanhola
Direito a Viver, assinalou que a história do menino brasileiro demonstra que o
aborto eugênico é inadmissível.
Em declarações ao grupo ACI no dia 25 de outubro, Joya assinalou que "a história do Gabriel é um exemplo mais de que o aborto eugênico, aquele que se pratica sob a premissa desumana de que quem padece uma enfermidade ou um defeito físico antes de nascer não merece viver, é absolutamente inadmissível".
A Dra. Joya também alertou "sobre os avanços científicos que permitem a detecção precoce de enfermidades e má formações nos fetos. Estes mecanismos só devem servir para uma melhor preparação médica, psicológica e social, nunca para adiantar a prática do aborto".
Por sua parte, o Dr. José Maria Simón Castellví, membro do Pontifício Conselho para os Agentes Sanitários (Pastoral da Saúde) e presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), disse ao grupo ACI que a legislação espanhola "é um desastre" no que se refere à defesa da vida das pessoas com deficiência física.
"Aborta-se sem limite de semanas e com poucos controles", criticou o médico.
Simón Castellví, quem participa no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização como auditor, lamentou que "a polícia ou o Ministério não revistam indagar nos casos de aborto".
"É muito triste que um ser humano com problemas seja considerado inferior a um sujeito são. Nossa civilização está fracassando!", assinalou.
A porta-voz de Direito a Viver assinalou que se o Ministro da Justiça da Espanha, Alberto Ruiz-Gallardón, responsável pela reforma da lei do aborto nesse país, cumpre com a oferta de respeitar a sentença do Tribunal Constitucional sobre aborto de 1985, "acabaria com 98 por cento dos abortos porque tanto o aborto eugênico como o chamado terapêutico, seriam inconstitucionais".
A lei do aborto vigente na Espanha foi aprovada em fevereiro de 2010. Foi impulsionada pelo PSOE, mais precisamente pela então ministra da Saúde, Bibiana Aído. Esta norma permite o aborto a pedido das mães até a semana 14 de gestação, incluindo as menores de idade a partir dos 16 anos. O governo de Mariano Rajoy do Partido Popular ofereceu reformar esta lei que atualmente se encontra em debate.
Em declarações ao grupo ACI no dia 25 de outubro, Joya assinalou que "a história do Gabriel é um exemplo mais de que o aborto eugênico, aquele que se pratica sob a premissa desumana de que quem padece uma enfermidade ou um defeito físico antes de nascer não merece viver, é absolutamente inadmissível".
A Dra. Joya também alertou "sobre os avanços científicos que permitem a detecção precoce de enfermidades e má formações nos fetos. Estes mecanismos só devem servir para uma melhor preparação médica, psicológica e social, nunca para adiantar a prática do aborto".
Por sua parte, o Dr. José Maria Simón Castellví, membro do Pontifício Conselho para os Agentes Sanitários (Pastoral da Saúde) e presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), disse ao grupo ACI que a legislação espanhola "é um desastre" no que se refere à defesa da vida das pessoas com deficiência física.
"Aborta-se sem limite de semanas e com poucos controles", criticou o médico.
Simón Castellví, quem participa no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização como auditor, lamentou que "a polícia ou o Ministério não revistam indagar nos casos de aborto".
"É muito triste que um ser humano com problemas seja considerado inferior a um sujeito são. Nossa civilização está fracassando!", assinalou.
A porta-voz de Direito a Viver assinalou que se o Ministro da Justiça da Espanha, Alberto Ruiz-Gallardón, responsável pela reforma da lei do aborto nesse país, cumpre com a oferta de respeitar a sentença do Tribunal Constitucional sobre aborto de 1985, "acabaria com 98 por cento dos abortos porque tanto o aborto eugênico como o chamado terapêutico, seriam inconstitucionais".
A lei do aborto vigente na Espanha foi aprovada em fevereiro de 2010. Foi impulsionada pelo PSOE, mais precisamente pela então ministra da Saúde, Bibiana Aído. Esta norma permite o aborto a pedido das mães até a semana 14 de gestação, incluindo as menores de idade a partir dos 16 anos. O governo de Mariano Rajoy do Partido Popular ofereceu reformar esta lei que atualmente se encontra em debate.
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