ANO C

Mt 10,7-13
Comentário do
Evangelho
Pela sua palavra e gestos, Deus guia a vida da humanidade
Como parte do discurso missionário, nosso texto é a
sequência do chamado dos doze discípulos, entre os quais Barnabé, cuja festa
celebramos (Mt 10,1-4). Mais especificamente, nossa perícope é parte das
recomendações dadas por Jesus aos discípulos acerca da missão dos Doze (cf. v.
5).
O anúncio (v. 7) deve ser acompanhado de gestos que
libertam as pessoas das amarras do mal (vv. 8-16), mal que impede o Reino de
Deus de ser reconhecido como próximo, e impede o ser humano de ceder à atração
do Senhor. O conteúdo do anúncio é a proximidade do Reino de Deus; cercanias,
em primeiro lugar, da pessoa de Jesus Cristo. Pela sua palavra e gestos, Deus
guia a vida da humanidade. O despojamento deve marcar a vida daquele que é
enviado. Sua confiança não deve estar nos meios pelos quais a missão é
realizada, nem sua segurança nos bens. Sua confiança e segurança devem estar
naquele que os enviou e na sua palavra. A paz a ser oferecida é a paz do
Messias, de Jesus Cristo Ressuscitado, paz que deve ser oferecida, mas não imposta
(cf. v. 12).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze de mim um instrumento para a construção
da paz desejada por Jesus. Paz que se constrói na comunicação dos bens
divinos a cada pessoa humana.
Fonte: Paulinas em 11/06/2013
Vivendo a Palavra
Paremos um pouco neste dia para contemplar a figura
de Barnabé. Poucas vezes nós o enxergamos, porque nós o colocamos à sombra de
Paulo. Deixamos de reconhecer belíssimos exemplos que ele deixou para a Igreja.
O texto do Evangelho de hoje, com certeza, foi seguido à risca por Barnabé.
Vivamos o seu caminho!
Fonte: Arquidiocese BH em 11/06/2013
VIVENDO A PALAVRA
«Vão e anunciem!» As leituras do dia respiram o
clima missionário. A Carta aos Coríntios fala da preparação – entre jejuns e
orações; o Salmo lembra que o anúncio deve ser feito com alegria e aclamações
ao Senhor; e, no Evangelho, Jesus sugere que sejamos leves, generosos,
confiantes (não precisamos levar bagagens) e estejamos atentos para cuidar das
carências dos irmãos.
Reflexão
“Homem
bom, repleto do Espírito Santo e de fé” (At 11,24), José Barnabé era natural da
Ilha de Chipre. Residindo em Jerusalém, ele foi um dos primeiros a abraçar o
cristianismo. E o fez com admirável liberdade interior e desapego dos bens:
vendeu uma propriedade que possuía e ofereceu a soma obtida para as
necessidades da Igreja (At 4,37). Acolheu, com especial atenção, o
recém-convertido Paulo na comunidade cristã de Jerusalém. Tendo sido enviado
para Antioquia da Síria, Barnabé buscou Paulo para ajudá-lo na obra
evangelizadora daquela importante cidade. E partiu, juntamente com Paulo e João
Marcos, para a primeira campanha de evangelização da Ásia Menor. Participou
também, ao lado de Paulo, do Concílio de Jerusalém. Barnabé evangelizou Chipre,
de onde foi bispo e aí provavelmente sofreu o martírio.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel
Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
O REINO CHEGOU
Os discípulos foram enviados em missão com a tarefa de dar continuidade
à missão de Jesus. A dupla face do messianismo de Jesus se expressaria no
ministério dos apóstolos. Não somente com palavras, mas também com obras eles
se poriam a serviço do Reino.
Aos apóstolos competia proclamar a chegada do Reino dos Céus na pessoa
de Jesus. De que modo? Deus foi plenamente Senhor da vida de Jesus. Nada nem
ninguém jamais o desviou do caminho traçado pelo Pai. Somente ao querer do Pai
ele se submeteu. Jamais cedeu a qualquer tipo de tentação. Por isso, o Reino
dos Céus se encarnou na sua pessoa e ação. Este evento deveria ser proclamado a
todos os povos.
Por outro lado, como sucedeu com Jesus, a pregação dos apóstolos
encontraria apoio nos milagres realizados por eles. Os quatro milagres
apontados relacionam-se com a proteção da vida humana da investida das doenças,
da morte e dos espíritos impuros. O ministério apostólico, portanto, estava
destinado a colocar-se a serviço da vida. Onde a vida fosse defendida,
restaurada ou garantida, aí estaria acontecendo o milagre do Reino, cuja
presença seria historicamente perceptível.
A vida de Jesus é o ponto de referência da ação do apóstolo. A
fidelidade à missão acontece na medida em que realmente Jesus continua atuando
na pessoa de seus enviados.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da
FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, dá-me coragem suficiente para levar adiante tua missão,
proclamando a chegada do Reino e me colocando a serviço da vida.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. IDE E PROCLAMAI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no
Portal Dom Total a cada mês).
Uma das tarefas dos apóstolos consistia em
proclamar, aos quatro ventos, o anúncio da chegada do Reino. Finalmente
realizavam-se as esperanças do povo.
E essa proclamação deveria ser feita com palavras,
quanto com ações. Aliás, as ações próprias do Reino seriam a melhor prova da
presença desta novidade, na história de Israel. Os gestos de curar doentes,
ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios provavam
cabalmente a irrupção do Reino na história. Significavam que a vida humana fora
recuperada no seu frescor original; fora libertada de todo tipo de escravidão;
que o ser humano fora salvo da marginalização, tendo adquirido plenos direitos sociais
e religiosos. Sobretudo, indicavam que finalmente Deus tinha a primazia sobre
vida humana, livrando-a do poder da morte.
A gratuidade no ministério também seria um
excelente testemunho de serviço ao Reino. Quem recebeu de graça, deve dar de
graça, para fazer frente à tentação de acumular e querer impor-se pela riqueza.
A falta de gratuidade pode levar o discípulo a tornar-se escravo do dinheiro, a
ponto de esquecer-se da primazia de Deus e de seu Reino. Isto seria um
contratestemunho.
Oração
Espírito que restaura a vida, faze de mim um arauto
do Reino, colocando-me todo a serviço da libertação do meu próximo.
Fonte: NPD Brasil em 11/06/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O
Envio do Missionário
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O Evangelho de hoje deve ser refletido com muita maturidade para não
cairmos na tentação de usá-lo como uma arma contra certos pregadores, que se
dizem Missionários do Evangelho, e que com suas Igrejas Ultra Modernas vão
enriquecendo a olho visto. Toda Palavra de Deus educa, exorta, corrige e
repreende, mas primeiramente a nós, ouvintes ou leitores da Palavra. A tentação
de olhar para os outros é muito grande, e assim nos eximimos de qualquer
atitude errada, que o evangelho denuncia, e, o pecado do outro sempre é maior e
mais escalabroso, e os nossos são sempre bem leves, algumas fraquezinhas aqui e
ali, mas nada de mais grave.
O evangelho fala de um envio missionário que explicita um anúncio e uma
ação evangelizadora, muitas vezes a evangelização não atinge as pessoas porque
fica apenas no anúncio, faltando sim uma ação evangelizadora eficaz, pois a
Palavra tem Poder e Força de libertação, curando, ressuscitando e libertando, tirando
as pessoas da alienação.
Mas o testemunho também é imprescindível, porque somente Deus, anunciado
na Palavra Viva que é Jesus Cristo, deve ser a única Segurança do Discípulo
Missionário, isso significa dizer, n os dias de hoje, que um autêntico evangelizador
nunca se deixa seduzir pelo espírito de consumismo, onde Segurança e Felicidade
só podem ser encontradas no TER e infelizmente temos hoje muito Missionário, ou
que assim se diz, tosquiando suas ovelhas e tirando delas todo proveito para
enriquecer.
Quem é digno de receber o Missionário anunciador do Evangelho? Todos os
que trazem o coração e a mente abertos á Palavra de Deus e que tenham
mesmo a reta intenção de se deixarem transformar por ela, em sinal de comunhão
deve o Missionário permanecer ali, até o final da missão, estreitando os laços
fraternos e fazendo assim nascer uma comunidade. Na casa em que for digna a Paz
desejada pelo Missionário, repousará sobre ela, caso contrário voltará para
ele. Isso significa dizer que, tanto a pregação como a escuta da Palavra deve
supor a liberdade de acolher, nosso Deus presente e manifestado em Jesus de
Nazaré, respeita essa liberdade, exatamente porque ama profundamente o homem.
O mandato missionário é dirigido a todos os cristãos e não apenas a
alguns escolhidos que tenham esse carisma, mas é muito importante aliar anúncio
à ação, senão só irá sobrar o discurso.
2. De
graça recebestes!
(O
comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia
dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Hoje devemos proclamar que o Reino de Deus está próximo. Assim lemos no
Evangelho de São Mateus. Devemos também curar os doentes, ressuscitar os
mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios, sem cobrar nada pelo que
fizermos. Recebemos de graça, devemos dar de graça. Confiemos na Providência.
Ela proverá o sustento dos missionários do Reino. Por isso, não tenhamos nada
conosco, nem dinheiro, nem sacola, nem roupa extra, nem mesmo um bastão. Se
tivermos que andar, caminhemos descalços. Onde chegarmos, procuremos hospedagem
na casa de alguém digno. Se a casa for digna, descerá sobre ela a paz. Estas
orientações fazem parte do Sermão Missionário de São Mateus. Ele congrega num
só sermão as diversas orientações dadas por Jesus aos seus discípulos, quando
os enviou em missão. Valem para nós, com as devidas adaptações de tempo e
lugar. Os seguidores de Jesus são discípulos missionários do Reino. Procuremos
pensar como realizar hoje o que encontramos nesse Sermão Missionário, e
perguntar a nós mesmos se anunciamos com a nossa vida em primeiro lugar, e com
obras, que podem ser verificadas, o Evangelho de Jesus.
HOMILIA DIÁRIA
Busquemos a plenitude da vida
Precisamos aprender com São Barnabé a buscar a plenitude da vida, no
Espírito, porque essa é a graça mais necessária para nós.
Hoje, temos a alegria de celebrar o apóstolo São
Barnabé, um homem bom, cheio do Espírito Santo e de muita fé. Barnabé foi um
dos companheiros de Paulo na pregação do Evangelho.
Chama-me à atenção essa graça especial do apóstolo,
pois teve o Espírito Santo como dom principal da sua vida e foi conduzido pela
graça desse mesmo Espírito. Barnabé colocou-se inteiro à disposição do Senhor.
Um homem cheio do Espírito de Deus é, ao mesmo
tempo, alguém cheio de fé, pois crê que nada é impossível ao Pai. Ele crê na
ação, na mão do Senhor agindo no meio dele, conduzindo seus passos, iluminando
a sua vida e as coisas mais obscuras que há no fundo de sua alma.
Precisamos aprender com São Barnabé a buscar a
plenitude da vida, no Espírito, porque essa é a graça mais necessária para nós.
O mundo, hoje, carece de homens e mulheres cheios da Água da Vida.
Queremos pedir a intercessão do apóstolo Barnabé para
que ele suplique para a Igreja, para o mundo, para as nossas casas e famílias
uma poderosa unção do Paráclito, a fim de que Ele nos dê docilidade à vontade
de Deus e nos ensine a fazer a Sua vontade. Pedimos que Ele nos ajude a colocar
em prática a vontade de Jesus na nossa vida.
Busquemos essa graça pela oração, pela vida
conduzida na vontade de Deus, para que eu e você também sejamos pessoas cheias
do Espírito Santo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 11/06/2013
Oração Final
Pai Santo, encharca-nos com o teu Espírito para que
saibamos discernir a tua presença nos sinais dos tempos que fluem. Ensina-nos,
como ensinaste a Barnabé, que o Novo, acontecendo na nossa história, é sinal de
teu Amor e da tua presença misericordiosa entre nós. Por Jesus Cristo, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para
concretizar a ‘Igreja em saída’ sonhada por Jesus e tão desejada pelo Papa
Francisco. Muito mais do que simples seguidores, que nós da tua misericordiosa
Presença paterno/maternal em nós. Dá-nos entusiasmo, amado Pai, e a consciência
da missão de anunciar sejamos testemunhas vivas nos nossos ambientes o teu
Reinado de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do
Espírito Santo.

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